Fanfic: Manhã de Outono {AyA} [Terminada] | Tema: AyA
CAPÍTULO 3
Durante os dias que se seguiram, Alfonso estava extremamente
reservado, e Anahí apenas o observava. Era apenas Alfonso, repetia para si
mesma, seu guardião, tão familiar quanto o antigo casarão e os enormes carvalhos que o
rodeavam. Mas havia algo diferente nele, e não sabia definir exatamente o que era.
— Alfonso, está zangado comigo? — perguntou, uma noite, enquanto ele
subia para se arrumar para sair.
Ele fez uma careta.
— Por que acha isso, Anahí?
Ela deu de ombros e forçou um sorriso.
— Parece distante.
— Minha mente está assoberbada, querida — ele disse calmamente.
— Por causa da greve? — arriscou.
— Isso e alguns outros problemas — concordou ele. — Se suas perguntas tolas tiverem
acabado, vou sair.
— Desculpe. Não quero mantê-lo longe dos campos dourados de
trigo.
— Campos dourados?
— Onde você se entrega às loucuras da juventude — explicou ela, com uma sofisticação impressionante. Então, virou-se e foi para a sala de
estar, onde Christopher e Maude conversavam.
Ele riu suavemente.
— Sua calcinha está aparecendo.
Ela rodopiou, segurando a saia e olhando para baixo.
— Onde?
Ele subiu as escadas rindo, enquanto ela o fitava.
Mais tarde, Anahí o viu descendo as escadas, vestindo calças escuras, camisa de seda branca
ligeiramente aberta no pescoço e casaco de tweed, o que lhe dava um ar esportivo.
Com que mulher ele irá se encontrar? Será que ela saberia apreciar toda aquela
masculinidade vibrante e obscura? Olhá-lo era o bastante para acelerar o
coração
de Anahí. Involuntariamente, lembrou-se da noite da sua festa de boas-vindas e
do olhar estranho no rosto de Alfonso quando ele ia beijá-la, mas desistiu. Essa hesitação a deixara confusa, embora tentasse
não
pensar a respeito. Alfonso seria extremamente assustador, se não fosse seu irmão de consideração.
Dulce Saviñon veio visitá-la logo na manhã seguinte, a fim de irem cavalgar.
Parecendo delicada e frágil em seu culote de montaria, ela usava um suéter azul, no mesmo tom de seus olhos.
Suspirou ao passar por Anahí; seus olhos esquadrinhavam a área à procura de Alfonso.
— Ele saiu — adiantou-se Anahí, com um sorriso
zombeteiro.
Dulce parecia muito decepcionada.
— Oh! — exclamou, com o semblante
triste. — Achei
que ele pudesse vir conosco.
Anahí preferiu não mencionar que Alfonso faria quase
tudo, menos entrar para um mosteiro, na tentativa de evitar a companhia de sua
amiga. Isso levaria a perguntas, e principalmente a respostas, que ela achava
melhor Ignorar.
— Lá está ela, a menina dourada — disse Christopher, do alto da
escada, fitando aquela pequena loura com um interesse exagerado. — Sua mocinha sedutora!
Dulce riu deliciosamente.
— Ah, Phil, você é tão brincalhão. Venha cavalgar conosco e me deixe
provar que ainda posso ganhar de você com grande vantagem.
Ele fez uma pose irônica.
— Nenhuma menina me deixa para trás — divertiu-se. — Vamos lá!
Anahí guiou-os pela porta, puxando seu suéter verde para baixo, até que cobrisse os quadris, para se
aquecer do frio da manhã.
— Está gelado aqui fora — murmurou. Levou as mãos à cabeça para testar a força do elástico que segurava seu Cabelo. O
vento soprava com força.
— Frio e gostoso — concordou Christopher. — É incrível Como Alfonso não tem tempo para montar — mencionou, fitando Anahí com
curiosidade. — Passou todo o tempo trabalhando. E, como os Leeds vão chegar no sábado, ele terá sorte se conseguir algum tempo para
buscá-los
no aeroporto.
— Vocês continuam brigando? — sondou Dulce, olhando para Anahí.
Anahí ergueu a cabeça e observou o caminho que se
estendia à sua
frente, enquanto pegavam o atalho para o antigo estábulo, com suas baias de cercas
brancas. Seguindo pelo caminho, havia um gazebo, cuidadosamente escondido,
cercado por almofadas confortáveis, dispostas pelo chão. Anahí sempre considerara aquele
lugar um ambiente loucamente romântico; e sua imaginação viajava sempre que ia para lá.
— Alfonso e eu estamos nos entendendo
bem — disse, ignorando a acusação implicante de sua amiga.
— Não há nada mais fácil — concordou Christopher, sorrindo. — Eles nunca se vêem.
— Nos vemos, sim — discordou Anahí. — Lembra a outra noite, quando Alfonso
tinha um encontro?
Dulce olhou para Christopher.
— Ele está atrás de quem? — perguntou ela, rindo. Christopher
encolheu os ombros de maneira fatalista.
— Quem sabe? Parece que é a loura que trabalha no escritório, a nova secretária dele, se é que podemos acreditar em fofoca de
trabalho. Mas disseram que ela sabe soletrar.
— Certo, Alfonso gosta de louras — riu Anahí, fingindo estar se
divertindo exageradamente.
— Aqui está uma loura que ele evita — resmungou Dulce. — O que há de errado comigo?
Christopher passou o braço ao redor do ombro dela amigavelmente.
— Sua idade, querida — informou. — Alfonso gosta de mulheres maduras,
sofisticadas e completamente imorais. Isso a deixa fora da disputa.
Dulce suspirou com pesar.
— Nunca pude competir.
— Alfonso ia nos buscar depois do treino de líder
de torcida, lembra? — disse Anahí, lançando um olhar luxurioso para o
gazebo, ao passar por ele. — Ele ainda nos vê mascando chiclete e dando
risadinhas.
— Odeio chiclete — enfatizou Dulce.
— Eu também — concordou Christopher. — Deixa um gosto... Ah, olá — interrompeu-se, sorrindo para Alfonso.
O homem mais velho parou na frente deles, vestindo um terno
cinza elegante, blusa branca de seda impecável e gravata combinando. Era o próprio magnata, digno e refinado.
— Bom dia — disse Alfonso com frieza. Ele sorriu
para Dulce. — Como vai a sua mãe?
— Muito bem, Alfonso. — Dulce suspirou, aproximando-se para
segurar o braço
dele com seus dedos finos. — Você tem tempo para cavalgar conosco?
— Como eu gostaria, pequenina — disse. — Mas já estou atrasado para uma conferência.
Anahí deu meia-volta e saiu correndo para o estábulo.
— Vou na frente — gritou por cima do ombro. — O último a chegar é mulher do padre!
Ela correu praticamente todo o caminho que levava até o estábulo, chocada com seu próprio comportamento. Sentia-se
estranha. Enjoada. Ferida. Vazia. Ver Dulce tocando o braço de Alfonso havia despertado uma
onda de ,: fúria
dentro dela. Queria bater em sua amiga, apenas por tê-lo tocado. Não estava entendendo seus sentimentos.
Distraidamente, entrou no estábulo e começou a preparar os arreios, a rédea e a sela. Mal reparou quando o
pequeno cavalo castanho ficou pronto para ser montado. Ele empinou
nervosamente, como se sentisse o humor instável dela e reagisse à sua inquietação.
Dulce juntou-se a ela, enquanto levava Sundance para fora do
estábulo,
em direção
ao sol da manhã.
— Onde está Phil? — perguntou Anahí, tentando controlar
o tom de sua voz.
Dulce encolheu os ombros.
— Alfonso o arrastou para o escritório para algum tipo de conselho de
guerra. Pelo menos, pareceu ser isso.
— Ela suspirou. — Alfonso parecia muito furioso com
ele.
— Seu rosto se iluminou. — Como se não gostasse da idéia de ver Christopher cavalgando
comigo. Any, você acha que ele está com ciúmes? — perguntou, animada.
— Isso não me surpreenderia — Anahí mentiu, lembrando-se dos
comentários
de Alfonso sobre sua amiga. Mas, franzindo o cenho, ela se perguntava se
aquilo era sério.
Por que não
queria que Christopher cavalgasse com elas?
Anahí sabia que Alfonso achava que, às vezes, Christopher adotava uma
postura muito irresponsável em relação ao empreendimento multi-empresarial da família. Mas por que impedir que ele
fizesse esse passeio matinal, a não ser que... Ela não queria pensar nisso. Se Dulce
tivesse razão, não queria saber.
— Apronte-se e vamos lá — gritou Anahí. — Estou ansiosa para galopar!
— Por que veio correndo para cá? — perguntou Dulce, antes de entrar no
estábulo
e preparar o seu cavalo. — Apresse-se — ordenou Anahí, ignorando a pergunta. — Maude quer que eu a ajude a preparar
alguns cardápios
para a visita dos Leeds.
Dulce preparou o cavalo rapidamente, a pequena égua chamada Whirlwind, bem disposta
como um dia ensolarado de verão.
Autor(a): anninha_camillo_ponny
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As duas meninas cavalgaram envoltas por um silêncio amigável. Anahí fitava as colinas verdes, já coloridas pelos tons do outono; ao longe, as árvores começavam a assumir a coloração levemente dourada, que logo passariaa um laranja brilhante, vermelho e, por fim, vinho. O ar estava limpo e fres ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 14
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eduardah Postado em 09/03/2014 - 15:48:21
fanfic AyA Mas a Any se aparenta ser a dulce e a dulce a any ...não curti mais eu propia estou mudando quando leio a fanfic
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isajuje Postado em 13/07/2013 - 12:00:01
Ah anninha D: desculpe, eu não te abandonei, só parei de comentar (que baita cara de pau, né) KKKKKKKKKKKKKKKKK mas foi mal mesmo. Parei de comentar nas fics que você posta por que eu acabei sendo mais curiosa e lendo as histórias em outro lugar, aí ficou meio complicado de comentar KKKKKKKKKKKKKKKKKK enfim, sorry.
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anahiherrera Postado em 11/07/2013 - 22:20:45
parabens pela web historia mto lindaa continua sempre assim
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titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 15:54:57
Não vai postar?
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titiz.lisboahotmail.com Postado em 11/07/2013 - 00:01:34
Posta
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ponnyaya Postado em 10/07/2013 - 23:26:10
postaaaaaaaaaaaaaaaaa
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sasa Postado em 10/07/2013 - 22:43:04
posta mais
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titiz.lisboahotmail.com Postado em 08/07/2013 - 23:34:12
Posta mais! To adorado!
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ponnyaya Postado em 08/07/2013 - 13:55:15
Ai meu deus, o que aconteceu com o Alfonso, me deixou preocupada agora...que ódio dessa Vivian aquela cadela! Posta mais
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ponnyaya Postado em 01/07/2013 - 11:25:54
posta mais tadinha da annie ela tem que achar o cara pra ela e o alfonso perceber o que ta fazendo postaaa mais!