Fanfics Brasil - CAPÍTULO 17 ROMANCE INESPERADO - AyA - Adaptada

Fanfic: ROMANCE INESPERADO - AyA - Adaptada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO 17

735 visualizações Denunciar


Muito irritado, ele viu o vento lançar flocos de neve contra a janela e teve certeza de que ela não iria mais a parte alguma. Pelo menos não hoje.
Como se tivesse lido os seus pensamentos, Anahi se virou, apoiando-se na janela e inclinou a cabeça para o lado.
— O que é que vamos fazer enquanto ficarmos presos aqui?
Alfonso conhecia aquele brilho no olhar dela. Ele o exibira a maior parte da noite. Era capaz de apostar que não tinham dormido mais que duas horas ao todo de ontem para hoje. Ainda assim, a simples idéia de estar dentro dela novamente, de tocá-la, abraçá-la e saboreá-la o deixava ávido por mais e mais.
O que era claramente inaceitável.
Alfonso não era nenhum menino para se deixar levar daquela maneira pelos seus hormônios. Ele não ia se deixar emaranhar ainda mais com Anahi naquela teia de sedução. Só porque ela estava lá, com ele, não significava que ela precisava necessariamente estar com ele.
— Oh-oh — disse ela, puxando as lapelas do seu roupão com mais firmeza sobre o seu peito. — De repente ficou muito frio aqui dentro.
Ele fez um meneio de cabeça.
— Vou ajustar o termostato.
— Não foi exatamente isso o que eu quis dizer.
— Do que estava falando, então? — perguntou Alfonso, enquanto caminhava até o bule de café pousado sobre a bancada da cozinha.
Meu Deus! A bancada…
Como é que ele poderia passar novamente por aquela cozinha sem se lembrar dela nua, sentada sobre a bancada? Sem pensar no modo como ela o havia recebido tão fundo dentro de si, a ponto de ele achar que nunca mais encontraria o seu caminho de volta?
Droga!
Sua cabeça começou a latejar.
Esfregando a têmpora, ele perguntou:
— Café?
— Claro. O meu preto, com respostas, por favor.
— O quê?
Alfonso se virou para olhá-la enquanto Anahi atravessava a cozinha lentamente. Ela sempre havia balançado os quadris daquele jeito ou estava fazendo aquilo de propósito, agora?
— Eu disse quer quero algumas respostas.
— Para que perguntas?
Ele estava tentando ganhar tempo. Serviu duas xícaras de café e estendeu uma a ela para então tomar um bom gole da sua, ainda na mesma estratégia.
— Eu quero saber por que foi que seus olhos, de repente, ficaram mais frios do que este dia de tempestade de neve.
— Anahi, você é que está fazendo uma tempestade em copo d`água.
— Quer dizer então que você está feliz — disse ela, tomando um gole de café e se aproximando dele.
— Enlouquecidamente — assegurou-lhe Alfonso.
— Seu mentiroso.
— Por que é que você sempre me acusa de mentiroso cada vez que tem uma oportunidade?
— Talvez fosse melhor perguntar por que é que sempre tenho razão.
Alfonso pousou a xícara, apertou o cinto do roupão e disse:
— Você não está certa. As mulheres sempre dizem isso para ganhar uma discussão, mas isso nunca é verdade.
— É claro que é — disse ela, saboreando o seu café. — Nós, mulheres, temos sempre razão porque vemos tudo e nos lembramos de tudo.
— Ah, claro.
— Eu, por exemplo, estou vendo claramente que você está tentando começar uma briga para não ter que responder à pergunta que lhe fiz.
Alfonso suspirou. Aquela mulher sabia atingi-lo como ninguém, e ele era forçado a admitir que parte disso se devia ao fato de ela nunca aceitar nenhuma das suas provocações. Anahi sempre o questionava a respeito de tudo o que ele fazia ou dizia.
— Está bem — disse ele, olhando-a com firmeza, tentando manter uma distância entre eles. — Eu estava pensando que teria sido mais confortável se você tivesse ido embora esta manhã. Satisfeita?
— Enlouquecidamente — disse ela, devolvendo-lhe a ironia anterior. Depois se virou e puxou uma cadeira de debaixo da mesa. Ela se aboletou sobre uma das pernas, apoiou o cotovelo na mesa e tomou mais um pouco de café. — Foi tão difícil assim para você?
Alfonso apenas piscou. Qualquer outra mulher teria se sentido insultada, e reagiria violentamente. Ele tinha achado que Anahi reagiria de uma forma completamente diferente. Por que é que ela sempre tinha que agir de maneira inesperada?
— Você não ficou zangada.
— Sinto muito se o decepcionei. Sei que você não me quer aqui. Está tudo bem para mim. Eu não estava mesmo planejando ficar aqui para sempre, você sabe disso.
— Sim, eu sei.
— Acontece que há uma tempestade muito forte lá fora que me prendeu aqui com você. O melhor que temos a fazer é tirar proveito disso, não acha?
Ela era uma surpresa constante. Anahi Portilla nunca parava de desconcertá-lo com as suas reações inesperadas. Ele não podia se fiar no que ela faria a seguir porque Anahi nunca fazia nada da maneira como havia previsto. Como é que um homem podia se equilibrar emocionalmente ao lado de alguém tão instável assim?
— Suponho que isso tenha a sua lógica.
— Excelente — disse ela. — Tenho algumas idéias do que podemos fazer hoje. — Ela se levantou da cadeira, tropeçou no próprio pé e se apoiou no peito dele, deixando cair café sobre o seu roupão.
Sorrindo para ele, disse:
— Acho que vamos ter que lavar um pouco de roupa antes.
Eles já haviam comido fettuccine frio no café da manhã, passado um bom tempo lavando e secando roupa e a neve ainda estava caindo lá fora.
Anahi passeou pela casa, vasculhando todos os armários e explorando os cômodos que ainda estavam vazios, à espera do decorador. Em todos eles havia janelas que davam vista para a tempestade.
Anahi mordiscou o lábio inferior e ficou imaginando como a cidade estaria se virando sem ela, mas depois se lembrou de que os cidadãos de Hunter`s Landing já lidavam com aquele tipo de coisa isso há muitos anos. A única diferença dessa vez, era que ela não estava lá para ajudá-los.
Anahi não podia nem mesmo telefonar para alguém para saber se estavam todos bem. As linhas telefônicas ainda não estavam funcionando. Ela teve de rir ao lembrar da expressão de Alfonso quando tentou usá-la novamente.
Ela voltou para o hall do andar de cima, passou pelo quarto e se deteve por um momento, lembrando tudo o que ela e Alfonso haviam compartilhado na noite anterior. Ela ficou emocionada e seu corpo latejou enquanto o pequeno sorriso que havia se formado em seu rosto foi desaparecendo lentamente. Ela sabia que Alfonso estava arrependido daquilo tudo.
Ele provavelmente não estava acostumado a ter de encarar a sua parceira no dia seguinte. Bem, aquilo tudo era muito novo para Anahi também, mas ela, pelo menos, estava fazendo de tudo para tirar o melhor proveito da situação, ao contrário de Alfonso, que havia se enfiado em seu laptop, evitando conversar com ela. O silêncio, cortado apenas pelo som das teclas do computador, estava começando a incomodá-la.
Tremendo, Anahi foi até a escada. Ela se agarrou ao corrimão para não correr o risco de cair, e desceu descalça, sem fazer nenhum barulho.
Ao entrar na sala, ela se dirigiu à lareira, ficando de costas para o fogo e olhando para Alfonso. Ele nem sequer havia erguido o olhar quando ela entrou.
— Me ignorar não vai me tornar invisível — disse ela abruptamente.
—Ah? O quê? — perguntou ele, olhando para ela. — O que foi que você disse?
— Perguntei se você ia passar o dia inteiro enfiado nesse computador.
— Tenho muito trabalho a fazer.
— Que você não vai poder enviar a lugar algum, já que as linhas de telefone não estão funcionando.
— E não estou falando de e-mails.
— Ótimo — disse ela, bufando, indo até ele para encará-lo. — O que eu gostaria de saber é: você precisa fazer tudo isso hoje mesmo?
— Anahi…
Ela se jogou no sofá e se inclinou na direção do computador.
— Está bem, então. Você tem muito trabalho a fazer. Pode me dizer do que se trata?
Alfonso soltou um suspiro resignado e Anahi teve de disfarçar um sorriso.
— Estou preparando uma agenda para as visitas de improviso que farei aos meus hotéis.
Ela olhou para ele por um segundo, estupefata, e então caiu na gargalhada.
— O que há de tão engraçado?
Ela fez um aceno com a mão, balançou a cabeça e procurou retomar o fôlego.
— Alfonso, você é inacreditável — disse ela, quando finalmente conseguiu se controlar.
— Fico feliz em diverti-la.
— Você não percebe? — disse ela, sorrindo. — Você está preparando uma agenda para visitas improvisadas, quando o sentido todo do improviso reside exatamente no fato de não ser agendado!
Alfonso fez uma cara feia para ela e então voltou a olhar para a tela do seu laptop. Estava se sentindo como um perfeito idiota. Em sua defesa, porém, havia o fato de que ele só estava tentando se manter ocupado.
Alfonso não estava nem um pouco interessado em aprofundar o seu relacionamento com Anahi, e a melhor maneira de evitar isso era manter-se longe dela, ainda que desejasse carregá-la para cima e se enterrar dentro dela novamente cada vez que ouvia a sua respiração, ou sentia o seu perfume. Ele queria muito voltar a experimentar aquele calor inacreditável que ele só havia encontrado com ela. Mas aquilo não seria certo. Ele queria desfrutar da companhia dela e do tempo que tinham juntos e ainda assim poder ir embora quando bem entendesse. Por que ele iria embora, e nada poderia detê-lo.
Anahi fechou o computador e se sentou no colo dele. Depois passou os braços em torno do seu pescoço e, olhando nos olhos dele, perguntou:
— O que é que você faz quando não está trabalhando?
Ele não tinha uma resposta. Era estranho, mas ele nunca havia pensado naquilo.
— Eu sempre estou trabalhando.
— Bem, vamos ver o que podemos fazer a esse respeito.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): ayaremember

Este autor(a) escreve mais 14 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Uma hora depois, Alfonso saiu da cama, com o corpo saciado e a cabeça a mil. Olhou para Anahi, languidamente estendida sobre o colchão, e teve de fazer muito esforço para conter a tentação de voltar a se deitar ao seu lado, afastando-se da cama.Ela passou a mão pelos cabelos, virando a cabeça sobre o travesseiro como uma deusa ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 70



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • debyguerra0208 Postado em 31/07/2019 - 19:16:01

    Simplesmente, lindo! Amei.

  • nathmomsenx Postado em 06/07/2013 - 03:29:21

    Amei o final! <333

  • lyu Postado em 29/06/2013 - 03:42:14

    quero segunda temp, perfeita!

  • isajuje Postado em 27/06/2013 - 11:54:17

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA-AMEI! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' muito bonito o final, muito bonito o Alfonso, *u*' KKKKKKKKKKK' e já tô acompanhando a outra web, bora lá. Vou sentir saudades desses dois mas vida que segue né K

  • raquel_bermanelly Postado em 27/06/2013 - 09:12:56

    Awn *---------* AMEI, AMEI ><

  • cristiany_15 Postado em 26/06/2013 - 23:08:15

    Awwwwwn que lindoo,AMEII S2

  • cristiany_15 Postado em 26/06/2013 - 17:44:21

    Já vamos para o final??? aaa que tistii :c

  • isajuje Postado em 26/06/2013 - 10:07:42

    De todas as fics AyA que eu já li esse é o meu 2º Alfonso favorito *u* mesmo ele sendo um bruto, insensível (mais ou menos), ele só precisa de uma ajudinha da Anahí pra ficar lindo de viver *u*' HAHAHAHA eu sei que isso vai doer mas eu vou dizer mesmo assim: PODE POSTAR O ÚLTIMO CAPÍTULO, EU DEIXO :/

  • ponnyaya Postado em 25/06/2013 - 22:22:48

    penúltimo já?! Nem percebi...posta mais!

  • cristiany_15 Postado em 25/06/2013 - 18:10:37

    E O AMOR ALFONSO E O AMOR?? Puts ele é um idiota kkkkkkkkkkkk Tava acostumado a ter tudo de maneira fácil,se ferrou ao se apaixonar pela Anahí u-u Quero maaaaais


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais