Fanfics Brasil - Capítulo 1 - Mudanças. Sua vida, suas escolhas

Fanfic: Sua vida, suas escolhas | Tema: Romance


Capítulo: Capítulo 1 - Mudanças.

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Meu despertador toca barulhento e impaciente me despertando de um sono sem sonhos.


 


Sento-me imediatamente na cama e verifico meu relógio de cabeceira, são 05:00 horas da manhã.


 


Assim que meus olhos se ajustam a luminosidade do quarto verifico minhas malas, prontas no canto próximo ao banheiro. Minha barriga congela por dentro.


 


É hoje, depois de meses de preparações o dia de minha viagem chegou. Claro que eu estou animada, mas pela primeira vez sento medo.


 


Não posso me prender a esses pensamentos e não posso me atrasar. Vou direto para o banho.


 


Enquanto me arrumo na grande penteadeira do meu quarto vejo pelo reflexo do espelho minha mãe entrar e sentar-se na minha cama. Já está vestida e me olha com um olhar de preocupação que eu sei que ela está tentando exasperadamente esconder.


 


Olhe com simpatia para minha doce e preocupada mãe. Está com os cabelos presos em um elegante coque, e veste jeans escuros com um tweed azul. Nossa semelhança é impressionante.


 


- Bom dia dona Luisa.


 


- Bom dia querida. Seu pai está quase pronto. Você teve uma boa noite de sono?


 


Sinto pelo modo como ela pronuncia as palavras, que ela deseja mesmo perguntar se eu desisti de meus planos.


 


- Dormi muito bem, estou um pouco ansiosa eu acho.


 


Frederico, meu gato, entrou no quarto nesse momento e pula direto em meu colo. O abraço e sinto seu cheirinho de leite fresco.


 


- Ai Frederico, como eu vou sentir sua falta - minha voz é insuportavelmente irritante quando eu falo com animais e bebes e eu sei disso.


 


Percebo minha mãe se levantando com lágrimas muito mal escondidas em seus olhos.


- Vou deixar que você termine de se arrumar com privacidade. Já são quase 6 horas da manhã, precisamos sair em 10 minutos no máximo.


 


Me olho no enorme espelho e presto atenção em meu reflexo.


Branca como sempre, longos cabelos pretos e olhos amendoados e pretos revestidos de máscara para cílios e lápis preto, minha marca registrada.


Eu sempre fui pequena, muito pequena, mas estou tão magra agora. Preciso de mais corretivo que costumo aplicar para disfarçar meu semblante abatido. 


Passo blush nas bochechas, e iluminador no rosto. Pronto, assim está bom.


Me visto com meu jeans branco confortável, camisa branca, blazer branco e sapatilhas confortáveis. Sento-me novamente, e fico esperando que meu pai venha me ajudar com a bagagem, no total eu tenho duas malas enormes e uma menor, para levar comigo a bordo.


 


Espero no total 10 minutos quando meus pais entram no quarto para me ajudarem a carregar tudo que eu vou levar comigo.


 


Meu pai se aproxima de mim e me me abraça forte. A verdade é que na última semana, eu havia recebido muitos abraços de meu pai. Isso me faz sentir quase arrependida mesmo que não estivesse por fazer nada de errado.


 


- Bom dia, pai


 


- Você está pronta? - Percebo que se ele falar um pouco mais, vai acabar perdendo o controle e me trancando em casa.


 


- Claro! Vocês têm algum plano para o resto do dia? Que pergunta estúpida! Mas foi a única em que consegui pensar para mudar de assunto.


 


- Acho que ficaremos somente em casa hoje. – Meu pai responde secamente.


 


- Gabriel está dormindo? Não pude me despedir dele. – Gabriel é meu irmão, o caçula da nossa família, tem 16 anos e é muito maduro para a idade.


 


- Helena – Minha mãe falou pausadamente. Você sabe como ele se sente a respeito de você partir assim, tenho certeza que você aproveitou com bastante qualidade sua companhia nos últimos dias, acho melhor você deixá-lo dormir.


 


Admito que me sinto quase culpada nesse momento, mas minha mãe sempre educada, firme e direta tem razão.


 


- Não se esqueçam de dizer a ele que sentirei saudades e que se ele se comportar trarei tudo o que pedir - foi o que pude responder.


 


Descemos as escadas e encontro Maria, ajudante de minha mãe já em casa com um copo de suco de laranja nas mãos.


 


- Aqui Heleninha, fiz seu suco favorito. Sentirei sua falta.


 


- Oh Maria, obrigada. Promete que vai cuidar deles por mim? – Dona Ma, como eu a chamo, trabalha em casa há uns 10 anos. É baixinha, quase como eu, e bem gordinha. Seus cabelos pretos estão sempre amarrados em um coque e ela cheira a baunilha, cheiro de infância. Ela faz parte da família e eu a amo.


 


- Claro minha querida, e você prometa se cuidar e se alimentar, tudo bem?


 


Assinto com a cabeça, lhe dou outro abraço e sigo atras de meus pais para a garagem.


 


Estamos no carro e são 6:15 da manhã, dou uma última olhada em minha casa, e no condomínio em que moro enquanto nos dirigimos para o aeroporto.


O dia já esta claro, mas sem Sol, quase um presságio de meu destino. Nas ruas já é possível ver algumas pessoas se exercitando e passeando com seus cachorros.  


 


A viagem segue em silêncio, o que é incomum para meus falantes pais, mas a verdade é que eles estão travando bravamente uma luta com seus sentimento, para que não demonstrem sua real desaprovação.


 


Fiquei pensando em como tudo aquilo é exagerado. Serão apenas 04 meses em Londres. Mantenho-me de boca calada, não aguento mais discussões.


Meu celular toca e vejo que recebi uma mensagem


Heleninha, boa viagem!


Eu, seu cunhado e seus sobrinhos amados sentiremos saudades!


Queremos presentes!


Te amamos!


 


Lídia é minha irmã mais velha. Mora no Rio de Janeiro com seu marido, Fernando e meus dois sobrinhos, Lara e Maurìcio.


 


Respondo: 


 


A verdade é que já estou morrendo de saudade de vocês!


Pra você e pro Fernando não vou trazer nada, mas para as crianças, você me conhece! O céu é o limite.


Beijo, amo muito vocês todos.


 


Chegamos sem qualquer congestionamento ao aeroporto às 07 horas da manhã, com uma hora para meu vôo.


 


Meus pais ainda em silêncio me cercam e nos direcionamos a área de embarque.


 


Apesar do horário (eu detesto acordar de manhã) o aeroporto está cheio. Pessoas andando com pressa, ocupadas com seus próprios assuntos, crianças correndo por todos os cantos, a energia era ótima e eu me sinto mais ansiosa ainda.


 


Noto a presença de vários fotógrafos, mas não faço ideia do que estavam fazendo lá.


 


A hora do check in é uma loucura. Minhas malas, como já esperado, ultrapassaram o limite de peso permitido e nós temos que correr para pagar os impostos devidos a tempo de embarcar minha bagagem.


 


Depois de um pouco de desespero, meu pai consegue resolver tudo para mim.


Olho meu relógio e vejo que agora são 07:35, hora de me despedir.


Minha mãe que até então estava forte como uma rocha, desaba a chorar no ombro de meu pai.


 


Meus pais me abraçam com mais força do que eu imaginei ser possível e me deixam sozinha, somente meu pai pôde dizer “Deus vai cuidar de você, que é nossa princesa” e se vão apressados, me deixando lá, sozinha.


 


Eu me fiz de forte tantas vezes nos últimos meses, que não derramo sequer uma lágrima quando percebo estava agora, com minha própria companhia.


Mando então uma mensagem para meus pais, dizendo que os amo e que eles não precisam se preocupar comigo, tudo ficará bem e 04 meses passam muito rápido.


 


Resolvo tomar um expresso e eu que até então estava me sentindo muito cansada, desperto e me arrependendo imediatamente de ter tomado café momentos antes de embarcar em um voo longo e diurno.


Envio uma mensagem para minha melhor amiga Marina. Ela organizou uma festa do pijama para mim na semana passada, uma despedida antecipada já que semana passada foi uma loucura com muitos ajustes de última hora.


Me distraio lendo uma revista de fofocas quando finalmente ouço uma voz suave no auto falante anunciando meu voo...


 



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Autor(a): fernanda_maciel

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Espero que todos entrem e vou para a fila de embarque. Entrego meu passaporte para o funcionário e sigo em frente segurando minha pequena mala de mão, minha bolsa e um casaco nas mãos. Ao embarcar no avião, sou logo abordada por um comissário todo solicito que me direciona ao meu assento. Oh os privilégios da primeira classe. Sinc ...



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