Fanfics Brasil - Anjo da escuridão {AyA} [Terminada]

Fanfic: Anjo da escuridão {AyA} [Terminada]


Capítulo: 8? Capítulo

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       —Insensível? —repetiu ela.


       —Escutei-te e a vi atuar frente ao jovem James.


       —Estava-se pondo pesado —protestou a jovem.


       —E você foi a sua casa, e o deixou ali, deprimido e sozinho. Comove-me, cara.


       —Quer casar-se comigo e eu não estou disposta a fazê-lo. Lhe mostrar compaixão não era apropriada. Como te desfaz de suas conquistas quando te cansa delas, Alfonso?


       —Nunca em público —ronronou ele.


Anahí se ruborizou e apertou a boca. Como antigamente, Alfonso a criticava, insinuando que não tinha classe. Alegrou-a que o garçom chegasse com o café.


       —Quando mudou de opinião sobre minha mãe? —perguntou a jovem. —Qual é sua opinião de que volte a casar-se com seu pai?


       —Ele não foi um homem feliz depois do divórcio. Apesar do que lhe diziam os médicos, trabalhava muito. Segue amando a sua mãe. Embora Daisy fosse a aventureira que eu acreditava, respeitaria o matrimônio. Papai a necessita. Surpreendi-a uma vez no hospital. Ela estava lhe acomodando o travesseiro, atenta a cada uma de suas palavras, olhando-o como se fosse um deus do Olímpio.


       —Estou segura de que o Tomaso adora isso.


       —Depois da visita de Daisy meu pai já queria deixar o hospital. —sorriu Alfonso. —O faz voltar a sentir-se homem. Daisy fez mais por ele que os especialistas.


       —Mamãe adora atender aos doentes.


       —Devo reconhecer que faz anos acreditava que estava fingindo. —reconheceu. —Logo compreendi que assim é Daisy. É das poucas pessoas dispostas a dar tudo sem esperar nada em troca. Devia confiar mais em meu pai. Não é nenhum tonto.


A atenção de Anahí estava fixa nele e um sorriso sincero apareceu em seus lábios. Que Alfonso aceitasse que se equivocou ao julgar a sua mãe a encheu de alegria. Ele se aproveitou da situação para apanhá-la com o guarda baixa.


       —Como era seu pai?


       —Meu pai? —repetiu, surpreendida. Não estava acostumada a que alguém perguntasse por ele. —Era maravilhoso —adicionou com um sorriso.


       —Me fale dele —lhe pediu Alfonso em voz baixa.


       —A cor do meu cabelo e da tez os devo a ele —manifestou Anahí, orgulhosa. —Tinha um temperamento ardente e um grande senso de humor e era uma maravilha com os meninos. Jogava muito conosco quando éramos pequenos. Em ocasiões parecia um de nós. Mudávamo-nos muito. Era muito inquieto, ou possivelmente mamãe era a inquieta. Começou a viajar ao estrangeiro quando eu tinha cinco anos. Afetou-me muito...


       —A que país? —interrompeu-a Alfonso, pensativo.


       —Trabalhava para uma empresa petroleira na Jordânia.


       —Na Jordânia? —repetiu ele. —Voltava para casa com freqüência?


       —A viagem era muito caro. Veio um par de vezes mas nos escrevia muito. Tenho todas as suas cartas. Contava-me histórias maravilhosas sobre o deserto. Tinha uma grande imaginação... Atreveria-me a dizer que a metade era contos, só para me divertir...


       —É possível —acordou Alfonso com tom inexpressivo.


       —É estranho, mas sempre me incomodou que não me escreves-se, mas sempre incluíra minhas cartas nas que dirigia a mamãe. Ela estava acostumada a me levar isso ao Liverpool, mas nunca com os envelopes, apesar de que eu queria ter os selos.


Produziu-se um silêncio, só quebrado pelo zumbido das abelhas entre as acácias.


       —Também me dói muito que não nos inteirássemos de sua morte até depois do funeral. Mamãe considerou que éramos muito pequenos, mas eu já tinha treze anos e lembro quando foi ao Liverpool para nos informar. Incomodei-me muito com ela por não me haver dito isso antes.


       —Tratava de lhe proteger —lhe indicou Alfonso ao levantar-se. —Vêem, é hora de que partamos.


       —Devia me dizer que te aborrecia. —protestou Anahí, ruborizada. Era a primeira vez que falava de seu pai com alguém.


       —Você não me aborrece, cara.


Quando seus olhares se encontraram, Anahí se sentiu nua e vulnerável. Enjoou-se ao levantar-se de repente. Tinha tomado muito vinho. O álcool lhe soltava a língua, refletiu quando Alfonso a tirou da mão para levá-la ao carro.


       —Ainda me considera uma garota sem classe? —perguntou ao tratar de grampear o cinturão com dedos torpes. Alfonso os afastou e o fez por ela.


       —Cala —lhe pediu com tom amável, obrigando-a a voltar-se para ele, tomando-a pelo queixo.


       —Cresci no campo...


       —Disse-te que calasse —os morenos dedos de Alfonso se deslizaram acariciantes sobre a bochecha de Anahí antes de inclinar a cabeça, segurá-la pelo cabelo e com a língua riscar um caminho por seus lábios.


Anahí deixou escapar um ligeiro ofego e seu coração pulsou agitado. Ansiava tanto os lábios de Alfonso... Fechou as pálpebras e, por instinto, arqueou o pescoço para trás.


Ele se afastou dela e pôs o motor em marcha. Quando a garota abriu os olhos, a intensidade de seu olhar verde era doloroso.


       —Sei —expressou Alfonso, deslizando o polegar pela coxa da garota.


Anahí olhou pelo espelho, tratando de controlar-se, mas não distinguia nada. Quão único percebia era a intensa vibração sexual a seu redor. E não suportava o silêncio que os rodeava. Com delibe-ração, apoiou a cabeça no respaldo e fingiu dormir. No momento em que o Porsche se deteve no pátio da casa, desceu correndo, mas não conseguiu escapar dele.


       —Anahí.


       —Vou dar um passeio —replicou ela por cima do ombro.


       —De acordo. —Alfonso lhe sustentava o olhar, inclemente. Ele mantinha o controle enquanto ela tinha baixado o guarda, e não só pelo vinho. Tinha-a obrigado a falar de seu pai, um operário não qualificado no que ele não podia ter juro algum. —Os jardins não estão bem cuidados —lhe indicou ao aproximar-se.


       —Não me importa.


       —Mas a seu modo, são formosos —continuou Alfonso, imperturbável. —É como uma lebre que espera o ataque dos sabujos. —adicionou quando desciam pela escada do terraço para o jardim.


A comparação não era má, mas feriu a Anahí em seu orgulho e partiu altiva para uns arbustos.


        —Só convida a sua cama a homens débeis —declarou Alfonso. —Assim mantém o controle e isso é muito importante para ti, não é certo?


       —Considero-te muito ofensivo! —exclamou a garota.


       —Se não teve a lealdade de seus amantes, você é a única culpada —prosseguiu ele com expressão divertida ante sua fúria. — Aos homens inadequados gosta de alardear ante a imprensa...


       —Ou aos maus perdedores! —espetou-lhe Anahí, caminhando tão rapidamente como podia, mas o caminho era descendente e teve que diminuir o passo.


       —Se a pergunta não é imprudente, quantos foram perdedores?


A jovem se voltou e explorou. Deu-lhe uma bofetada com todas suas forças. Ficou adormecida antes de que a dor a dominasse. Machucou a mão e se inclinou, oprimindo-a contra seu estômago.


       —Merece-lhe isso —tomou a mão e a examinou com dedos gentis. Anahí mantinha a vista fixa no chão. —Te torceste o pulso, isso é tudo. Te relaxe, cara. Não vou devolver te o golpe, mas devo te dizer que tenho muito mau temperamento. Poucas vezes perco o controle, mas quando acontece, as pessoas procuram onde se esconder.


       —Pode esquecer do papel de homem bom —lhe indicou a jovem, a beira das lágrimas. —Te odeio, Alfonso, sempre te odiei. Isso é o que faz tão ridículo sua proposta de me seduzir.


       —Podia te haver feito minha no Porsche frente a todos os que queria nos ver —assinalou ele com brutalidade.


A garota se estremeceu como se a tivesse golpeado. Obrigou-se a levantar a vista e a afligiu a ferocidade do olhar de Alfonso.


        —Não... —murmurou Anahí, desesperada-se.


        —E o que significa seduzir? —Alfonso ainda não tinha terminado com ela. —Enganar? fui muito sincero contigo. Corromper? Os dias de sua inocência desapareceram faz tempo. Houve uma vez que teria posto uma aliança de casamento em seu dedo antes de te tocar, te teria tratado com honra e respeito...


       —Basta! —exclamou correndo entre as cerejeiras, ansiosa de escapar de sua língua inclemente. Não avançou muito antes de que uma mão firme a sujeitasse e a obrigasse a deter-se e voltar-se.


       —Me olhe! —exigiu-lhe ele, arrogante. —Será minha enquanto eu o queira. Manterei-te e te vestirei e não fará absolutamente nada sem minha autorização. É minha e convém que vá fazendo à idéia. Não sou o mais paciente dos homens.


Anahí respirava com dificuldade. Estava afligida pelas dolorosas palavras de Alfonso.


       —Não... não pode... me privar de minha liberdade...


       —Já o tenho feito —lhe recordou. —E isto é apenas o começo.


       —Não... não pode me fazer na... nada —balbuciou Anahí. —Não são mais que palavras!


       —Não tem por que ser assim cara —falou ele. —Não pode lutar contra mim e ganhar. Sua rendição seria muito mais doce para ambos. Capitula e verá quão generoso pôde ser...


       —Posso viver sem as esmeraldas e diamantes do Cartier —conseguiu lhe dizer a jovem, apesar do nó que tinha na garganta.


       —Mas não acredito que possa viver sem mim —insistiu Alfonso.


Anahí empalideceu e logo se ruborizou.


       —Necessita-me...


       —Não —replicou ela com firmeza. —Nunca necessitei de um homem.


       —Até que eu cheguei —Alfonso riscou uma linha pela coluna de Anahí, fazendo-a aproximar-se dele e com a língua lhe umedeceu os lábios ressecados. —E isso por que ainda não te beijei.


       —Me solte, Alfonso —lhe pediu sem fôlego.


       —Acredito que o farei —a percorreu com olhar sensual antes de abraçá-la com força controlada e apoderar-se de sua boca.


Anahí nadava bem, mas se afogou entre os braços de Alfonso. De repente estava de volta onde seu corpo lhe dizia que pertencia, onde o mundo se limitava ao apressado pulsar de seu coração e a amalucada correria que empreendia seu sangue. Pareceu-lhe que um cabo ardente lhe apertava o estômago e com um gemido afogado arqueou as costas em resposta a um prazer próximo à dor.


Alfonso amaldiçoou em italiano antes de tombá-la sobre a grama. Com habilidade soltou os dois botões da blusa da jovem, deslizando o objeto por seus braços como uma suave brisa, sem deixar de lhe fazer o amor com a boca, levando-a ao beira da loucura. Anahí afundou os dedos entre seu cabelo, deleitando-se na sensação.


Lhe afastou as mãos, retirou a boca e a contemplou com respiração agitada.


Os seios da garota eram pequenos e perfeitamente formados. Os mamilos rosados se erguiam desavergonhados. Alfonso soltou um suspiro, como se temesse tocá-la. Ajoelhada frente a ele, Anahí tremia, a ponto de estalar em chamas. O silêncio era eletrizante. Um apetite voraz vibrava entre eles e ameaçava devorando-os.


       —Se te tocar... deprimirá-te? —perguntou Alfonso.


       —E você? —sem pensá-lo, Anahí se inclinou para frente para lhe desabotoar a camisa de seda. Ao terminar, ele a tirou sem mais.


Os dois estavam absortos em sua mútua contemplação. A jovem tragou saliva com dificuldade, mas nunca tinha desejado tocar a um homem como nesse momento. O fogo em suas veias a consumia como uma febre. Alfonso a atraiu contra suas coxas firmes e embalou os seios nas mãos. Um grito afogado escapou dos lábios de Anahí quando ele oprimiu os mamilos e acariciou eles.


Nunca imaginou que seria tão sensível, que reagiria e que seu corpo inteiro se acenderia com uma só carícia. Mas esse homem parecia sabê-lo por instinto.



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Autor(a): theangelanni

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        —É maravilhosa —murmurou contra sua boca. —Tão perfeita... —voltou a apoderar-se de sua boca enquanto seus dedos seguiam excitando-a. Nada mais que o apetite intenso de seu corpo existia. Ele a levantou como se fosse uma boneca e sem esforço algum lhe tirou a calça. Depois a tomou ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • jucirbd Postado em 09/04/2009 - 17:04:04

    muito linda sua web
    escreve uma segunda temporada

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:58:00

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:58:00

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

    MAIISSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS

  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:59

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:57:58

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:43

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:42

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  • mariahsouza Postado em 30/03/2009 - 17:56:41

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