Fanfics Brasil - CAPÍTULO 10 ROMANCE INESPERADO - AyA - Adaptada

Fanfic: ROMANCE INESPERADO - AyA - Adaptada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO 10

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Os cabelos e ombros de Anahi e Alfonso já estavam cobertos de neve quando eles chegaram em casa.
Anahi estava prestes a tomar a direção de sua caminhonete quando Alfonso a segurou pelo cotovelo e a puxou na direção da casa.
— Alfonso…
Ele se deteve no degrau do alto, olhou para os olhos verdes suaves dela e disse:
— Você pode ficar aqui até a tempestade passar. Ela se enfiou mais fundo na sua jaqueta, sacudiu o cabelo e disse:
— Isso pode demorar algumas horas.
Que bom, ele quase disse, feliz. Mas conseguiu se conter a tempo. A verdade é que ele não queria voltar para aquela casa sozinho. Já era suficientemente ruim ficar preso na casa em silêncio quando o sol estava brilhando. Ficar sozinho com a neve caindo lá fora e as nuvens baixando cada vez mais ia lhe dar a sensação de estar enfiado numa caverna escura.
— Pode também acabar em alguns poucos minutos — pontuou ele.
— Se eu estivesse em casa agora — disse Anahi —, faria um chocolate quente.
— Posso providenciar isso — disse Alfonso. — Acho que temos conhaque também.
Ela subiu mais um degrau, aproximando-se um pouco mais dele.
— Conhaque também seria muito bom. Você tem alguma coisa para comer?
Ele estendeu a mão e esperou que Anahi a tomasse. Quando ela o fez, seus dedos se curvaram gentilmente em torno dos dela.
— Tem muita coisa na geladeira.
Anahi subiu o último degrau e ficou finalmente ao lado dele, lançando-lhe um sorriso que o aqueceu por dentro, apesar do vento gelado.
— Então por que é que continuamos aqui fora, na tempestade?
Eles atravessaram o terraço coberto, entraram na casa e tiraram as jaquetas e botas, para então seguirem juntos para a cozinha.
— Vamos tomar aquele conhaque primeiro e cuidar da comida depois — disse Alfonso, conduzindo-a até a sala.
— Boa idéia — disse ela, tremendo um pouco enquanto o seguia pelo corredor.
A lareira da sala já estava acesa. Ela foi direto para lá, enquanto Alfonso seguia para o bar. Ele encheu dois copos e então se juntou a ela, perto do fogo. Depois ficou olhando para o líquido cor de âmbar por um longo momento antes de tomar um gole.
Ele sentiu o álcool queimá-lo por dentro enquanto erguia o olhar na direção de Anahi. A luz do fogo brincava sobre a sua pele e dançava em seus olhos.
As pontas de seu cabelo brilhavam, mexendo profundamente com ele.
Anahi tomou um gole e expirou com força, para depois sorrir.
— Isso esquenta rapidinho, não é? Alfonso cerrou os dentes e tomou mais um gole.
O calor que a bebida produziu não tinha nada a ver com o outro tipo de calor que se apoderava dele. O simples fato de olhar para Anahi o estava fazendo incendiar.
Já havia mais de uma semana que tentava não pensar nela, porém sem sucesso. Cada vez que fechava os olhos era ela que a via, e quando sonhava, era nela que ele tocava. Quando achava que estava prestes a enlouquecer, devido ao silêncio daquela casa, ela chegou e ele quase acabou enlouqueceu mesmo, só que por outros motivos.
Anahi se sentou ao lado da lareira de pedra, com o fogo em suas costas, e olhou para ele com o copo na mão.
— E então, você é o mesmo Herrera, dos Hotéis Herrera?
Ele ergueu uma sobrancelha enquanto tomava mais um gole.
— Acho que sim. Como ficou sabendo disso? Ela sorriu.
— Foi só um palpite. Hunter`s Landing não é a lua. Nós também lemos jornais e revistas por aqui. Qual dos hotéis é o seu favorito?
Ele deu de ombros.
— Não tenho um favorito. Todos são estabelecimentos de ponta, cada um deles com seus defeitos e qualidades.
— Nossa, mas isso é que é entusiasmo.
— Como assim?
— Ora, Alfonso, vamos lá. Você é proprietário de hotéis quatro estrelas…
— Cinco — corrigiu ele automaticamente.
— Isso mesmo. Em lugares bonitos, exóticos, espalhados pelo mundo todo. Você fala neles como se não tivessem nada de especial. Como se não fossem diferentes de nenhum outro hotel exclusivo. É isso mesmo o que você acha?
Alfonso franziu as sobrancelhas e se sentou ao lado dela, apreciando o calor da lareira.
— É o negócio da minha família. São propriedades de imenso valor e faço o que posso para mantê-las.
— Hã-hã — disse ela, cutucando o braço dele com o ombro. — Você alguma vez se hospeda num deles, em… Paris ou Dublin, por exemplo, só para se divertir?
— Não — respondeu Alfonso, perguntando-se por que a decepção dela o estava incomodando. — Tenho uma agenda muito rigorosa para cumprir. Os gerentes dos hotéis sabem quando vou passar por cada um deles e se preparam para a minha inspeção…
Ela suspirou.
— O que foi?
— Eles também batem continência quando você chega?
Alfonso a olhou com uma cara zangada.
— Não sou nenhum general ou coisa parecida.
— Você bem poderia ter me enganado — resmungou ela para então tomar mais um gole de conhaque. — Você apavora todas as pessoas que trabalham para você?
— Claro que não — disse Alfonso, perguntando-se por que ele de repente estava parecendo pomposo até para si mesmo.
— Sabe — disse ela, erguendo o seu copo para olhar o salão através do líquido âmbar. — Se você mudasse a sua agenda de vez em quando, poderia pegar os seus gerentes de surpresa e descobrir como é realmente a vida nos seus hotéis.
Alfonso olhou para ela, mas Anahi não estava olhando para ele. As palavras dela, contudo, continuavam ecoando em sua mente.
— Você quer dizer que eu deveria aparecer sem avisar?
— Por que não? Os hotéis são seus, não são?
— Sim, mas é preciso seguir uma agenda para manter algum tipo de ordem.
— Claro, mas quando sabem que o papai está vindo para casa, as crianças se comportam direitinho, não é?
— Não posso acreditar que nunca tenha pensado numa coisa dessas.
— Nem eu — disse ela, sorrindo. — Será que você nunca faz nada que não tenha sido minuciosamente programado? Nunca tira um tempinho só para você? Você é tão reprimido que chega a me dar dor de cabeça.
Ele suspirou e deu de ombros.
— No meu mundo, não há tempo para relaxar.
— Mas você deveria fazer com que houvesse. — Ela se voltou para a lareira, pousou a mão no seu braço e disse: — Quando fica num daqueles hotéis exclusivos e fabulosos, por exemplo, você alguma vez pára para dar uma nadada? Fazer uma massagem? Apreciar a vista?
— Não, não vou para lá por prazer…
— Por que não?
— Porque…
— Pessoas do mundo inteiro desejam ir aos seus hotéis para experimentar alguma coisa incrível. Eu já vi alguns deles na TV e nas revistas. Meu Deus, faria qualquer coisa para ir aquele em Londres.
Ele sorriu, lembrando-se da entrada do hotel.
— É mesmo lindo — refletiu ele, surpreendendo-se por não ter realmente apreciado o lugar até enxergá-lo através dos olhos entusiasmados de Anahi. —A vista da suíte do proprietário é ainda mais impressionante — disse ele. — Dá para ver o Big Ben e a Roda do Milênio.
— A enorme barca da Roda! — gritou ela, agarrando o seu braço com força. — Você já passeou nela? — Ela fez uma pausa e então disse: — É óbvio que não. Alfonso, você alguma vez se diverte?
— É claro que sim — disse ele, um tanto quanto insultado.
— Pois então, prove. Diga uma coisa que você fez só por diversão no último mês — desafiou ela.
— Eu me sentei em frente a uma lareira e deixei uma linda mulher me insultar.
Anahi inclinou a cabeça e lhe lançou um sorriso que fez seu coração tremer e repetiu:
— Linda?
— Suponho que essa foi a única parte que você ouviu.
O sorriso dela se ampliou ainda mais.
— Essa é boa!
Alfonso adorou o lampejo de humor nos olhos dela. Pela primeira vez depois de muito tempo, ele se deu conta de que não estava se sentindo preso numa couraça, nem pressionado. Não estava com nenhuma pressa de terminar o seu trabalho, checar os e-mails ou deixar a casa.
De repente não havia nenhum outro lugar na face da terra onde ele quisesse estar.
Um silêncio se estendeu por mais alguns minutos. O único som no recinto era o do crepitar da madeira na lareira. O fogo projetava belas sombras nas paredes e lá fora, flocos brancos voavam ao sabor do vento.
— Eu tenho inveja de você — disse ela baixinho. — Todos os lugares que você já conheceu.
— Você gosta de viajar?
— Eu nunca realmente viajei muito, mas adoraria. — Ela cruzou as pernas, deixando suas meias brancas despontarem, num contraste brilhante com os seus jeans escuros. — Eu tinha grandes planos — admitiu ela. — Quando adolescente, eu ia a livrarias e comprava mapas de cidades estrangeiras. Eu era capaz de me orientar de olhos fechados em Paris, de tanto que tinha estudado estes mapas. Londres, Dublin, Barcelona, Roma, oh… Veneza. — Sua voz assumiu um tom sonhador que tocou Alfonso profundamente.
— Eu queria tomar vinho, viajando numa gôndola, ver os moinhos da Holanda, os Alpes suíços…
— Mas…
— Mas — disse ela, lançando-lhe um sorriso fascinante e erguendo o copo para mais um gole — a vida tem as suas surpresas. Tive que tomar conta de Kelly, acabei me ocupando da cidade e…
— Você parou de ler os seus mapas?
— Oh, não — disse ela. —Ainda tenho todos eles. Estudo-os e faço planos para um desses dias. E você? Para onde vai quando este mês acabar?
— Vou passar duas semanas em Barbados e depois Madri.
Ela suspirou.
— Parece maravilhoso.
— Barbados ou Madri?
— Ambos. Barbados primeiro. Uma ilha tropical. — Ela suspirou mais uma vez.
— Uma linda ilha — concordou ele. Ela pousou a cabeça no ombro dele.
— Mostre-me.
— Não posso. Não tenho nenhuma fotografia comigo.
— Use as suas palavras. Mostre-me o lugar através das lembranças que tem dele.
Alfonso fez uma careta, olhando para o topo da cabeca dela e tentou fazer o que ela lhe pedira. Pensou no Barbados Herrera por um longo momento, trazendo-o lentamente à lembrança.
— É o nosso hotel mais novo. Foi inaugurado há alguns meses. Fica bem na praia e se estende por quase um quarteirão. Tem cinco andares de quartos para hóspedes. No sexto fica a suíte do proprietário.
— Sua voz foi ficando cada vez mais quente à medida que as lembranças se apoderavam de sua mente.
— A vista se estende infinitamente. O mar é tão azul que você não sabe ao certo se está olhando para a água ou para o céu.
— Continue — disse ela. Alfonso sorriu.
— Há várias palmeiras e a areia é tão branca que chega a doer nos olhos. Guarda-sóis em verde e branco contornam a piscina enorme e os garçons vestidos em camisas nas mesmas cores carregam bandejas de bebidas para as pessoas que relaxam na beira d`água.
— Mais — disse ela, aninhando-se a ele.
A sensação de tê-la assim aconchegada a ele, o calor do fogo atrás deles e o silêncio da casa criou uma sensação de intimidade que Alfonso não havia se permitido em anos.
— Dentro do hotel — continuou ele — a madeira é clara, quase dourada. As janelas estão sempre abertas e a brisa marinha sopra pelo saguão onde há diversos vasos de flores e plantas. — Ele pousou a cabeça sobre a dela. — Há espreguiçadeiras na ampla varanda branca que se estende por todo o primeiro andar, onde as pessoas ficam às vezes o dia inteiro só para ficar olhando para o mar. O restaurante fica num terraço externo onde se pode jantar vendo o pôr-do-sol.
— Parece maravilhoso.
— E é mesmo — disse ele, um pouco surpreso consigo mesmo.
Anahi ergueu a cabeça e sorriu para ele.
— Vou comprar um mapa de Barbados — disse ela — e colocar o seu hotel na minha lista.
Alfonso afastou o cabelo do rosto dela. Anahi fechou os olhos ao sentir o toque dele e tremeu quando seus dedos chegaram ao seu maxilar.
— Vou colocar seu nome na lista de VIPs — sussurrou ele, passando os dedos pelos cabelos sedosos mais uma vez, só para desfrutar da sensação.
—Alfonso?
— Anahi…
— A tempestade ainda está forte — disse ela suavemente, com os olhos presos aos dele. — O que é que vamos fazer enquanto esperamos?
— Poderíamos comer alguma coisa — ofereceu ele.
— É verdade. Você também poderia me falar sobre outro de seus hotéis.
— Podíamos jogar xadrez.
— Ver um filme.
— Ler.
Ela fez um meneio de cabeça e estendeu a mão para tomar a dele.
— Todas essas idéias são muito boas, mas eu acho que tenho uma melhor.



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 70



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  • debyguerra0208 Postado em 31/07/2019 - 19:16:01

    Simplesmente, lindo! Amei.

  • nathmomsenx Postado em 06/07/2013 - 03:29:21

    Amei o final! <333

  • lyu Postado em 29/06/2013 - 03:42:14

    quero segunda temp, perfeita!

  • isajuje Postado em 27/06/2013 - 11:54:17

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA-AMEI! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' muito bonito o final, muito bonito o Alfonso, *u*' KKKKKKKKKKK' e já tô acompanhando a outra web, bora lá. Vou sentir saudades desses dois mas vida que segue né K

  • raquel_bermanelly Postado em 27/06/2013 - 09:12:56

    Awn *---------* AMEI, AMEI ><

  • cristiany_15 Postado em 26/06/2013 - 23:08:15

    Awwwwwn que lindoo,AMEII S2

  • cristiany_15 Postado em 26/06/2013 - 17:44:21

    Já vamos para o final??? aaa que tistii :c

  • isajuje Postado em 26/06/2013 - 10:07:42

    De todas as fics AyA que eu já li esse é o meu 2º Alfonso favorito *u* mesmo ele sendo um bruto, insensível (mais ou menos), ele só precisa de uma ajudinha da Anahí pra ficar lindo de viver *u*' HAHAHAHA eu sei que isso vai doer mas eu vou dizer mesmo assim: PODE POSTAR O ÚLTIMO CAPÍTULO, EU DEIXO :/

  • ponnyaya Postado em 25/06/2013 - 22:22:48

    penúltimo já?! Nem percebi...posta mais!

  • cristiany_15 Postado em 25/06/2013 - 18:10:37

    E O AMOR ALFONSO E O AMOR?? Puts ele é um idiota kkkkkkkkkkkk Tava acostumado a ter tudo de maneira fácil,se ferrou ao se apaixonar pela Anahí u-u Quero maaaaais


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