Fanfics Brasil - 2º capítulo Manhã de Outono {AyA} [Terminada]

Fanfic: Manhã de Outono {AyA} [Terminada] | Tema: AyA


Capítulo: 2º capítulo

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Ao chegar na festa, Anahí descobriu que a organi­zação estava impecável. O florista entregara vasos de flores
secas de cores fulgurantes, além de arranjos de margaridas e mosquitinhos para 
decorar a mesa do bufê. A festa, que deveria ser uma reunião íntima, tinha mais de cinqüenta convidados, nem todos contemporâneos de Anahí. Ela percebeu que vários deles eram políticos. Mande estava fazendo lobby para 
que os legisladores protegessem uma área da Carolina do Sul, impedindo que 
se tornasse uma zona comercial. Certamente, ela ha­via pedido para Eve incluir 
aqueles políticos 
na lista de convidados, especulou Anahí.


 


Dulce Saviñon, filha de Eve e uma das amigas mais antigas de Anahí, 
puxou-a para o lado enquanto os músicos tocavam rock.


 


— Minha mãe odeia rock — confessou enquanto a banda tocava. — Não sei por que ela contratou essa ban­da, 
já que 
eles só tocam isso.


 


— Por causa do nome — arriscou Anahí. — A ban­da se chama Glen 
Miller, com um "N" só. Provavelmen­te, sua mãe achou que eles tocassem o mesmo 
tipo de música 
de Glenn Miller.


 


— Minha mãe é assim — concordou Dulce, rindo. Ela passou o 
dedo pela borda do copo com ponche. O cabelo louro brilhava enquanto olhava ao 
redor. — Achei que Alfonso fosse vir depois que chegasse de viagem. Já são mais de dez horas.


 


Anahí sorriu para a amiga. Dulce era apaixonada por Alfonso 
desde a adolescência. Ele, no entanto, fingia não ver, tratando-as apenas como 
adolescentes.


 


— Você sabe que Alfonso odeia festas — relembrou ela.


 


— Não pode ser por falta de acompanhantes — sus­pirou 
Dulce.


 


Anahí franziu o cenho. Segurando seu copo, se per­guntou por 
que aquela afirmação a incomodava tanto. Sabia que Alfonso tinha várias namoradas, mas fazia mui­tos 
anos que ela não 
convivia com ele em Greyoaks. Mesmo que precisasse ficar lá, tinha muitas coisas que ele podia 
fazer. Podia visitar parentes na França, na Grécia e até mesmo na Austrália. Podia fazer cruzeiros com amigas 
como Dulce. Havia eventos escolares, ami­gas para visitar, festas para ir. Não havia por que ficar em Greyoaks. 
Principalmente depois da última briga com Alfonso, por causa de Rodrigo Ruiz. Ela 
suspirou, lem­brando como ele fora duro. Rodrigo Ruiz ficara comple­tamente 
constrangido enquanto Alfonso dizia tudo o que pensava, com a mesma voz fria e 
cortante, que sempre acompanhava seus momentos de irritação. Quando ele se virou para Anahí, 
ela precisou se controlar para não fugir. Estava realmente com medo 
dele. Não 
que ele fosse agredi-la. Era um medo diferente, estranho e constante.


 


— Por que franziu a testa? — perguntou Dulce.


 


— Franzi? — Ela riu, deu de ombros e bebeu o pon­che. 
Fitou o vestido azul de alça da amiga alguns centí­metros mais baixa do que ela. —Adorei sua roupa.


 


— Não chega nem aos pés da sua. — Dulce suspirou, observando o vestido 
branco e delicado de Anahí, em estilo grego, deixando um ombro nu. As várias camadas de chiffon flutuavam 
a cada movimento. — Seu vestido é um sonho.


 


— Tenho uma amiga estilista, em 
Atlanta — explicou, sorrindo. — Esse é da primeira coleção dela. Ela pro­moveu um desfile 
naquela nova loja de departamento na Peachtreè Street.


 


— E, além disso, tudo fica bem em você — disse Dulce, com sinceridade. — Você é bem alta e esbelta.


 


— Magrela, como Alfonso diz. — Ela riu e, de repente, congelou ao 
ver aqueles olhos escuros e sombrios, em um rosto duro como granito.


 


Ele continuava tão alto e grande quanto ela se lem­brava, 
com aquele encanto musculoso e masculinidade ostensiva. O cabelo negro brilhava 
sob a luz do cande­labro que pendia do teto. O rosto bronzeado tinha uma arrogância nata, herança de seu avô, que criara um pe­queno império a partir das cinzas dos antigos 
estados da Confederação. Seus olhos eram frios, mesmo ao longe. Ele apertou os lábios, deixando transparecer um pouco 
de crueldade. Anahí tremeu involuntariamente, en­quanto ele analisava o vestido 
revelador que ela usava, claramente recriminando-a.


 


Dulce seguiu o olhar dela, e seu rosto de acendeu.


 


— É Alfonso! — exclamou. — Anahí, você não vai cumprimentá-lo?


 


Ela engoliu em seco.


 


— Vou, claro — respondeu, vendo Maude se aproxi­mar 
para cumprimentar seu filho mais velho enquanto Christopher acenava 
carinhosamente do outro lado da sala.


 


— Você não parece muito entusiasmada — observou Dulce, analisando o rubor 
nas faces da amiga e o leve tre­mor em suas mãos.


 


— Ele vai ficar furioso porque não estou usando laço no cabelo e carregando meu ursinho 
de pelúcia — disse, com uma risada triste.


 


— Você não é mais criança — declarou Dulce, defen­dendo a amiga, 
apesar da atração 
que sentia por Alfonso.


 


— Diga isso a ele — suspirou. — Viu? — murmurou, quando ele ergueu a cabeça arrogante e sinalizou para que ela 
se aproximasse. — Estou sendo intimada.


 


— Não seja tão dramática, como Maria Antonieta a caminho 
da guilhotina — sussurrou Dulce.


 


— Não consigo evitar. Meu pescoço está formigando. Nos vemos depois — despediu-se, caminhando na dire­ção de Alfonso com um sorriso lânguido.


 


Ela se adiantou, passando pelos convidados, com o co­ração aos solavancos, batendo com força, no mesmo ritmo do rock que sacudia 
as paredes. Aqueles seis meses não haviam apagado a última briga. A julgar pelo olhar áspero de Alfonso, a discussão continuava fresca em sua mente.


 


Ele deu uma tragada no cigarro, olhando fixamente para ela. Anahí 
percebeu como ele estava perigosa­mente atraente no terno escuro. A seda branca 
da camisa contrastava perfeitamente com a pele morena e a beleza arrogante. O 
cheiro da colônia 
oriental dele penetrou-lhe as narinas, ecoando sua masculinidade vibrante.


 


— Oi, Alfonso — cumprimentou-o, nervosa, contente ao 
ver que Maude havia desaparecido no mar de políti­cos. Assim, não precisava fingir seu entusiasmo.


 


Ele a analisou de cima a baixo, demorando-se no decote que 
revelava vislumbres enfeitiçantes de seus pe­quenos seios.


 


— Está fazendo propaganda de si mesma, Any? — perguntou asperamente. — Achei que você tivesse aprendido a lição com Ruiz.


 


— Não me chame de Any — devolveu ela. — E não é mais decotado do que a roupa das 
outras mulheres.


 


—Você não mudou nada — ele suspirou. — Cheia de fogo, renda e com as pernas 
trêmulas. 
Achei que você fosse 
amadurecer depois da formatura.


 


Os olhos esmeralda dela ardiam.


 


— Tenho vinte anos, Alfonso! Ele 
ergueu a sobrancelha.


 


— O que quer que eu faça?


 


Ela começou á dizer que não queria que ele fizesse nada, mas, 
de repente, a raiva desapareceu.


 


— Ah, Alfonso — lamentou-se. — Por que você tem que estragar a minha festa? 
Estava tão 
divertida...


 


— Para quem? — perguntou ele, olhando para vários dos políticos presentes. — Para você ou para Maude?


 


— Ela está tentando salvar os animais ao longo 
do rio Edisto — disse, indiferente. — Eles querem expandir parte dessa região.


 


— Sim, vamos salvar as cobras e os 
mosquitos, a todo o custo! — concordou ele, zombeteiro, embora Anahí soubesse que 
ele era preservacionista, como Maude.


 


— Lembro que você foi à TV para apoiar a proposta a favor da 
floresta nacional.


 


Ele levou o cigarro aos lábios.


 


— Sou culpado — admitiu com um leve sorriso. Olhou 
paia o grupo de rock e seu sorriso desapareceu — Eles todos estão tocando a mesma musica?


 


— Não sei. Achei que você gostasse de música — im­plicou.


 


— Gosto, mas isso — acrescentou, lançando um olhar para o grupo — não é música.


 


— Para a minha geração, é — ela respondeu, desafiando-o. — Se você não gosta de música contemporâ­nea, por que veio até aqui, seu ermitão velho?


 


Ele deu um leve tapinha na bochecha dela.


 


— Não seja tão espertinha. Vim porque não a vejo há seis meses, se quer 
saber a verdade.


 


— Para quê? Para me levar para casa e gritar 
comigo no caminho?


 


Ele juntou as sobrancelhas escuras.


 


— Já fiz muito isso? — perguntou resumidamente.


 


— Não o bastante — ela respondeu com um sorriso 
imprudente, bebendo o restante do ponche.


 


— Está sendo ousada, menina? — indagou ele, cal­mamente.


 


— É autopreservação, Alfonso — admitiu suavemente, olhando para ele 
por sobre o copo vazio, que ainda repou­sava nos lábios. — Estou anestesiando meus nervos, para 
não me 
incomodar quando você começar a me irritar.


 


Ele deu outra baforada.


 


— Isso foi há seis meses — ele disse severamente. — Já esqueci.


 


— Não, não esqueceu — 
suspirou ela, vendo a raiva que brotava nele. — Eu realmente não sabia o que Rodrigo 
estava planejando. Provavelmente eu devia saber, mas não sou tão vivida assim.


 


Ele exalou profundamente.


 


— Não, com certeza não é. Eu achava que isso era bom, mas, na 
verdade, quanto mais velha você fica, mais me questiono,


 


— Era exatamente o que Maude estava 
dizendo — murmurou 
ela, perguntando-se se ele lia a mente das pessoas.


 


— Talvez ela esteja certa. — Ele a fitou intensamente, analisando 
o vestido diminuto e revelador. — Esse ves­tido não é adequado para sua idade.


 


— Quer dizer que não se importa se eu crescer? — perguntou docemente.


 


Ele ergueu a sobrancelha laconicamente.


 


— Não sabia que você precisava da minha permis­são.


 


— Parece que preciso — insistiu ela. — Se eu fizer algo em relação a isso, você vai correr atrás de mim.


 


— Isso depende do tipo de 
amadurecimento a que você se refere — respondeu ele, apagando o cigarro. — Promiscuidade está fora de cogitação.


 


— Não no seu caso!


 


Ele jogou a cabeça para cima, com os olhos em chamas.


 


— Que diabos minha vida particular tem 
a ver com você? — perguntou, com a voz gélida.


 


Ela quis retroceder.


 


— Eu só estava brincando, Alfonso — defendeu-se, sus­surrando.


 


— Não estou rindo — limitou-se a dizer.


 


— Você nunca ri comigo — disse ela, com a voz áspera.


 


— Pare de agir como uma adolescente 
infantil.


 


Ela mordeu o lábio inferior, tentando conter as lágri­mas que se acumulavam em seus 
olhos.


 


— Com licença. Vou brincar com minhas bonecas. Obrigada pelas 
boas-vindas calorosas — acrescentou, antes de misturar-se à multidão, 
afastando-se dele. Pela primeira vez, desejou nunca ter ido morar com a família 
de Alfonso.



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Autor(a): anninha_camillo_ponny

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • eduardah Postado em 09/03/2014 - 15:48:21

    fanfic AyA Mas a Any se aparenta ser a dulce e a dulce a any ...não curti mais eu propia estou mudando quando leio a fanfic

  • isajuje Postado em 13/07/2013 - 12:00:01

    Ah anninha D: desculpe, eu não te abandonei, só parei de comentar (que baita cara de pau, né) KKKKKKKKKKKKKKKKK mas foi mal mesmo. Parei de comentar nas fics que você posta por que eu acabei sendo mais curiosa e lendo as histórias em outro lugar, aí ficou meio complicado de comentar KKKKKKKKKKKKKKKKKK enfim, sorry.

  • anahiherrera Postado em 11/07/2013 - 22:20:45

    parabens pela web historia mto lindaa continua sempre assim

  • titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 15:54:57

    Não vai postar?

  • titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 00:01:34

    Posta

  • ponnyaya Postado em 10/07/2013 - 23:26:10

    postaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • sasa Postado em 10/07/2013 - 22:43:04

    posta mais

  • titiz.lisboahotmail.com Postado em 08/07/2013 - 23:34:12

    Posta mais! To adorado!

  • ponnyaya Postado em 08/07/2013 - 13:55:15

    Ai meu deus, o que aconteceu com o Alfonso, me deixou preocupada agora...que ódio dessa Vivian aquela cadela! Posta mais

  • ponnyaya Postado em 01/07/2013 - 11:25:54

    posta mais tadinha da annie ela tem que achar o cara pra ela e o alfonso perceber o que ta fazendo postaaa mais!


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