Fanfics Brasil - 17º capitulo Manhã de Outono {AyA} [Terminada]

Fanfic: Manhã de Outono {AyA} [Terminada] | Tema: AyA


Capítulo: 17º capitulo

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Alfonso acompanhou-as pela enorme fábrica, mostran­do as principais áreas de interesse: a sala de 
treinamento, onde as novas costureiras aprendiam a usar os equipa­mentos mais 
modernos; a esteira de cal
ças, em que cada operador de máquina de costura exercia uma 
diferente fun
çã
na fabrica
çã
de uma cal
ça; a 
sala de corte, onde enormes peda
ços de tecido eram esticados e 
cortados em camadas de diferentes espessuras. Anahí lembra­va de termos espec
íficos da indústria têxtil, ouvidos na infância: os meninos que carregavam 
pacotes de tecidos estampados para as costureiras, as supervisoras que cui­davam 
de cada grupo de costureiras, os esticadores que alisavam os tecidos, os 
cortadores que cortavam, e os inspetores, respons
áveis por detectar os produtos de se­gunda 
ou terceira classe e evitar que fossem enviados como produtos de primeira. 
Havia tamb
ém as 
passadeiras, os empacotadores e as lavadeiras, que testavam a lavagem das 
roupas. Centenas de m
áquinas de costura funcionavam juntas na sala da esteira das 
camisas. Essa se
ção tinha máquinas que faziam casas de botão, além dos outros equipamentos específicos. As cores brilhantes captaram 
os olhos de Anahí.


 


 Esse tom de azul é lindo! Alfonso riu.


 


 Vou levá-las na usina de tecelagem, para 
verem como 
é feito. É um 
processo onde chuma
ços de algodão são amarrados e passam por uma torrente de rocas, em 
salas diferentes, para produzir um novelo. Atualmente, usamos algod
ão e rayon. Antes, a usina trabalha estrita­mente com algodão.


 


 Que interessante  disse Vivian, sem entusiasmo.  Nunca estive numa usina.


 


Anahí olhou-a, boquiaberta. Definitivamente essa não era sua primeira vez. Quando 
era mais nova, vivia atr
ás de Alfonso e Christopher, porque todo o processo da fa­bricação de roupas a fascinava. Mas nunca 
mais havia estado numa usina de tecelagem e era jovem demais para entender a 
maior parte do que viu na 
época.


 


 Quantas blusas são feitas em uma semana?  per­guntou Anahí, observando as 
diferentes fases de fabri­ca
ção enquanto passavam. Por causa do barulho, quase 
gritou no ouvido de Alfonso.


 


 Aproximadamente dez mil dúzias  respondeu ele, sorrindo ao ver o 
choque em seu rosto. 
 Acrescen­tamos vários equipamentos novos. Temos mais 
de seis mil operadoras de m
áquinas de costura nessa fábrica e são necessários em torno de 150 mil jardas de 
tecido por semana para manter essas senhoras ocupadas.


 


Anahí olhou para trás.


 


 As calças...?


 


— É uma instalação separada, querida  lembrou ele, olhando para a porta 
que unia os dois departamen­tos. 
 Só temos umas trezentas máquinas na esteira de calças. Nosso principal negócio são as blusas.


 


 É enorme!  exclamou ela. Alfonso assentiu.


 


 Nossos negócios são volumosos. Temos contratos com duas 
das maiores empresas de vendas por mala di­reta e voc
ê deve lembrar que temos nossa própria cadeia de ponta de estoque. Éuma tremenda operação.


 


 Deve dar rios de dinheiro  comentou Vivian, e Anahí podia ver 
os cifr
ões 
nos olhos dela.


 


As sobrancelhas de Alfonso moveram-se, mas ele não respondeu.


 


Quando terminaram o tour
Vivian convenceu Alfonso a lev
á-la para um café e ele deixou Any com um gra­vador 
cheio d
e cartas a serem datilografadas. Ela ficou revoltada, pois Vivian havia tomado 
caf
é-da-manhã em casa e ainda ganhava café e rosquinhas, enquanto ela, que 
havia sido afastada de seu caf
é, não recebia nada. Sentiu-se um tanto reconfortada quando 
Alfonso voltou e p
ôs um copo de isopor com café e uma embalagem de lanchonete na 
frente dela.


 


  Café-da-manhã  disse.  Lembro que fiz com que perdesse o 
seu.


 


Ela sorriu, satisfeita.


 


 Obrigada, Alfonso.


 


Ele deu de ombros e caminhou até a porta que separa o seu escritório do dela.


 


— Algum problema com o gravador?


 


 Só com a sua linguagem  respondeu, atrevida. Ele levantou a 
sobrancelha, divertido.


 


 Não pense que vai me mudar, Any.


 


 Não conheço mulher corajosa o suficiente para 
tan­to, Alfonso 
 disse com doçura angelical, enquanto ele saía da sala. Deixando o trabalho de 
lado, abriu seu caf
é fumegante.


 


Era quase fim de expediente quando Christopher passou no 
escrit
ório 
para visitar Alfonso. Ele apoiou as m
ãos na mesa de Any e sorriu para ela.


 


 Vida dura, hein?


 


— Você não sabe nem da metade  lamentou-se.  Nunca imaginei a quantidade de 
correspond
ência 
ne­cess
ária 
para manter uma f
ábrica como essa funcionan­do. Alfonso escreve até para deputados, senadores e para a 
associa
çã
de ind
ústrias 
t
êxteis. 
Ali
ás, 
eu n
ã
sabia que esse ano ele 
é o presidente.


 


— Viu o quanto está aprendendo? — provocou Christopher. 
Segurou-lhe o queixo, inclinando-se para sussurrar:


 


 Alfonso já lhe deu chibatadas?


 


 Ele tem uma chibata?  sussurrou de volta, rindo.


 


Por azar, exatamente neste momento Alfonso resolveu abrir a 
porta do escrit
ório. Lançou um olhar tão tene­broso para Christopher, que 
este se afastou da mesa e enrubesceu.


 


Alfonso fechou a porta de seu escritório.


 


 Leve Anahí para casa  disse secamente.  Vivian e eu vamos jantar fora.


 


Deixou o escritório sem olhar para trás, enquanto Anahí permaneceu sentada, 
com o cora
çã
apertado, pensando como Alfonso podia ter sido t
ão carinhoso mais cedo e tão detestável agora. O que foi que ela fez? Ou será
que Alfonso j
á estava começando 
a se arrepender?


 


 


 


Os dias transformaram-se em rotina. De manhã, Anahí ia e voltava do trabalho com Alfonso. 
Embora ele sempre fosse profissional com ela, Vivian sempre parecia l
ívida quando Anahí e Alfonso iam 
embora juntos, A n
ão ser candidatar-se a um emprego, a loura fazia de tudo para 
manter Alfonso ocupado no seu tempo livre. E era bem-sucedida.


 


No sábado, Anahí estava disposta a relaxar e, como Vivian havia 
convencido Alfonso a lev
á-la de avião para fazer compras em Atlanta, Anahí chamou Christopher 
para ir com ela a um shopping novo da cidade. O pedido pareceu incomodar Alfonso, 
mas Anahí ignorou sua irrita­
ção. Afinal de contas, que direito ele tinha de 
interferir na vida dela? Estava envolvido demais com Vivian para se importar 
com o que ela fazia. S
ó o fato de pensar em ir às ilhas com ele já lhe metia medo, embora soubesse que 
jamais seria forte o suficiente para recusar o convite. Amava-o demais, queria 
demais sua companhia para recus
á-la. Ele podia se casar com Vivian, mas pelo menos Anahí 
teria algumas mem
órias para guardar.


 


 Você está me levando para a forca  reclamou Christopher, cambaleando até o banco mais próximo, no sho­pping movimentado. 
Sentou-se e suspirou teatralmente.


 


— Só fomos a cinco lojas. Você não pode estar cansado.


 


 Cinco lojas e você experimentou 15 modelitos em cada 
uma!


 


Ela sentou do lado dele, suspirando pesadamente.


 


 Bem, estou deprimida. Precisava 
fazer algo para me alegrar.


 


 Eu não estou deprimido. Por que tive que 
vir junto?


 


 Para carregar as sacolas  disse ela, espertamente.


 


 Mas, Anahí, querida, você não comprou nada.


 


 Comprei sim. Naquela lojinha de onde 
acabamos de sair.


 


Ele arqueou as sobrancelhas.


 


 O quê?


 


 Isso.  Entregou-lhe um saquinho contendo 
uma caixinha de j
óias com um delicado par de brincos de safiras e diamantes 
dentro. 
 Não são lindos? Coloquei na conta do Alfonso.


 


 Oh, nã ele gemeu, enterrando o rosto nas pró­prias mãos.


 


 Bem, você pode carregá-los. Então, será necessário.


 


 Como vou sobreviver a todas essas 
honras que voc
ê me 
confere? 
 perguntou ele, com falsa humildade.


 


 Não seja malcriado  censurou-o, empurrando-o com o 
ombro. 
 Estou realmente deprimida, Christopher.


 


Ele examinou seu rostinho abatido.


 


 Qual é o problema, querida? Quer que eu 
mate um drag
ã
para voc
ê?


 


— Mataria mesmo? Chegaria 
sorrateiramente en­quanto ela dorme e...


 


 Você precisa fazer um exame de vista  observou ele, erguendo uma 
sobrancelha enquanto cruzava os bra
ços e se recostava no banco de madeira.  Vivian não é um 
drag
ão.


 


 É o que você pensa. Espere até ela ser sua cunhada e me diga se 
gosta dela.


 


 Vivian? Casada com Alfonso?  disse ele, num so­bressalto.  De onde tirou essa besteira?


 


 Nãé besteira. Ela faz o tipo dele. 
Bonita, sofisti­cada e loura.


 


 É o tipo dele mesmo. Mas você realmente acha que ele está pensando em casamento? Isso nãfaz o tipo dele.


 


 Vai ver ela é especial  murmurou, odiando tudo naquela 
mulher.


 


Olhou para o vazio, sentindo dores que nunca havia sentido 
antes.


 


 Ela me disse que Alfonso queria que 
ela viesse nos conhecer.


 


 Eu sei. Ela tem poder sobre o pai. 
Controla tudo o que ele faz. Ainda n
ão a viu dando ordens a ele o tempo todo?


 


Ela ajeitou-se no banco e cruzou as pernas.


 


 Alfonso passa o tempo todo com ela. 
N
ão me 
diga que s
ão só negócios  respondeu, alisando o jeans macio da 
cal
ça de 
grife que usava. Olhou para suas botas de caub
ói cor de creme e fez uma careta para 
o arranh
ã
que havia na ponta de uma delas.


 


 Nós também passamos bastante tempo juntos — ele lembrou.  Mas somos só amigos.


 


Ela suspirou:


 


 É verdade.


 


 E Alfonso detesta isso. Olhou para 
cima, assustada.


 


 O quê? Christopher sorriu.


 


 Ele tem ciúmes  riu.


 


Ela ficou vermelha como um pimentão e desviou o olhar.


 


 Você é louco!


 


— Sou mesmo? Ele é exageradamente possessivo quando se 
trata de voc
ê
Sempre foi, mas, recentemente, tenho at
é medo de me sentar do seu lado quando 
ele est
á em 
casa.


 


Ao ouvir tais palavras, sentiu seu coração disparar. Queria muito que fossem 
verdadeiras, mesmo sabendo que n
ão eram.


 


 Ele é só dominador.  corrigiu, nervosa.


 


 E mesmo? É por isso que ele começou uma briga com o seu namorado e o 
mandou embora? 
 Christopher olhou-a cuidadosamente.


 


 Quando voltamos de Charleston, Alfonso 
n
ã
estava e voc
ê se 
escondeu no quarto com dor de cabe
ça. O que aconteceu entre vocês enquanto estávamos fora?


 


O rubor dominou-a até os dedos do pé. Não conseguia responder.


 


— Seu rosto se ilumina quando ele chega  conti­nuou, sorrindo.  E ele a observa, quando acha que não tem ninguém olhando. Parecia uma pantera grande 
e es­fomeada fitando uma saborosa gazela.


 


Ela não sabia disso e seu coração se descontrolou.


 


 Oh, Christopher, jura?  perguntou involuntariamente, seus 
olhos revelando todos os sentimentos guardados. Ele assentiu com a cabe
ça, silenciosamente.


 


 Era exatamente o que eu pensava  disse, suave­mente.  Pendurando seu coração na penca que ele leva nas costas, 
querida?


 


 É assim tãóbvio?  suspirou, melancólica. Fi­xou o olhar nas pessoas que 
passavam.


 


 É, pois sempre fomos muito próximos. Eu já sabia por que você comprou aquele vestido sexy antes 
mesmo de voc
ê se 
dar conta. Queria saber que efeito ele teria sobre Alfonso. Bomb
ástico, não?  provocou com um sorriso.


 


Ela enrubesceu loucamente.


 


 Você se esconde atrás das cortinas?  sussurrou, envergonhada.


 


 Não sou adolescente, Any. Você e Alfonso sempre tiveram um 
relacionamento intenso. Voc
ê exige muito dele. E nãé difícil imaginar o tipo de reação que causa. Alfonso nãé nenhum cavalheiro.


 


Como Christopher conhecia mal o próprio irmão, pensou, lembrando calorosamente 
daquela manh
ã preguiçosa 
no gazebo...


 


 Ou é cochichou ele, reparando em sua 
expres­s
ã
sonhadora.


 


 Não se meta.


 


 Não estou me metendo  disse suavemente. — Mas não quero ver você acabar como a perdedora da história. Alfonso é um homem vivido. Ele pode se sentir tentado 
por uma mulher, mas tem medo de redes. N
ão tente domá-lo. Daria no mesmo que construir uma 
cerca em volta do ar.


 


 Você está querendo dizer que não sou páreo para Sua Alteza.


 


 E exatamente o que estou querendo 
dizer 
 disse, com suave compaixão, acariciando-lhe a mão.  Anahí, uma mulher vivida pode atrair 
um homem de ma­neiras que uma inocente nem imagina. N
ão quero vê-la sofrendo. Mas você deve saber que nãé páreo para Vivian.


 


 E quem disse que eu queria ser? Você faz com que Alfonso pareça um...


 


 Alfonso é meu irmão e eu faria qualquer coisa por ele. 
Mas ele acabou de perceber que coisinha deliciosa voc
ê se tornou e perdeu o bom senso. No 
entanto, n
ã
vai demorar muito para encontr
á-lo e esse minúsculo espaço de tempo pode ser o suficiente para 
destru
í-la.  Apertou a mã
dela e suspirou. 
 Ame-o como um irmão. Mas não como um homem. Não preciso dizer como Alfonso se 
comporta em rela
ção ao amor.


Ela sentiu a vida se esvaindo de seu corpo. Seus om­bros caíram enquanto balançava a cabeça levemente.


 


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Autor(a): anninha_camillo_ponny

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Prévia do próximo capítulo

  — Ele não acredita no amor — sussurrou, trêmula.   — Alfonso só quer uma coisa das mulheres. E você não poder dar isso a ele.   Ela sorriu, desejosa.   — Mesmo se eu oferecesse, ele não aceitaria.   — Não deliberadamente&nbs ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • eduardah Postado em 09/03/2014 - 15:48:21

    fanfic AyA Mas a Any se aparenta ser a dulce e a dulce a any ...não curti mais eu propia estou mudando quando leio a fanfic

  • isajuje Postado em 13/07/2013 - 12:00:01

    Ah anninha D: desculpe, eu não te abandonei, só parei de comentar (que baita cara de pau, né) KKKKKKKKKKKKKKKKK mas foi mal mesmo. Parei de comentar nas fics que você posta por que eu acabei sendo mais curiosa e lendo as histórias em outro lugar, aí ficou meio complicado de comentar KKKKKKKKKKKKKKKKKK enfim, sorry.

  • anahiherrera Postado em 11/07/2013 - 22:20:45

    parabens pela web historia mto lindaa continua sempre assim

  • titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 15:54:57

    Não vai postar?

  • titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 00:01:34

    Posta

  • ponnyaya Postado em 10/07/2013 - 23:26:10

    postaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • sasa Postado em 10/07/2013 - 22:43:04

    posta mais

  • titiz.lisboahotmail.com Postado em 08/07/2013 - 23:34:12

    Posta mais! To adorado!

  • ponnyaya Postado em 08/07/2013 - 13:55:15

    Ai meu deus, o que aconteceu com o Alfonso, me deixou preocupada agora...que ódio dessa Vivian aquela cadela! Posta mais

  • ponnyaya Postado em 01/07/2013 - 11:25:54

    posta mais tadinha da annie ela tem que achar o cara pra ela e o alfonso perceber o que ta fazendo postaaa mais!


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