Fanfic: ROMANCE INESPERADO - AyA - Adaptada | Tema: AyA
Alfonso estava se sentindo um verdadeiro prisioneiro.
Aquilo não fazia o menor sentido, afinal, ele preferia ficar sozinho.
Aquela solidão, porém, era um pouco excessiva, até mesmo para ele.
Ele foi até o terraço que dava para o lago Tahoe e se deixou atingir pelo vento frio. Teve de apertar os olhos para observar a paisagem recoberta de neve. Até mesmo o murmúrio suave das águas do lago batendo no terraço parecia extremamente alto em meio aquele silêncio sombrio.
O problema, pensou Alfonso, é que ele não estava acostumado aquele tipo de solidão. As pessoas costumavam considerá-lo um recluso, mas mesmo no seu mundo insular, havia um pouco mais de… interação.
Ele viajava constantemente, indo de um dos hotéis de sua família para outro, tendo sempre que lidar com as camareiras, os gerentes, garçons, e convidados eventuais. Não importa o quanto tentasse evitar qualquer contato com outra pessoa, sempre havia alguém com quem era obrigado a falar.
Até agora.
A verdade nua e crua era que ele estava achando muito pior ficar completamente sozinho do que enfrentar multidões.
Alfonso se agarrou ao corrimão da varanda. Ele estava acostumado a ver as pessoas pularem ao ouvir sua voz. Os empregados faziam de tudo para se adequar às suas exigências. Ele gostava de chegar em seu cassino preferido, em Monte Cario e passar a noite com uma loura, raiva ou morena, de acordo com o que mais lhe conviesse no momento. Gostava do som dos champanhes estourando e das taças de cristal tilintando. Do som abafado das gargalhadas pelo salão. Ele estava acostumado a pegar no telefone e encomendar uma refeição. A ligar para o seu piloto e viajar de última hora para qualquer lugar.
Agora, porém, sabia que não poderia ir a lugar algum, e era isso o que mais o estava irritando. Nathan não havia permanecido por mais de três ou quatro dias em nenhum lugar desde garoto, e era exatamente assim que ele queria que as coisas continuassem. Saber que estava preso no alto daquela montanha durante um mês inteiro era motivo mais do que suficiente para fazê-lo ligar para o seu piloto imediatamente.
Por que ainda não o havia feito era um completo mistério para ele.
— Hunter, você me deve essa — disse ele, sem saber se deveria olhar para o céu ou para o inferno ao endereçar aquelas palavras ao seu amigo já falecido.
— Por que foi que aceitei vir até aqui, afinal? — sussurrou ele, sabendo que não teria como responder.
Uma antiga lealdade não era uma resposta satisfatória.
Já fazia 10 anos que Hunter Palmer tinha morrido. Dez anos que Afonso não pensava naquela época, nem no amigo que ele perdera tão cedo. Nem nele, nem nos amigos que haviam sido uma parte tão importante de sua vida. Ele havia construído a sua vida exatamente como queria, sem se importar com o que as outras pessoas pudessem dizer.
Alfonso pensou por um momento nas fotos dos Sete Samurais que pendiam emolduradas no corredor do andar de cima. Ele desviava o olhar deliberadamente cada vez que passava por elas. Estudar o passado era coisa para arqueólogos. Ele não devia nada a Hunter, nem a nenhum dos outros membros do grupo. O que então estava fazendo lá?
Ele se virou, dando as costas para a exuberante beleza natural e retomou o caminho daquilo que já estava considerando a sua cela particular.
Olhou para a televisão, mas acabou desistindo de ligá-la. Havia muitos livros na casa, mas ele não conseguia se imaginar sentado tempo suficiente para realizar qualquer coisa que fosse. No momento só era capaz de vagar por aí. Chegou a pensar em caminhar até o aeroporto onde o seu avião particular estava à sua espera.
— Não vou agüentar ficar um mês inteiro aqui — resmungou ele, passando a mão pelo cabelo, dirigindo-se à mesa onde estava o seu laptop.
Pôs-se então a checar os e-mails. Havia duas mensagens novas, uma do gerente do hotel de Londres e outra de Tóquio.
Depois de terminar de tratar das questões de sua agenda, Nathan se sentiu novamente perdido. Não havia muita coisa que ele pudesse fazer à distancia, já que ele não estava lá pessoalmente e não podia fazer uma cara feia para os empregados.
Alfonso teve um sobressalto ao ouvir a campainha. Feliz porque alguém, quem quer que fosse, tinha interrompido o silêncio que continuava a enterrar as suas garras nele, ele fechou o laptop e seguiu a passos largos até a porta da frente.
Ao abri-la, ele disse:
— Eu deveria ter adivinhado que era você. Anahi sorriu, passou por ele, entrando na casa, e então se voltou na sua direção.
— Você vai precisar de um casaco.
Alfonso fechou a porta e não admitiu nem para si mesmo que estava feliz por vê-la. Por mais irritante que pudesse ser, ela era, ao menos, uma outra voz em meio àquele maldito silêncio.
— Estou bem aquecido, obrigado.
— Não, estou me referindo ao jantar. A festa vai ser ao ar livre. — Ela deu as costas para ele e continuou caminhando pela sala como se aquele lugar lhe pertencesse. — O pessoal da banda disse que seria mais fácil se apresentar do lado de fora.
— Banda?
— Isso mesmo — disse ela, olhando ao redor, como se nunca tivesse visto aquele lugar antes. — É uma banda local. Chama-se Super Leo. Eles tocam mais rock, mas também aceitam pedidos. São bons meninos. Nasceram e cresceram aqui.
— Fascinante — disse Alfonso, apoiando o ombro na parede para observá-la andar. Droga, aquela mulher era muito bonita.
Aquilo só podia ser obra da solidão que ele estava atravessando. Era a única explicação para ele estar se interessando por uma mulher baixa, faladeira e de cabelos castanhos, um tipo para o qual jamais teria olhado duas vezes em condições normais. O fato de que ele só estava "desfrutando" daquela solidão há um dia não importava muito.
— O Conselho Municipal aprovou a compra de novas luzes. Há muito lugar para dançar. Eles já estavam colocando a comida nas mesas quando saí de lá. A banda também já estava testando o som. É melhor nos apressarmos se não quisermos perder nada.
— Perder? — Alfonso balançou a cabeça. — Eu já lhe disse que não estou interessado em ir a esta festa.
— É verdade, mas não achei que estivesse falando sério.
— E por que não?
— Quem é que não gostaria de ir a uma festa?
— Eu.
Espero que estejam gostando, é uma historia ótima vocês vão se apaixonar por esses dois.
Obrigada ás meninas que estão comentando <3
A noite posto mais.
Comentem!!!!!!
Autor(a): ayaremember
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Se a festa fosse em St. Tropez, ele já estaria lá, mas uma festa numa cidadezinha perdida no meio do nada era algo que ele dispensava de bom grado.Anahi ficou olhando para ele com extrema estranheza. Depois, deu de ombros e continuou a falar, como se ele não tivesse dito coisa alguma.— O Conselho ficou imensamente grato pelo seu donativo.— Vo ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 70
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debyguerra0208 Postado em 31/07/2019 - 19:16:01
Simplesmente, lindo! Amei.
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nathmomsenx Postado em 06/07/2013 - 03:29:21
Amei o final! <333
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lyu Postado em 29/06/2013 - 03:42:14
quero segunda temp, perfeita!
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isajuje Postado em 27/06/2013 - 11:54:17
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA-AMEI! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' muito bonito o final, muito bonito o Alfonso, *u*' KKKKKKKKKKK' e já tô acompanhando a outra web, bora lá. Vou sentir saudades desses dois mas vida que segue né K
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raquel_bermanelly Postado em 27/06/2013 - 09:12:56
Awn *---------* AMEI, AMEI ><
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cristiany_15 Postado em 26/06/2013 - 23:08:15
Awwwwwn que lindoo,AMEII S2
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cristiany_15 Postado em 26/06/2013 - 17:44:21
Já vamos para o final??? aaa que tistii :c
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isajuje Postado em 26/06/2013 - 10:07:42
De todas as fics AyA que eu já li esse é o meu 2º Alfonso favorito *u* mesmo ele sendo um bruto, insensível (mais ou menos), ele só precisa de uma ajudinha da Anahí pra ficar lindo de viver *u*' HAHAHAHA eu sei que isso vai doer mas eu vou dizer mesmo assim: PODE POSTAR O ÚLTIMO CAPÍTULO, EU DEIXO :/
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ponnyaya Postado em 25/06/2013 - 22:22:48
penúltimo já?! Nem percebi...posta mais!
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cristiany_15 Postado em 25/06/2013 - 18:10:37
E O AMOR ALFONSO E O AMOR?? Puts ele é um idiota kkkkkkkkkkkk Tava acostumado a ter tudo de maneira fácil,se ferrou ao se apaixonar pela Anahí u-u Quero maaaaais