Fanfics Brasil - Anjo da escuridão {AyA} [Terminada]

Fanfic: Anjo da escuridão {AyA} [Terminada]


Capítulo: 25? Capítulo

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       —Foi sua amante —replicou a jovem, doente ao pensar no que lhe disseram a respeito da amante loira de Tomaso. Essa loira era Daisy.


       —Nunca aceitei um centavo de Tomaso —protestou Daisy, veemente. —O amava, tal como acredito que você ama ao Alfonso. E ele esteve disposto a esperar até que eu ficasse livre. O ataque ao coração que acabou com seu pai foi uma surpresa para todos. Era muito jovem quando morreu.


       —Muito conveniente —comentou Anahí sem poder se conter e voltou a cobrir a cara, envergonhada. —Sinto muito. Devia sofrer muito com papai.


       —O fracasso de meu primeiro casamento com o Tomaso se deveu a meus sentimentos de culpa. Não podia viver com minha consciência. Só quando me separei de Tomaso pude pôr meus sentimentos em ordem. Seu pai fez suas próprias escolhas, Anahí. Eu não fui responsável por elas. Ele mesmo se buscou sair da prisão. Não lhe importava o que acontecesse com sua família. Era muito irresponsável para pensar em alguém que não fosse ele


Produziu-se um silêncio pesado depois de suas palavras. Atônita, a garota se balançava em sua cadeira pensando em sua infância. Estava desfeita.


       —Christopher sabe há um par de anos —concluiu Daisy.


Anahí reprimiu um soluço de dor. Por que não o tinham contado a ela? Tinha direito de saber!


       —Se Alfonso também o tivesse sabido! —exclamou a senhora, estalando em lágrimas. —Como acha que ele reagirá ao inteirar-se pelos periódicos?


Tomaso fez ato de presença com rosto sério. Foi consolar a Daisy enquanto Anahí permanecia sozinha, horrorizada. Sim, como reagiria Alfonso ao descobrir que se casou com a filha de um ladrão?


       —Não te culpo, mamãe —manifestou de repente, indo abraçá-la.   —Fez o que acreditava mais conveniente.


      —Mas se isto prejudica a seu casamento, jamais me perdoarei por isso!


      —Alfonso vem de volta de Genebra —comentou Tomaso. — Quando chegar, analisaremos a situação em família. Assim deve ser.


      —Não —a garota estava assombrada pela sugestão. Não queria que Alfonso se enfrentasse ao chegar a um conselho familiar. Não seria justo para ele. Teve que insistir e ao fim obteve que Daisy e Tomaso partissem. Ainda faltavam horas para que seu marido chegasse.


Subiu apressada e foi procurar as cartas que seu pai lhe tinha enviado. A angústia e o temor a afligiam.


Que oportunidades de sobreviver teria seu casamento? Sem sabê-lo, ele se tinha casado com a filha de um ladrão de bancos. Muita gente o consideraria gracioso. E o que passaria com o rumor de que logo seria o renomado presidente do banco Herrera? Poderia lhe afetar seu desafortunado casamento?


Com lágrimas nos olhos, Anahí foi procurar suas malas. Terminou em uma hora. Só ficava a caixa com as cartas de seu pai. Com os olhos inchados de tanto chorar, foi em busca da senhora Moss para que lhe desse uns fósforos. Estava queimando a  primeira carta, quando alguém lhe arrebatou o fósforo.


       —Que diabos...? Alfonso! O que faz aqui?


       —Cancelei minhas reuniões.


Anahí o olhava sem poder falar. Alfonso a ajudou a ficar de pé, mas ela não se atrevia a olhá-lo nos olhos. A humilhação a afogava. Já sabia. Alguém deve ter lhe dito. De outro modo, por que havia retornado antes?


       —Por que foste queimar as cartas de seu pai?


      —Essa é uma pergunta muito tonta —protestou Anahí.


      —É a única lembrança que tem dele —manifestou Alfonso, gentil.


      —As cartas não contêm mais que mentiras.


      —E isso o que importa? Seu pai te amava. Devia dedicar horas inteiras à escrever e lhe fazia feliz quando era pequena. Essas cartas lhe deram alegria e segurança.


      —Mas são mentiras! —gritou-lhe a garota, sem poder compre-ender por que se comportava Alfonso assim com ela.


      —Não acha que sua mãe teve algo que ver com isso? De quem acha que foi a idéia de fingir que estava no estrangeiro em lugar de reconhecer a verdade? Talvez Daisy só queria te proteger. Queria que tivesse um pai a quem admirar, alguém de quem poder falar com suas amigas. Uma charada, mas lhe fazia feliz. Você estava a salvo no Liverpool. Entretanto, teria te informado da verdade se ainda vivesse. Cedo ou tarde teria averiguado que não há petróleo na Jordânia.


      —Na Itália já sabia e não me disse nada...


      —Tinha curiosidade para averiguar quanto sabia na realidade. Verá, cara, sei há dez anos.


      —Não é possível —ao fim Anahí se atreveu a olhá-lo nos olhos.


      —Quando meu pai e Daisy se casaram por primeira vez, já sabia que tinham tido uma aventura discreta. Seu casamento me surpre-endeu tanto como a ti —sorriu Alfonso. —Fiz que investigassem a sua mãe a fundo e temo que não interpretei os fatos com atitude generosa. Um marido falecido que tinha entrado e saído da prisão. Dois filhos afastados de maneira muito conveniente no Liverpool. Alguma vez te perguntaste por que julguei a sua mãe com tanta dureza então?


A garota estava aniquilada. Alfonso sempre soube.


       —Eu tinha vinte e dois anos e era muito arrogante. Não compreendia por que meu pai amava a Daisy.


Ela recordava muito bem o antagonismo de Alfonso por sua mãe e todas suas conseqüências.


       —Com o tempo, compreendi que a culpada não era sua mãe —continuou Alfonso em voz baixa. —E que quando se ama a alguém, deve aceitar tudo da pessoa amada, não só o que te agrada.


       —Sabia... —Anahí não acabava de aceitar a realidade. — Entretanto, nunca o usou contra mim. Nem sequer quando acusei a seu pai de ter uma amante, embora na realidade sabia que essa amante era minha mãe.


       —Assim é —suspirou ele.


Por que se mostrava tão amável e pormenorizado quando ela estava tão alterada pelos acontecimentos dessa manhã?


       —Por que nunca me reprovou isso?


       —Quando era pequena, jamais te teria machucado. Quando já foi adolescente, tampouco queria te machucar —Alfonso passou um dedo sobre o lábio trêmulo de Anahí. —E quando te converteu em adulta, descobri que não podia te machucar.


        —Por que?


        —Porque quando fez dezesseis anos, apaixonei-me por ti —ele deixou escapar o fôlego com força. —E jamais pude deixar de te amar.


A confissão a imobilizou. Alfonso estava de costas a ela e os músculos de seu corpo mostravam a tensão em que se encontrava.


       —É evidente que sou um homem de uma só mulher —disse ele em tom de brincadeira. —Faz seis anos queria me casar contigo porque te amava. É obvio, era muito jovem para mim e você não me amava.


Anahí recordava ao detalhe sua declaração de como aborrecia que seu pai lhe tivesse imposto a obrigação de cuidar dela. Agora o compreendia.


        —Passei os últimos seis anos atormentado por ti. Mandei emoldurar a capa do Vogue. Está em meu dormitório no apartamento de Londres.


        —Alfonso... —uma sensação de alegria e gratidão a invadia.


       —Dio... Acha que quero sua lástima? —espetou-lhe ele, voltando-se de repente. —Tantos anos lendo nas revistas que saía com outros homens! Em ocasiões te odiava mais do que te amava. Levei-te a Toscana porque acreditava que na realidade era só uma fantasia. Se lhe fizesse amor, possivelmente a fantasia desapareceria. Mas não foi assim. Só me afundei mais nela!


       —Pensei que só era uma obsessão sexual —a garota tinha a garganta ressecada.


       —Posso viver com isso —lhe indicou ele com amarga deter-minação. —Tudo, menos te perder.


      —Não me perderá —lhe disse ela com um sorriso tímido.


       —Então, quer me dizer por que tem feito as malas?


       —Foi uma tolice. Pensei que quando se inteirasse do jornal sua fúria e humilhação seriam tão grandes...


       —Do único do que tive tempo foi me preocupar contigo. Por que teria que estar molesto? Eram seus sentimentos que me preocu-pavam.


Toda a ternura e afeto que sempre tinha sentido por ele brotaram imediatamente.


       —Se me ama, por que te distanciou de mim quando Alice nasceu? —perguntou com desolação...


       —Queria estar contigo quando ela nasceu. Mas você não me chamou e me senti rechaçado. Tinha-me esforçado tanto por fazer que te relaxasse em minha presença... Mas não o obtive... Eu tive que te tratar como a uma irmã, mas foi tão difícil...


       —Como foi para mim. Considerava que meu ventre volumoso te causava repulsão. Nunca me tocou.


       —Pensava que não me permitiria isso. Tratava de criar um laço de confiança entre nós. Estraguei tudo na Toscana. Excedi-me essa noite em casa de Daisy. Não confiava em mim ao estar a seu lado. Temia seguir fazendo o ridículo ante ti.


       —Não o fez essa noite. Se não te tivesse mentido se tivés-semos falado... —a amargura de Anahí era evidente.


       —Ansiava tanto te ouvir dizer que o bebê era meu. Não o advertia?


       —Mesmo que pensava que me deitava com o Christian?


       —Si —reconheceu Alfonso.


       —No único que podia pensar era na Dulce —manifestou Anahí. —Estava muito doída em meu orgulho. Estava amargurada, ciumenta e acreditava que o último que queria era que o bebê fosse teu.


       —Estava equivocada.  Quando me precavi de que mentia, esse foi o pior dos rechaços para mim. Estava convencido de que devia me odiar muito para ter mentido assim. Jamais tentou te aproximar de mim para me dizer a verdade ou pedir minha ajuda durante sua gravidez. Isso estava entre nós desde que me casei contigo: que até estando grávida, não queria ter nada que ver comigo.


       —Nunca o pensei assim —manifestou a garota. —Só podia pensar em Adele e todas as demais.


       —Não me deitei com ninguém mais que contigo desde a Itália —ao ver sua incredulidade, ele não pôde reprimir um sorriso. —Não podia nem me aproximar de outra mulher. Só desejava a ti.


       —Nem sequer a Dulce?


       —Ela se desfez de mim um dia depois do casamento —riu Alfonso. —Me disse que alguma vez se deixaria usar só para lhe dar ciúmes a outra mulher, mas que se alguma vez me liberava de ti, estaria disposta a me dar uma segunda oportunidade —fez uma pausa. —Você gostou dos mantimentos que te mandava?


       —Mantimentos? Do Harrods? Você os enviou? Acreditava que eram do Tomaso —gemeu Anahí. —Me disse que depois do ocorrido na casa jamais te lembraria de mim.


       —Estava tão magra... Queria me assegurar que comesse bem.


A Anahí a comovia que se preocupou por ela, apesar de acreditar que o bebê não era dele.



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Autor(a): theangelanni

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       —Amo-te, Alfonso —lhe indicou com expressão brilhante. Era estranho o grande esforço que teve que fazer para dizer-lhe. —Apaixonei-me por ti na Toscana. Talvez foi graças às esmeraldas —brincou, lhe beijando o pescoço e aspirando seu aroma. —Ou possivelmente levava seis anos ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • jucirbd Postado em 09/04/2009 - 17:04:04

    muito linda sua web
    escreve uma segunda temporada

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:58:00

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:58:00

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:58

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:43

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:42

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:41

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