Fanfics Brasil - Anjo da escuridão {AyA} [Terminada]

Fanfic: Anjo da escuridão {AyA} [Terminada]


Capítulo: 12? Capítulo

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      —Você lhe disse algo. —insistiu ele em tom ameaçador.


      —Uma palavra mais e vou de táxi! —prometeu-lhe Anahí. —Se o houvesse dito, todo o restaurante se teria informado por seus gritos.


      —Não importará uma vez que estejam casados. Passarão a maior parte de seu tempo viajando. Parecerá-lhes natural que visite minha meio-irmã...


—Alfonso... Não quero ter nada que ver contigo! —gritou-lhe, frustrada. —Por que não pode aceitá-lo?


Ele insistiu em acompanhá-la até a porta do apartamento. Caía na armadilha sem nenhum fôlego por sua parte. As têmporas lhe palpitavam de dor quando tirou a chave da bolsa e abriu a porta. Christian a estaria esperando e tudo terminaria.


       —Não se sente bem. —declarou Alfonso, seguindo-a ao interior do apartamento. —Posso te trazer algo?


      —Estarei bem. —lhe indicou Anahí, surpreendida de que tivesse notado seu mal-estar. Com a vista procurava inutilmente ao Christian na sala.


      —De verdade estará bem...? —começou Alfonso, mas sua voz se perdeu antes de amaldiçoar e retirar a mão das costas da garota.


Anahí abriu os olhos quando pôde ver o Christian sair de sua habitação, só com uma toalha  na cintura.


      —Pensei que nunca chegaria, querida. —suspirou Christian com recriminação e sorriu ao Alfonso. —Obrigado por trazê-la a casa a salvo.


Uma furiosa incredulidade endurecia as feições de Alfonso.


     —Maldita. —murmurou a Anahí, sem tirar a vista de cima de Christian.


A garota estava tremendo. O olhar de Alfonso era assassino e a aterrorizava. Teve que reprimir o impulso de explicar a amizade que a unia com o Christian.


      —Não posso acreditar... —Alfonso se interrompeu dirigindo ao jovem um olhar violento que a fez tropeçar, temerosa de um ataque físico. Quando ele bateu a porta ao sair , Anahí se derrubou como uma boneca de trapo.


      —O que te pareceu minha atuação? —perguntou Christian.


      —Estiveste incrível. —lhe parecia que sua própria voz provinha de vários quilômetros de distância. A cabeça lhe estouraria a qualquer momento.


      —Arrepende-te de havê-lo feito? —Christian estudava seu rosto pálido com preocupação.


      —Claro que não. —já parecia. Alfonso se tinha ido. Mas, por que lhe doía tanto?


      —Pensei que seria gracioso. —confessou ele, —mas não foi assim. Herrera parecia destroçado.


      —Não acredite, é só fachada. —afirmou Anahí, esgotada.



A semana que Anahí devia passar em Nova Iorque para exibir as roupas de um desenhista, prolongou-se a cinco. Graças ao Christian, Anahí obteve que as capas de duas revistas especializadas usassem suas fotos, assim de repente se encontrou com o fato de que sua carreira voltava a tomar impulso. Durante um mês recebeu constantes encargos. Ela a chamava diariamente e a última vez lhe comentou que a esperavam muitos encargos a sua volta. As pessoas tinham má memória. Danny Philips era história.


Revisava sua agenda no vôo de volta quando se deu conta. Voltou a passar as páginas para assegurar-se de que não se equivocou. A marca acostumada do início de seu ultimo período não estava. Estava com três semanas de atraso.


O assombro a imobilizou antes de fazê-la tremer. Tinha perdido peso nas últimas semanas, mas o atribuía ao excesso de trabalho. Além disso, para a câmara, uma modelo jamais está muito magra.


Graças ao trabalho, tinha podido esquecer os dias que passou na Itália. Estava cansada e ocupada para lamentar-se do que já não podia mudar. Já estava esquecido. Tinha cometido um engano e aprenderia a viver com ele... Isso era o que se dizia quando sua mente divagava.


E agora isso. Não era possível que lhe acontecesse. Nunca imaginou a possibilidade de ficar grávida e agora devia enfrentar-se a ela. Desafiante, repassou as circunstâncias que poderiam ter provocado seu atraso, mas o temor se negava a desaparecer.


Ao chegar, comprou um teste de gravidez na farmácia do aeroporto. Até isso a envergonhava. Chamaram-na pelo alto-falante enquanto estava na caixa, e ficou paralisada.


Tomaso e Daisy tinham ido recebê-la. O agradecia muito, mas sua aquisição recente lhe pesava uma tonelada nas mãos.


       —Temos uma surpresa para ti —anunciou a senhora.


       —Do que se trata? —perguntou a garota ao abordar o carro do Tomaso.


       —A casa é tua. Dentro de uma semana já não a necessitarei...


A semana próxima. O casamento que Anahí tanto temia.


       —Tomaso queria comprar seu apartamento, mas quando chama-mos à agência disseram que já o tinham vendido —Daisy suspirou. — Acreditava que estaria séculos no mercado, mas estava equivocada.


A jovem inclinou a cabeça sem saber para onde olhar. Tinha alugado um apartamento no Highgate antes de ir a Nova Iorque.


       —Quero que fique com a casa. Depois de tudo, você a comprou para mim —insistiu Daisy.


       —Um detalhe muito generoso por sua parte —lhe indicou Tomaso com um sorriso de aprovação. —Sempre te agradecerei que cuidasse de sua mãe quando ela se negou a aceitar minha ajuda econômica.


      —Não necessito que ninguém fale por mim —murmurou Daisy, cortante, mas sorriu ao Tomaso.


A casa. Anahí nem sequer tinha pensado nela. Mas a levaram ali. Suas próprias almofadas adornavam a sala de Daisy. E a cristaleira de sua mãe foi substituída pela coleção de rãs ornamentais que tinha desde a infância. Daisy a tirou do braço e ela teve que reprimir as lágrimas.


A casa tinha dois dormitórios com seu próprio banho, sala de estar e jantar com acesso direto à cozinha e um íntimo jardim. De repente, voltava a ter um lar que podia chamar próprio. Sentada na cama do dormitório principal, abriu o pacote com a teste de gravidez e ouviu sua mãe da planta baixa.


       —O que quer jantar?


       —Não tenho apetite.


       —Frescuras!


Quarenta minutos depois sabia, mas seguia imóvel, sentada na borda da banheira, dizendo-se que talvez se equivocou ao fazer o teste e voltou a ler as instruções. Estava aterrada. Sentia-se como uma adolescente, não como uma mulher adulta. Grávida. Era uma brincadeira de mau gosto. Não podia acreditar que um equívoco pudesse ter conseqüências tão terríveis.


Três dias depois, sua mãe a surpreendeu vomitando no banheiro, pela segunda manhã consecutiva.


       —Contraíste algum vírus —murmurou a senhora, ansiosa. —Chamarei o doutor.


       —Não!


Ignorando seu protesto, a senhora foi para o telefone.


       —Não o faça!


       —Não seja tonta. —Daisy seguia marcando.


       —Por todos os Santos... não estou doente, estou grávida! —exclamou a garota com um soluço de frustração. Ao ver a expressão de Daisy, compreendeu seu engano. Não tinha intenções de dizer-lhe até que retornasse de sua lua de mel.


Demorou uma hora em tranqüilizar a Daisy. Com olhos tão inchados como os de sua mãe pelo pranto, murmurou:


      —Não queria que soubesse ainda.


      —O que vou dizer ao Tomaso?


      —Não te atreva a dizer-lhe ofegou a jovem.


      —Terá que inteirar-se... Anahí, como pôde te deitar com um estranho ao que conheceu em uma festa? —a senhora voltou a chorar.


Isso era o pior de tudo aos olhos de sua mãe. A garota afastou o olhar, desejando poder lhe dizer à verdade, mas era impossível. Não pôde fechar os olhos essa noite. Daisy e Tomaso se casariam no dia seguinte. E ela tinha arruinado o casamento de sua mãe. A consciência a atormentava. Como se isso não fosse suficiente, sabia que ao dia seguinte teria que voltar a ver Alfonso.


Seria possível que Daisy lhe desse a notícia? Como a daria ela mesma? As palavras corretas para fazê-lo não iam a sua mente. Depois de ver o Christian sair quase nu de seu dormitório, como ia acreditar que o filho era dele? Imersa em seus pensamentos, Anahí só dava voltas na cama.


Quando baixou a tomar o café da manhã, surpreendeu-a ver o Daisy sorridente.


       —Pode contratar a uma babá e ficaremos com o bebê quando tiver que viajar. Tomaso adora aos meninos. Estará feliz... uma vez que se reponha da surpresa. Depois de tudo, a sociedade mudou muito. As mães solteiras já são mais aceitas. Quer uma torrada ou duas?


       —Mamãe, eu... —de repente se encontrou envolta pelos braços de sua mãe. —O aroma de toucinho me revirou o estômago —terminou em um murmúrio.


O casamento se celebraria no Registro Civil. A primeira pessoa  que Anahí viu foi Alfonso. Tropeçou na entrada, incapaz de lhe tirar a vista de cima.


       —Ali está Dulce —murmurou Daisy. —Esqueci te dizer que viria. Maravilhosa, não te parece? Tomaso diz que é a mais prometedora. É banqueira e tem duas carreiras universitárias...


O estômago de Anahí se revirou ao ver a mulher de mais de um e oitenta de pé ao lado de Alfonso. Era espantoso.


       —Fui tão tonta aquela noite que jantamos juntos —continuou a senhora. —Cheguei a pensar que Alfonso e você...


A chegada de Tomaso felizmente silenciou a sua mãe.


«Tem outra mulher. Bom, o que esperava, o que te assusta?» Anahí não podia responder essa pergunta. Só sabia que vê-lo com ela a tinha destroçado. Uma vez concluída a breve cerimônia, aproximou-se do irmão, de Tomaso e sua esposa.


       —Incomodaria-lhes me levar...?


       —Pode vir conosco, Anahí —a voz sedosa de Alfonso foi como uma adaga que se encaixava entre suas costelas.


A garota se voltou devagar. Alfonso se fez acusação das apresentações. Dulce lhe brindou um sorriso velada enquanto a avaliava.


       —Ouvi falar tanto de ti, que já me parece que te conheço.


       —As más notícias voam —comentou Anahí.


       —Anahí... —o tom de voz de Alfonso era gélido e, ao olhá-lo, o coração da garota deu um tombo.


       —Não foi minha intenção ofender  —disse Dulce com secura. — Te peço desculpas.


       —Não, sinto muito —se desculpou Anahí, tratando de controlar-se. —Estou muito sensível hoje.


      —Quer que lhe levemos? —obrigou-se a lhe oferecer Alfonso.


      —Anahí irá conosco —anunciou Tomaso, pondo uma mão sobre o ombro da jovem. —Temos um assunto muito delicado que tratar.


 



 



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Autor(a): theangelanni

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Capítulo 7   PÁLIDA e tensa, Anahí não reprimiu um olhar de recriminação a sua mãe.        —Vejo que não perdeste o tempo —comentou.        —É lógico que sua mãe confie em mim —interpôs Tomaso, molesto ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • jucirbd Postado em 09/04/2009 - 17:04:04

    muito linda sua web
    escreve uma segunda temporada

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:58:00

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:58:00

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:58

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:43

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:42

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:41

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