Fanfics Brasil - Capítulo 02 - Embarcando Sua vida, suas escolhas

Fanfic: Sua vida, suas escolhas | Tema: Romance


Capítulo: Capítulo 02 - Embarcando

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Espero que todos entrem e vou para a fila de embarque.


Entrego meu passaporte para o funcionário e sigo em frente segurando minha pequena mala de mão, minha bolsa e um casaco nas mãos.


Ao embarcar no avião, sou logo abordada por um comissário todo solicito que me direciona ao meu assento. Oh os privilégios da primeira classe.


Sinceramente eu detesto voar, mas não posso deixar de admirar o avião.


A primeira classe oferece tanto conforto, que apesar de dividir o local com estranhos parece um quarto espaçoso e aconchegante todo em tons claros.


Quando me aproximo de meu assento noto que há uma aeromoça parada em frente a minha poltrona, conversando com uma moça loira e alta na casa de seus trinta anos.


 


A aeromoça era morena, alta e muito bonita, mas aparentava estar muito desconfortável naquela conversa.


Ao me ver, sorri e assim que eu chego próximo a ela me explica meio apressada:


 - Boa tarde, sinto muito o incômodo, acontece que seu lugar será dividido com uma criança de 05 anos, e sua mãe - apontou para a moça loira - está preocupada.


Movo minha cabeça pra ver do que ela estava falando, e avisto um lindo menino de cabelos ruivos  lisos, sentado no assento ao lado do meu olhando tranquilamente para frente.


A mãe do menino intervindo sem graça na conversa me diz:


 - Sinto muito a intromissão, mas será que você se importa de trocar de lugar comigo? Meu filho Mateus é muito pequeno, é a primeira vez que ele viaja sem sua baba e eu gostaria de manter meus dois olhos nele.


- Oh, mas é claro que não me importo.


A moça loira sorrindo para mim com alivio senta-se imediatamente ao lado de seu filho na minha ex poltrona.


 


A comissária pede então que eu a acompanhe até meu novo lugar.


 


Direcionamos-nos ao final da primeira classe e meu coração simplesmente para quando eu percebo que ninguém menos que John Matews  está sentado na janela olhando para nós com curiosos olhos.


 


John é um ator, rico, gato e famoso e eu não faço ideia do que ele está fazendo no mesmo voo que eu. Na realidade, eu nem sabia que ele estava no Brasil.


 


Até então não tinha reparado em sua presença, mas soube imediatamente que ele estava prestando atenção à nossa conversa, provavelmente tentando entender o idioma.


 


Controlando meus nervos, agradeço a aeromoça por me ajudar a colocar minha bagagem de mão no compartimento do avião, dou um sorriso meio amarelo para meu parceiro de voo e me sento.


 


Tudo bem, admito que esteja nervosa e sem graça por sua presença, mas ele é só um passageiro e não pode me intimidar.


 


Trato de me acalmar. Sento-me no confortável assento, que mais parece uma cama do que uma cadeira e pego meu Ipad para escolher o livro que eu vou ler durante a viagem.


 


Escolho a culpa é das estrelas, um de meus livros favoritos. Uma leitura rápida e excelente.


 


Já estou sentada aqui há mais ou menos 40 minutos e acho que todos os passageiros já embarcaram e se acomodaram.


 


O comandante acabou de anunciar nossa decolagem e meu corpo inteiro gela.


 


Agora o avião está taxiando e eu estou completamente apavorada, não me importo mais ao lado de quem estou sentada ou então para onde estou indo. O pânico se espalha pels minhas veias como veneno.


 


Fecho meus olhos firmemente, me recuso a ver qualquer coisa ao meu redor.


 


Eu juro, não sei que reação é essa, mas o avia está decolando e eu preciso de alguém para segurar, assim, ainda com os olhos fechados começo a fuçar no banco ao lado, agarrando as mãos de John com toda minha força.


 


Aguardo os intermináveis minutos para que o avião se estabilize no ar, ainda segurando suas mãos.


 


Parece uma eternidade, mas sinto que a aeronave está agora em linha reta. Pronto Helena, o pior passou penso comigo mesma, mantenho-me indiferente e com olhos fechados criando coragem para encarar o estranho ao meu lado, sei lá, preciso pedir desculpas.


 


Também sinto alívio, por ele não ter soltado minha mão ou pior ele poderia ter chamado a segurança.


 


Abro meus olhos e quando me viro para o lado, percebo John me encarando com olhos semicerrados e com um fantasma de sorriso em seus lábios.


 


Com meu inglês totalmente tímido digo:


 


- Desculpa por ter te esmagado, eu detesto voar.


 


Eu estive mantendo minha cabeça firmemente voltada para frente e com os olhos fechados, e só agora posso reparar perfeitamente nele.


 


Cabelos loiro-escuro bagunçados parece que acordou e saiu sem sequer se olhar no espelho. Sua barba é loira e aparenta estar sem fazer a o que, dois dias? Seus olhos são verdes, pequenos e perfeitos e eu quero ficar assim, perdida neles para sempre. – Percebo que estou prendendo minha respiração.


 


Preciso respirar digo a mim mesma em uma tentativa patética de recobrar a atenção. Conto até 10 e consigo formular uma linha de raciocínio coerente.


 


Acho que ele está surpreso por eu falar inglês, ou com medo por eu ser uma doida, mas com um pequeno sotaque britânico ele me responde:


 


- E quem não tem?


 


Agora percebo, ainda estou agarrando sua mão!


 


Ai Jesus, se eu pudesse cavar um buraco aqui, eu o faria, agora e me colocaria lá dentro.


 


Solto a mão dele e com um sorriso forçado e amarelo volto para meu livro.


 


Meu relógio está marcando 9:30 da manhã, já estou voando a mais de 01 hora e bastante concentrada em Hazel e Augustus.


 


Estou na parte que ela escreve um memorial para ele na igreja e estou chorando feito uma boba!


 


Sinto agora um cutucão no braço e me viro para o lado e encontro John me olhando com olhos especulativos – Sim John me deu um cutucão no braço.


 


Sério, já não me bastasse toda a humilhação de ter feito a mão dele de squeeze, ele agora me chama bem no momento que estou literalmente chorando em bicas?


 


Enxugo minhas lágrimas com as costas de minhas mãos e olho para ele, que bem baixinho diz:


 


- Você está bem?


 


Franzo minha testa, primeiro porque seu tom de voz é muito baixo, e em segundo lugar, que raios de pergunta seria essa?


 


- O que? Eu digo imitando seu jeito absurdamente baixo de falar.


 


- Você está bem? Porque está chorando. Pensei que pudesse estar com algum problema – ele me respondeu tão pausadamente que eu me vi cochilando umas cinco vezes durante a fala.


 


- Eu estou bem, é o livro que me faz chorar.


 


- Oh. E isso é tudo que ele me diz.


 


Percebo que esse será nosso único diálogo se eu não conseguir pensar em algo rápido. Faço meu cérebro funcionar rapidamente em busca de um assunto que finalmente me agrada:


 


- Você sempre fala sussurrando assim? – Falei docemente, mas com uma pequena dose de sarcasmo.


 


Continuo olhando para ele, que está me olhando de volta dando uma gargalhada baixa.


 


Eu devo ter sido muito engraçada porque ele ainda está rindo e eu não consigo desviar meus olhos dele.


 


- Desculpe, acho que eu sou meio paranóico, tenho medo de que as pessoas fiquem ouvindo minhas conversas. – sua resposta é tão natural, me desarma e me deixa surpresa.


 


- Oh. E você acha que suas conversas são sempre tão interessantes, a ponto de que as pessoas fiquem prestando atenção em você? – Não acredito que eu disse isso! Que estúpida! Eu quero o que, conversar ou afastar o cara?


 


Apesar da minha falta de educação, seu sorriso é deslumbrante e novamente sussurra: 


 


- Tudo que eu falo é interessante.


 



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Autor(a): fernanda_maciel

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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  Rolo meus olhos com um sorriso nos lábiose volto para meu livro. Mas concordo que o rapaz tem um bom ponto, ele é mesmo interessante.   Preciso me distrair repito para mim mesma como uma ladainha, mas Hazel e Augustos não conseguem mais me prender.   Acho que devo puxar papo, pela arrogância dele, se ele não quiser conv ...


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