Fanfic: Anjo da escuridão {AyA} [Terminada]
Quando despertou. Alfonso voltava a lhe fazer amor. As cortinas estavam fechadas. A garota não sabia se era de dia ou de noite. Não importava. Não queria pensar, só sentir. Não lhe dava tempo para outra coisa. Não podiam mais que viver o momento. Alfonso estava concentrado em seu intento por lhe dar agradar. —Que horas são? —murmurou Anahí quando voltou a despertar. —Mais de meia-noite. —para sua surpresa, Alfonso estava vestido. —Um dia depois de que fosse presa. —adicionou, deixando uma bandeja sobre a cama revolta. Tinham passado o dia dormindo e fazendo amor. —Não tem apetite? Ele parecia tão frio, que a enfureceu. Teve que morder a língua para não lhe dizer o que pensava. Alfonso estava sentado em sua cama como se fosse a própria. Recém barbeado, ainda tinha o cabelo úmido pela ducha. Seu atrativo a fez conter o fôlego. A bandeja continha um filé e salada. —Esse é o único que sei preparar. —manifestou ele em tom de brincadeira de si mesmo. —Por que me incomodar em cozinhar quando há quem o faça por mim? Por que diabos falavam de tolices como o jantar? perguntou-se Anahí. Não era possível que Alfonso estivesse tão incômodo como ela. Ele estava acostumado às intimidades de quarto. Isso não deveria ser difícil para um homem da experiência de Alfonso. Mas a garota se negava a pôr suas emoções de manifesto. Mastigou cada bocado até o cansaço. Enquanto comia, Alfonso não podia lhe exigir que conversasse com ele e, enquanto isso, ela tratava de digerir os acontecimentos das últimas vinte e quatro horas. Por quê? Por que Alfonso a fazia perder o controle quando outros, a quem apreciava e respeitava, deixavam-na fria? Aos dezoito anos, ele despertou sua sensualidade e ela enterrou seu descobrimento quanto pôde. E, gostasse ou não, entre eles havia laços que a jovem sempre se negou a reconhecer. Dos treze aos dezoito, Alfonso foi um homem dominante em sua vida. Durante seis anos não esqueceu detalhe algum. Sabia que ele não suportava a desordem ou a impontualidade, que gostava dos carros rápidos... E as mulheres rápidas. Sabia isso e muitas coisas mais. Tantos conhecimentos íntimos o faziam perigosamente familiar. Mas eram detalhes superficiais, recordou-se. Mais ainda, seu primeiro contato foi quando ela era uma menina e ele um adulto. Isso era o que a tinha feito acreditar que ele alguma vez a feriria? De ser assim, se essa era a desculpa, tinha estado muito equivocada. —Sempre é tão calada? —perguntou Alfonso, de repente. —Sem oito horas contínuas de descanso e três refeições regulares, sim. —respondeu a garota, resistindo o impulso de afastar do dedo que lhe percorria as costas. O orgulho a obrigava a proteger-se. Alfonso a desprezava e, não obstante, ela o aceitou em sua cama. Seu apetite sexual a tinha convertido em vítima, mas não tinha que ser assim. Não, não seria a vítima de nenhum homem. O fato, feito estava. Os bons desejos nada mudariam. Alfonso não se deu conta de que tinha sido seu primeiro amante, o qual agradecia com firmeza. Não queria que ele se inteirasse de que era o único capaz de derreter ao iceberg. Era melhor que acreditasse que não era mais importante que qualquer dos homens aos que tinha sido ligada. —Necessito uma ducha. —anunciou com firmeza. —Acompanhada. —adicionou Alfonso, devorando-a com os olhos. Anahí baixou as pálpebras, assombrada. Cada músculo do corpo lhe doía. Ele era um amante incansável, mas acreditava satisfeito nesse momento. Tinha-a despertado só para lhe dar de comer antes de outra sessão de amor tórrido. —Esqueça! –indicou, cortante. —Não posso. —murmurou Alfonso com tom sexual. —Te deixei dormir quanto pude, mas não posso esquecer que dentro de umas horas retornaremos a Londres em vôos separados. Anahí o tinha esquecido. O aviso era oportuno e o recebeu com alívio. Tudo terminava. Poderia retornar a casa e, se não conseguisse esquecer o ocorrido, ao menos conseguiria perdoar-se. Seu apetite sexual estava satisfeito. Rendeu-se a seus instintos e já estava curada e livre... —Temos que ser discretos. —acrescentou Alfonso com tom sedoso, mas ela percebeu a ameaça velada. —Sua mãe sofreria muito com a nossa relação. —Não há relação alguma entre nós. —lhe indicou a garota ao levantar-se e vestir uma bata. —Poderia me dizer o que há entre nós, então? —ele a pegou pela mão quando passou a seu lado. —Nada. —esclareceu ela, lhe dirigindo um olhar desafiante. —O que foi o nosso caso? Uma aventura. Uma tolice, isso é tudo. —Nunca em minha vida tive aventuras de uma noite. —declarou Alfonso, lhe acariciando o interior da mão com o polegar. —Não te acredito! —Não me estranha, cara, já que experiências como esta devem encher seu passado. —manifestou com dolorosa insistência e brincadeira, gozando do rubor que invadiu as bochechas da garota. —Mas não tenho intenções de apontar meu nome nessa lista. —Lamento-o, caro, já está nessa lista. —vaiou ela. —Está assustada? Assusta-te ter respondido assim a mim? Anahí ainda sentia o contato desse homem sobre sua pele. Tinha os lábios inchados e os seios doloridos. Ao olhá-lo, o peito lhe oprimiu. Alfonso estava muito controlado. Nada do que lhe havia dito o tinha incomodado. —Por que teria que estar? —alegrava-se de ter aprendido a atuar ante as câmaras, já que por dentro lhe doía o papel que ele a obrigava a representar. —Te acha diferente aos outros, Alfonso? Crê que te dava mais que a eles? É seu ego o que fala. —afirmou com um sorriso zombador. —É bom... Mas não tanto como para merecer uma repetição. Alfonso empalideceu. Olhou-a com uma intensidade que a fez esticar-se. Toda diversão desapareceu de suas feições. Estava a ponto de estourar e sabia que só se controlava com um grande esforço de vontade. Era melhor tratar Alfonso mais como inimigo, que como o amante apaixonado que demonstrou ser. Com esse Alfonso não sabia tratar. Manteve-se firme em sua posição. Deixaria-a em paz. Ante esse rechaço, deixaria de persegui-la. —Tem algo mais que acrescentar? —perguntou ele com um tom que lhe fez estremecer-se. —Alfonso. —respondeu Anahí com um suspiro, —já sabe como sou. Eu gosto de variedade... —É uma prostituta. —declarou com fúria logo que reprimida. —Te desprezo. Por mais estranho que fosse, suas palavras a machucaram como uma punhalada. Lágrimas repentinas lhe nublaram a vista. Mas apenas consciente de que tremia, sustentou-lhe o olhar. —E pensar que me excitou tanto, que não tomei precaução alguma. —murmurou Alfonso entre dentes, lhe dirigindo um olhar de ódio. —Espero que não haja conseqüências. Quando a porta se fechou atrás dele, Anahí ficou assombrada, olhando o espaço vazio. Não tinha usado nenhuma proteção e temia ter que lamentar as conseqüências! As lágrimas fluíram, tão dolorosas como espinhos que fossem arrancados um a um e o pior era que não sabia por que brotavam.
Capítulo 6
—JANTAREMOS com Tomaso e Daisy esta noite...
—Perdão? —a jovem levantou a vista do jornal que lia.
—Disse-lhes que te levaria comigo. —lhe indicou Alfonso, ameaçador.
—E é um tipo muito ambicioso. —replicou ela, incrédula. Obrigou-se a descer a tomar o café da manhã com ele. Se tivesse pedido que lhe subissem uma bandeja, Alfonso o teria interpretado como um sinal de debilidade. Assim, tinha que ingerir uns mantimentos que a afogavam. Não disse nada ao ver o passaporte e seu dinheiro junto a seu prato.
—Não tenho intenções de permitir que o conflito entre nós os prejudique...
—E quando ficou com eles para esta pequena reunião?
—Antes de que saísse de Londres. Sua mãe disse que não iria...
—Tinha razão!
— Disse que o farias... E o fará. —afirmou Alfonso com tom gélido. —Chegaremos juntos e nós partiremos juntos. Seremos corteses e amáveis um com o outro na frente deles...
—Claro que não! —exclamou Anahí sem poder conter-se.
—Corteses e amáveis. —insistiu ele. —Isso acalmará os temores de sua mãe. Sua atitude deixará de ser motivo de preocupação para ela.
—Não fingirei à família feliz para o seu benefício. –Santo céu. Tinha ficado de jantar com sua mãe antes de que ela ligasse a Itália. O terror a invadiu.
—Sua vida será um inferno se não o fizer. Prometo-lhe isso.
Seu tom ameaçador fez que o pêlo da nuca de Anahí se arrepiasse. Seus olhares se encontraram, lhe revolveu o estômago e se viu obrigada a baixar a vista. Teria ido à reunião sem que ele a obrigasse, mas Alfonso jamais o teria acreditado. Estava convencido de que ela se propunha a arruinar a relação entre seus pais.
Mas uma vez que a impressão inicial cedeu, Anahí reconheceu que tinha respondido assim por puro egoísmo. Tinha alterado a sua mãe. Não prestou atenção à felicidade de Daisy, a não ser à ameaça da renovada aproximação com o Alfonso. Ele já tinha tido três meses para analisar a reconciliação de seus pais, não vinte e quatro horas, como ela.
—Entendeste-me? —insistiu Alfonso.
—Sim. —aceitou a garota, mordendo-a língua, derrotada. —Mas sua interferência não era necessária.
—O carro virá nos buscar dentro de meia hora.
Altiva, mas com um nó na garganta, Anahí se retirou. Mediante um grande esforço conseguiu controlar seu temperamento, que tantos problemas lhe causava sempre que estava perto de Alfonso.
Quando voltaria a sentir-se bem? Resultava-lhe mais difícil aceitar o ocorrido com Alfonso do que pensava. A poderosa sexualidade desse homem foi sua perdição. Não era a única mulher que cometia um engano semelhante ao calor da paixão... E não seria a última. Mas, quanto tempo se sentiria envergonhada e culpada? E por que se sentia suja pela atuação que teve que representar ante ele?
Acaso não lhe tinha dado o que ele esperava? Alfonso a desprezava. Mas isso não lhe impediu de usá-la da pior maneira possível. Sua própria sensualidade ardente foi o instrumento de destruição que ele usou. Já tinha acabado. Um dia de loucura. Ensinou-lhe uma lição difícil. Teria maiores conseqüências?
Não era tão fácil ficar grávida. Não era uma tonta adolescente... Mas tinha atuado com a mesma imprudência. Alfonso supôs que usava algum sistema anticoncepcional. Na realidade, ele temia mais ter contraído alguma doença. De uma virgem. E não se deu conta. Em alguma ocasião tinha lido que às vezes os homens não se precaviam disso.
Anahí não pronunciou uma palavra no trajeto ao aeroporto. Estava como no limbo, mas não deixava de sentir a presença de Alfonso, tão diferente a seu pai. Alfonso sempre tinha sido muito veemente, mas ali, na Itália, conheceu um aspecto dele que lhe era desconhecido.
Um Alfonso coquete, brincalhão, apaixonado, irresistível, até pormenorizado. Como adolescente ela não compreendeu que, sob a gélida superfície, havia um homem cheio de emoções. Então apareceu sério, ameaçador e sarcástico. Agora era dolorosamente consciente dessas correntes subjacentes.
—Passarei para te pegar às sete esta noite —lhe indicou ele.
A garota se limitou a descer do carro, ignorando-o.
—Anahí...?
Enquanto esperava que o condutor baixasse sua mala do carro, ela se surpreendeu quando uma mão firme a voltou e o peso do corpo do Alfonso a oprimiu contra o veículo, lhe impedindo todo movimento e se apoderou de seus lábios em uma aberta agressão sexual. Entretanto, a jovem estalou em chamas imediatamente. Ao sentir a excitação dele contra seu corpo, os joelhos lhe dobraram.
Sentiu que os dedos masculinos lhe acariciavam a nuca e o pescoço e não percebeu o que ele fazia até que se retirou com o colar na mão. Anahí piscou surpreendida. Tinha esquecido que ainda o usava. Alfonso colocou a jóia na palma estendida da mão da garota e lhe fechou os dedos.
—Às sete. —reiterou. —Ou quer que chegue antes?
Mediante um grande esforço, Anahí se separou do carro sem deixar de olhá-lo nos olhos, que a tinham hipnotizada, despertando uma excitação tremenda entre eles.
—Dio. —grunhiu ele. —Tenho uma reunião às quatro.
—Não te agrado. —lhe recordou Anahí, trêmula.
—Quando não está na cama. Estando nela, deixa-me louco. —ronronou Alfonso antes de girar sobre seus pés, e desapareceu.
Sem que eles se dessem conta, um fotógrafo ao outro extremo do estacionamento baixou sua câmara com um sorriso satisfeito.
A bordo do avião comercial, a garota pensou na comodidade de que Alfonso desfrutaria em seu avião privado. Como se fosse um homem casado, ele cobria os rastros de suas aventuras com a amante. Mas ela não tinha intenções de converter-se em sua amante e a surpreendeu que sua atuação da noite anterior a tivesse ajudado a pôr fim a qualquer intenção que ele tivesse nesse sentido. Uma intenção ridícula, disse-se. Se não a tivesse tomado despreparada, o que fez no estacionamento jamais teria ocorrido.
Ao chegar em casa encontrou uma mensagem interessante do corretor de bens na secretária eletrônica. Tinha uma oferta em efetivo pelo apartamento e de maior quantidade a que esperava. Ao visitá-lo, agradou-lhe inteirar-se de que o comprador estava interessado em ficar com a maior parte de seu mobiliário. Mudaria-se a um apartamento alugado e assim evitaria o gasto de armazenamento de seus móveis.
—Não acredito que haja problemas. —comentou o agente, satisfeito. —Se trata de um executivo suíço que compra para sua empresa e gostou muito da localização do apartamento. Querem tomar posse no fim deste mês. Revise o contrato com seu advogado e devolva me assinado logo que seja possível...
Ao sair, Anahí não deixou de sentir certo remorso. Ter seu próprio apartamento lhe dava sensação de êxito. Vendê-lo representava o muito que a tinham prejudicado as mentiras de Danny. Não obstante, reconhecia que talvez atirou muito alto quando o comprou e, se voltasse a ter outra oportunidade, seria muito mais modesta em suas pretensões.
O timbre da porta soou às seis quando estava na ducha. Era Christian Chaves, o fotógrafo cujo talento a tinha arrojado à fama. Estava comprometido com a Maite Perroni, outra modelo, muito amiga de Anahí. Com freqüência se hospedava na casa deles quando ia a Nova Iorque e se alegrava de corresponder a sua hospitalidade quando podia.
Christian deixou sua mala na habitação de hóspedes e a pôs a par dos acontecimentos durante meia hora antes de sentar-se frente a uma pizza e o televisor. A garota se foi a seu dormitório, temerosa da noite que a esperava, Alfonso não a deixaria em paz.
E ela estava como peixe fora da água perto de Alfonso. Quando ele a tocava, voltava-se como louca, e se algo mais acontecesse entre eles, jamais o perdoaria. Ele só a queria para satisfazer seus instinto sexuais. Tinha que fazer que esse homem se afastasse de sua vida de novo, mas, como? O que o faria enfurecer? Franziu o cenho ao escutar o barulho que Christian fazia na cozinha. Acreditar que havia outro homem em sua vida enfureceria ao Alfonso... e tinha a outro vivendo com ela sob o mesmo teto...
—O que está dizendo? —perguntou-lhe Christian, atônito, minutos depois.
—Esqueça. –pediu Anahí, ruborizada. —É uma idéia estúpida.
—O tipo que não aceita um não como resposta. —riu seu amigo. —É disso que se trata?
—Sim. O único que quero é que aparentes estar como em sua própria casa, como se estivesse me esperando. —lhe explicou a jovem.
—É capaz de recorrer à violência? —perguntou com cautela.
Anahí negou com a cabeça, rezando para que estivesse certa.
—Não se preocupe, chegarei a tempo. —sorriu Christian ao partir com a cópia da chave da porta da entrada. —Acredito que será muito divertido!
A garota se vestiu com a roupa mais chamativa que tinha, com o propósito de incomodá-lo. As loiras de Alfonso sempre se vestiam com recato. Depois de olhar-se por última vez no espelho, desceu a reunir-se com ele, que já a esperava no carro.
—Parece uma artista de trapézio. Vai bem. —para fúria de Anahí. Alfonso a observava com insolente e ofensiva familiaridade.
A jovem jogou o colar de esmeraldas no porta-luvas do carro.
—O que acontece? —perguntou Alfonso, despreocupado.
—Não o quero.
—Te pertence. Eu lhe dei de presente isso.
—Mas eu não desejo ter nada teu. —a tensão de Anahí crescia, mas tratava de manter um tom de voz frio e controlado.
—Talvez este não seja o momento de te dizer que vou comprar seu apartamento.
—Chegas tarde. —replicou ela. —Já aceitei uma oferta de compra.
—De quem?
—De uma empresa da Suíça.
—Que me pertence.
—É tua? —a garota não podia acreditar no que escutava.
—Quem mais estaria disposto a pagar por cima do preço de mercado? Pagarei-te tão logo o fechamento do contrato...
—Para que quer comprar o apartamento? —exigiu-lhe com uma mescla de temor e horror.
—Disse-te na Itália que eu pagaria todas suas contas. Isso inclui que tenha um teto seguro onde viver. Farei-me acusação de seus problemas econômicos. Liquidarei seus cartões de crédito e dívidas pendentes e me certificarei de que mensalmente se deposite uma soma adequada para cobrir seus gastos em sua conta.
Atordoada, Anahí escutava quais eram suas intenções e a humilhação a envolveu antes de que instalasse a ira.
—Não sou uma peça de mobiliário que possa comprar como meu apartamento! —gritou. —E não estou a venda!
—Nunca disse que o estivesse cara. —murmurou Alfonso, tranqüilo. —Mas chegamos a um acordo na Itália...
—Não houve tal acordo!
—Digamos que quando permitiu meu acesso a seu delicioso corpo, dava o acordo por feito.
A garota empalideceu. Queria lhe arrancar os olhos por seu empenho de considerá-la uma mulher avara e imoral. Nunca o tinha odiado mais que nesse momento. Não compreendia como esse ódio não matou qualquer desejo que sentisse por ele. Entretanto, alegrou-a o fato de que, se Alfonso decidisse subir a seu apartamento essa noite, seria recebido pelo Christian. Nem mesmo Alfonso seria capaz de resistir tal rechaço.
—Na Itália te disse que tudo tinha acabado. —se obrigou a dizer. —Foi um engano que não me proponho repetir e nunca tive a intenção de me converter em sua amante, assim acaba de comprar um apartamento vazio. Mudarei antes de que termine o mês.
—Não acredito. —murmurou ele em tom sedoso ao deter o automóvel. Anahí partiu frente a ele até o restaurante e viu que sua mãe estava em uma mesa afastada. Daisy manifestou sua alegria ao vê-los. Tomaso ficou de pé, estreitou sua mão e a beijou na bochecha. Estava mais magro e parecia mais velho; então os olhos da garota se umedeceram ao perceber a alegria de sua mãe.
—Que casualidade que os dois tenham estado na Itália! —comentou Tomaso. —Estava no sul visitando uma fábrica não é assim? —perguntou a seu filho.
—Que aborrecido. —manifestou a jovem, seguindo com a farsa e recebeu um olhar de advertência de Alfonso. Captou que não lhe agradava lhe mentir a seu pai. Isso a surpreendeu.
Em outras circunstâncias teria sido uma noite agradável. Tomaso estava muito recuperado e não deixava de adular a Daisy. Falou do casamento e de uma data possível que sugeria que a idéia de Alfonso de que Anahí pudesse interferir em seus planos era muito exagerada.
—De verdade não te importa? —perguntou Daisy a Anahí quando recolhiam seus casacos.
—Se Tomaso te fizer feliz, eu serei feliz. —lhe indicou sua filha ao abraçá-la.
—Me alegro... O que há entre Alfonso e você? —perguntou Daisy.
—Entre nós?
—Não me tome por tola ou cega. —comentou Daisy. —Faz uma semana não queria nem ouvir falar de que me casasse com o Tomaso.
—Foi infantil e egoísta por minha parte...
—Quando Alfonso comentou que te traria para jantar conosco, disse-lhe que seria como ir à lua. Mas aqui está e ele não deixa de te olhar e você o tocou...
—Toquei-o?
—Em um par de ocasiões lhe tocou o braço enquanto falava com ele.
—Seriamente? —na realidade Anahí não recordava havê-lo feito.
—E além disso, conheço-te —insistiu sua mãe. —Não costumas tocar a outros sem motivo. Em especial ao Alfonso...
—Mamãe, não creia...?
—E por que ele não deixa de te olhar? —continuou Daisy, preocupada. —Entretanto, não o olhaste nenhuma só vez...
—Possivelmente não me sinta muito a vontade na companhia do Alfonso. —manifestou Anahí, surpreendida pela percepção de sua mãe.
—É muito atrativo e muito inteligente. —comentou a senhora, inquieta. —É irresistível quando o propõe.
—Dá-me a impressão de que não te agrada muito...
—Não quero que voltes a sair machucada. —murmurou sua mãe. —Alfonso não é dos que sentam cabeça e há algo diferente em ti Anahí...
Santo Deus, sua mãe se deu conta! Reprimindo o pânico, a jovem se obrigou a sorrir.
—Ser agradável com Alfonso me esgotou.
Anahí se alegrou de que a reunião terminasse. Alfonso se sentou ao seu lado na Ferrari.
—Menos mal que já acabou tudo... —murmurou a garota, esfregando-as têmporas. Tinha enxaqueca.
—O que disse a Daisy? —exigiu-lhe Alfonso de repente.
—Nada! —espetou-lhe Anahí. —E pode deixar de me tratar como cúmplice de seu crime. Não me agrada mentir a minha mãe e você me obrigaste a fazê-lo.
Autor(a): theangelanni
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—Você lhe disse algo. —insistiu ele em tom ameaçador. —Uma palavra mais e vou de táxi! —prometeu-lhe Anahí. —Se o houvesse dito, todo o restaurante se teria informado por seus gritos. —Não importará uma ve ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 14
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jucirbd Postado em 09/04/2009 - 17:04:04
muito linda sua web
escreve uma segunda temporada -
mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:58:00
MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:58:00
MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59
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mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59
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mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59
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mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:58
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mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:43
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mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:42
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mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:41
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