Fanfic: ROMANCE INESPERADO - AyA - Adaptada | Tema: AyA
Anahi sabia que estava tentando convencer a si mesma e não somente a Alfonso de que a sua vida era como ela desejava. Que ela ficaria bem quando ele fosse embora. Que não se importava se ele não a amava. Que ele iria embora sem olhar para trás.
Ela ia ficar bem porque ainda tinha a sua casa. Seu lugar, seu mundo. Hunter`s Landing não era menos importante por não ser o lugar onde ela havia planejado viver.
Ela pegou uma cadeira e se sentou à mesa da cozinha.
— Eu adoro Hunter`s Landing. Adoro pertencer e ser parte da vida da cidade. Não me entenda mal. Eu, ainda gostaria de viajar, mas aqui vai sempre vai ser o meu lar.
Alfonso olhou para ela, balançando novamente a cabeça.
— Não compreendo por que alguém se prende a um lugar.
Anahi sentiu uma nova pontada no coração, mas conseguiu disfarçar.
— A palavra lar não é sinônimo de prisão.
— Mas pode ser. E a melhor maneira de se viver é não se deter em lugar algum.
— De modo a não se envolver com ninguém, não é?
— Quem pode dizer qual desses dois estilos de vida é o melhor?
— Eu.
Anahi pousou a xícara sobre a mesa. Ele enfiou as mãos nos bolsos e disse irritado:
— Falou a Senhorita Raízes. Você se enfiou nessa cidadezinha e a única razão pela qual continua dizendo que ela é maravilhosa é a sua necessidade de evitar se sentir ludibriada por não ter a vida que pretendia.
— Pois para o seu governo, Senhor Desbravador do Mundo, eu não me sinto ludibriada. Se eu quisesse mudar a minha vida, eu a mudaria. Não sou eu quem tem medo de fazer coisas novas por aqui.
— Medo? — Ele riu. — Por acaso está querendo dizer que eu tenho medo de alguma coisa?
Ela piscou para ele.
— Dã!
Ele cruzou os braços, inclinou a cabeça e com um sorriso cínico nos lábios perguntou:
— Então me diga: do que é que eu tenho tanto medo?
— Eu não sei — admitiu Anahi, desejando, porém, sabê-lo.
— Ahá!
— Mas você sabe — acrescentou ela rapidamente.
Você pode não admiti-lo para mim, mas lá no fundo, você sabe muito bem que existe uma razão para você estar constantemente se mudando.
— Sim — disse ele. — Eu gosto disso.
— Mentiroso.
Ele bufou enfadado.
— Você passa a sua vida da inteira correndo tão rápido assim de um lado para o outro somente para que ninguém consiga pegá-lo — disse Anahi, para depois prosseguir um pouco mais tranqüilamente, após ter se acalmado um pouco. — A questão é: do que é que você tanto foge, Alfonso?
— Eu não estou fugindo de nada.
— Você deve ter repetido isso tantas vezes para si mesmo que agora até acredita nisso.
Ela deu a volta por ele, tomando cuidado para não esbarrar nele, e seguiu até a porta que dava para a sala. Ao chegar lá, deteve-se e voltou a olhar para ele, sozinho, naquela cozinha elegante. Era assim que ela iria se lembrar dele. Teimoso e distante sozinho.
Ela sentiu uma dor aguda no coração, quase como uma antecipação da dor que viria a seguir, mas conteve e disse:
— Eu espero que você descubra isso algum dia, Alfonso. Antes que seja tarde demais para se deixar pegar por alguém.
Ela o evitou pelo restante do dia e Alfonso tentou convencer a si mesmo de que não estava se importando com aquilo. Ele gostou de ter algum tempo para trabalhar sem ser interrompido. Deus era testemunha de que desde que tinha conhecido Anahi, ele não tivera paz suficiente para fazê-lo.
Depois de uma tarde inteira de tanta tranqüilidade, porém, ele já estava ficando completamente maluco.
Alfonso procurou por ela pela casa, esperando que ela entrasse na sala e tropeçasse numa mesa ou coisa parecida. Ficou atento, à espera de ouvir o som da voz dela, mas nada. O silêncio da casa estava provocando um eco que começava a se avolumar sobre ele de maneira enlouquecedora. Irritado consigo mesmo, ele acabou se lembrando de que o seu telefone via satélite poderia conectá-lo com mais pessoas dos que todos os cidadãos de Hunter`s Landing.
Ele teclou o número da única pessoa sobre a face da terra que poderia entender o que estava acontecendo com ele.
— Barton.
Alfonso sorriu ao ouvir a voz de seu velho amigo. Jiles não se viam desde os tempos da faculdade, mas Luke Barton era um dos Sete Samurais com quem ele ainda havia conseguido manter algum contato.
— Aqui é Herrera — disse ele, aproximando-se silenciosamente da janela ampla de onde se podia ver toda a brancura que cobria a varanda da frente da casa.
— Nossa! Que bom ouvir a sua voz. Como anda a vida selvagem?
— Nem tão selvagem quanto gostaríamos — resmungou ele, dando as costas para a Mãe Natureza. — Eu nem posso lhe dizer o quanto estou feliz com o fato de o meu mês já estar quase acabando e o seu ainda estar por começar.
— Tão ruim assim?— perguntou Luke, claramente atemorizado.
— Uma cidadezinha americana com tudo que pode haver de mais aconchegante.
— Meu Deus! Parece terrível.
Alfonso riu e se sentiu um pouco melhor. Era bom saber que ele não era a única pessoa do mundo que preferia cidades grandes a lugares tranqüilos que propiciavam muita reflexão e paz de espírito.
— Exatamente. Recebi o seu e-mail na semana passada — disse Alfonso. — Como foi que você conseguiu convencer Matthias a trocar de mês com você? Vocês voltaram a se falar?
— Longe disso — admitiu Luke.
Os gêmeos Barton já estavam brigados há anos, desde que o seu pai havia inventado uma disputa entre eles pelo direito de conduzir os negócios da família. Matthias venceu, mas Luke sempre teve a certeza de que seu irmão o havia enganado. Não que Luke estivesse morrendo de fome ou coisa parecida. Ele havia feito a sua própria fortuna, que era páreo para a que Matthias havia herdado, criando a Eagle Wirelesa, uma companhia com filiais em todo o mundo.
— Então como foi que Matt aceitou trocar com você?
— O canalha não podia ir este mês. Tinha alguma emergência para resolver. A assistente dele falou com a minha. O último desejo de Hunter não podia deixar de ser cumprido.
Alfonso olhou para a grande sala enquanto ouvia o amigo. A casa estava imersa em silêncio, e ele sentia-se tão isolado do mundo exterior quanto se estivesse em Marte. Ficou se perguntando por que não falava mais freqüentemente com Luke.
— É tão ruim assim mesmo? — perguntou Luke. — Você pelo menos foi até o Tahoe? Stateline?
— Não — respondeu Alfonso. — Mas consigo ver as luzes dos cassinos à distância… quando não está nevando.
— Nevando?! Mas estamos em março.
— Pois estou falando com você em meio a uma nevasca.
— Meu Deus! Se Hunter já não estivesse morto, eu mesmo o mataria.
Alfonso riu novamente e se jogou no sofá.
— Foi exatamente o que pensei quando cheguei aqui.
— Não mais?
— Não me entenda mal — disse Alfonso. — Mal posso esperar para embarcar no meu jatinho e deixar este lugar.
— Mas…
— Sem mas.
— Tive a impressão de ouvir um "mas" implícito. Alfonso franziu a testa e disse:
— Mas há uma mulher.
— E não há sempre? Quem foi a última? Uma atriz de Hollywood que queria que você produzisse o seu próximo filme?
Ele sorriu e então franziu a testa novamente.
— Esta é diferente.
— Isso deve ser um sinal do fim dos tempos — disse Luke. — Alfonso Herrera apaixonado?
— Quem foi que falou em paixão? — respondeu Alfonso, saltando do sofá como se ele estivesse em chamas.
— Está bem, então posso ficar mais tranqüilo — disse Luke, para então cobrir o bocal e dizer algo que Alfonso não conseguiu compreender. — Alfonso — disse ele, pouco depois —, preciso correr. Tenho uma reunião com alguns japoneses e preciso resolver essa questão antes de assumir o seu lugar na casa.
— Está bem. Apresse-se para me tirar logo daqui.
— Sem chance. Você tem o seu próprio mês para cumprir. Eu tenho o meu para dar conta.
Meninas, desculpem a demora nos postes.
Poncho tava aqui no Rio fiquei distraida com ele kkkk`
A fanfic, já está quase acabando.
Obrigada por cada comentario :)
Autor(a): ayaremember
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Depois de desligar, Alfonso permaneceu no meio da enorme sala e ficou prestando atenção ao silêncio. Ele devia estar feliz por Anahi estar lhe dando algum espaço. Ele não precisava ficar grudado nela, pelo amor de Deus. Mas o silêncio o estava incomodando e quando não pôde mais suportá-lo, ele se pôs a procur& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 70
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debyguerra0208 Postado em 31/07/2019 - 19:16:01
Simplesmente, lindo! Amei.
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nathmomsenx Postado em 06/07/2013 - 03:29:21
Amei o final! <333
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lyu Postado em 29/06/2013 - 03:42:14
quero segunda temp, perfeita!
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isajuje Postado em 27/06/2013 - 11:54:17
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA-AMEI! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' muito bonito o final, muito bonito o Alfonso, *u*' KKKKKKKKKKK' e já tô acompanhando a outra web, bora lá. Vou sentir saudades desses dois mas vida que segue né K
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raquel_bermanelly Postado em 27/06/2013 - 09:12:56
Awn *---------* AMEI, AMEI ><
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cristiany_15 Postado em 26/06/2013 - 23:08:15
Awwwwwn que lindoo,AMEII S2
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cristiany_15 Postado em 26/06/2013 - 17:44:21
Já vamos para o final??? aaa que tistii :c
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isajuje Postado em 26/06/2013 - 10:07:42
De todas as fics AyA que eu já li esse é o meu 2º Alfonso favorito *u* mesmo ele sendo um bruto, insensível (mais ou menos), ele só precisa de uma ajudinha da Anahí pra ficar lindo de viver *u*' HAHAHAHA eu sei que isso vai doer mas eu vou dizer mesmo assim: PODE POSTAR O ÚLTIMO CAPÍTULO, EU DEIXO :/
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ponnyaya Postado em 25/06/2013 - 22:22:48
penúltimo já?! Nem percebi...posta mais!
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cristiany_15 Postado em 25/06/2013 - 18:10:37
E O AMOR ALFONSO E O AMOR?? Puts ele é um idiota kkkkkkkkkkkk Tava acostumado a ter tudo de maneira fácil,se ferrou ao se apaixonar pela Anahí u-u Quero maaaaais