Fanfics Brasil - Anjo da escuridão {AyA} [Terminada]

Fanfic: Anjo da escuridão {AyA} [Terminada]


Capítulo: 5? Capítulo

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Capítulo 3


 


      —BEM VINDA a minha guarida na Toscana –Alfonso se afastou indolente do marco da porta onde estava apoiado, para aproximar-se da cama.


Acreditando que vivia um pesadelo, Anahí se fez para trás contra a cabeceira. Ele estava muito atraente, com roupa para montar; botas largas, calça ajustada e camiseta negra que lhe pegavam como uma segunda pele. Não era real... não podia ser real e, se fechasse os olhos, talvez desapareceria.


      —É evidente que não desperta com a mente limpa quando dorme sozinha —manifestou Alfonso com um tom que a fez estremecer. — Eu posso mudar isso. E pelo que vejo, será satisfatório. Parece uma amante ardente. Acreditava que sem maquiagem não estaria tão bonita, cara...


Anahí piscou, incrédula. Alfonso estava apoiado em um dos postes da cama, examinando cada centímetro de pele que mostrava por cima do lençol.


      —Tantos amantes e tantas camas —continuou ele. —Esperava ficar um tanto decepcionado, mas não é assim. Parece tão fresca e imaculada. Mãe de Deus... como o obtém? Embora, é obvio, não me queixo.


       —O que faz em minha habitação de hotel? —consigo balbuciar Anahí, ainda sem compreender. —Como sabia que estaria aqui?


       —Ah, a dama fala, que lástima —suspirou Alfonso com resignação fingida. —Por onde começo? Este não é um hotel. É uma casa privada que me pertence. Adquiri-a faz três anos. Estava em ruínas, mas era um lugar tão impressionante... Tive que adquiri-lo.


       —Sua casa? —repetiu a garota, esta é sua casa? E o que faço aqui?


       —Eu te trouxe —manifestou Alfonso, tranqüilo. —Foi muito fácil. Max St. Saviour é um conhecido de negócios e adora as aventuras românticas. Não tive problemas para o convencer de que fosse a sua agência em meu nome. Agradou-te o detalhe da tarifa reduzida? Ao Max não gostou, mas me pareceu que lhe daria uma aparência de autenticidade...


       —Não te acredito! —exclamou incrédula. A fúria avermelhava as bochechas de Anahí. —Trata de me dizer que não há tal atribuição? Não te acredito! —repetiu.


       —Max não poderia te pagar —manifestou Alfonso com tom adocicado. —Mas eu sim e não necessito uma máquina fotográfica para saber o que fazer contigo.


A mente de Anahí nadava em muito idéias confusas. Não havia nenhum trabalho? Que fazia ali, então? Por que Alfonso a tinha levado à Toscana? Por que a olhava desse modo, como alguma vez a tinha cuidadoso? O que se propunha? Teria se tornado louco? Esse não era o Alfonso que conhecia.


       —É uma mulher de beleza espetacular —dizia Alfonso. —E se ficar aí, é provável que queira me unir a ti na cama.


Anahí atirou o lençol com força. Não podia afastar a vista da cara do homem.


       —De... de que falas? Tornaste-te louco?


       —Não fale tão alto —lhe indicou Alfonso, fazendo uma careta.


       —Me... trouxe-me para a Itália para um trabalho que não existe? —perguntou, pronunciando cada palavra com claridade. —Por que?


       —Tenho a impressão de que nossos respectivos pais estarão melhor se você não te encontrar perto deles. Pude te haver golpeado na cabeça para te tirar de seu apartamento faz quarenta e oito horas, mas teria sido uma tolice. Poucas vezes cometo tolices, cara.


       —Está completamente louco! —espetou-lhe Anahí.


       —Não. Se tivesse desaparecido, teriam feito perguntas —assinalou Alfonso. —Assim está fazendo um trabalho...


       —Pagará caro por isso!


       —Tenho seu passaporte, seu dinheiro e os cartões de crédito, embora esses não lhe servirão de muito agora —comentou ele, zombador. —Todas estão no limite.


       —Tem meu passaporte... como sabe que estão no limite?


       —Estou muito a par de sua situação econômica —aceitou ele. —Como banqueiro, pergunto-me como é que te colocaste em tantos problemas. Está de dívidas até o pescoço.


A garota voltou a cabeça, humilhada. Quando começou a ganhar muito, não se preocupou com economizar, e uma vez que Daisy se divorciou de Tomaso negando-se a aceitar uma pensão, decidiu comprar uma casa decente na qual viver. Comprou a sua mãe uma casa pequena não longe de Londres. Em várias ocasiões a mandou de férias. Várias vezes ajudou a seu irmão a saldar suas dívidas e comprava bons presentes para a família e amizades. O apartamento foi o único luxo que se permitiu para ela. Jamais imaginou que os altos ganhos que recebia terminariam de repente e não estava preparada para isso.


       —Necessita de um amante rico que se encarregue de pagar seus caprichos —murmurou Alfonso. —Sou muito generoso com minhas amantes, embora por mais estranho que te pareça, nunca tive uma amante, cara... Jamais tive que comprar a uma mulher. Mas quanto mais te vejo nessa cama, mais acredito que será um investimento produtivo...


A Anahí parecia que uma banda de aço se apertava dolorosamente em suas têmporas com cada palavra que Alfonso pronunciava. Possivelmente era muito tola, mas não compreendia por que ele atuava dessa maneira.


       —Não... sabia que foi assim... –murmurou sem pensá-lo.


       —Como poderia sabê-lo? –riu ele sem humor. —Muitas coisas mudaram durante os últimos seis anos. Surpreende-te saber que sempre me incomodou que me fizessem responsável por quando te converteu em minha meio-irmã?


       —Ninguém te pediu que o fizesse! –defendeu-se a jovem.


       —Mas não havia ninguém que se encarregasse de te cuidar –comentou Alfonso, especulativo. —Nossos pais viajavam muito. E ninguém melhor que eu sabe que meu pai estava feliz de te deixar em minhas mãos. Daisy te protegia muito e meu pai não queria ter problemas com ela por tentar te colocar em segurança, assim que me deram uma tarefa que não queria.


      —Como te atreve a dizer isso?


      —E com sua atitude, fez-me aborrecer ter filhos alguma vez –continuou Alfonso, imutável.


      —Se isso significar que nunca haverá uma segunda versão de ti fazendo a vida impossível a alguém, me alegro –exclamou Anahí, mas no fundo lhe doeu muito o que lhe dizia, sem saber por que. Acaso não soube sempre que Alfonso a odiava?


O único novo era que jamais imaginou que esse homem tivesse sido obrigado a responsabilizar-se dela. Sempre acreditou que ele o fazia só por incomodá-la. Embora no fundo possivelmente ele tinha razão. Alguém tinha que cuidá-la. Daisy e Tomaso viajavam muito e Christopher sempre foi um menino calado e retraído que preferia estar em um internato e não receber atenção familiar.


       —Só tinha vinte e um anos –apontou Alfonso, fazendo caso omisso da resposta infantil de Anahí. —E ninguém podia te controlar. Entre sua mãe e sua tia avó lhe tinham quebrado. Francamente, Daisy não podia fazer nada contigo. Seu temperamento é tão diferente ao dela...


As lágrimas queimavam detrás das pálpebras de Anahí. Nunca odiou mais ao Alfonso e, de uma vez, jamais se sentiu mais desolada. Recordou a solidão daqueles anos quando pensava que ninguém se interessava por ela.


       —Tive que atuar mais como seu pai que como seu meio-irmão –manifestou ele com tom gélido. —Não me conhece como sou agora, porque durante os últimos seis anos cresceste e agora te trato como a uma adulta. Não tem idéia do prazer que essa liberdade me provoca.


       —Por que me trouxe aqui? –murmurou a garota cobrindo o rosto com as mãos.


       —Por que? –Alfonso contemplava o alvoroçado cabelo dourado que chegava aos ombros. —De verdade é tão tola? Faz seis anos, virtualmente destruiu minha relação com meu pai...


       —Não... não foi minha culpa... –Anahí não estava preparada para esse ataque.


       —A única mulher que esteve a ponto de me apanhar só tinha dezoito anos –a interrompeu Alfonso. —Mas não era uma virgem inocente. Sabia com precisão o que fazia nessa noite...


       —Não é verdade!


       —E obteve seu propósito –continuou ele sem deixar de olhá-la nos olhos. —Esperou até ouvir que Daisy e Tomaso retornavam para ir a minha habitação sabendo de que se surpreenderiam ao ver que a festa tinha terminado e que a primeira escala de Daisy seria em sua habitação. Ao não te encontrar, sabia que meu pai iria me buscar... e o que se encontrou?


       —Não foi assim! —exclamou a garota, afligida pelo absurdo do que a acusava. —Não foi intencional!


       —Claro que foi. Tinha que obter que não pudesse lhe contar a ninguém o que ocorreu na festa e, que melhor maneira de fazê-lo? Mas te esforçou em vão. Não tinha intenções de compartilhar com sua mãe a cena indecente que presenciei.


       —Se não me houvesse meio doída, nada teria acontecido.


Alfonso riu com sórdida diversão.


       —Cara, é com o Alfonso com quem falas, não com a Daisy. Chocou-te frente a mim com uma minúscula camisola transparente, me devorando com a vista. Até essa noite estava envergonhado por te desejar...


       —Me desejar? —com a vista fixa nele, Anahí se endireitou na cama, esquecendo-se do lençol que era o único que a cobria.


       —Foi como um espinho que cada vez se cravava mais profun-damente em meu coração. Fingia uma inocência perfeita, mas sabia o que fazia. Sabia que te desejava e só Deus sabe até onde teria chegado se não houvesse te encontrando brincando de maneira tão indiscreta na biblioteca essa noite. Foi um grande descuido de sua parte.


       —Descuido —repetiu Anahí atônita pelo que escutava. Mas esses descobrimentos lhe revelavam muito do que até então tinha sido um mistério para a garota.


       —A única forma que tinha então de te possuir era mediante o casamento. Um preço muito alto, mas estava disposto a pagá-lo e esperar a que crescesse para poder te ter em minha cama. Surpreende-te não?


       —Sim —era o que único podia lhe dizer.


       —O motivo pelo que lhe digo isso seis anos depois, é porque não quero que perca o tempo planejando nosso casamento —lhe indicou ele, cortante. —Nunca me casarei contigo.


       —Não —jamais teria passado por sua mente casar-se com o Alfonso. Poderia jurá-lo pelo mais sagrado.


       —Mas te farei amor como ninguém o tem feito —prometeu ele em um tom que a fez estremecer-se com antecipação. Não podia lhe tirar os olhos de cima. Sentiu uma excitação que lhe era desconhe-cida, que surgia do mais profundo de seu ser.


       —Tive seis anos para pensar em como te agradar —declarou Alfonso, saboreando o momento. —Sabia que a oportunidade chegaria. Quando me enviou esse exemplar da Vogue, soube que os dois participávamos da mesma espera. Ali estava com um colar de esmeraldas preciosas e nada mais...



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Autor(a): theangelanni

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       —E... isso não era mais que um truque —gaguejou Anahí.        —São do Cartier —Alfonso colocou uma mão no bolso da calça e deixou cair algo sobre o branco lençol em atitude negligente. —Eu as comprei. A garota baixou a vista e descobriu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • jucirbd Postado em 09/04/2009 - 17:04:04

    muito linda sua web
    escreve uma segunda temporada

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:58:00

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:58:00

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:58

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:43

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:42

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:41

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