Fanfic: Manhã de Outono {AyA} [Terminada] | Tema: AyA
O rosto de Maude ficou mais tranqüilo e ela envolveu Anahí em seus braços.
— Querida, claro que é, você sabe disso! Mas Alfonso também está em casa, e isso vai gerar problemas.
— Só porque Dereck é escritor?
— Essa não é a única razão. — Maude suspirou, batendo-lhe nas
costas carinhosamente. — Alfonso é muito possessivo com você, Anahí. Ele não gosta que saia com homens mais
velhos, principalmente com tipos como Rodrigo Ruiz.
— Um dia ele vai ter que me soltar — disse Anahí, com teimosia,
afastando-se de Maude. — Sou mulher, e não a criança para quem ele comprava chiclete.
— Se começar uma guerra com Alfonso diante de tais
circunstâncias,
teremos grandes problemas.
Anahí ergueu a mão para afastar a mecha de cabelo que
o vento levou até sua boca.
— Não conte a ele que Dereck virá — disse, levantando o rosto,
desafiadora.
Christopher fitava Maude.
— O seguro de saúde dela está em dia?
— Alfonso controla todo o nosso
dinheiro — relembrou Maude. — Você pode ficar totalmente sem mesada, e até sem carro.
— Não há nenhuma revolução sem sacrifício — disse Anahí, orgulhosa.
— Que tristeza! — lamentou-se Christopher, virando-se.
— Volte aqui — chamou Anahí. — Ainda não acabei!
Maude começou a rir.
— Acho que ele foi acender uma vela para você. Se planeja
enfrentar Alfonso, vai precisar de ajuda espiritual.
— Ou talvez seja Alfonso quem precise — devolveu Anahí.
Maude apenas sorriu.
Quando chegaram, a casa estava tranqüila. Maude suspirou,
genuinamente aliviada.
— Até o momento, tudo está indo bem — disse, sorrindo para Anahí e Christopher. — Agora, vamos fazer silêncio ao subir...
— Por que vocês estão fazendo tanto silêncio? — perguntou uma voz profunda e
irritada.
Anahí sentiu todas as resoluções que tomara enfraquecerem, quando
virou-se e encontrou-se diretamente com os olhos negros e zangados de Alfonso.
Ela baixou o olhar. O coração batia forte dentro do peito,
enquanto escutava Maude explicando por que os três estavam tão silenciosos.
— Sabíamos que você estaria cansado, querido — disse ela gentilmente.
— Cansado que nada! — disse, segurando um copo com um líquido amarelo-escuro e bebendo tudo
num só gole.
Olhou para Anahí. — Vocês estavam a par de minha briga com Anahí.
— Ela estava sob os efeitos do ponche,
Alfonso — revelou Christopher, sorrindo. — Estava anunciando sua independência e preparando uma revolução sagrada.
— Por favor, cale a boca — conseguiu pronunciar Anahí, em um
sussurro torturante.
— Mas, querida, você estava tão corajosa na casa dos Saviñon
repreendeu Christopher. — Não quer ser uma mártir da liberdade?
— Não. Isso está me enojando — corrigiu ela, engolindo em seco.
Olhou para o rosto duro de Alfonso. De repente, todas aquelas palavras ásperas voltaram e ela desejou
fervorosamente ter aceitado o convite de Dulce para passar a noite em sua casa.
Distraído, Alfonso brincou com o líquido amarelo que havia sobrado no
copo.
— Boa noite, mãe, Phil.
Ao se encaminhar para a escada, seguida por Christopher,
Maude lançou
um olhar de desculpas para Anahí.
— Você não prefere discutir sobre a fusão com a empresa Banes? — Christopher sorriu para Alfonso. — Seria muito mais simples.
— Não me abandonem — urgiu Anahí.
—Foi você quem declarou guerra, querida — respondeu Christopher. — E eu acredito na política de não-interferência.
Ela apertou as mãos, tremendo debaixo de seu casaco de
pele, apesar do calor da casa e do fogo nos olhos de Alfonso.
— Bem, vá em frente — murmurou ela, deixando os olhos caírem para a gola aberta da camisa de
seda dele. — Você já me atacou uma vez, pode arrancar o
meu braço.
Ela riu delicadamente e o fitou, surpreendendo-se ao ver
divertimento em seus olhos.
— Venha até aqui conversar comigo — disse ele, virando-se para guiá-la até seu escritório. Hunter, o cachorro de porte
grande, levantou e abanou o rabo. Alfonso afagou-o carinhosamente enquanto se
sentava no braço da
poltrona, perto da lareira.
Anahí ocupou a cadeira diante dele, observando distraidamente
a madeira empilhada no chão.
— O papai costumava usar essa lenha — lembrou ela, referindo-se
afetuosamente ao pai de Alfonso, embora ele fosse apenas um primo distante. Ele
era como o pai que ela havia perdido.
— Também costumo usar, quando preciso me
esquentar. Mas hoje não está tão frio — respondeu ele.
Ela analisou aquele corpo grande e bruto e se perguntou se
ele jamais sentia frio. Seu corpo parecia irradiar calor, como se houvesse uma
fogueira ardendo debaixo daquela pele morena.
Alfonso bebericou sua bebida e entrelaçou as mãos atrás da cabeça. Seus olhos escuros pregaram Anahí à cadeira.
— Por que você não tira esse casaco logo, em vez de
parecer que está dez minutos atrasada para algum compromisso?
— Estou com frio, Alfonso — murmurou ela.
— Então, aumente o termostato.
— Não vou ficar aqui por tanto tempo,
vou? — perguntou,
esperançosa.
Aqueles olhos escuros e tranqüilos analisaram minuciosamente a
pele suave e rosada que aquele vestido branco revelava, fazendo-a se sentir jovem
e incômoda.
— É necessário me olhar dessa maneira? — perguntou, inquieta, brincando com
a barra do vestido.
Ele tirou o maço de cigarro do bolso e, lentamente,
acendeu um.
— Que revolução é essa? — perguntou, com naturalidade.
Ela piscou.
— Ah, isso que o Phil disse? — perguntou, engolindo em seco. — Eu só... Ele riu.
— Anahí, não consigo me lembrar de nenhuma
conversa com você em que não tenha gaguejado.
Ela contraiu os lábios.
— Não gaguejaria se não me bombardeasse sempre que tem
oportunidade.
Ele ergueu a sobrancelha escura. Parecia completamente tranqüilo, imperturbável. Tal postura a irritava, e a
levava a se perguntar se não havia algo que o descontrolasse, o tirasse do sério.
— Eu a bombardeio?
— Você sabe muito bem disso. — Ela analisou as linhas duras de seu
rosto, reparando em sua exaustão. — Você está muito cansado, não? — perguntou, de repente, calorosa.
Ele deu uma tragada.
— Estou morto — admitiu.
— Então, por que não vai dormir? — indagou. Ele a analisou calmamente.
— Não queria ter estragado sua festa.
Aquela ternura familiar em sua voz despertou certo aborrecimento, e ela tentou
não
fitá-lo.
— Tudo bem.
— Não, não está tudo bem. — Ele jogou as cinzas no cinzeiro, ao
lado da poltrona. Suspirou profundamente, aliviando o peito. — Any, acabei de terminar um relacionamento.
Essa mulher não me
deixa em paz e, quando você disse aquelas coisas, eu exagerei. — Ele deu de ombros. — Tenho estado bastante irritado, ou,
do contrário,
não
teria dito tais palavras. Ela deu um breve sorriso.
— Você a amava? — perguntou gentilmente. Ele explodiu
em risadas.
— Não seja infantil. Preciso amar uma
mulher para levá-la para cama?
As bochechas dela ruborizaram, deixando-a com um nó na garganta.
— Não sei — admitiu.
— Não — disse ele, com o sorriso desaparecendo. — Acho que não.
Eu acreditava em amor, quando tinha a sua idade.
— Cínico — acusou-o. Ele apagou o cigarro.
— Culpado. Descobri que o sexo é melhor sem a barreira emocional.
Ela baixou os olhos, mortificada, tentando não ver o divertimento profano no rosto
dele.
— Está envergonhada, Any?— repreendeu-a. — Achei que tivesse
amadurecido depois da experiência com Ruiz.
Ao fitá-lo, lançou-lhe chamas esverdeadas.
— Temos de discutir isso de novo? — perguntou.
— Não, se você aprendeu algo com esse episódio. — Ele olhou para o vestido. — Mas tenho minhas dúvidas. Vocêestá usando algo por baixo dessa maldita
camisola?
— Alfonso — explodiu ela. — Não é uma camisola!
— Mas parece.
— É o estilo. Ele a fitou.
— Em Paris, a moda é um colete aberto, sem nada por
baixo.
Furiosa, ela jogou o cabelo para trás.
— Se eu morasse em Paris, seguiria a
moda. Ele limitou-se a sorrir.
— Seguiria? — Alfonso fitou-a novamente,
concentrando-se no decote, despertando sensações estranhas nela. — Será?
Ela segurou as mãos, pousando-as em seu colo. Sentia-se
humilhada e desprezada.
— Sobre o que você queria falar comigo, Alfonso? — perguntou.
— Convidei algumas pessoas para nos
visitarem. Ela se lembrou do convite que fizera a Dereck James e conteve a respiração.
— Quem? — perguntou
educadamente.
— Dick Leeds e a filha
dele, Vivian. Eles vão passar uma semana aqui, enquanto eu e Dick resolvemos
esse problema trabalhista. Ele é o chefe do sindicato que está nos dando toda
essa dor de cabeça.
— E a filha dele? —
perguntou, detestando-se pela própria curiosidade.
— É loura e sensual.
Ela o fitou.
— Do jeito que você
gosta — devolveu. — Com ênfase no sensual.
Ele a observou, divertindo-se em silêncio. Estava tão furiosa que seria capaz de jogar
algo nele.
— Bem, espero que você não pense que vou ajudar Maude a entretê-la — disse. — Porque também vou receber um convidado.
Alertas de perigo irradiavam daqueles olhos escuros.
— Que convidado? — perguntou resumidamente. Ela ergueu
o queixo, com coragem.
— Dereck James . Algo explodiu no rosto
dele.
— Na minha casa, não — disse, num tom cortante.
Autor(a): anninha_camillo_ponny
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— Na minha casa, não — disse, num tom cortante. — Mas, Alfonso, já o convidei — queixou-se. — Você me escutou. Se não quisesse passar vergonha, devia ter me consultado antes — acrescentou secamente. — Como ia agir, Anahí? Encontrá-lo no aeroport ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 14
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eduardah Postado em 09/03/2014 - 15:48:21
fanfic AyA Mas a Any se aparenta ser a dulce e a dulce a any ...não curti mais eu propia estou mudando quando leio a fanfic
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isajuje Postado em 13/07/2013 - 12:00:01
Ah anninha D: desculpe, eu não te abandonei, só parei de comentar (que baita cara de pau, né) KKKKKKKKKKKKKKKKK mas foi mal mesmo. Parei de comentar nas fics que você posta por que eu acabei sendo mais curiosa e lendo as histórias em outro lugar, aí ficou meio complicado de comentar KKKKKKKKKKKKKKKKKK enfim, sorry.
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anahiherrera Postado em 11/07/2013 - 22:20:45
parabens pela web historia mto lindaa continua sempre assim
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titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 15:54:57
Não vai postar?
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titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 00:01:34
Posta
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ponnyaya Postado em 10/07/2013 - 23:26:10
postaaaaaaaaaaaaaaaaa
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sasa Postado em 10/07/2013 - 22:43:04
posta mais
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titiz.lisboahotmail.com Postado em 08/07/2013 - 23:34:12
Posta mais! To adorado!
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ponnyaya Postado em 08/07/2013 - 13:55:15
Ai meu deus, o que aconteceu com o Alfonso, me deixou preocupada agora...que ódio dessa Vivian aquela cadela! Posta mais
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ponnyaya Postado em 01/07/2013 - 11:25:54
posta mais tadinha da annie ela tem que achar o cara pra ela e o alfonso perceber o que ta fazendo postaaa mais!