Fanfics Brasil - 5º capitulo Manhã de Outono {AyA} [Terminada]

Fanfic: Manhã de Outono {AyA} [Terminada] | Tema: AyA


Capítulo: 5º capitulo

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— Na minha casa, não — disse, num tom cortante.

 

 

— Mas, Alfonso, já o convidei — queixou-se.

 

 

— Você me escutou. Se não quisesse passar vergonha, devia ter 

me consultado antes — acrescentou secamente. — Como ia agir, Anahí? Encontrá-lo no aeroporto e só depois me contar?

 

 

Ela não conseguia encará-lo.

 

 

— Mais ou menos isso.

 

 

— Ligue para ele e diga que houve um 

imprevisto. Ela levantou os olhos e fitou-o. Alfonso estava sentado com uma 

pose de conquistador, mandando na vida dela. Se ela cedesse, nunca mais seria 

capaz de enfrentá-lo. Nunca. Não podia deixá-lo vencer dessa vez. Contraiu o 

maxilar, teimosa.

 

 

— Não.

 

 

Ele se levantou lentamente, com delicadeza para um homem tão grande. Aqueles ombros largos a 

intimida­vam, mesmo sem ver seus olhos firmes e intensos.

 

 

— O que disse? — perguntou em um tom suavemente 

falso.

 

 

Ela entrelaçou os dedos, indiferente.

 

 

— Eu disse não — repetiu, com a voz áspera. Seus olhos verdes o atraíam. — Alfonso, essa casa é minha tam­bém. No mínimo, passou a ser depois que você me convidou para morar aqui — ela o relembrou.

 

 

— Não disse que você podia usar essa casa para en­contros 

românticos!

 

 

— Você traz mulheres para cá — devolveu ela, relem­brando, com angústia, a noite em que, depois de 

chegar em casa mais cedo que o previsto, acidentalmente en­controu Jéssica King e ele sentados nas mesmas 

cadeiras em que se encontravam agora. Jéssica estava nua até a cintura, e Alfonso também. Anahí quase não reparara na loura. Seus olhos 

estavam enfeitiçados pela visão do peito nu e forte de Alfonso, explorado pelas mãos daquela mulher. Depois disso, não conseguira tirar essa imagem da 

cabeça; 

aquela boca sensual, aqueles olhos enegreci­dos pelo desejo...

 

 

— Trazia — corrigiu ele gentilmente, lendo o pensa­mento dela 

com uma precisão perturbadora. — Quantos anos você tinha naquela época? Quinze?

 

 

Ela assentiu, desviando os olhos.

 

 

— Só isso.

 

 

— E gritei com você, não? — relembrou. — Não es­perava que 

você chegasse em casa tão cedo. Estava an­sioso, impaciente e frustrado. Quando 

levei Jéssica para Casa, ela estava chorando.

 

 

— Eu não devia ter entrado sem bater — arrependeu-se. — Mas 

tínhamos ido à festa do colégio, eu havia recebido um prêmio e mal podia 

esperar para lhe mostrar.

 

 

Ele sorriu calmamente.

 

 

— Você sempre vinha me falar de seus 

triunfos. Até aquela 

noite. — Analisou a aversão que ela demonstra­va. — Construiu uma parede entre nós desde então. No momento em que começo a me aproximar, arranja algum 

motivo para nos afastar. Da última vez, foi Rodrigo Ruiz. Agora é esse escritor.

 

 

— Não estou tentando construir nenhuma 

parede — disse, 

na defensiva. Seus olhos o acusavam. — É você que não me deixa ser independente.

 

 

— O que quer? — perguntou ele.

 

 

Ela analisava os detalhes cuidadosos da lareira, em tons bege 

e branco.

 

 

— Não sei — murmurou. — Mas nunca vou descobrir se continuar 

me sufocando. Quero ser livre, Alfonso.

 

 

— Nenhum de nós é livre — disse, filosofando. Seus olhos 

estavam pensativos, seu tom, amargo. Ele a enca­rou intensamente. — O que a atrai em James ? — in­dagou, de repente.

 

 

Ela deu de ombros e um lampejo iluminou seus olhos.

 

 

— Ele é divertido e me faz rir.

 

 

— Isso é tudo o que procura em um homem, 

diver­são?

 

 

A maneira como ele falou lançou-lhe arrepios pelo corpo. Quando Anahí 

o fitou, a expressão em seu rosto era enigmática.

 

 

— O que mais posso querer? — perguntou sem pensar.

 

 

Um sorriso lento e sensual curvou os lábios dele.

 

 

— O fogo que um homem e uma mulher 

podem des­pertar ao fazer amor.

 

 

Sentindo-se incômoda, ela se mexeu na cadeira.

 

 

— Hoje em dia, isso é supervalorizado — disse, fin­gindo ser sofisticada.

 

 

Ele jogou a cabeça para trás e gargalhou.

 

 

— Silêncio! — Anahí repreendeu-o. — Assim, vai acordar a 

casa toda.

 

 

Ele deixou os dentes brancos à mostra, contrastando com sua pele 

morena.

 

 

— Está vermelha como uma beterraba — comentou. —: O que entende de amor, menina? Seria capaz de des­maiar 

se um homem começasse a fazer amor com você.

 

 

Ela o fitava, ofendida.

 

 

— Como você sabe? Talvez Lawrence...

 

 

— Talvez não! — interrompeu ele, com olhos con­fiantes 

e sagazes. — Você ainda é virgem, Any. Se eu ti­vesse alguma dúvida quanto a isso, teria arrancado 

você de 

Creta tão rápido que nem teria percebido.

 

 

Ela fez careta.

 

 

— A virgindade não é nenhum prêmio hoje em dia — suspirou ela.

 

 

O silêncio dele durou tanto tempo que a atenção de Anahí voltou-se para o 

tique-taque do relógio de seu avô, pendurado na parede.

 

 

— Não comece a pensar em se livrar da sua — ad­vertiu-a.

 

 

— Alfonso, não seja tão antiquado — reclamou. —Afinal — acrescentou, com um sorriso travesso —, 

como você estaria 

hoje se todas as mulheres do mundo fossem puras?

 

 

— Muito frustrado — admitiu. — Mas você não é uma das minhas mulheres, e não quero que se ofereça como uma ninfomaníaca.

 

 

Ela suspirou.

 

 

— Não corro esse risco — acrescentou, fazendo-se de boba. — Não sei como fazer isso.

 

 

— Esse vestido é um bom começo. Ela olhou para baixo.

 

 

— Mas cobre meu corpo — protestou. — É muito mais recatado do que o vestido 

de Dulce.

 

 

— Reparei — disse ele, divertindo-se.

 

 

— Dulce o considera o homem mais 

sensual da Terra. Ela sabia que o encontraria na festa.

 

 

As feições de Alfonso endureceram.

 

 

— Dulce é uma criança — resmungou, virando-se. — Sou muito velho para 

incentivar essa adoração heróica.

 

 

Dulce tinha a mesma idade de Anahí. Ao ouvir aqui­lo, seu 

coração 

caiu num precipício e ela sentiu vontade de bater nele. Alfonso sempre a 

fazia se sentir desajeitada e ignorante.

 

 

Fitou suas costas largas. Era muito bom olhar para ele. Alfonso 

era grande e vibrante, cheio de vida. Um homem tranqüilo, carinhoso. Um déspota!

 

 

— Se não posso convidar Dereck , acho que 

vou encon­trá-lo 

no congresso de escritores.

 

 

Ele virou-se para fitá-la, intimidando-a.

 

 

— Está me ameaçando, Any? — perguntou.

 

 

— Não ousaria fazer isso — respondeu, com veemên­cia.

 

 

Sua expressão era incompreensível.

 

 

— Depois, voltaremos a esse assunto. 

Fitou-o, zangada.

 

 

— Tirano — resmungou.

 

 

— Isso é o melhor que você tem?

 

 

— Chauvinista! — disse, tentando novamente. — Você me irrita, Alfonso.

 

 

Ele se aproximou lentamente.

 

 

— O que acha que faz comigo, Anahí? — rosnou. Ela olhou para seu rosto 

arrogante, ele estava muito próximo.

 

 

— Devo irritá-lo na mesma medida — admitiu, sus­pirando. — Paz?

 

 

Ele sorriu para ela, indulgente.

 

 

— Paz. Venha aqui.

 

 

Alfonso segurou o queixo dela e ergueu seu rosto. Anahí 

fechou os olhos, esperando o toque breve e familiar daquela boca. Mas não sentiu nada.

 

 

Confusa, abriu os olhos e fitou-o, a uma distância debilitante. Estava tão perto que podia ver as manchas 

douradas em sua íris castanha e as pequenas linhas que se formavam no canto 

dos olhos.

 

 

Ele tocou no pescoço dela, acariciando-a calorosa­mente.

 

 

— Alfonso? — sussurrou, insegura.

 

 

Ele contraiu o maxilar. Ela pôde ver o músculo enrijecendo-se por baixo 

daquela boca sensual.

 

 

— Bem-vinda, Any — disse asperamente, começan­do a se afastar.

 

 

— Você não vai me dar um beijo? — ela perguntou, sem pensar.

 

 

Ele ficou totalmente sem expressão. Apenas seus olhos ardiam 

lentamente enquanto a fitava.

 

 

— Está tarde — disse abruptamente, virando-se. — E estou cansado. Boa noite, Any.

 

 

Ele saiu e deixou-a ali, parada, olhando para o vazio.

 


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Autor(a): anninha_camillo_ponny

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • eduardah Postado em 09/03/2014 - 15:48:21

    fanfic AyA Mas a Any se aparenta ser a dulce e a dulce a any ...não curti mais eu propia estou mudando quando leio a fanfic

  • isajuje Postado em 13/07/2013 - 12:00:01

    Ah anninha D: desculpe, eu não te abandonei, só parei de comentar (que baita cara de pau, né) KKKKKKKKKKKKKKKKK mas foi mal mesmo. Parei de comentar nas fics que você posta por que eu acabei sendo mais curiosa e lendo as histórias em outro lugar, aí ficou meio complicado de comentar KKKKKKKKKKKKKKKKKK enfim, sorry.

  • anahiherrera Postado em 11/07/2013 - 22:20:45

    parabens pela web historia mto lindaa continua sempre assim

  • titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 15:54:57

    Não vai postar?

  • titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 00:01:34

    Posta

  • ponnyaya Postado em 10/07/2013 - 23:26:10

    postaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • sasa Postado em 10/07/2013 - 22:43:04

    posta mais

  • titiz.lisboahotmail.com Postado em 08/07/2013 - 23:34:12

    Posta mais! To adorado!

  • ponnyaya Postado em 08/07/2013 - 13:55:15

    Ai meu deus, o que aconteceu com o Alfonso, me deixou preocupada agora...que ódio dessa Vivian aquela cadela! Posta mais

  • ponnyaya Postado em 01/07/2013 - 11:25:54

    posta mais tadinha da annie ela tem que achar o cara pra ela e o alfonso perceber o que ta fazendo postaaa mais!


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