Fanfic: Manhã de Outono {AyA} [Terminada] | Tema: AyA
CAPÍTULO 5
Ela encarou o rosto de um estranho, e sentiu a voz embargada.
— Alfonso, você jamais iria... — Irrompeu em lágrimas, assustada com o que lia nos
olhos escuros dele.
Ele se moveu, comprimindo Anahí contra a porta com seu corpo
enorme e ardente. Ela sentiu a pressão daquelas coxas fortes e poderosas,
o cinto de metal contra a barriga. Ouviu o farfalhar do atrito entre os
tecidos, enquanto as mãos de seu guardião tomavam as suas para amainar sua resistência.
— Não faria? — rosnou ele, lançando um olhar para os lábios trêmulos de Anahí.
Impressionada com o rosto escuro e leonino daquele homem, tão próximo ao seu, ela o encarou
desamparada até que
ele repentinamente cobriu-lhe a boca com os lábios, forçando-lhe a cabeça sob uma pressão impiedosa. Ela manteve os lábios
firmemente fechados; o corpo trêmulo, sentindo um medo súbito do que Alfonso
lhe solicitava. Ela enrijeceu-se, lutando instintivamente, enquanto ele
pressionava os lábios contra sua boca, escravizando-a mordiscando dolorosamente
seus lábios inferiores.
Um soluço irrompeu-lhe da garganta apertada, enquanto abria
espaço para o implacável, ardor daquele homem experiente. Nada do que havia
experimentado antes a preparara para aquela paixão adulta que sentia por Alfonso. E
aquela paixão
produziu uma reação que mesclava medo e choque dentro dela. Não era um namorado provocando seus
sentidos. Era Alfonso. O Alfonso que a havia ensinado a cavalgar. O Alfonso que
a havia levado para as aulas de líder de torcida e jogos de futebol americano
com sua amiga Dulce. Alfonso, um homem confiante, um protetor e agora...
Ele ergueu o rosto subitamente, examinando os danos que
causara aos lábios
inchados e machucados de Anahí. Ela estava com os olhos feridos, as faces
arisca-mente ruborizadas e os cabelos desgrenhados.
— Você está me machucando — sussurrou ela, nervosa. Então, enfiou os dedos por dentro dos
cabelos soltos, para ajeitá-los, com lágrimas escorrendo-lhe dos olhos.
Os olhos de Alfonso pareceram enrijecer-se ao encará-la. Sua respiração tornou-se intensa e rápida. Os olhos cintilavam, revelando
sentimentos incomensuráveis.
— Isso é o que acontece quando você joga esse adorável corpinho para cima de mim — declarou ele com voz cortante. — Avisei antes que você começasse a exibi-lo, mas não me deu ouvidos. Talvez eu tenha
finalmente conseguido fazê-la entender.
Ela inspirou soluçante, emitindo um som que pareceu
perturbá-lo.
Os olhos dele suavizaram-se, apenas ligeiramente, enquanto vagavam pelo rosto
daquela mulher.
— Deixe-me ir, Alfonso — implorou ela, num sussurro trêmulo. — Prometo que vou vestir apenas
farrapos fechados para o resto da vida!
As sobrancelhas pesadas de Alfonso arquearam-se, unidas, e
ele largou os braços dela, apoiando as mãos sobre cada lado de suas faces
contra a porta, pressionando-a para que ela sentisse a força de seu peito e suas coxas
vigorosas.
— Está com medo? — perguntou com a voz grave e
indolente.
Anahí engoliu em seco, assentindo, hipnotizada por aquele
olhar.
Ele pousou os olhos sobre aqueles lábios inchados e feridos e baixou a
cabeça na
direção
dela mais uma vez. Ela sentiu uma língua acariciando-lhe a boca delicadamente,
curando-a e atormentando-a. Soluçou mais uma vez, mas agora não de dor.
Ele afastou a cabeça e prendeu seu olhar ao dela.
Deparou-se com uma expressão de curiosidade e incerteza. Ela sentiu a sinceridade
dos olhos de Alfonso e viu o fôlego esvaindo-se de seu corpo. O coração acelerava com a intensidade daquele
momento. Subitamente, desejou trazer aquela boca para junto de si, para
senti-la novamente. Abrir os lábios de Alfonso e sentir seu gosto. Beijá-Io voraz e intensamente e sentir
aquele corpo contra o seu como antes, mas, desta vez, sem raiva.
O queixo de Alfonso enrijeceu-se. Seus olhos pareciam
explodir em luz e escuridão. Então, de repente, soltou-a, afastou-se dela e retornou ao bar.
Serviu-se de outra dose de uísque, encheu um copo de conhaque para ela e dirigiu-se à porta, onde ela se encontrava, dura como gelo. Estendeu a mão e lhe entregou o drinque.
Sem dizer uma palavra, ele tomou a mão dela e puxou-a para a mesa. Ao
encostar no móvel,
ele se deteve, segurando Anahí diante de si, enquanto ela bebericava, nervosa,
o forte líquido âmbar.
Ele bebeu o drinque de uma só vez, afastando o próprio copo, e, em seguida, o dela.
Estendeu os braços para tomá-la pela cintura e trazê-la para junto de si com delicadeza.
Ele encarou as faces ruborizadas de Anahí durante um momento e disse, num ímpeto silencioso, pleno de emoções:
— Não pense demais — declarou ele, num tom que a fez
lembrar da infância.
A voz gentil de Alfonso a acalmava quando sentia seu mundo desabar. — As táticas podem ter sido diferentes, mas
foi apenas uma discussão. Chega.
Ela deixou transparecer uma calma que não sentia, e parte da tensão se dissipou de seu corpo ainda em
choque.
— Isso não parece um pedido de desculpas — retrucou ela, lançando-lhe um olhar tímido.
Alfonso arqueou a sobrancelha.
— Mas não vou me desculpar. Você que pediu isso, Anahí, e sabe muito
bem disso.
Ela suspirou trêmula.
— Eu sei.
Com os olhos, ela percorreu as linhas poderosas do seu peito.
— Não quis dizer o que disse.
— A única coisa que você precisa lembrar, meu anjinho — disse ele, indulgente —, é que a luta verbal faz o sangue de um
homem ferver. Você pode me provocar sem se dar conta. Está me escutando?
— Estou. — Os olhos escuros e curiosos a
encararam por um instante. — Não pensei que você... — ela se interrompeu, tentando
encontrar as palavras. — Não temos o mesmo sangue, não precisamos que você se proteja de mim, Any — declarou ele num tom grave e tranqüilo. — Não estou ficando maluco e reajo Como
qualquer homem normal quando vê uma mulher em um vestido tão decotado. Christopher também poderia ter perdido a cabeça da mesma forma — acrescentou, áspero.
Ela sentiu o coração agitado e segurou a respiração.
— Talvez — sussurrou. — Mas ele teria sido... gentil, acho.
Alfonso não quis discutir a questão. Sua mão quente e grande erguera o rosto
dela diante de seus olhos. — Uma outra diferença entre mim e Christopher, Any, é que não sou um amante gentil. Gosto de
mulheres experientes.
— Elas cobram o dobro do honorário? — indagou ela com um quê de petulância e um sorriso oblíquo, tocando cuidadosamente em seus lábios feridos com as pontas dos dedos.
Os lábios de Alfonso ficaram mais protuberantes e seus olhos
cintilaram. Era como se nunca houvesse vivenciado uma cena tão alienante.
— Isso funciona em mão dupla, querida — respondeu ele, pensativo. —Algumas mulheres teriam devolvido o
elogio, com interesse.
Ela o encarou no fundo dos olhos. Isso está começando a ficar interessante, pensou
ela, atordoada.
— As mulheres mordem os homens? — perguntou, num suspiro, como se
fosse um tema impróprio para ouvidos decentes.
— Mordem — respondeu ele, também em sussurro.
— E agarram e gritam como carpideiras.
— Não quis dizer depois — retificou ela —, quis dizer, quando... é, deixa para lá, você só quer zombar de mim. Pergunto para o Christopher.
Ele riu baixinho.
— Você realmente acha que ele já sentiu esse tipo de paixão? — indagou.
Ela franziu o cenho.
— Ele é homem.
— Os homens são diferentes — ele a lembrou. E baixando os olhos
para os lábios
dela, continuou. — Coitadinha, eu machuquei você, não? — perguntou, gentil.
Ela se afastou e ele a soltou.
— Tudo bem — murmurou Anahí. — Como você disse, fui eu que pedi
por isso. — Ela
desviou o olhar de Alfonso. — Você é muito sofisticado.
— E você uma menininha deliciosa — retrucou ele.
— Não queria ter sido tão violento, mas queria mostrar como
você é capaz de provocar um homem com um
vestido desses. — Ele sorriu, seco. — Meu ponto de ebulição é baixo, Any, e eu avisei.
— Não achei que estivesse falando sério — declarou ela, com um suspiro.
Alfonso varreu Anahí com os olhos.
— Agora você já sabe.
— E sei muito bem — concordou ela. Ao virar-se para
sair, quase derrubou o inestimável vaso de porcelana de Maude sobre a mesa de mármore. — Vou devolver todos os vestidos que
comprei, antes que seja tarde.
— Any, não seja ridícula — repreendeu ele. — Você entendeu o que eu quis dizer. Não quero que saia por aí com decotes que vão até a cintura, só isso. Ainda é jovem demais para perceber no que
está se
metendo.
Ela se dirigiu à porta, toda digna de si e com a postura
tão
perfeita que até a Mademoiselle Devres a teria ovacionado.
— Não sou mais criança, Alfonso, sou?
Ele virou-se de costas, inclinando a cabeça e acendendo um cigarro com mãos firmes.
— A que horas o tal do escritor chega
aqui? Ela soluçou,
nervosa e hesitante.
— Amanhã de manhã.
Observou-o caminhar até a janela e abrir a cortina para
olhar para fora. Suas costas largas a encaravam e, de súbito, ela se recordou do aconchego e
da sensualidade das palmas das mãos daquele homem. — Não vai me pedir para cancelar o
compromisso de novo, vai? — perguntou ela, testando-o, sentindo um arrepio de
medo e excitação
percorrer seu corpo.
Ele a fitou do outro lado do cômodo durante um tempo e, finalmente,
respondeu:
— Ao menos não vou ter de me preocupar com você fugindo, sorrateiramente para a
convenção
com ele, enquanto ele estiver sob o meu teto — afirmou, indiferente. — E ele teria o caminho livre para
seduzi-la, pelo que vi hoje.
Autor(a): anninha_camillo_ponny
Este autor(a) escreve mais 7 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
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Os olhos de Any o metralharam. — Isso é o que você pensa! — gritou. Ele apenas riu, gentil e sensual. — Antes de você sair, agarrada ao peito nu e atraente dele, lembre-se de que não fui eu que tentei seduzi-la. Você já deve ter p ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 14
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eduardah Postado em 09/03/2014 - 15:48:21
fanfic AyA Mas a Any se aparenta ser a dulce e a dulce a any ...não curti mais eu propia estou mudando quando leio a fanfic
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isajuje Postado em 13/07/2013 - 12:00:01
Ah anninha D: desculpe, eu não te abandonei, só parei de comentar (que baita cara de pau, né) KKKKKKKKKKKKKKKKK mas foi mal mesmo. Parei de comentar nas fics que você posta por que eu acabei sendo mais curiosa e lendo as histórias em outro lugar, aí ficou meio complicado de comentar KKKKKKKKKKKKKKKKKK enfim, sorry.
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anahiherrera Postado em 11/07/2013 - 22:20:45
parabens pela web historia mto lindaa continua sempre assim
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titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 15:54:57
Não vai postar?
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titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 00:01:34
Posta
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ponnyaya Postado em 10/07/2013 - 23:26:10
postaaaaaaaaaaaaaaaaa
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sasa Postado em 10/07/2013 - 22:43:04
posta mais
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titiz.lisboahotmail.com Postado em 08/07/2013 - 23:34:12
Posta mais! To adorado!
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ponnyaya Postado em 08/07/2013 - 13:55:15
Ai meu deus, o que aconteceu com o Alfonso, me deixou preocupada agora...que ódio dessa Vivian aquela cadela! Posta mais
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ponnyaya Postado em 01/07/2013 - 11:25:54
posta mais tadinha da annie ela tem que achar o cara pra ela e o alfonso perceber o que ta fazendo postaaa mais!