Fanfics Brasil - Anjo da escuridão {AyA} [Terminada]

Fanfic: Anjo da escuridão {AyA} [Terminada]


Capítulo: 15? Capítulo

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       —O menor de meus pecados —murmurou Alfonso.


       —Não necessitava do médico...


       —O que se supunha que devia fazer quando desmaiou? Passar por cima de ti e partir ?


       —Sim —afirmou ela, molesta ao recordar todo o acontecido. — Iria mais com sua atitude.


       —Estava muito assombrado e confuso quando cheguei esta noite. Não pensei bem no que dizia —declarou Alfonso com voz controlada, mas irada. —Devia esperar até me haver acalmado. É evidente que está grávida. por que irias mentir?


       —Não importa...


       —O que houve entre nós acabou...


Anahí fechou os olhos com uma dor intensa, reconhecendo que não era tão insensível como imaMaiteva. Não poderia sair adiante sem o Alfonso e não podia estar perto dele. Não sabia o que seria pior.


       —Tem que ser assim —continuou Alfonso. —Nunca esqueceria que te deitou com o Chaves depois de estar comigo na Itália.


Atordoada, a garota negava com a cabeça sobre o travesseiro.


       —Jamais poderia aceitar o filho de outro homem nestas circunstâncias. Como permitiu que te tocasse depois de estar comigo? —espetou-lhe ele, irado.


       —Não quero falar disso —Anahí voltou a cabeça para outro lado.


       —Ao fim te envergonha, apesar de que é muito tarde? —perguntou Alfonso, zombador, entre dentes.


       —Nunca confiaria em mim... em todos estes anos jamais confiaste em mim, nunca me deste o benefício da dúvida —o condenou ela com desolação, falando para si e sem escutá-lo. —Não posso suportar isso. Nunca pude suportar.


       —E não terá que suportá-lo a partir dá agora. Desejei-te tanto e durante tanto tempo, que era como um veneno em meu sangue. Estava decidido a te ter a qualquer preço. Acreditei que poderia te exorcizar com o sexo, mas o único que obtive foi uma obsessão maior. Não me agrada o que me faz —confessou Alfonso. —Não me agrada a forma em que me comporto contigo. Eu gosto de controlar a situação... um ressaibo de minha infância... e contigo não posso fazê-lo.


O mesmo ocorria com ela e em ocasiões... como nesse momento, isso a aterrorizava. Odiava-o por havê-la machucado, porque não a amava, por insultá-la, mas ao imaginá-lo saindo pela porta, queria fazê-lo voltar para que a dor e os insultos continuassem. A destruição era mais passível que o vazio.


        —Vá! —exigiu-lhe de repente.


        —Parece tão frágil e de uma vez tem a força suficiente para me desafiar —declarou Alfonso com um suspiro de frustração. — Desde menina, sempre me desafiaste.


        —Necessitava a alguém que me abraçasse e me desse segurança —Anahí havia tornado a cara contra o travesseiro.


        —Não podia me expor a essa cercania —assegurou ele com desgosto por si mesmo.


        —Queria que fosse.


        —Não é certo... em ocasiões adivinho o que quer antes de que o pense. Quem é o pai? —insistiu ele sem advertência prévia, mas sua voz estava rigidamente controlada. —É Chaves?


        —Acaso importa?


        —Na realidade prefiro não sabê-lo —reconheceu com dureza.


        —Maldito seja, Alfonso!


       —Precisa comer algo —comentou ele em tom prosaico. —O que quer?


       —Está louco.


       —A mais não poder. Está doente, está grávida e suas mãos têm as marcas de meus dedos —enumerou Alfonso, cortante. —Como esperas que me sinta?


Ele saiu da habitação. Trêmula, Anahí levantou as mãos para examiná-las. As marcas dos dedos de Alfonso adquiriam tons violáceos. Quando a agarrou, não lhe doeu. Sua pele se marcava com facilidade e isso devia ser terrível para ele, embora não lhe duraria muito o desgosto. Iria para retornar ao lado de Dulce. Foi um acerto lhe mentir, disse-se com desolação. O tortuoso ciclo de destruição interior terminaria e ela poderia sanar. Alfonso a deixaria em paz.


Demorou muito, mas ao fim Alfonso retornou com um tigela de sopa.


Anahí reconheceu que se encontravam em um estado temporal de suspensão de hostilidades. Amanhecia Recordou outro amanhecer e suas bochechas se acenderam e escondeu a cara dentro do tigela. A sopa estava tão quente como suas bochechas. Tomou o alimento sob o olhar vigilante de Alfonso. À luz do amanhecer, ele parecia tão triste como ela.


Recordou o que Alfonso havia dito. Enfermidade... obsessão... exorcismo. E sexo. Mau, destrutivo, perigoso. Nada adulador. E o que foi que disse de sua infância? Que gostava de controlar. No Alfonso, isso não era uma surpresa!


       —Por que tem que controlar? —perguntou-lhe ela.


       —Cresci com uma mulher como você —a expressão dele se velou. —Um espírito livre. Qualquer homem, em qualquer lugar, em qualquer momento...


Como você... Anahí se tragou sua frustração.


       —Que mulher?


       —Minha mãe. E não se envergonhava de sê-lo. Meu pai a adorava, mas não suportava suas aventuras. Por isso ele se divorciou, mas lhe foi atribuída minha custódia. Aborrecia a vida que levava a seu lado. Era muito possessiva e muito volátil...


       —Você é igual.


       —Só contigo —Alfonso esboçou um meio sorriso gélido. —E isso posso dominá-lo. Não quero levar uma vida libertina com nenhuma mulher. Quero uma esposa dócil e conservadora, assim quando me aborrecesse dela me partiria e me buscaria uma amante.


       —Espero que sua esposa organize orgias desenfreadas enquanto você estiver no escritório! —exclamou a garota com uma quebra de onda de dor e asco.


       —Você o faria, ela não. Aceitará as coisas como são. Muitas mulheres o fazem. Aceitam sua posição social e o dinheiro, os filhos e um marido cujas infidelidades são discretas.


       —A sopa está queimada —declarou ela, voltando-se para lhe dar as costas e afundou as unhas no travesseiro. Não suportava sua sinceridade. Alfonso não tratava de machucá-la. Só manifestava o que ele considerava o faria feliz... ou tão feliz como acreditava que poderia ser sem perder o controle absoluto da situação.


       —Deve ir a essa consulta com o doutor —lhe indicou Alfonso. — Se necessitar algo... Procura não me avisar, a menos que seja uma emergência —adicionou depois de uma pausa.


Anahí escutou atenta até que o som do motor de seu carro desapareceu. Então, começou a rir como uma louca até que o pranto substituiu a risada. O Anjo da Escuridão era um covarde. Um homem que não merecia suas lágrimas, nem era digno de ser o pai de seu filho.



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Autor(a): theangelanni

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Comentários da Fanfic 14



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  • jucirbd Postado em 09/04/2009 - 17:04:04

    muito linda sua web
    escreve uma segunda temporada

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:58:00

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:58:00

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:58

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:43

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:42

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:41

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