Fanfics Brasil - 11º capitulo Manhã de Outono {AyA} [Terminada]

Fanfic: Manhã de Outono {AyA} [Terminada] | Tema: AyA


Capítulo: 11º capitulo

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Os olhos de Any o metralharam.


 


 Isso é o que você pensa!  gritou.


 


Ele apenas riu, gentil e sensual.


 


 Antes de você sair, agarrada ao peito nu e 
atraente dele, lembre-se de que n
ão fui eu que tentei seduzi-la. Você já deve ter percebido que adolescentes 
safadas n
ão são o meu tipo. Não que você se encaixe nessa categoria  acrescentou ele, com um riso sarcástico. — Ainda fal­ta muito para você ser uma mulher de 21 anos.


 


Essa doeu, doeu muito mais do que o sabor arrasador de tê-lo como amante.


 


 Dereck  não concorda com isso  informou-lhe.


 


Ele havia levado o cigarro à boca rígida, seus olhos rindo de Any.


 


 Se eu tivesse a experiência limitada dele, também concordaria com ele  menosprezou-a.


 


Aquela declaração deixou Anahí desconfiada.


 


 E o que você sabe sobre as experiências dele? Ele a estudou por um 
longo e est
ático 
sil
êncio.


 


 Você achou mesmo que eu ia deixá-la ir para Creta com ele e aquela 
irm
ã irresponsável 
sem investigar quem s
ão essas pessoas?


 


O rosto de Any enrubesceu de ódio.


 


 Não confia em mim mesmo, nãé?


 


 Muito pelo contrário. Confio totalmente. Não con­fio é nos homens  afirmou, arrogante.


 


 Você nãé o meu dono  gritou ela, enfurecida com aquela 
certeza serena.


 


 Vá dormir antes de me tirar do sério outra vez.


 


 Com todo o prazer  retrucou ela. Saiu pela porta sem 
nem mesmo desejar boa-noite e passou metade da noite sem conseguir dormir.


 


Aquela noite, os sonhos de Any foram invadidos por Alfonso. 
E, quando acordou com o estrondo do trov
ão e o barulho da chuva, tinha em 
mente a imagem vivida de si mesma naqueles enormes bra
ços e aquela boca ardendo em sua pele. 
Aqueles pensamentos eram t
ão embaraçosos que a atrasaram para o café. Achava que não ia conseguir encarar Alfonso sem 
trair as suas emo
ções e se entregar.


 


Mas suas preocupações eram infundadas. Alfonso já ha­via ido para o escritório quando Anahí desceu as esca­das e 
deparou-se com Vivian, sozinha 
à mesa do café.


 


 Bom dia  cumprimentou Vivian, educada. Suas 
fei
ções 
louras e delicadas estavam ressaltadas pela blu­sa e saia amarelas. Parecia 
magra e ultra-elegante. Ela mirou a cal
ça jeans e o suéter branco de gola rulê com desgosto.


 


 Você não acredita em moda, nãé?


 


— Na minha própria casa, nã respondeu, apa­nhando o creme para 
acrescentar sobre seu caf
é fumegante. A sra. Johnson entrava e saía da cozinha, trazendo mais das 
formid
áveis 
lou
ças 
para a mesa.


 


Vivian a observou colocar duas colheres de açúcar no café.


 


— E também não conta calorias, nãé mesmo? — divertiu-se.


 


 Não preciso  respondeu Anahí, tranqüila, sem deixar transparecer sua 
irrita
ção. 
Por onde andam Maude, Christopher e Dick Leeds?


 


Vivian a observou erguer a xícara até a boca e, com olhos de águia, deteve-se no machucado de seu lábio inferior, que palpitava levemente 
esta manh
ã, um 
do­loroso lembrete da chocante intimidade que tivera com Alfonso.


 


Os olhos apertados da loura cravaram-se no prato de Any ao 
ver ovos mexidos.


 


 Você e Alfonso ainda ficaram muito tempo 
aqui em­baixo ontem 
à noite  disse em tom de conversa.


 


— Tínhamos assuntos para resolver  murmurou Anahí, odiando perceber que 
aquela lembran
ça a 
ator­mentava novamente. Estava sendo for
çada a ver Alfonso de uma maneira 
totalmente nova, e n
ão sabia ao certo se era isso que desejava. Agora, temia-o 
mais do que nunca: um medo delicioso e ef
êmero que acelerava seu pulso somente 
ao imaginar aquela boca dominando-a. Como teria sido, perguntava-se, relutava 
em imaginar, se ele n
ão tivesse se enfurecido...


 


 Você deve ter sentido a falta de Alfonso 
hoje de ma­nh
ã  comentou Vivian com os olhos 
estranhamente desconfiados e monitorando Anahí, que se servia de ovos e 
presunto. 
 Ele 
me pediu para descer assim que o despertador tocasse para que tom
ássemos café juntos.


 


 Que simpático.


 


Anahí estava de cabeça baixa e não viu o sorriso malicioso que se 
formou nos l
ábios 
de Vivian.


 


 Ele estava louco para sair antes que 
voc
ê descesse  continuou com a voz fria e baixa.  Acho que está com medo de que você tenha interpretado com exagero o que 
aconteceu ontem 
à noite.


 


O garfo de Anahí pesou sobre os dedos, colidindo fortemente 
com o prato de porcelana e produzindo um som alto e tilintante. Anahí ergueu o 
olhar, espantada.


 


 O quê? Ele disse isso?  perguntou, incrédula. Vivian era a imagem da 
sofistica
ção.


 


 Claro, querida. Estava eriçado de remorsos e dei­xei que 
desabafasse. Foi o vestido, claro. Alfonso 
é homem demais para não se deixar provocar por uma mulher 
seminua.


 


— Eu não estava...!


 


 Ele faz sexo muito bem, não acha?  perguntou Vivian com um sorriso 
dissimulado. 
 É um amante tão vivo, tão atencioso e excitante.


 


O rosto de Anahí estava roxo. Ela tomou um gole de café, ignorando a temperatura da bebida.


 


 Você entende que isso não pode voltar a aconte­cer?  perguntou a mulher gentilmente, 
sorrindo para Anahí. 
— Agora entendo por que Alfonso não contou para você a verdadeira razão de eu ter vindo para cá com meu pai, mas...  Ela se interrompeu no meio da frase, 
insinuante.


 


Anahí a fitou, sentindo seu mundinho seguro desabar à sua volta. Era como se estivesse 
sendo enterrada viva. Mal conseguia respirar, sentia-se sufocada.


 


 Você quer dizer que...


 


 Se Alfonso ainda não contou, não vou contar. Ele não queria anunciar a notícia logo. Não até que sua família ;me conhecesse.


 


Anahí não conseguia assimilar as palavras. Então era isso. Finalmente Alfonso 
decidira se casar com aqueIa perua loura. E, depois de ontem 
à noite, ela chegou a pensar que... 
Cerrou o rosto. O que importava agora? Alfonso sempre havia sido como um irm
ão, apesar do ar­dor violento da noite 
passada. E, segundo ele, aquilo fora apenas para adverti-la. Ele receava que 
ela interpretasse demais? Ele ia ver s
ó!


 


Vivian, presenciando o olhar de desespero estampado no rosto 
da jovem, cobriu o sorriso com a x
ícara de café que bebia.


 


— Vejo que entendeu. Não vai contar nada para Alfonso sobre 
o que eu disse, certo? Ele ficaria t
ão bravo comigo...


 


 Claro que nã respondeu Anahí, em voz bai­xa.  Meus parabéns.


 


Vivian sorriu docemente.


 


 Espero que nos tornemos grandes 
amigas. E esque­
ça o que aconteceu com Alfonso. Ele também só quer es­quecer. Afinal de contas, 
foi apenas uma distra
ção, nada para se levar a sério.


 


Claro que não, pensou Anahí, sentindo-se repenti­namente vazia. 
For
çou 
um sorriso, mas, felizmente, o resto da fam
ília chegou naquele momento e ela 
conse­guiu enterrar a tristeza na conversa.


 


Anahí sempre gostou de aeroportos; os viajantes com suas 
bagagens e sorrisos a fascinavam, e ela gosta­va de sentar para observ
á-los e criar histórias. Uma jo­vem loura, alta, 
bronzeada e de pernas longil
íneas correu para os braços de um moreno grande e irrompeu em 
l
á­grimas. 
Ao observ
á-los, 
enquanto esperava pelo avi
ão de Dereck James , Anahí se questionava se aqueles 
dois estavam fazendo as pazes. Devia ser isso, porque o homem a beijava como se 
acreditasse que nunca ia reve­la, e l
ágrimas incontidas escorriam pelas 
faces p
álidas 
da jovem. A emo
ção daquele beijo ardente fez com que Anahí se sentisse uma voyeuse e ela desviou o olhar. Via em ambos uma paixão profunda que não lhe era familiar. Jamais havia 
sentido tamanho desejo por um homem. O mais pr
óximo havia sido quando Alfonso a 
beijou pela segunda vez, aquele toque sensual e ardente que incitava os desejos 
mais 
ávidos 
de seu corpo intocado. Se ele a tivesse beijado uma terceira vez...


 


Enfim, avistou Dereck  James 
 vindo em sua dire
ção. Lançou-se em seus braços estendidos e o abraçou, er­guendo o rosto para beijá-lo firme e apaixonadamente.


 


Os olhos azuis de Dereck  sorriram para os dela, sob o choque do contato 
daqueles cabelos ruivos sobre suas sobrancelhas.


 


 Sentiu minha falta?  brincou.


 


Ela confirmou com a cabeça genuinamente.


 


 Você acha que eu teria vindo até aqui, contra a von­tade de toda a 
minha fam
ília, 
se n
ã
tivesse sentido?


 


 Eu sei. É uma viagem longa, não? Eu podia ter ido de ônibus.


 


 Não seja tolo.  Ela entrelaçou seus dedos nos de Dereck  enquanto rumavam à esteira de bagagens.  Que tal umtour por Charleston antes de irmos para casa? Os con­vidados de Alfonso 
fizeram, e voc
ê tem 
o mesmo direito...


 


 Convidados? Eu cheguei em um momento 
inopor­tuno? 
 indagou ele imediatamente.


 


 Alfonso está cortejando um sindicato e uma mulher 
ao mesmo tempo. Vamos simplesmente sair do caminho deles. Christopher, Maude e 
eu vamos cuidar de voc
ê, não se preocupe.


 


 Alfonso é seu tutor, nãé perguntou, enquanto apanhava a mala 
na esteira.


 


 É, e um primo distante. Fui criada 
pelos Hamil­ton. Infelizmente o tempo n
ão está dos melhores para um tour  ela se desculpou, apontando para o céu cinza e chuvoso ao saírem do aeroporto e dirigirem-se para 
o estacionamento. 
 Tem chovido o dia todo e pode ser que haja inundações. Sofremos muito com os furacões aqui na planície.


 


 É muito baixo aqui?  perguntou ele.


 


 É tão baixo que precisamos olhar para 
cima para ver as ruas.


 


 A mesma tolinha de sempre  provocou ele.  É bom estar no sul de novo. Não conhecia ninguém do sul antes de conhecer você. Na verdade, essa é a primeira vez que vou passar um 
tempo aqui.


 


 Vai descobrir muitas coisas. Principalmente, 
que muitos de n
ós acreditam na igualdade, que muitos sabem de fato ler e 
escrever.


 


Naquele momento, começou a chover torrencialmente. Ambos 
correram para o carro, sem conseguir evitar que se encharcassem.


 


Afastando os cabelos molhados do rosto, Anahí deu ré com seu pequeno Porsche branco e 
saiu do estaciona­mento. Ela dirigia com cuidado n
ão apenas por causa do curso que freqüentou, mas também porque, quando recebeu o carro de 
presente de Alfonso, ele passou uma sema-na como passageiro, para monitorar 
seus movimentos. Quando ele dava instru
ções, ela ouvia; afinal, Alfonso havia 
competido em Grandes Pr
êmios por toda a Europa.


 


 Está chovendo muito!  riu ela, tentando enxergar por entre 
os limpadores de p
ára-brisa. Era difícil identificar os outros carros, 
mesmo com os far
óis acesos.


 


 Não me culpe.  Dereck  riu.  Não trouxe a chuva comigo.


 


 Espero que pare logo  desejou ela, lembrando das duas 
pontes que tinham que atravessar. Quando ha­via inunda
ção, as pontes ficavam sob a água e era im­possível passar.


 


 Desculpe por não termos ido buscar você de avião, mas o Cessna precisava de uns 
reparos. Foi por isso que Alfonso teve de levar seus convidados de carro. H
á um jatinho executivo da empresa também, mas um dos vice-presidentes 
precisou voar at
é as usinas na Geórgia.


 


 Sua família deve ser proprietária de várias indús­trias.


 


Ela desdenhou com os ombros.


 

 Só três ou quatro usinas de tecelagem e 
cinco con­fec
ções.


 


Ele arregalou os olhos.


 


 Só...


 


 Muitos dos amigos de Alfonso têm muito mais  ex­plicou ela. Ela seguiu a 26 até pegar a saída e cair na Rutledge Avenue.  Vamos passar em volta da Battery e 
vou mostrar os principais marcos da Meeting Street. 
 Se conseguir ver alguma coisa nessa 
chuva.


 


 Conhece bem a cidade?


 


 Tinha uma tia que morava aqui e eu 
costumava passar o ver
ão com ela. Ainda gosto de vir para cá nos finais de semana, para sair à noite.


 

Não comentou que nunca havia vindo sozinha, nem que estava 
fazendo esse passeio sem a permiss
ão de Alfonso. Maude e Christopher 
tinham reclamado, mas ningu
ém conseguia detê-la a não ser Alfonso. E eles não consegui­ram encontrá-lo a tempo, antes de ela sair. Anahí 
ain­da podia ver a express
ão presunçosa de Vivian Leeds e seu orgulho 
ferido. Se ele estava envolvido com aquela loura, jamais deveria ter tocado em Anahí... 
Mas ela o provocou. Ele a acusou de tal ato, e ela n
ão podia negar. Só não sabia por quê.



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Autor(a): anninha_camillo_ponny

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  — Gostaria de usar essa região como pano de fundo para um livro — declarou ele, enquanto se aproximavam de Battery, avistando o quebra-mar e seguindo para a parte velha da cidade. Ela sorriu ao ver o interesse entu­siasmado de Dereck .   — Você conhece a história dessas casas antigas ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • eduardah Postado em 09/03/2014 - 15:48:21

    fanfic AyA Mas a Any se aparenta ser a dulce e a dulce a any ...não curti mais eu propia estou mudando quando leio a fanfic

  • isajuje Postado em 13/07/2013 - 12:00:01

    Ah anninha D: desculpe, eu não te abandonei, só parei de comentar (que baita cara de pau, né) KKKKKKKKKKKKKKKKK mas foi mal mesmo. Parei de comentar nas fics que você posta por que eu acabei sendo mais curiosa e lendo as histórias em outro lugar, aí ficou meio complicado de comentar KKKKKKKKKKKKKKKKKK enfim, sorry.

  • anahiherrera Postado em 11/07/2013 - 22:20:45

    parabens pela web historia mto lindaa continua sempre assim

  • titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 15:54:57

    Não vai postar?

  • titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 00:01:34

    Posta

  • ponnyaya Postado em 10/07/2013 - 23:26:10

    postaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • sasa Postado em 10/07/2013 - 22:43:04

    posta mais

  • titiz.lisboahotmail.com Postado em 08/07/2013 - 23:34:12

    Posta mais! To adorado!

  • ponnyaya Postado em 08/07/2013 - 13:55:15

    Ai meu deus, o que aconteceu com o Alfonso, me deixou preocupada agora...que ódio dessa Vivian aquela cadela! Posta mais

  • ponnyaya Postado em 01/07/2013 - 11:25:54

    posta mais tadinha da annie ela tem que achar o cara pra ela e o alfonso perceber o que ta fazendo postaaa mais!


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