Fanfics Brasil - 4 A casa The king`s daughter

Fanfic: The king`s daughter | Tema: Demônios, Vampiros, Bruxos, Fadas, Lobisomens


Capítulo: 4 A casa

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Mais cinco meses se passaram e minha relação com Holly e Mike melhoraram bastante. Certa noite, enquanto Mike e eu assistíamos um jogo de futebol na televisão, eu estava quase dormindo na perna de Mike, então logo pedi para Mike falar com Holly que eu queria chá verde. Mas não foi exatamente o que eu disse.


-Pai, pede pra mamãe fazer chá verde.


Pude sentir quando a perna de Mike se contraiu e eu meio que percebi o que eu havia dito, cheguei a me xingar mentalmente, mas quando abri um pouco os olhos vi Mike sorrindo e piscando os olhos para esconder as lágrimas.


No outro dia, Holly e eu fomos na loja preferida de comprar chá dela. Ela era viciada em chá. Eu dizia que odiava todos os tipos de chá, mas eu secretamente amava todos os tipos de chá. Era uma coisa complicada.


Depois que compramos pacotes de chá de morango, que era obviamente o meu preferido, eu e Holly passamos por um cabeleireiro. Holly não escondeu um sorriso e apontou para vitrine, na qual haviam um homem penteando um cabelo de uma garota mais ou menos da minha idade. O homem falava muito e a garota apenas ria e assentia com a cabeça.


-Temos que cortar esse cabelão –Holly pegou uma pequena parte de meu cabelo na mão. Meu cabelo estava quase na bunda, mas eu amava daquele jeito, minha mãe era apaixonada por cabelo grande e acho que meu cabelo foi a única lembrança dela. Ela sempre ficava até tarde fazendo carinho no meu cabelo e cantando “Rapunzel, Rapunzel, deixe seu cabelo cair” até eu dormir.


-Eu gosto dele assim –passei a mão pelo meu cabelo tentando imagina-lo curto.


-Então vamos só cuidar dele?


Eu assenti e entramos no salão. Assim que entramos fomos atendidas por um mulher que tinha um cabelo curtíssimo e loiro, seu rosto estava lotado de maquiagem, mas ainda dava para diferenciar sua verdadeira beleza.


-Que olhos são esses! –ela exclamou enquanto me entregava algumas revistas.


-Não são lentes –Holly confirmou olhando diretamente para meus olhos como se fosse a primeira vez- Foi um mini milagre, Tiana. Com um tom certo de azul, pronto. Um violeta raro.


-Ah, gata, que cabelo lindo! –O cabelereiro parou de mexer no cabelo da garota que me olhava de um jeito estranho- O que vamos fazer nisso? Repaginada?


Holly e ele começam uma conversa sobre mudar de cabelo e disseram algumas marcas de shampoo e condicionador, que logo ignorei. Comecei a fingir interesse nas revistas que Tiana havia me entregado. Ela tentou iniciar uma conversa do tipo “Tudo bom? Como vão as coisas? E o colégio? Ah, você não estuda. Você sabe ler? Uh, que legal” eu dei respostas curtas, demostrando não estar nada afim de iniciar uma conversa, e ela logo desistiu.


Em alguns minutos, foi a minha vez de subir na cadeira de couro. Eu apenas fechei os olhos e abri um pouco para ver o que o homem ia fazer, ele pegou uma grande tesoura e demostrou que ia cortar perto do meu ombro.


-Não! –eu disse desesperada- Não vou cortar.


-Mas, querida, tem um corte que combina totalmente com você. Cabelo grande deixa tudo mais sexy hoje em dia, mas para meninas mais velhas. Você tem apenas 12 anos pelo que sua mam... Holly, disse.


-Não é nada disso que está pensando senhor, é que esse cabelo tem um sentido especial pra mim. Minha mãe gostava dele assim, então virou meio que uma lembrança.


Ele assentiu e me olhou pelo espelho com certa pena, depois começou o trabalho. Passou alguns cremes estranhos e chegou a cortar algumas pontas que estavam bastante desalinhadas pelo que eu vi. Depois de um tempão, eu estava com o cabelo brilhando e a cor preta estava mais escura.


-Está perfeita. Como uma pena rara de pavão! –ele virou a cadeira para Holly e mais duas mulheres que sentavam na cadeira de espera.


-Katherine. Você está realmente linda –Holly exclamou.


Dei um breve sorriso. Eu não me importava com aquilo, só queria tomar meu chá quando chegar em casa e dormir. Mas tentei parece o mais feliz possível, por Holly.


Assim que chegamos em casa, Holly correu para biblioteca de Mike, onde ele sempre ficava, ele amava livros, era o seu segundo amor, seguido por Holly. Acho que como Mike sempre me dava livros de presente, acabei me apaixonando loucamente por eles. Ficção, não-ficção, poéticas e até de auto ajuda. Eu gostava de como os autores conseguiam fazer simples palavras se tornarem uma história apaixonante.


Holly voltou com Mike andando ao seu lado com uma expressão de sono, ele provavelmente havia dormindo em cima da mesa, pois havia uma marca de caderno em seu rosto.


-Kate, Holly e eu conversamos e chegamos a uma conclusão –Mike começou.


Holly e ele sentaram do sofá e indicaram para mim sentar na poltrona. Assim que sentei, fiz para eles prosseguirem com a cabeça.


-Bem, –continuo ele- Sabemos que é da sua personalidade ser quieta e serena.


-E de não falar muito, socializar com as pessoas –acrescentou Holly.


-Mas tanto eu quanto Holly estamos preocupados com o seu futuro. Você sabe ler, e é boa em fazer contas de matemática, mas nunca foi a escola. E por isso você não tem amigos da sua idade.


Holly olhou para suas mãos e ficamos quietos alguns segundos. Pude ouvir quando a chuva se iniciou primeiro fraca e depois foi aumentando de intensidade. Então Mike suspirou e abriu um sorriso


-Vamos dar um exemplo com livros, já que todos aqui amam livros. Se você tivesse sua história, Kate. Acho que lá pro capitulo 8 você não teria dito nem uma frase. Não teria feito amigos, iniciando uma grande amizade ou coisas do tipo. E essa é a sua história, Kate, você é a personagem principal. Então faça como em o “A princesa da magia¹” e seja uma personagem que todos se apaixonem logo epilogo.


(¹ “a princesa da magia” foi o primeiro livro que eu escrevi. Eu comecei ele com 11 anos e ele chegou a ter 180 páginas J Infelizmente eu perdi o meu computador e não pude salvar a linda princesinha da magia L Eu vou citá-los algumas vezes aqui, ele vai ser o livro preferido de Katherine. Vai ser uma lembrança, pra mim, como autora. Se quiserem eu conto a história dele. Mas acho que a Kate vai citar ele algumas vezes e você vão ter noção dela.)


Eu assenti com a cabeça. Eu tinha noção de que era meio quieta, mas não tinha parado para pensar no lado poético da minha vida.


-Sabemos que você teve uma infância terrível. Eu e Mike éramos assim quando Ted se foi. Mas você tem que mudar.


-E para isso –Mike disse animado- Vamos fazer uma brincadeira.


Holly deu um sorrisinho. Ela levantou e pegou um guardanapo da mesa e tirou uma caneta do bolço de Mike. Ela começou a escrever alguma coisa com uma letra bem precária, já que estava escrevendo na chocha em um guardanapo. Mike prossegui:


-Sempre quando eu e Holly dissermos algo, você vai completar com uma frase. Você sempre vai ter que dizer algo quando alguém falar alguma coisa. Até quando eu e Holly não estivermos por perto.


-Não entendi...


Holly guardou o guardanapo e ergue os olhos pra mim.


-Por exemplo –ela se virou para Mike- Katherine, eu te vi dormindo na biblioteca quando devia estar arrumando a arvore de natal.


-Eu amo o natal. Quantos dias faltam mesmo? –Mike fez uma imitação mal feita de minha voz.


Eu dei uma risada e disse que havia entendido. Mike e Holly trocaram alguns sorrisos e Holly foi para cozinha fazer o almoço.


-Eu quero carne –Mike gritou se esticando no sofá.


Eu me deixei ficar mais a vontade na poltrona. Mike me olhou com a testa franzida.


-Ah, desculpa –sorri- Eu tenho que dizer algo né? Hm, tá. Eu gosto de carne mal passada?


-Eu odeio carne mal passada. Pra mim só bem passada. Eu quase vomito quando apenas olho –Mike começou a passar de canal e parou no Jornal de almoço.


“Dois assaltos na rua Mackville ontem deixaram dois feridos. Testemunhas dizem que dois homens passaram de moto e atiraram contra uma casa abandonada na esquina da rua. A policia está investigando quem é dono da casa e porque os homens atiraram contra ela...”


 


-Essa casa –Mike murmurou com nojo.



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Autor(a): pensadora

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-O quê? –perguntei. Mike olhou pra mim com cautela e deixou a televisão no mudo. -Nessa casa, -ele disse- moram bruxos. -Bruxos? Então porque humanos atirariam contra essa casa? -Demônios vão lá para fazer contratos, pedir ajuda para os bruxos. Hoje em dia, os bruxos são os seres mais usados para trabalho sujo. Nossa ...


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