Fanfic: A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [Adaptada] | Tema: AyA

  Mas ela tinha os olhos cravados nele, olhos tão claros, puros e azuis, que tiravam o seu fôlego e roubavam o seu coração. Enfiando uma mão sob o arbusto sedoso de seu cabelo, acariciou-lhe a nuca. Capturou seus olhos, medindo-os, como se assim pudesse desenterrar todas as emoções que escondia sua alma.

  Ela se aproximou, e ficou diretamente entre seus pés.

  -Alfonso - disse brandamente- Beije-me. Toque-me. Ama-me.

  Sorriu de uma maneira tão delicada e insegura que Alfonso pensou que ia desmaiar. Seus olhos se obscureceram. Arrebatado de desejo, capturou o cinto de sua camisola com os dedos.

  Puxou lentamente para abri-lo, e depois o tirou pelos ombros e deixou cair o tecido no chão. Em um estalo de dedos, teve-a nua frente a ele.

  E esse sorriso delicado e inseguro não desapareceu.

  Baixou o olhar.

  Anahí, pelo contrário, elevou.

Alfonso percorreu com os olhos seus seios erguidos e Anahí fez o mesmo com sua boca.

  Ela levantou as mãos e tocou os seus ombros com os dedos.

  -Alfonso -disse em um sussurro- Alfonso, por favor...

  Uma vez mais se sentiu perdido.

  Rodeou-a com os braços. Em um momento a pôs sobre a colcha. As botas golpearam o chão. Tirou a camisa de uma vez, desabotoou os botões da calça. Com impaciência, puxou a roupa que sobrava de um lado.

  Anahí se apoiava sobre um cotovelo. Ele viu a maneira em que se aventurava a olhar as suas partes baixas... Não teve mais remédio que gemer ao ver o assombro inocente de seu rosto, a redondeza de seus olhos.

  Abriu a boca.

  -Ah, querido -disse como em um desmaio.

Alfonso não podia ocultar seu desejo. Não podia esconder a excitação que lhe produzia, não agora. Tampouco queria fazê-lo. Tombando-a de barriga para cima, conteve o som na garganta e conteve o dela com sua boca.

  Não pôde evitar recordar a noite anterior, em seu quarto. Tinha jurado que só seria um beijo. Uma carícia...

  Esteve a ponto de espremê-la contra ele. Ela se aferrava a ele com os braços, com a boca, de uma forma que o fazia perder a razão. Ardia-lhe todo o corpo. O sangue. Queria fazê-lo lentamente, com cuidado, de uma forma singela. Rezou para que assim fosse!

  Nunca havia sentido uma paixão tão deliciosa, tão intensa como esta que roubava o seu sentido agora. Pulsava-lhe o pulso.

  Abriu a boca e a apertou contra a dela. Uns braços nus e esbeltos se fechavam ao redor de seu pescoço. Ela se agarrava a ele cegamente. Cegamente, dava-se a ele, dava-lhe seus lábios sem hesitar. Alfonso introduziu sua língua por uma fila de dentes cremosos, saboreando-os. Seu beijo era quente e febril, desenfreado. Notou uma perna nua o rodeando, e celebrou que a forma de seu corpo fosse dar diretamente contra seu sexo. Passava vários dias já em estado perpétuo de excitação. Só uma grande força de vontade fez que não desse rédea solta a sua ereção nesses momentos.

  Ela era tão segura. Tão cálida. Tão entregue. A maneira em que se entregava atingia-o diretamente no coração. O desejo passou por ele como uma rajada de ar. Tocou-a com a mão. Viu-a com os olhos. Explorou-a com a boca.

  Seu beijo era brusco e desesperado. Possivelmente inclusive egoísta, porque quando a beijou, o mundo desapareceu, como a areia entre seus dedos.

  Ela era cálida. Cheia de vida. E ele percorreu com sua boca quente, quase agônica, o comprimento de seu pescoço. Com total deliberação, colocou a boca na base de sua garganta, para sentir o batimento do coração, de seu sangue sob a língua, seu coração acelerado. E com cada pulsada se excitava um pouco mais. Um pouco mais. Tanto como não esteve em sua vida.

  Então levantou a cabeça e dedicou um momento a saborear a esbelteza de seu corpo. Para Anahí, este olhar a devorou e a fez tremer da cabeça aos pés.

  Tinha o peito cheio. Seu olhar era tão intenso que foi como se a estivesse tocando. Suas faces se ruborizaram, mas Anahí não se importou. Desejava que ele a quisesse. Necessitava que a quisesse. Precisava vê-lo. Senti-lo. Ouvi-lo.

  E por Deus bendito que assim foi. Teve sua recompensa ao ver o brilho quente de seus olhos, um olhar que a fez tremer por dentro e acelerou o seu pulso.

  Era como se tivesse esperado séculos que esta noite acontecesse. Como se tivesse esperado por ele. Sentia-se tão bem! Agora sabia mais que nunca. Isto era o que necessitava. O que ele necessitava.