Fanfic: Humilde Residência ▬ AYA | Tema: Anahí & Poncho

Feliz com os comentários... É impressão minha ou quando posto mais de um capítulo, vcs capricham pra elaborar os comentários? Eu juro de dedo mindinho que tentei escrever mais um, mas fiquei tão inspirada pra escrever esse hehe. Vcs vão perceber minha empolgação pelo capítulo ser meio comprido, mas eu gostei dele. Foi um dos mais hilários que achei da fic até agora. CONCORDAM COMIGO?

Comentem *-*. Ponnyaya, foi minha primeira leitora e fiquei super triste quando ela parou de dar as caras por aqui. Espero que agora fique pra valer amadinha.

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A raiva que já se acumulava dentro de Anahí, cresceu ainda mais ao ver Belinda atracada com Poncho. A patricinha lançou um olhar desprezível para o vizinho, que ficou completamente encabulado. Tinha vontade de pular em cima dele e torcer o pescoço do moreno, mas preferiu controlar seu sentimento malévolo e não deixar transparecê-lo.

Anahí: Pois é... Parece que piranha tem a mesma capacidade.

Belinda: Olha aqui, fala logo o que você quer pavulagem... Hoje eu to de muito bom humor, e com a sua voizinha azucrinante no pé do ouvido vai ser complicado continuar assim.

Anahí: Você é bem abelhuda né loira de palafita! Sabia que é falta de educação se enxerir nas coisas que não lhe dizem respeito?

Belinda: Mas o Ponchinho me diz respeito sim, - mordiscou a orelha dele, deixando Anahí irritada - vai bombonzinho esfrega na cara dessa lampreia.

Poncho: Belinda, por favor, não implica.

Anahí: E você fubanga, tá fazendo o quê aqui? Prostíbulo mudou de endereço?

Belinda: Você tem sorte que eu não to com a minha cartucheira aqui, - apontando o indicador - mas te lembra onde tu tá pisando. Daqui lá pra baixo, não é só um palmo de distância não.

Anahí: Ta ameaçando me empurrar daqui é? Eu não boto um pingo de fé em malaca que só tem papo – batendo a costa de seus dedos embaixo do queixo... O que vale pra mim é a atitude.

Belinda: É mesmo?! Pois então diz pro capeta que eu mandei lembranças – disse, partindo pra cima de Anahí, porém Poncho segura ela.

Poncho: Belinda para com isso... Anahí você também não provoca. To te achando muito encrenqueira.

Belinda: Desembucha logo o que você tem pra falar tralhotona... Desembucha que eu e o bombonzinho ainda temos muito que fazer, e você, só tá atrapalhando.

Anahí: Eu não tenho nada pra falar com esse fulano não... Nem sei o que me deu pra ter vindo parar nesse cafofo.

Belinda: O que deu em você foi à mesma coisa que deu em mim patricinha: fogo na grelha. Veio aqui pra pedir pro Poncho salgar o teu jabá, mas essa noite eu fui a priori. Então princesa, volta pro teu castelo e se contenta com teu vidrinho de desodorante – cutucando a sua periquita, como sinal de siririca.

Poncho: Belinda! – segurando as mãos de Belinda, pra que ela parasse com os gestos e não afrontasse mais Anahí.

Anahí: Deixa Poncho, pode deixar. Por mais duro que seja eu tenho que dar razão a ela, por isso não quero levar essa discussão adiante. Eu vou embora, porque sei que to sobrando aqui, e vocês precisam de muita privacidade pra poder concluir a cerimônia. Tchau! – se despediu descendo a escada.

Belinda: Isso mesmo. Vara daqui, xô, xô, aproveita pra capar o gato enquanto o Poncho ainda tá me segurando.

Poncho: Anahí espera aí... – ele larga Belinda e tenta descer as escadas, porém, a saracura segura seu braço.

Belinda: Pra onde você pensa que vai Poncho? Eu não acredito que tá querendo me deixar sozinha pra correr atrás dela.

Poncho: Me solta Belinda! – soltou-se agressivo. Se você tá tão incomodada pode ir embora, que não vai fazer nenhuma falta pra mim.

Belinda: Bombonzinho não... – suplicou gritando. Patricinha de meia tigela, vagabunda!

Anahí descia a escada furiosa. Regressava com o dobro da pressa em que havia subido. Sentia um nó nascendo em sua garganta, e os olhos marejavam aos poucos. A loira não entendia o motivo para estar tão angustiada. Deduziu que fosse por causa da raiva que tinha passado. Poncho a acompanhava, percorrendo a descida dos degraus de modo acelerado. Dava explicações para Anahí que recusava ouvi-lo.

Poncho: Anniezinha eu te peço uma, só uma chance pra me redimir com você. Por favor, me escuta, - chegando ao térreo e puxando Anahí - deixa eu explicar essa história direito.

Anahí: Me deixa em paz Poncho! Agora vai ficar me seguindo como se fosse a minha sombra?

Poncho: É isso aí... Não vou desgrudar do seu pé, enquanto você não me der uma oportunidade de te explicar isso tudo.

Anahí: Eu não preciso de explicações... Só o que eu vi lá em cima, já foi mais do que suficiente pra entender o que tá rolando. Vai lá Poncho, vai lá... Agora não tem mais nenhum empecilho que te impeça de se enroscar com aquela guariba.

Poncho: Não é nada disso que você tá pensando.

Anahí: Numa situação dessas, em que tudo tá explícito, tu vai ter a audácia de inventar alguma lorota pra desmentir isso? Mas tu tem a cara muito deslavada Poncho – dando murros no braço dele.

A velhinha da casa ao lado, que assistia a contenda entre os dois, se intrometeu na discussão:

Velha: Aê Poncho! Arrasando o coração do mulherio.

Poncho: Dona Jacinta, por Deus, não venha me dar mais dor de cabeça ok... Fique calada.

Anahí: Que vergonha! A gente tá no arranca rabo em meio à favela.

Jacinta: Ah safadinho! Tava demorando pra isso acontecer... Mas eu já previa que qualquer dia essas mulheres iam acabar se pegando por tua causa.

Anahí: Minha senhora, não ta havendo briga alguma. Jamais iria me engalfinhar com outra por conta de macho. Ainda mais sendo um caboquinho xucro que nem esse.

Jacinta: Não queira me burlar filhinha! Vendo um moreno gatão desses, até eu entro numa arena por ele – gargalhou, mostrando a boca praticamente oca. Ah quem dera, se ele abrisse uma frinchinha pra uma moça de noventa anos.

Poncho: Te sai de mim Jacinta! Tu não tem força sequer pra assuar o teu catarro, imagine pro fight com alguém.

Anahí: Taí Poncho... – disse sarcástica. Ganhou a vovó!