Fanfics Brasil - Anjo da escuridão {AyA} [Terminada]

Fanfic: Anjo da escuridão {AyA} [Terminada]


Capítulo: 18? Capítulo

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Quando ficou sozinha, a jovem voltou a vista para a parede. Alfonso era à última pessoa a que queria ver nessas circunstâncias. Que fazia ali? Como se atrevia Tomaso a lhe pedir que o recebesse? Pela unidade familiar, supunha, mas esse não era o momento.


Mais tarde, prometeu-se. Mais tarde, quando se sentisse melhor e pudesse felicitar a Alfonso por seu compromisso matrimonial. Agora necessitava tempo para adaptar-se às circunstâncias e pôr em ordem suas confusas emoções. Acreditava ter aceito a impossibilidade de uma relação com o Alfonso... até o momento em que viu o anel de compromisso no dedo de Isabel Dunning.


Então suas esperanças se vieram abaixo. A dor e o rechaço a afligiram. Tinha que aprender a controlar essas emoções. Sua gravidez dividiu à família. Durante os últimos cinco meses, Alfonso se limitou a evitá-la e seus pais contribuíram a lhes facilitar as coisas. Mas isso não podia prolongar-se indefinidamente sem impor uma tensão terrível para Tomaso e Daisy. Anahí sabia que de algum jeito teria que enfrentar-se à situação e solucioná-la.


A meia-noite permitiram comer uma torrada e beber uma taça de chá. Quando a porta de sua habitação privada se abriu, apenas lhe emprestou atenção. Abria-se constantemente para dar passo a uma procissão incessante de enfermeiras. Ao ver umas pernas embainhadas em uma calça de homem e levantar a vista, seu coração deu um tombo.


       —Convenci-os de que me deixassem entrar —disse Alfonso. — Estive aqui todo o dia.


Seu estado era deplorável. Precisava barbear-se e tinha a roupa enrugada. Profundas marcas de tensão apareciam em sua cara. Suspirou ao observá-la da porta.


       —Quero que vá —murmurou Anahí e fechou os olhos.


       —Tinha que ver-te...


       —Por que? —suspirou ela.


       —Como pode me perguntar isso? —exigiu-lhe Alfonso, incrédulo. —O filho que leva no ventre é meu...


       —De onde tiraste essa idéia? —a garota abriu os olhos, assustada.


       —Certamente não de ti —lhe indicou com ênfase.


       —Não sei de que falas —lhe indicou ela, procurando dar-se tempo e perguntando-se se Tomaso ou Daisy teriam traído sua confiança.


       —Como pôde acreditar que poderia sair adiante com uma mentira como essa? —demandou Alfonso com um grunhido. —Cedo ou tarde me teria informado. Christian e Maite são seus melhores amigos. Nunca teve relações com o Chaves. Seu nome jamais foi relacionado com o dele e ontem desempenhou um papel importante em seu casamento.


       —De onde tiraste essa informação? —perguntou Anahí, inquieta.


      —O extravagante vestido de casamento de seu amiga apareceu em todos os telejornais do meio-dia. Tratava de estabelecer contato contigo quando meu pai me comentou que estava no hospital. Não trate de me dizer que dormia com Chaves faz cinco meses, a costas de sua melhor amiga... Não acreditaria!


      —Nunca disse que Christian fosse o pai de meu filho —murmurou a jovem.


      —Mas em repetidas ocasiões negou que eu o fosse —insistiu ele. —E aquela noite quando apareceu em seu dormitório, não fez intento algum por esclarecer a situação...


Anahí voltou a cara para a parede, envergonhada da cena que o obrigou a presenciar. Ao parecer não se deu conta de que tinha preparado essa cena deliberadamente. Isso diria ao Alfonso quão vulnerável ela se sentia meses atrás. Mas, quanto demoraria ele em recordar a atuação de Christian ao detalhe? Ele não se comportou como uma amigo, mas sim como um amante.


       —Por que devia te dar explicações? —perguntou sem poder olhar o de frente.


       —Se não puder explicá-lo, nego-me a fazê-lo por ti —declarou Alfonso com amarga dureza. —A noite que fui a sua casa...


       —Chegou feito uma fúria! —interrompeu-o Anahí. —Queria que negasse que estava grávida.


       —Não me comportei de forma racional nessa noite —reconheceu, tenso.


       —Tenho a impressão de que foi muito racional —murmurou a jovem, ainda sem atrever-se a olhá-lo a idéia de que levasse a teu filho era a realização de todos os seus pesadelos. Acusou-me de tratar de te impor essa carga...


       —Ao calor da ira —a interrompeu. —Trata de te pôr em meu lugar.


      —Não obrigado, tenho o bastante com o meu.


      —A idéia de que estivesse grávida de mim não teria sido meu pior pesadelo feito realidade —declarou Alfonso, cortante, como se tivesse todas suas emoções sob controle.


Produziu-se um tenso silêncio. Anahí não lhe acreditava. Agora que ele sabia a verdade, tratava de defender-se da acusação.


       —É difícil aceitar que nestes meses todos menos eu sabiam a verdade —continuou. —Como convenceu a meu pai de que mantivesse a boca fechada?


      —Viu-te no estufa com Dulce e compreendeu por que não queria que se inteirasse —até então não se atreveu a olhá-lo diretamente.


Alfonso estava ruborizado. Apertava tanto a base da cama que tinha os nódulos brancos.


      —Como podia saber que estava grávida? —era uma estranha súplica, pedindo compreensão.


      —Não parecia te importar —declarou ela. O cansaço a dominava.


      —Isso não é certo —insistiu ele com firmeza.


      —Na realidade já não importa —as pálpebras lhe fechavam. — Como a água que passa sob a ponte, não merece...


      —Não merece...? —Alfonso reprimiu seu comentário com dificuldade. —Como pode dizer isso? Se tivesse estado sozinha na casa, teria morrido e meu filho contigo! —logo que poderia conter a ira. —Foi questão de boa sorte que desmaiasse em um lugar público, assim não me diga que meus sentimentos não importam.


As pálpebras lhe fechavam. Anahí moveu a cabeça inquieta sobre o travesseiro. Pela posição em que se encontrava, ela mesma atirava de seu cabelo e alguém o acomodou com mãos gentis.


       —Obrigada —murmurou antes de ficar dormindo.


As flores chegaram à manhã seguinte, depois do café da manhã. Seu aroma logo encheu a habitação. A primeira visitante foi sua mãe.


       —Vejo que já trouxeram as flores de Alfonso —comentou com um sorriso.


       —Alfonso? Supus que você...


       —Ia fazer, mas quando ouvi que Alfonso as pedia, decidi as deixar para outra ocasião.


       —Por que me envia flores? —Anahí se esticou na cama.


       —Pode imaMaiter que alguém tenha melhores motivos?


       —Motivos? Que motivos? —perguntou, tremente.


       —Quando Tomaso chamou o Alfonso ontem para lhe dizer que foram operar te, eu me pus furiosa —comentou Daisy ao sentar-se. —Disse algumas coisas... imperdoáveis. Você estiveste tão só enquanto ele brincava de correr como um Don Juan...


Anahí se mordeu o lábio inferior.


       —Mas aqui no hospital, Alfonso estava destroçado —seguiu a senhora. —Estava muito preocupado por ti e pelo bebê. Nunca o tinha visto assim. Jamais compreendi quão sensível é sob seu frio exterior. Tomaso diz que sempre o foi, mas pensava que era seu amor de pai o que o fazia falar assim. Pode imaMaiter a tensão pela que passamos enquanto te achava no sala de cirurgia.


       —E? —insistiu Anahí ante o silêncio de sua mãe.


       —Bom, já pode imaMaiter como nos pusemos quando Alfonso comentou que você lhe havia dito que o menino não era dele; Tomaso e eu nos surpreendemos muito.


       —Naturalmente —manifestou com ironia.


       —Como pôde enganá-lo dessa maneira? —inquiriu Daisy sem compreender. —Nós dávamos por feito que vocês sabiam o que faziam e pensamos que uma vez que sua gravidez foi evidente, falaria com o Alfonso para tratar de arrumar as coisas. Felizmente, ele teve a inteligência suficiente para compreender que o enganou...


       —Muito preparado —murmurou Anahí, tensa, adivinhando que agora falariam de São Alfonso. Resultava que a má da história era ela. Ele tinha sido absolvido de toda responsabilidade por sua insensibilidade ante os acontecimentos recentes. Seus pais eram tão inocentes... Não imaMaitevam que a única ambição desse homens sete meses atrás era a de comprá-la para tê-la em sua cama e convertê-la em sua amante.


       —Quero o que é melhor para ti e o bebê —insistia Daisy.


       —Já tenho o que é melhor para nós —assegurou a garota, molesta.


       —Alfonso tomou o café da manhã conosco e foi dormir umas horas. Estará aqui mais tarde. Diz que quer casar-se...


       —De verdade? —o rubor apagou a palidez das bochechas de Anahí. »Alfonso diz...» Daisy recorria à atitude inocente de sempre. «Tomaso diz...» Dava aos homens a qualidade de oráculos.


       —Não sabe quão felizes estamos...


       —Ainda não me pediu —comentou isso a jovem entre dentes.


       —Não lhe dirá que não, verdade? —a senhora olhava insistente o ventre cheio de sua filha com uma ternura que nenhuma mulher poderia interpretar mau.


       —Mamãe, Alfonso acaba de comprometer-se com a Isabel Dunning...


       —Não seja tola. Isabel está comprometida com o Roger Bamford, o assistente pessoal de Alfonso —a corrigiu Daisy, divertida. —De fato, ele acaba de ascendê-lo e isso ajudou a que Roger seja aceito pela família de Isabel.


       —Mas...


       —Tudo o que termina bem está bem —murmurou a mulher, feliz, decidida a ignorar a reação de sua filha pela notícia.


A garota guardou silêncio. Não importava se Alfonso estava comprometido ou não. Enfurecia-a que ele tivesse a pouca delicadeza de comunicar a seus pais que fossem casar se sem haver  pedido antes a ela. Era uma forma de chantagem que o beneficiava, mas Anahí não tinha intenções de casar-se só para salvar as aparências.


A tarde caía quando Alfonso fez ato de presença. Muito elegante.


       —Como está? —perguntou ele ao fim.


       —Bem —a jovem se estremeceu quando seus olhares se encontraram.


       —Nos casaremos logo que saia daqui —manifestou, com despreocupação.


Silêncio... pedindo aplausos, supunha Anahí, esperando que ela saltasse da cama para, de joelhos lhe abraçar as pernas em sinal de agradecimento.


      —Manteremos as aparências durante uns seis meses depois do nascimento do bebê —prosseguiu ele. —Então nos separaremos, aduzindo incompatibilidade. A família se levará uma decepção, mas teremos satisfeito duas prioridades. O bebê levará meu nome e todos estarão felizes. De acordo?



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Autor(a): theangelanni

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Capítulo 9   HUMILHADA, Anahí estava apanhada entre a fúria e a incredulidade, mas se agarrava a  cada uma de suas palavras.        —De verdade quer saber o que penso?        —Suponho que  isto é uma surpresa para ti, assim te deixarei sozinha para que pense ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • jucirbd Postado em 09/04/2009 - 17:04:04

    muito linda sua web
    escreve uma segunda temporada

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:58:00

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:58:00

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:58

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:43

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:42

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:41

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