Fanfic: Somente Você (solo tú) Portiñon | Tema: portiñon

Capítulo 3: um dia a mais

 Anahi seguia com os olhos fechados, havia dormido muito pouco esta noite. Tentava lembrar como havia sido o acidente. Em um segundo estava a ponto de perder a vida, dizem que não se sabe o que tem até que o perde, pois Anahi esteve a ponto de morrer e agora via a vida de outra forma.

 Os policiais já haviam tomado sua declaração ainda que pouco havia servido apesar de não lembrar-se de nada sobre o acidente. Haviam comentado que o seguro do falecido pagaria uma indenização, mais não lhe importava o dinheiro.

 Sua mente deixou os problemas de lado e se concentrou na medica ruiva, admirando tudo o que se lembrava dela.

Dulce salvou minha vida quando todos pensavam que eu estava morta- pensava sem  abrir os olhos vizualizando-a em sua cabeça- é lindíssima, certamente tem namorado. Tem olhos da cor de chocolate e a pele da cor de caramelo, um lindo corpo e uns lábios sensuais que devem ter gosto de... Framboesa- depressa abriu os olhos ao sentir como sua pele se ouriçava por somente ter esses pensamentos. Estava pensando no gosto dos lábios da médica! Estava mal, se dizia mentalmente.

 - o que está pensando Anahi! é uma mulher!- disse a si mesma em voz alta. A porta do quarto se abriu em um golpe dando passagem a uma enfermeira com várias coisas nas mãos.

- Bom dia- disse a enfermeira-  hora dos seus medicamentos . Como se sente?- perguntou a mulher segurando uma seringa e injetando em sua veia.

- muito melhor, já não me dói tanto os pontos- disse a loira.

A enfermeira começou a revisar os pontos que tinha no abdômen devido a operação. Anahi queria saber se Dulce trabalharia hoje, queria vê-la.

- perdão, a senhora Sabe se Dulce...quero dizer, a doutora Espinoza trabalha hoje? Lhe pedi um favor ontem e não sei se ela conseguiu.  

- ah sim, acredito trabalha hoje. Já caiu em sua rede, não?-

- não entendi- respondeu sem entender o porque da pergunta.

- a doutora Dulce é famosa por ser uma “ Don Juan” com as mulheres, muitas caíram em sua rede, independente de ser paciente, médicas enfermeiras.. mais nenhuma dura mais de uma semana com ela-. explicou ao terminar de cuidar dos pontos e voltar a cobri-la com o lençol.

 -eh.. eu não... não sou gay.

- isso é o que todas dizem antes de cair- expressou antes de sair pela porta e deixar a uma confusa Anahi no quarto. O que a enfermeira quis dizer? 

As horas iam passando e Anahi seguia muito entediada no quarto, quase não podia se mover e seu único entretenimento era a televisão.

Anahi seguia dando voltas e voltas ao que havia dito a enfermeira. Dulce era lésbica e não sabia porque uma parte dela se agradava por isso.

 - pode entrar- disse a paciente depois de escutar como alguém batia na porta, tentou ajeitasse para ficar u pouco mais cômoda na cama.

 A porta se abriu e entraram duas pessoa, uma mulher com os cabelos negros e olhos escuros e um rapaz também alto de cabelos castanhos.

Maite correu ate a cama para abrasa-la com todas as suas forças e bem atras dela o rapaz esperando sua vez de abrasar. A noticia de seu acidente havia chegado a eles nessa manhã e não demoraram a ir visita-la no hospital.

- Mai...- disse quase sem ar- você ta..me machucando- 

 - Ups! Sinto muito!- respondeu a moça se separando-

Agora era a vez do rapaz abrasa-la com menos intensidade que a morena.

 - vimos assim que nos ligaram do hospital, doutora Espinoza, acredito que era assim seu nome- disse o rapaz. No rosto de Anahi istantaneamente apareceu um pequeno sorriso sem que ela pudesse evitar.

- porque você não nos avisou?- questionou Maite.

- meu celular ficou destruído depois do acidente, não tinha como ligar- explicou Anahi.

Anahi lhes explicou com detalhes o que havie lhe passado, seu estado ao chegar ao hospital e também explicou que quase estaria morta se não fosse Dulce. Mayte e Christopher não puderam evitar em deixar escapar algumas lágrimas ao pensar que sua amiga poderia ter morrido nesse acidente.

Maite e Christopher eram como irmãos para Anahi, se conheciam desde pequenos e sempre haviam estado juntos. A loira lhes perguntou como a academia de dança que eles tinham, os dois, depois de casarem-se, criaram uma academia e ali ensinavam todo tipo de dança. Sua paixão pela dança os havia unido e agora estavam finalmente casados. 

- antes de vir ao hospital ligamos para Poncho- disse Christopher com cara desgosto, Anahi ficou séria nesse instante. Seu namorado, um namorado que não via a meses, uma relação de mais de dois anos que cada vez ia pior. 

- o que ele te disse?- perguntou a paciente sem muito interesse, já imaginava a resposta. 

- que não podia vir, tem uma partida essa semana e na semana que vem- respondeu o rapaz.

- é muito mais importante seu joguinho de futbo do que vir ver a sua namorada que esteve a ponto de morrer em um acidente de carro. E o única coisa que diz é “ espero que melhore”- maite poucas vezes se irritava mais nas vezes em que isso acontecia era por razões como esta.

Alfonso Herrera era um jogador de futebol americano e a um ano não parava de viajar por todo o país jogando partidas e nível nacional, por isso cada vez se viam menos e o amor que antes tinham agora era quase inexistente.