Fanfics Brasil - 10º capitulo Manhã de Outono {AyA} [Terminada]

Fanfic: Manhã de Outono {AyA} [Terminada] | Tema: AyA


Capítulo: 10º capitulo

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CAPÍTULO 5


 


 


 


Ela encarou o rosto de um estranho, e sentiu a voz em­bargada.


 


 Alfonso, você jamais iria...  Irrompeu em lágri­mas, assustada com o que lia nos 
olhos escuros dele.


 


Ele se moveu, comprimindo Anahí contra a porta com seu corpo 
enorme e ardente. Ela sentiu a press
ão daquelas coxas fortes e poderosas, 
o cinto de metal con­tra a barriga. Ouviu o farfalhar do atrito entre os 
tecidos, enquanto as m
ãos de seu guardião tomavam as suas para amainar sua resistência.


 


 Não faria?  rosnou ele, lançando um olhar para os lábios trêmulos de Anahí.


 


Impressionada com o rosto escuro e leonino daquele homem, tão próximo ao seu, ela o encarou 
desamparada at
é que 
ele repentinamente cobriu-lhe a boca com os l
á­bios, forçando-lhe a cabeça sob uma pressão impiedosa. Ela manteve os lábios 
firmemente fechados; o corpo trêmulo, sentindo um medo súbito do que Alfonso 
lhe solicitava. Ela enrijeceu-se, lutando instintivamente, enquanto ele 
pressionava os lábios contra sua boca, escravizando-a mordiscando dolorosamente 
seus lábios inferiores.


 


Um soluço irrompeu-lhe da garganta apertada, en­quanto abria 
espaço para o implac
ável, ardor daquele homem experiente. Nada do que havia 
experimentado antes a preparara para aquela paix
ão adulta que sentia por Alfonso. E 
aquela paix
ã
produziu uma rea
ção que mesclava medo e choque dentro dela. Não era um namo­rado provocando seus 
sentidos. Era Alfonso. O Alfonso que a havia ensinado a cavalgar. O Alfonso que 
a havia levado para as aulas de l
íder de torcida e jogos de futebol ame­ricano 
com sua amiga Dulce. Alfonso, um homem confiante, um protetor e agora...


 


Ele ergueu o rosto subitamente, examinando os danos que 
causara aos l
ábios 
inchados e machucados de Anahí. Ela estava com os olhos feridos, as faces 
arisca-mente ruborizadas e os cabelos desgrenhados.


 


 Você está me machucando  sussurrou ela, nervo­sa. Então, enfiou os dedos por dentro dos 
cabelos soltos, para ajeit
á-los, com lágrimas escorrendo-lhe dos olhos.


 


Os olhos de Alfonso pareceram enrijecer-se ao encará-la. Sua respiração tornou-se intensa e rápida. Os olhos cintilavam, revelando 
sentimentos incomensur
áveis.


 


 Isso é o que acontece quando você joga esse adorá­vel corpinho para cima de mim  declarou ele com voz cortante.  Avisei antes que você começasse a exibi-lo, mas não me deu ouvidos. Talvez eu tenha 
finalmente conseguido faz
ê-la entender.


 


Ela inspirou soluçante, emitindo um som que pareceu 
perturb
á-lo. 
Os olhos dele suavizaram-se, apenas ligeira­mente, enquanto vagavam pelo rosto 
daquela mulher.


 


— Deixe-me ir, Alfonso  implorou ela, num sussurro trêmulo.  Prometo que vou vestir apenas 
farrapos fe­chados para o resto da vida!


 


As sobrancelhas pesadas de Alfonso arquearam-se, uni­das, e 
ele largou os bra
ços dela, apoiando as mãos sobre cada lado de suas faces 
contra a porta, pressionando-a para que ela sentisse a for
ça de seu peito e suas coxas 
vigorosas.


 


 Está com medo?  perguntou com a voz grave e 
indolente.


 


Anahí engoliu em seco, assentindo, hipnotizada por aquele 
olhar.


 


Ele pousou os olhos sobre aqueles lábios inchados e feridos e baixou a 
cabe
ça na 
dire
çã
dela mais uma vez. Ela sentiu uma l
íngua acariciando-lhe a boca delicada­mente, 
curando-a e atormentando-a. Solu
çou mais uma vez, mas agora não de dor.


 


Ele afastou a cabeça e prendeu seu olhar ao dela. 
Deparou-se com uma express
ão de curiosidade e incerteza. Ela sentiu a sinceridade 
dos olhos de Alfonso e viu o f
ôlego esvaindo-se de seu corpo. O coração acelerava com a intensidade daquele 
momento. Subitamente, desejou trazer aquela boca para junto de si, para 
senti-la nova­mente. Abrir os l
ábios de Alfonso e sentir seu gosto. Beijá-Io voraz e intensamente e sentir 
aquele corpo contra o seu como antes, mas, desta vez, sem raiva.


 


O queixo de Alfonso enrijeceu-se. Seus olhos pareciam 
explodir em luz e escurid
ão. Então, de repente, soltou-a, afastou-se dela e retornou ao bar. 
Serviu-se de outra dose de u
ísque, encheu um copo de conhaque para ela e diri­giu-se à porta, onde ela se encontrava, dura como gelo. Estendeu a mão e lhe entregou o drinque.


 


Sem dizer uma palavra, ele tomou a mão dela e puxou-a para a mesa. Ao 
encostar no m
óvel, 
ele se deteve, segurando Anahí diante de si, enquanto ela beberica­va, nervosa, 
o forte l
íquido âmbar.


 


Ele bebeu o drinque de uma só vez, afastando o pró­prio copo, e, em seguida, o dela. 
Estendeu os bra
ços para tomá-la pela cintura e trazê-la para junto de si com de­licadeza. 
Ele encarou as faces ruborizadas de Anahí durante um momento e disse, num 
ímpeto silencioso, pleno de emoções:


 


 Não pense demais  declarou ele, num tom que a fez 
lembrar da inf
ância. 
A voz gentil de Alfonso a acal­mava quando sentia seu mundo desabar. 
 As táticas podem ter sido diferentes, mas 
foi apenas uma discus­s
ão. Chega.


 


Ela deixou transparecer uma calma que não sentia, e parte da tensão se dissipou de seu corpo ainda em 
choque.


 


 Isso não parece um pedido de desculpas  retru­cou ela, lançando-lhe um olhar tímido.


 


Alfonso arqueou a sobrancelha.


 


 Mas não vou me desculpar. Você que pediu isso, Anahí, e sabe muito 
bem disso.


 


Ela suspirou trêmula.


 


 Eu sei.


 


Com os olhos, ela percorreu as linhas poderosas do seu peito.


 


 Não quis dizer o que disse.


 


 A única coisa que você precisa lembrar, meu anji­nho  disse ele, indulgente é que a luta verbal faz o sangue de um 
homem ferver. Voc
ê pode me provocar sem se dar conta. Está me escutando?


 


 Estou.  Os olhos escuros e curiosos a 
encararam por um instante. 
 Não pensei que você...  ela se interrompeu, tentando 
encontrar as palavras. 
 Não temos o mesmo sangue, não precisamos que você se proteja de mim, Any  declarou ele num tom grave e tranqüilo.  Não estou ficando maluco e reajo Como 
qualquer homem normal quando v
ê uma mulher em um vestido tão decotado. Christopher também poderia ter perdido a cabeça da mesma forma  acrescentou, áspero.


 


Ela sentiu o coração agitado e segurou a respiração.


 


 Talvez  sussurrou.  Mas ele teria sido... gentil, acho.


 


Alfonso não quis discutir a questão. Sua mão quente e grande erguera o rosto 
dela diante de seus olhos. 
 Uma outra diferença entre mim e Christopher, Any, é que não sou um amante gentil. Gosto de 
mulheres experientes.


 


 Elas cobram o dobro do honorário?  indagou ela com um quê de petulância e um sorriso oblíquo, tocando cuidadosamente em seus lábios feridos com as pontas dos dedos.


 


Os lábios de Alfonso ficaram mais protuberantes e seus olhos 
cintilaram. Era como se nunca houvesse vivenciado uma cena t
ão alienante.


 


 Isso funciona em mão dupla, querida  respondeu ele, pensativo. Algumas mulheres teriam devolvido o 
elogio, com interesse.


 


Ela o encarou no fundo dos olhos. Isso está começan­do a ficar interessante, pensou 
ela, atordoada.


 


 As mulheres mordem os homens?  perguntou, num suspiro, como se 
fosse um tema impr
óprio para ou­vidos decentes.


 


 Mordem  respondeu ele, também em sussurro.


 


 E agarram e gritam como carpideiras.


 


 Não quis dizer depois  retificou ela , quis di­zer, quando... é, deixa para lá, você só quer zombar de mim. Pergunto para o Christopher.


 


Ele riu baixinho.


 


 Você realmente acha que ele já sentiu esse tipo de paixão?  indagou.


 


Ela franziu o cenho.


 


 Ele é homem.


 


 Os homens são diferentes  ele a lembrou. E bai­xando os olhos 
para os l
ábios 
dela, continuou. 
 Coitadinha, eu machuquei você, não?  perguntou, gentil.


 


Ela se afastou e ele a soltou.


 


 Tudo bem  murmurou Anahí.  Como você disse, fui eu que pedi 
por isso. 
 Ela 
desviou o olhar de Alfonso. 
 Você é muito sofisticado.


 


 E você uma menininha deliciosa  retrucou ele.


 


 Não queria ter sido tão violento, mas queria mostrar como 
voc
ê é capaz de provocar um homem com um 
ves­tido desses. 
 Ele sorriu, seco.  Meu ponto de ebuli­çãé baixo, Any, e eu avisei.


 


 Não achei que estivesse falando sério  declarou ela, com um suspiro.


 


Alfonso varreu Anahí com os olhos.


 


 Agora você já sabe.


 


 E sei muito bem  concordou ela. Ao virar-se para 
sair, quase derrubou o inestim
ável vaso de porcelana de Maude sobre a mesa de mármore.  Vou devolver todos os vestidos que 
comprei, antes que seja tarde.


 

 Any, não seja ridícula  repreendeu ele.  Você entendeu o que eu quis dizer. Não quero que saia por aí com decotes que vão até a cintura, só isso. Ainda é jo­vem demais para perceber no que 
est
á se 
metendo.


 


Ela se dirigiu à porta, toda digna de si e com a pos­tura 
t
ã
perfeita que at
é a Mademoiselle Devres a teria ovacionado.


 


 Não sou mais criança, Alfonso, sou?


 


Ele virou-se de costas, inclinando a cabeça e acenden­do um cigarro com mãos firmes.


 


 A que horas o tal do escritor chega 
aqui? Ela solu
çou, 
nervosa e hesitante.


 


 Amanhã de manhã.


 


Observou-o caminhar até a janela e abrir a cortina para 
olhar para fora. Suas costas largas a encaravam e, de s
úbito, ela se recordou do aconchego e 
da sensualida­de das palmas das m
ãos daquele homem.  Não vai me pedir para cancelar o 
compromisso de novo, vai? 
 perguntou ela, testando-o, sentindo um ar­repio de 
medo e excita
çã
percorrer seu corpo.


 


Ele a fitou do outro lado do cômodo durante um tem­po e, finalmente, 
respondeu:


 


— Ao menos não vou ter de me preocupar com você fu­gindo, sorrateiramente para a 
conven
çã
com ele, enquan­to ele estiver sob o meu teto 
 afirmou, indiferente.  E ele teria o caminho livre para 
seduzi-la, pelo que vi hoje.


 


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Autor(a): anninha_camillo_ponny

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • eduardah Postado em 09/03/2014 - 15:48:21

    fanfic AyA Mas a Any se aparenta ser a dulce e a dulce a any ...não curti mais eu propia estou mudando quando leio a fanfic

  • isajuje Postado em 13/07/2013 - 12:00:01

    Ah anninha D: desculpe, eu não te abandonei, só parei de comentar (que baita cara de pau, né) KKKKKKKKKKKKKKKKK mas foi mal mesmo. Parei de comentar nas fics que você posta por que eu acabei sendo mais curiosa e lendo as histórias em outro lugar, aí ficou meio complicado de comentar KKKKKKKKKKKKKKKKKK enfim, sorry.

  • anahiherrera Postado em 11/07/2013 - 22:20:45

    parabens pela web historia mto lindaa continua sempre assim

  • titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 15:54:57

    Não vai postar?

  • titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 00:01:34

    Posta

  • ponnyaya Postado em 10/07/2013 - 23:26:10

    postaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • sasa Postado em 10/07/2013 - 22:43:04

    posta mais

  • titiz.lisboahotmail.com Postado em 08/07/2013 - 23:34:12

    Posta mais! To adorado!

  • ponnyaya Postado em 08/07/2013 - 13:55:15

    Ai meu deus, o que aconteceu com o Alfonso, me deixou preocupada agora...que ódio dessa Vivian aquela cadela! Posta mais

  • ponnyaya Postado em 01/07/2013 - 11:25:54

    posta mais tadinha da annie ela tem que achar o cara pra ela e o alfonso perceber o que ta fazendo postaaa mais!


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