Fanfic: Manhã de Outono {AyA} [Terminada] | Tema: AyA
Ao chegar na festa, Anahí descobriu que a organização estava impecável. O florista entregara vasos de flores
secas de cores fulgurantes, além de arranjos de margaridas e mosquitinhos para
decorar a mesa do bufê. A festa, que deveria ser uma reunião íntima, tinha mais de cinqüenta convidados, nem todos contemporâneos de Anahí. Ela percebeu que vários deles eram políticos. Mande estava fazendo lobby para
que os legisladores protegessem uma área da Carolina do Sul, impedindo que
se tornasse uma zona comercial. Certamente, ela havia pedido para Eve incluir
aqueles políticos
na lista de convidados, especulou Anahí.
Dulce Saviñon, filha de Eve e uma das amigas mais antigas de Anahí,
puxou-a para o lado enquanto os músicos tocavam rock.
— Minha mãe odeia rock — confessou enquanto a banda tocava. — Não sei por que ela contratou essa banda,
já que
eles só tocam isso.
— Por causa do nome — arriscou Anahí. — A banda se chama Glen
Miller, com um "N" só. Provavelmente, sua mãe achou que eles tocassem o mesmo
tipo de música
de Glenn Miller.
— Minha mãe é assim — concordou Dulce, rindo. Ela passou o
dedo pela borda do copo com ponche. O cabelo louro brilhava enquanto olhava ao
redor. — Achei que Alfonso fosse vir depois que chegasse de viagem. Já são mais de dez horas.
Anahí sorriu para a amiga. Dulce era apaixonada por Alfonso
desde a adolescência. Ele, no entanto, fingia não ver, tratando-as apenas como
adolescentes.
— Você sabe que Alfonso odeia festas — relembrou ela.
— Não pode ser por falta de acompanhantes — suspirou
Dulce.
Anahí franziu o cenho. Segurando seu copo, se perguntou por
que aquela afirmação a incomodava tanto. Sabia que Alfonso tinha várias namoradas, mas fazia muitos
anos que ela não
convivia com ele em Greyoaks. Mesmo que precisasse ficar lá, tinha muitas coisas que ele podia
fazer. Podia visitar parentes na França, na Grécia e até mesmo na Austrália. Podia fazer cruzeiros com amigas
como Dulce. Havia eventos escolares, amigas para visitar, festas para ir. Não havia por que ficar em Greyoaks.
Principalmente depois da última briga com Alfonso, por causa de Rodrigo Ruiz. Ela
suspirou, lembrando como ele fora duro. Rodrigo Ruiz ficara completamente
constrangido enquanto Alfonso dizia tudo o que pensava, com a mesma voz fria e
cortante, que sempre acompanhava seus momentos de irritação. Quando ele se virou para Anahí,
ela precisou se controlar para não fugir. Estava realmente com medo
dele. Não
que ele fosse agredi-la. Era um medo diferente, estranho e constante.
— Por que franziu a testa? — perguntou Dulce.
— Franzi? — Ela riu, deu de ombros e bebeu o ponche.
Fitou o vestido azul de alça da amiga alguns centímetros mais baixa do que ela. —Adorei sua roupa.
— Não chega nem aos pés da sua. — Dulce suspirou, observando o vestido
branco e delicado de Anahí, em estilo grego, deixando um ombro nu. As várias camadas de chiffon flutuavam
a cada movimento. — Seu vestido é um sonho.
— Tenho uma amiga estilista, em
Atlanta — explicou, sorrindo. — Esse é da primeira coleção dela. Ela promoveu um desfile
naquela nova loja de departamento na Peachtreè Street.
— E, além disso, tudo fica bem em você — disse Dulce, com sinceridade. — Você é bem alta e esbelta.
— Magrela, como Alfonso diz. — Ela riu e, de repente, congelou ao
ver aqueles olhos escuros e sombrios, em um rosto duro como granito.
Ele continuava tão alto e grande quanto ela se lembrava,
com aquele encanto musculoso e masculinidade ostensiva. O cabelo negro brilhava
sob a luz do candelabro que pendia do teto. O rosto bronzeado tinha uma arrogância nata, herança de seu avô, que criara um pequeno império a partir das cinzas dos antigos
estados da Confederação. Seus olhos eram frios, mesmo ao longe. Ele apertou os lábios, deixando transparecer um pouco
de crueldade. Anahí tremeu involuntariamente, enquanto ele analisava o vestido
revelador que ela usava, claramente recriminando-a.
Dulce seguiu o olhar dela, e seu rosto de acendeu.
— É Alfonso! — exclamou. — Anahí, você não vai cumprimentá-lo?
Ela engoliu em seco.
— Vou, claro — respondeu, vendo Maude se aproximar
para cumprimentar seu filho mais velho enquanto Christopher acenava
carinhosamente do outro lado da sala.
— Você não parece muito entusiasmada — observou Dulce, analisando o rubor
nas faces da amiga e o leve tremor em suas mãos.
— Ele vai ficar furioso porque não estou usando laço no cabelo e carregando meu ursinho
de pelúcia — disse, com uma risada triste.
— Você não é mais criança — declarou Dulce, defendendo a amiga,
apesar da atração
que sentia por Alfonso.
— Diga isso a ele — suspirou. — Viu? — murmurou, quando ele ergueu a cabeça arrogante e sinalizou para que ela
se aproximasse. — Estou sendo intimada.
— Não seja tão dramática, como Maria Antonieta a caminho
da guilhotina — sussurrou Dulce.
— Não consigo evitar. Meu pescoço está formigando. Nos vemos depois — despediu-se, caminhando na direção de Alfonso com um sorriso lânguido.
Ela se adiantou, passando pelos convidados, com o coração aos solavancos, batendo com força, no mesmo ritmo do rock que sacudia
as paredes. Aqueles seis meses não haviam apagado a última briga. A julgar pelo olhar áspero de Alfonso, a discussão continuava fresca em sua mente.
Ele deu uma tragada no cigarro, olhando fixamente para ela. Anahí
percebeu como ele estava perigosamente atraente no terno escuro. A seda branca
da camisa contrastava perfeitamente com a pele morena e a beleza arrogante. O
cheiro da colônia
oriental dele penetrou-lhe as narinas, ecoando sua masculinidade vibrante.
— Oi, Alfonso — cumprimentou-o, nervosa, contente ao
ver que Maude havia desaparecido no mar de políticos. Assim, não precisava fingir seu entusiasmo.
Ele a analisou de cima a baixo, demorando-se no decote que
revelava vislumbres enfeitiçantes de seus pequenos seios.
— Está fazendo propaganda de si mesma, Any? — perguntou asperamente. — Achei que você tivesse aprendido a lição com Ruiz.
— Não me chame de Any — devolveu ela. — E não é mais decotado do que a roupa das
outras mulheres.
—Você não mudou nada — ele suspirou. — Cheia de fogo, renda e com as pernas
trêmulas.
Achei que você fosse
amadurecer depois da formatura.
Os olhos esmeralda dela ardiam.
— Tenho vinte anos, Alfonso! Ele
ergueu a sobrancelha.
— O que quer que eu faça?
Ela começou á dizer que não queria que ele fizesse nada, mas,
de repente, a raiva desapareceu.
— Ah, Alfonso — lamentou-se. — Por que você tem que estragar a minha festa?
Estava tão
divertida...
— Para quem? — perguntou ele, olhando para vários dos políticos presentes. — Para você ou para Maude?
— Ela está tentando salvar os animais ao longo
do rio Edisto — disse, indiferente. — Eles querem expandir parte dessa região.
— Sim, vamos salvar as cobras e os
mosquitos, a todo o custo! — concordou ele, zombeteiro, embora Anahí soubesse que
ele era preservacionista, como Maude.
— Lembro que você foi à TV para apoiar a proposta a favor da
floresta nacional.
Ele levou o cigarro aos lábios.
— Sou culpado — admitiu com um leve sorriso. Olhou
paia o grupo de rock e seu sorriso desapareceu — Eles todos estão tocando a mesma musica?
— Não sei. Achei que você gostasse de música — implicou.
— Gosto, mas isso — acrescentou, lançando um olhar para o grupo — não é música.
— Para a minha geração, é — ela respondeu, desafiando-o. — Se você não gosta de música contemporânea, por que veio até aqui, seu ermitão velho?
Ele deu um leve tapinha na bochecha dela.
— Não seja tão espertinha. Vim porque não a vejo há seis meses, se quer
saber a verdade.
— Para quê? Para me levar para casa e gritar
comigo no caminho?
Ele juntou as sobrancelhas escuras.
— Já fiz muito isso? — perguntou resumidamente.
— Não o bastante — ela respondeu com um sorriso
imprudente, bebendo o restante do ponche.
— Está sendo ousada, menina? — indagou ele, calmamente.
— É autopreservação, Alfonso — admitiu suavemente, olhando para ele
por sobre o copo vazio, que ainda repousava nos lábios. — Estou anestesiando meus nervos, para
não me
incomodar quando você começar a me irritar.
Ele deu outra baforada.
— Isso foi há seis meses — ele disse severamente. — Já esqueci.
— Não, não esqueceu —
suspirou ela, vendo a raiva que brotava nele. — Eu realmente não sabia o que Rodrigo
estava planejando. Provavelmente eu devia saber, mas não sou tão vivida assim.
Ele exalou profundamente.
— Não, com certeza não é. Eu achava que isso era bom, mas, na
verdade, quanto mais velha você fica, mais me questiono,
— Era exatamente o que Maude estava
dizendo — murmurou
ela, perguntando-se se ele lia a mente das pessoas.
— Talvez ela esteja certa. — Ele a fitou intensamente, analisando
o vestido diminuto e revelador. — Esse vestido não é adequado para sua idade.
— Quer dizer que não se importa se eu crescer? — perguntou docemente.
Ele ergueu a sobrancelha laconicamente.
— Não sabia que você precisava da minha permissão.
— Parece que preciso — insistiu ela. — Se eu fizer algo em relação a isso, você vai correr atrás de mim.
— Isso depende do tipo de
amadurecimento a que você se refere — respondeu ele, apagando o cigarro. — Promiscuidade está fora de cogitação.
— Não no seu caso!
Ele jogou a cabeça para cima, com os olhos em chamas.
— Que diabos minha vida particular tem
a ver com você? — perguntou, com a voz gélida.
Ela quis retroceder.
— Eu só estava brincando, Alfonso — defendeu-se, sussurrando.
— Não estou rindo — limitou-se a dizer.
— Você nunca ri comigo — disse ela, com a voz áspera.
— Pare de agir como uma adolescente
infantil.
Ela mordeu o lábio inferior, tentando conter as lágrimas que se acumulavam em seus
olhos.
— Com licença. Vou brincar com minhas bonecas. Obrigada pelas
boas-vindas calorosas — acrescentou, antes de misturar-se à multidão,
afastando-se dele. Pela primeira vez, desejou nunca ter ido morar com a família
de Alfonso.
Autor(a): anninha_camillo_ponny
Este autor(a) escreve mais 7 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
CAPÍTULO 2 Durante o restante da noite, tentou evitar Alfonso, grudando-se em Dulce e Christopher como uma sombra, enquanto cuidava das feridas emocionais. Alfonso parecia nem notar. Estava com Maude e um dos congressistas mais jovens do grupo, imerso em uma discussão. — Sobre o que ser&aa ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 14
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eduardah Postado em 09/03/2014 - 15:48:21
fanfic AyA Mas a Any se aparenta ser a dulce e a dulce a any ...não curti mais eu propia estou mudando quando leio a fanfic
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isajuje Postado em 13/07/2013 - 12:00:01
Ah anninha D: desculpe, eu não te abandonei, só parei de comentar (que baita cara de pau, né) KKKKKKKKKKKKKKKKK mas foi mal mesmo. Parei de comentar nas fics que você posta por que eu acabei sendo mais curiosa e lendo as histórias em outro lugar, aí ficou meio complicado de comentar KKKKKKKKKKKKKKKKKK enfim, sorry.
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anahiherrera Postado em 11/07/2013 - 22:20:45
parabens pela web historia mto lindaa continua sempre assim
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titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 15:54:57
Não vai postar?
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titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 00:01:34
Posta
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ponnyaya Postado em 10/07/2013 - 23:26:10
postaaaaaaaaaaaaaaaaa
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sasa Postado em 10/07/2013 - 22:43:04
posta mais
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titiz.lisboahotmail.com Postado em 08/07/2013 - 23:34:12
Posta mais! To adorado!
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ponnyaya Postado em 08/07/2013 - 13:55:15
Ai meu deus, o que aconteceu com o Alfonso, me deixou preocupada agora...que ódio dessa Vivian aquela cadela! Posta mais
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ponnyaya Postado em 01/07/2013 - 11:25:54
posta mais tadinha da annie ela tem que achar o cara pra ela e o alfonso perceber o que ta fazendo postaaa mais!