Fanfic: Manhã de Outono {AyA} [Terminada] | Tema: AyA
CAPÍTULO 10
Não conseguia se lembrar de uma época em sua vida em que tenha sentido
tanto medo. Ela andou de um lado para o outro. Estava preocupada. Chorou.
Quando Christopher finalmente cedeu e deixou-os irem até o aeroporto esperar por Alfonso, ela
o abraçou,
verdadeiramente aliviada. Dessa maneira, pelo menos estariam um pouco mais
perto do centro de comunicação.
O aeroporto não estava cheio, mas não era um ambiente tão confortável quando o restaurante do hotel ali
ao lado. Logo, os cinco ficaram esperando lá. Embora Vivian estivesse preocupada,
isso não a
impediu de flertar com Christopher ou lançar um olhar minucioso pelo restaurante,
procurando alvos interessantes. Havia vários milionários hospedados ali, e a grande
maioria dos hóspedes
era homem.
Anahí não tinha olhos para ninguém. Seu semblante preocupado estava
fixo em si mesma, olhando para baixo, enquanto tentava não pensar em como seria capaz de viver
sem Alfonso. Nunca havia pensado nisso antes. Alfonso sempre lhe parecera
invencível,
imortal! Era tão
forte e poderoso que ela jamais havia pensado que ele era tão vulnerável quanto qualquer outro homem.
Agora, tinha que considerar essa possibilidade, o que congelava cada centímetro cúbico de seu sangue.
— Não agüento mais — murmurou para Christopher,
levantando-se. — Vou voltar ao aeroporto.
— Anahí, isso pode levar horas — protestou ele, acompanhando-a até a porta e lançando um olhar preocupado para Maude,
que conversava com Dick Leeds. Seu rosto magro parecia indeciso e contraído pelo medo.
— Eu sei — ela disse, forçando um sorriso lânguido. — Mas se ele... quando ele
voltar — corrigiu-se rapidamente —, acho que um de nós deve estar lá.
Ele segurou seus ombros com força. Seu rosto estava mais amadurecido,
mas opressivo.
— Any, não sabemos se ele vai voltar. Você precisa encarar isso. O avião dele caiu, isso é tudo o que sei. A equipe de resgate
está buscando, mas só Deus sabe o que vão achar!
Ela mordeu o lábio inferior com força; quando ergueu os olhos, Christopher
viu como estavam nebulosos, mas seu maxilar projetava-se com teimosia.
— Ele está vivo — disse. — Eu sei que ele está vivo, Christopher.
— Querida... — começou ele, reconfortando-a.
— Você acha que eu ainda estaria respirando
se Alfonso estivesse morto? — perguntou em um sussurro engasgado, mas feroz. — Acha que meu coração ainda estaria batendo?
Ele fechou os olhos momentaneamente, como se procurasse as
palavras para dizer a seguir.
— Vou para lá — ela concluiu gentilmente. Virou-se e
deixou-o parado ali.
O céu mantinha o mesmo tom acinzentado, e o sol não havia despontado. Ela caminhava com
uma impaciência
inquietante, ficando ainda mais nervosa cada vez que ouvia o barulho de um avião.
Minutos depois, Maude juntou-se a ela, com os braços finos cruzados na frente do peito,
os olhos pálidos
e aflitos.
— Queria que nos dessem alguma notícia — murmurou. — Se acreditam ou não que ele pode estar vivo.
— Ele está vivo — disse Anahí, confiante. Maude
estudou aquele rosto corajoso, e um brilho iluminou seus olhos.
— Eu tenho sido muito obtusa, não, Anahí? — perguntou gentilmente, analisando o
rosto daquela menina.
Anahí olhou para baixo, corando.
— Eu...
Maude pousou o braço em seu ombro, reconfortando-a.
— Entre e tome outra xícara de café. Não vai fazer tanta diferença.
— Ele foi encontrado! — gritou Christopher da porta do
terminal, com o rosto radiante e a voz cheia de animação. — O avião de resgate já está a caminho.
— Ah, graças a Deus — murmurou Maude, com devoção.
Anahí deixou as lágrimas escorrerem por seu rosto
silenciosamente, sem sentir vergonha. Alfonso estava a salvo. Estava vivo.
Mesmo que tivesse que desistir dele para que se casasse com Vivian, mesmo que
nunca o visse novamente, lhe bastava saber que ele ainda estava no mesmo
planeta que ela, vivo. Vivo, graças a Deus, vivo!
Maude ficou do lado de fora com ela, enquanto Christopher voltou
para dentro do restaurante com os outros, depois de dar a notícia a todos. Anahí não conseguia sair do lugar, e Maude
manteve-se calmamente a seu lado, esperando. Os minutos passaram
silenciosamente, até que se ouviu ao longe o zumbido de um avião de duas turbinas.
Ele sobrevoou a pista de pouso e aterrissou suavemente; as
rodas emitiram um som agudo, levantando e, então, assentando definitivamente no
solo.
Anahí olhou para o avião com lágrimas embaçando-lhe os olhos, até que ele parou, o motor foi desligado
e a porta se abriu.
Um homem grande e moreno, com uma camisa aberta no peito,
assomou na porta do avião, e Anahí começou a correr em sua direção, antes mesmo de ele tocar o solo.
— Alfonso! — gritou, ignorando os outros membros
da família
que saíram
do terminal atrás dela. Correu como uma criança assustada procurando abrigo, com o
rosto atormentado e as pernas voando contra o tecido de seu vestido branco.
Ele abriu os braços e envolveu-a, segurando-a enquanto
ela encostava a bochecha em seu peito largo e chorava como uma órfã abandonada.
— Oh, Alfonso — lamuriou-se. — Eles disseram que o avião tinha caído e nós não sabíamos... oh, eu teria morrido com você! Alfonso, Alfonso... Eu teria
morrido com você, Alfonso — sussurrou, repetidamente, com a voz rouca, quase
incoerente, fincando as unhas nas costas dele para segurá-lo com força.
Aqueles braços grandes contraíram-se, apertando-a. Ele encostou a
bochecha à cabeça
dela.
— Eu estou bem — disse. — Estou bem, Any.
Ela expirou profundamente e fitou-o, com lágrimas escorrendo por seu rosto pálido. Linhas de cansaço e preocupação faziam-na parecer mais velha.
Ele também parecia mais velho, com o rosto mais marcado, os
olhos vermelhos, como se estivesse há muito tempo sem dormir. Ela
procurou aquele semblante tão querido; tudo o que sentia por ele estava claramente
refletido em seus olhos verdes.
— Amo você — sussurrou, gaguejando. — Oh, Alfonso, amo muito você!
Ele ficou parado, estático, fitando-a com olhos tão escuros que pareciam negros.
Envergonhada por ter sido tão estupidamente direta, ela se
afastou debilmente de seus braços, retrocedendo.
— Eu... Me desculpe — engasgou. — Não queria me jogar nos seus braços pela segunda vez. Vivian me contou
como você ficou aborrecido ontem — acrescentou, em tom violento.
— O que Vivian disse? — ele perguntou, em um sussurro áspero e estranho.
Ela se afastou dele, mas continuou segurando sua mão grande e calorosa, caminhando tranqüilamente ao seu lado, enquanto iam se
juntar aos outros. Sua cabeça chegava apenas até o queixo dele.
— Isso não importa — menosprezou ela, com um sorriso
doloroso. — Está tudo bem.
— Isso é o que você pensa! — disse, em uma voz que ela não reconheceu.
Vivian correu para encontrá-los, lançando um olhar pernicioso para Anahí.
— Oh, Alfonso, querido! Estávamos tão preocupados! — exclamou, esticando-se para beijá-lo na boca. — Que bom que você está a salvo!
Christopher e Maude, com lágrimas anuviando seus olhos, ecoaram
a mesma saudação.
— Foi por pouco? — perguntou Christopher, com a percepção apurada.
— Por muito pouco — Alfonso assentiu. — Não quero repetir isso.
— E o avião? — Maude perguntou gentilmente.
— Felizmente, ele tinha seguro — respondeu Alfonso, com um leve
sorriso. — Eu
caí na
floresta tropical de Porto Rico. O avião mal conseguiu pousar, e acabou perdendo
as asas.
Anahí fechou os olhos, vendo essa imagem diante de seus
olhos.
— Vou lhe pagar uma bebida — Christopher ofereceu. — Você parece estar precisando.
— Preciso de uma bebida, de um banho
quente e de uma cama — Alfonso concordou. Ele olhou para Anahí, que se movia na
direção
de Christopher. Ela não o fitava diretamente nos olhos.
— Eu... vou fazer as malas — murmurou, virando-se.
— Malas? — perguntou Alfonso asperamente. — Por quê?
— Vou para casa — disse, orgulhosa, encarando-o por
fim, e logo desviando o olhar mais uma vez. — Eu... Já chega de sol e areia. Não gosto do paraíso, tem muitas serpentes.
Ela virou-se, dirigindo-se para o carro.
— Christopher, você pode me levar de volta? — perguntou, com os olhos tristes.
— Maude pode levá-la — ele disse, surpreendendo-a. — Você se importaria, querida? — perguntou para a mãe.
— Não, de maneira alguma — disse Maude, segurando o braço de sua sobrinha. — Venha, querida. Vivian, Dick, vocês vêm conosco?
Eles recusaram o convite, preferiam acompanhar Alfonso até o bar. Maude levou Anahí para casa,
as duas envoltas por um silêncio sufocante.
Autor(a): anninha_camillo_ponny
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 14
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eduardah Postado em 09/03/2014 - 15:48:21
fanfic AyA Mas a Any se aparenta ser a dulce e a dulce a any ...não curti mais eu propia estou mudando quando leio a fanfic
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isajuje Postado em 13/07/2013 - 12:00:01
Ah anninha D: desculpe, eu não te abandonei, só parei de comentar (que baita cara de pau, né) KKKKKKKKKKKKKKKKK mas foi mal mesmo. Parei de comentar nas fics que você posta por que eu acabei sendo mais curiosa e lendo as histórias em outro lugar, aí ficou meio complicado de comentar KKKKKKKKKKKKKKKKKK enfim, sorry.
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anahiherrera Postado em 11/07/2013 - 22:20:45
parabens pela web historia mto lindaa continua sempre assim
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titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 15:54:57
Não vai postar?
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titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 00:01:34
Posta
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ponnyaya Postado em 10/07/2013 - 23:26:10
postaaaaaaaaaaaaaaaaa
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sasa Postado em 10/07/2013 - 22:43:04
posta mais
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titiz.lisboahotmail.com Postado em 08/07/2013 - 23:34:12
Posta mais! To adorado!
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ponnyaya Postado em 08/07/2013 - 13:55:15
Ai meu deus, o que aconteceu com o Alfonso, me deixou preocupada agora...que ódio dessa Vivian aquela cadela! Posta mais
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ponnyaya Postado em 01/07/2013 - 11:25:54
posta mais tadinha da annie ela tem que achar o cara pra ela e o alfonso perceber o que ta fazendo postaaa mais!