Fanfics Brasil - FINAL - Capítulo 29 ROMANCE INESPERADO - AyA - Adaptada

Fanfic: ROMANCE INESPERADO - AyA - Adaptada | Tema: AyA


Capítulo: FINAL - Capítulo 29

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Ele estava tão bonito que chegou a fazer o seu coração doer. Por que será que ele estava lá?
— Anahi — disse ele, passando a mão pelos cabelos e olhando-a de cima a baixo com aqueles olhos ardentes. — Eu tinha que ver você.
Uma esperança brotou dentro do seu peito, quase sufocando-a. Será que ele estava lá para admitir que gostava dela? Para lhe dizer que ele a desejava tanto quanto ela a ele? Sua boca ficou seca e ela sentiu um frio na barriga que a obrigou a se apoiar no umbral da porta para manter o equilíbrio.
— O que foi?
Ele adentrou na casa, sem esperar por um convite. Quando ela fechou a porta e se virou para olhar para ele, Alfonso estava admirando o lugar.
— Eu não disse nada da outra vez, mas a sua casa é muito bonita.
— Obrigada — disse ela, olhando-o de soslaio, enquanto passava por ele. — É bem menor do que a casa do lago, mas gosto dela.
Ela bateu com o joelho na quina de uma cadeira e Alfonso se apressou para ampará-la. A mão dele em seu cotovelo enviou ondas de calor por todo o seu corpo. Como ela estava sentindo falta daquela sensação.
— Pelo que vejo, você continua tropeçando em tudo — sussurrou ele, antes de soltá-la.
Em poucos dias, não haveria mais ninguém para segurá-la quando ela esbarrasse em alguma coisa. Ela já tinha dezenas de machucados e hematomas pelo corpo, concorrendo com a enorme ferida que trazia em seu coração.
Ela esfregou o cotovelo e olhou para ele:
— Por que você está aqui, Alfonso?
— Sinto muito por nós termos terminado daquele jeito — disse ele com firmeza.
— Mas não sente por termos terminado — sussurrou ela, sentindo uma nova pontada de dor. Ele não estava lá para rastejar por ela e implorar para que voltasse para os seus braços. Quando é que ela ia parar de bancar a idiota?
Ele passou a mão no rosto e depois a enfiou no seu bolso.
— Eu queria vê-la novamente para lhe entregar isso.
Alfonso lhe estendeu uma folha de papel dobrada. Anahi soube logo do que se tratava. Ele já havia lhe dado outra igual antes. Aquilo era um cheque para a cidade de Hunter`s Landing. A diferença é que esse era de um milhão de dólares.
— Eu quero dar isso de presente à cidade — disse Alfonso, embora ela mal conseguisse ouvi-lo. — A clínica pode se transformar num hospital de ponta e quero…
— O quê? — perguntou ela, desviando os olhos do cheque. — O que é que você quer exatamente? Bancar o herói? Ser lembrado? Você não precisa me dar tanto dinheiro para isso, Alfonso. Vou me lembrar muito bem de você, mesmo sem isso.
— Anahi…
— Não — reagiu ela, quando a raiva se sobrepôs à dor —, você já fez uma doação enorme para a cidade e não preciso que você me encha de dinheiro só porque está se sentindo culpado.
— Culpado? — repetiu ele.
— Você é inacreditável — disse Anahi, soltando as rédeas de sua ira já que aquele sentimento era muito mais fácil de suportar que a dor. — Eu lhe ofereci amor e você me ofereceu o lugar de amante, e quando recusei essa adorável oferta, você me aparece com dinheiro vivo.
— Mas que droga, Anahi. Isso é tudo o que posso fazer, tudo o que sei fazer.
— Besteira — disse ela, enxugando uma lágrima que começou a rolar pela sua bochecha. — Posso ver nos seus olhos que você quer ficar. Vi você interagindo com os moradores daqui nestes últimos dias. Vi você circulando pela cidade e que estava gostando daqui, Alfonso. Eu sei que você quer ser algo mais, ter algo a mais na sua vida. Mas você tem medo demais para tentar. Medo de se colocar em risco, de sair de sua redoma, ainda que isso signifique permanecer à parte da vida real.
Ele se afastou dela para então virar-se novamente na sua direção e disse:
— Eu a convidei para vir comigo.
— Como a sua "companhia".
— Eu queria ter você comigo, não importa o nome que se dê a isso. Eu nunca lhe prometi nada, Anahi. Deixei claro desde o primeiro minuto que não era o tipo de homem que você precisava.
— E como é que você pode saber de que tipo de homem eu preciso? Olhe só para você, Alfonso. Você se esqueceu completamente de se doar às pessoas porque dar dinheiro a elas é muito mais fácil. Você distribui cheques para não ter de se envolver com ninguém. Isso permite que se mantenha nas sombras, a uma distância segura.
Ele não disse nada por um longo momento, embora ela tivesse se calado, na esperança de que ele discutisse com ela, e lhe dissesse que ela estava enganada e que ele queria sim, ter uma vida. Com ela. Ao ver que aquelas palavras não viriam, Anahi balançou a cabeça, amassou o cheque e o enfiou no bolso da jaqueta dele.
— Você já doou dinheiro para a clínica — disse ela, orgulhosa. — A cidade vai ter a sua parte do espólio de Hunter Palmer quando os seis meses tiverem se passado. Nos não precisamos de mais nada.
— Anahi…
— Vá embora, Alfonso — disse ela, a voz embargada de tristeza. — Volte para as suas viagens, para Barbados. Encontre uma mulher que queira o seu dinheiro para que você saiba o que fazer com ela. Mude de hotel para hotel, com cuidado para não falar com ninguém. Mantenha a sua vida isolada de tudo e de todos porque não quero nem você nem o seu dinheiro.
Alfonso não estava conseguindo respirar. Olhou para os azuis olhos tempestuosos de Anahi, ouviu-a expulsá-lo de sua vida e sabia que jamais seria capaz de sobreviver se fosse embora. Ele havia ido até lá tentando convencer a si mesmo de que queria apenas dar algum dinheiro a ela para a cidade que ela tanto amava. De que a única coisa que ele queria era vê-la pela última vez.
Quando ela recusou o seu convite para viajar com ele, Alfonso ficou completamente perdido. Ele estava certo de que ela o aceitaria. Ninguém nunca havia lhe recusado nada antes. Nunca ninguém havia lhe dito que aquilo que ele podia comprar não era suficiente. Ele havia tido tanta certeza de que ela largaria sua vida para trás para segui-lo… Não havia admitido nem para si mesmo o quanto era importante para ele que ela o acompanhasse. Ele simplesmente não quisera enxergar o quanto ela significava para ele.
Alfonso se sentiu mais sozinho do que nunca quando Anahi o mandou embora. Ele não conseguia imaginar os anos vindouros sem Anahi por perto. Não podia mais imaginar a sua vida sem ela.
Ela estava certa. Ele era um mentiroso.
O pânico o dominou. Alfonso agarrou-a e a puxou para si, segurando-a com firmeza pela cintura. Baixou então a cabeça na direção da curva do pescoço e inalou seu perfume. Aquela era a primeira vez em que respirava fundo desde o dia em que ela havia deixado a casa do lago e a sua vida.
— Não faça isso, Anahi — sussurrou ele. — Não me mande embora novamente. Sou capaz de fazer qualquer coisa nesse mundo por você, menos isso.
Anahi inclinou a cabeça a fim de olhar para ele e Alfonso ficou arrasado ao ver as lágrimas banhando aqueles lindos e profundos olhos azuis .
— Alfonso, não agüento mais isso — disse ela, balançando a cabeça e tentando se desvencilhar dos seus braços.
— Anahi — disse ele rapidamente, abraçando-a como se a sua vida dependesse daquilo, e na verdade, dependia. —Não chore — continuou, baixando a cabeça para beijar suas lágrimas. — Eu sinto muito. Tentei me convencer de que poderia voltar à minha antiga vida e que nada havia mudado. Tentei arrastar você para a minha vida antiga, achando que tê-la temporariamente comigo ia acalmar essa necessidade enorme que tenho de você.
— Alfonso…
Ele tomou o rosto dela nas mãos, e acariciou-lhe as bochechas com os polegares.
— Mas a verdade é que nada mais é como era antes. Você mudou a minha vida, Anahi. Eu a amo.
Anahi arfou e seus olhos se encheram de esperança. Alfonso sorriu, finalmente sentindo um pouco de esperança também. Talvez não fosse tarde demais Talvez ele não tivesse estragado tudo, afinal.
— Preciso de você, Anahi. Não posso mais imaginar minha vida sem você. — Ele a beijou rápida e intensamente. — Podemos morar aqui na montanha, se você quiser. Construir a nossa própria casa do jeito que desejar. Ainda vou ter de viajar muito, mas se você quiser, poderá vir comigo… somente quando quiser. Depende de você. Não vou mais tentar fazer planos sem falar com você antes, não vou lhe dizer o que fazer…
Ela riu da expressão dele.
— Está bem, provavelmente vou continuar querendo lhe dizer o que fazer. Eu sou assim. Mas você vai brigar comigo por causa disso porque é assim que você é também. Vai ser bom, Anahi. Vai ser ótimo. Preciso tanto de você. Quero lhe mostrar o mundo todo. Quero lhe dar tudo o que você sempre quis.
Alfonso parou para tomar fôlego, lançou-lhe um meio sorriso e engolindo o que ainda restava de seu orgulho disse:
— Não sei como fazer isso sem estragar tudo. Nunca amei ninguém antes, Anahi, e não quero magoar você.
— Não sei o que dizer — sussurrou ela.
— Diga que você me perdoa. Diga que ainda me ama — pediu ele, antes de beijá-la de novo, desta vez mais demoradamente. — Diga que aceita se casar comigo.
— Alfonso… — Ela tomou as mãos dele nas suas. — Eu nem consigo acreditar que você está aqui, me dizendo essas coisas todas. É claro que o amo. Muito. E é claro que aceito me casar com você.
— Graças a Deus — disse ele, suspirando de alívio. Já sorrindo, ele a puxou para mais perto. — A culpa é sua, sabia? Foi você que não quis me deixar viver à parte da realidade. Agora você vai ter que se virar comigo.
Ela o abraçou de volta, aninhando-se a ele.
— Acho que posso lidar com isso. Ele se afastou dela e disse:
— Não tenho um anel para lhe dar, mas podemos… Oh, a casa. Eu só posso sair daqui a alguns dias.
Anahi riu e a sua risada pareceu a música mais doce do mundo aos ouvidos de Alfonso.
— Não preciso de um anel nesse minuto — disse ela.
— Mas preciso que você tenha um — disse ele. — O maior diamante que pudermos encontrar. Um, não, dois ou três ou quatro, veremos.
Ela riu e voltou a abraçá-lo com força. Alfonso suspirou, feliz. Sentir os batimentos do coração dela junto ao seu peito dava finalmente um sentido na sua vida.
— Eu lhe prometo que passarei o resto dos meus dias amando-a — sussurrou ele —, e farei tudo o que estiver ao meu alcance para que seja feliz.
— Nunca fui tão feliz como agora, Alfonso. Vou amar você para sempre e seremos muito felizes.
Alfonso a beijou, completamente envolvido pela magia do momento e sabendo que finalmente encontrara o seu verdadeiro lar.
O mês havia finalmente chegado ao fim e Anahi estava impaciente, esperando para embarcar no avião de Alfonso para Barbados, depois de uma rápida viagem a Londres para visitar Kelly. Antes de colocar as malas no carro, Alfonso escreveu um bilhete e o colou na parede do foyer da casa onde a sua vida havia mudado para sempre.


LUKE,
Foi um mês e tanto. Acabei descobrindo que o meio do nada não é exatamente um buraco negro. Espero que você consiga desfrutar tanto da sua estada quanto eu.
Alfonso.


Depois deixou o seu passado para trás a tempo de evitar que o seu futuro quebrasse a perna numa queda.


***FIM***


 


 


Obrigada por cada comentario meninas, e espero que tenham gostado.


Acompanhem:



  • CORAÇÕES FERIDOS - AyA - Adaptada


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Beijo



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 70



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  • debyguerra0208 Postado em 31/07/2019 - 19:16:01

    Simplesmente, lindo! Amei.

  • nathmomsenx Postado em 06/07/2013 - 03:29:21

    Amei o final! <333

  • lyu Postado em 29/06/2013 - 03:42:14

    quero segunda temp, perfeita!

  • isajuje Postado em 27/06/2013 - 11:54:17

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA-AMEI! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' muito bonito o final, muito bonito o Alfonso, *u*' KKKKKKKKKKK' e já tô acompanhando a outra web, bora lá. Vou sentir saudades desses dois mas vida que segue né K

  • raquel_bermanelly Postado em 27/06/2013 - 09:12:56

    Awn *---------* AMEI, AMEI ><

  • cristiany_15 Postado em 26/06/2013 - 23:08:15

    Awwwwwn que lindoo,AMEII S2

  • cristiany_15 Postado em 26/06/2013 - 17:44:21

    Já vamos para o final??? aaa que tistii :c

  • isajuje Postado em 26/06/2013 - 10:07:42

    De todas as fics AyA que eu já li esse é o meu 2º Alfonso favorito *u* mesmo ele sendo um bruto, insensível (mais ou menos), ele só precisa de uma ajudinha da Anahí pra ficar lindo de viver *u*' HAHAHAHA eu sei que isso vai doer mas eu vou dizer mesmo assim: PODE POSTAR O ÚLTIMO CAPÍTULO, EU DEIXO :/

  • ponnyaya Postado em 25/06/2013 - 22:22:48

    penúltimo já?! Nem percebi...posta mais!

  • cristiany_15 Postado em 25/06/2013 - 18:10:37

    E O AMOR ALFONSO E O AMOR?? Puts ele é um idiota kkkkkkkkkkkk Tava acostumado a ter tudo de maneira fácil,se ferrou ao se apaixonar pela Anahí u-u Quero maaaaais


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