Fanfics Brasil - Anjo da escuridão {AyA} [Terminada]

Fanfic: Anjo da escuridão {AyA} [Terminada]


Capítulo: 21? Capítulo

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       —Alfonso...


       —Tinha vinte e quatro anos e você dezoito. Fazia quase um ano que não te via, pois me mantinha afastado de propósito. Retornava a casa com tantas esperanças...


       —Esperanças do que? —Anahí recordava como a olhou ele antes da horrível festa, seu afeto desacostumado... o exame completo que lhe fez.


       —Acreditava que ao fim teria uma oportunidade contigo. Até então tinha tido que reprimir meus sentimentos por ti. Se não tivesse sido tão inocente, teria adivinhado por que te evitava. Teria questionado o porquê de meu desejo excessivo em sua educação.


       —Não tinha idéia.


       —Sou muito possessivo e muito ciumento —reconheceu Alfonso, resistente. —Cada vez que cruzava a porta, metia-me em um inferno. Sabia que tinha direito às experiências de qualquer adolescente, mas lhe queria evitar isso. Por isso fui embora durante um ano, mas ao te encontrar com esse menino nessa noite, voltei-me louco. Agora tenho que viver com o conhecimento de que esteve a ponto de ser violada. Não só contribuí para sua desolação com minhas acusações, mas também dava rédea solta a meus instintos de uma maneira que agora lamento.


O ciúmes foram a fonte de sua incompreensão aquela noite, descobriu Anahí. Imediatamente, a humilhação e a vergonha desapareceram.


       —Fui a seu dormitório para tratar de te explicar a verdade, mas de alguma forma...


       —Abri os olhos e te encontrei ali. Acreditei que foi me buscar. Não recordei o que tinha ocorrido até depois e pensei que tinha ido me atormentar, sabendo quais eram meus sentimentos —suspirou ele, —mas nunca devia te tocar. Não tinha direito.


       —Isso me destroçou.


       —Acredita que ainda trato de te provocar?


Não. Mas Anahí jamais o reconheceria. Alfonso tinha mudado porque tinha trocado a opinião que tinha dela. Entregava uma folha em branco. Com uma excessiva veia ciumenta. Descobriu que o perdoava pelo ocorrido seis anos antes e isso a assustava.


Certo, ele a tinha desejado, mas não tinha tido intenções de abusar dela. quanto mais lhe recordava Alfonso esta obsessão, mais segura se sentia. Em certo sentido, lhe pertencia. Durante seis longos anos Alfonso tinha lutado contra essa obsessão, mas persistia.


       —Não voltarei a te julgar mau, ao menos isso posso prometer lhe assegurou isso, decidido. —Diz que não te casará comigo. Mas, pensaste no futuro? Você goste ou não, teremos um filho que compartilhar dentro de algumas semanas...


       —Compartilhar? —repetiu Anahí, insegura.


       —Naturalmente. Quero estar perto de nosso filho. Até a lei me concederia direitos de visita, mas duvido que algum dos dois queira intervenção legal nisto. A existência desse bebê significa que serei parte de sua vida durante muitos anos.


Anahí examinava suas mãos apertadas. Não tinha pensado no futuro. Alfonso não renunciava a sua responsabilidade e manifestava que estaria presente em suas vidas, mas ela não suportava a idéia de o ter perto com sua série de amantes. Milhares de mulheres tinham que suportar situações semelhantes pela segurança de seus filhos. Mas ela não queria fazê-lo.


       —Não poderia tentar estar casada comigo? —perguntou-lhe. — Não poderíamos tentar dar uma oportunidade ao casamento?


       —Não quero me casar só porque nossos pais acreditam que devemos fazê-lo! —protestou Anahí.


       —Que diabos têm eles que ver com isto? —os olhos de Alfonso lançaram faíscas imediatamente.


       —Querem...


       —Estou falando do que eu quero —sublinhou ele com firmeza. —Faz muito que deixou de me importar o que meu pai quisesse. Faz seis anos quis me casar contigo e me neguei.


       —Essa noite... —a jovem ao fim compreendia.


       —Sim. Tudo tivesse sido esquecido ao momento se tivesse estado disposto a fazer «o que era decente». Mas nada me obriga a fazer algo que não quero


       —Não funcionaria —declarou ela, tensa.


       —Como pode sabê-lo sem lhe der a oportunidade?


       —Não posso.


       —Sim, podemos tentar. O que te custa?


Mas sofrimento e dor. Entretanto, seria pior vê-lo com outras mulheres, com a obrigação de compartilhar seu filho com quando lhe desse a vontade. Não seria porque estava assustada? Afligida pela tensão e a insegurança, surpreendeu-lhe perceber nele a mesma tensão. Desejava-a e queria a seu filho. Muitos casamentos sobreviviam com menos que isso.


       —Não vou implorar lhe —espetou isso Alfonso de repente.


       —Casarei-me contigo —no instante em que cedeu, as dúvidas a invadiram e em sua testa apareceram marcas de ansiedade. — depois de que nascer o bebê...


       —Não! —ele a olhava com ira. —Não estou disposto a esperar. Poderia mudar de opinião.


Anahí apertou os dentes, mas estava muito cansada.


       —De acordo —aceitou ao fim.


Passaram três semanas antes de que a Anahí fosse dada alta do hospital. Quarenta e oito horas depois, casou-se com Alfonso em uma igreja pequena, diante da presença só da família.


A situação lhe parecia irreal. Uma vez que aceitou casar-se com ele, Alfonso a visitava diariamente. Fez tudo o que se esperava dele. Levou-lhe presentes, encheu a habitação de flores e a respirava quando se deprimia. Não obstante, distanciava-se dela. Não houve intimidades, beijos nem olhares ardentes entre eles. Muito sensível a seus rechaços, Anahí não conseguia fechar a brecha que se abria entre ambos.


No dia do casamento descobriu que já não podia ver-se os pés, mas isso não importava. Era evidente que ao Alfonso não agradavam as mulheres grávidas. Podia aceitá-lo. Mas a atração sexual, quão único havia entre eles, também desapareceu, e seu volumoso ventre a fazia sentir-se mais insegura que nunca.


Quis ocultar-se detrás de Alfonso quando, ao sair da igreja, esperava-os um exército de fotógrafos. Os meios se inteiraram do casamento e há casamento mais atrativo para um jornal sensacionalista que uma noiva grávida de oito meses, em especial quando o noivo era conhecido por seus devaneios com outras mulheres enquanto que o ventre da noiva crescia.


A garota tremia quando ao fim se afastaram. Por primeira vez em sua vida se sentiu ameaçada pelas lentes da câmara. Alfonso lhe apertou as mãos no carro para lhe dar segurança.


       —Um alvoroço de cinco dias. Depois o esquecerão.


Mas ela era muito orgulhosa para esquecer o que seu casamento seria diante os olhos dos outros. Incomodava-a haver-se deixado convencer de casar-se antes de que nascesse o menino. O instinto lhe dizia que as câmaras não teriam sido tão ameaçadoras se já tivesse recuperado a figura em lugar de parecer um globo.


       —Acredita nisso? —perguntou-lhe ferina. —Te casaste com uma mulher inferior a ti. À imprensa adora as histórias  cinzentas.


       —Considero que o afortunado fui eu —a contradisse ele.


Anahí apertou os lábios. O que fazer com um homem que se negava a apresentar batalha apesar da provocação?


      —Espero que você goste de Hedley Court.


Alfonso era o dono de uma mansão isabelina que Anahí não conhecia. Quão único a impressionava de seu novo lar era que se encontrava a cinqüenta quilômetros de Londres, onde ele tinha que passar a maior parte de seu tempo. Tinha um apartamento na cidade. Muito conveniente para ele. Esposa, lar e filho a distância prudente. Bom, se pensava convertê-la em esposa de fim de semana, esperava-lhe uma surpresa.


Comportava-se como uma menina, disse-lhe uma voz interior. A insegurança a punha nervosa e agressiva.


Hedley Court estava preciosa à luz da tarde do sol de inverno que não tinha conseguido derreter a geada nas árvores e os bem cuidados jardins. Alfonso a ajudou a descer do carro e Anahí se estremeceu ao receber o ar gelado na cara. Como todo um cavalheiro, lhe cobriu os ombros com seu casaco.


       —Não seja ridículo. Um pouco de ar fresco não vai prejudicar me.


       —Queria que tivéssemos podido ir a um lugar mais quente durante umas semanas —abraçando-a, Alfonso a guiou pelo atalho de cascalho para a entrada.



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Autor(a): theangelanni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • jucirbd Postado em 09/04/2009 - 17:04:04

    muito linda sua web
    escreve uma segunda temporada

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:58:00

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:58:00

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:58

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:43

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:42

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:41

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