Fanfic: The king`s daughter | Tema: Demônios, Vampiros, Bruxos, Fadas, Lobisomens

-O quê? –perguntei.

Mike olhou pra mim com cautela e deixou a televisão no mudo.

-Nessa casa, -ele disse- moram bruxos.

-Bruxos? Então porque humanos atirariam contra essa casa?

-Demônios vão lá para fazer contratos, pedir ajuda para os bruxos. Hoje em dia, os bruxos são os seres mais usados para trabalho sujo. Nossas gerações foram se enfraquecendo e acabamos sendo raros, e com pouca gente, praticamente todos são fortes.

-Mas isso não explica o fato dos humanos atirarem contra a casa. Eles sabem da existência deles?

-Não. Os demônios quando vão lá, vão na forma de humanos, e alguns passam fazendo terror. Invadindo as casas, estuprando e matando pessoas por diversão.

-Como antigamente?

-Sim. Como piratas de ruas, ou gangues. Os humanos acabam confundido, achando que são seitas pois veem esses homens entrando nessa casa, e acho que todo bairro tem medo dessa casa. E é isso que acontece –ele apertou o botão de mudo e a reportagem continuo passando imagens da casa. Era amarela, com apenas um andar, tinha pneus na porta e as marcas de tiro eram por todo muro.

-Isso é interessante –me ajeitei no sofá.

-É, é sim –Mike concordou com pouco entusiasmos.

 A televisão foi para o comercial. Produtos de beleza, perfume e de jeans. Até que começou uma comercial de um supermercado “Adam’s compra barato”. Assim que o narrados disse “Vem para o Adam’s compra barato!”. Mike deu um pulo e desligou a televisão.

-É ISSO! –ele gritou- Como eu sou burro! Holly! Holly!

-O que foi meu amor? –Holly apareceu toda apressada na porta da cozinha com um pano na mão.

-Adam! A família Adam! Eles tem um filho com a idade de Kate. Ele pode ser o primeiro amigo dela.

-Mas faltam dois dias para o natal. Os Adam’s são ricos e não tem saco para passar o natal em Nova York –Holly suspirou.

-Eu ligo para eles. Passamos o jantar de natal lá na casa deles, eu ligo agora, adiantado, e abrimos os presentes sozinhos aqui quando voltarmos! –Mike correu pulando para o corredor a procura do telefone.

-O que ele não faz por você Katherine –Holly sorriu.

                                                                      ***

Tocamos a campainha dos Adam’s. Eles moravam na cobertura de um apartamento no centro de Nova York. Nada comparado ao apartamento no terceiro andar de Mike e Holly. Eu já estava com saudades do cheiro de chá e livro que nosso apartamento tinha, quando uma garota de uns 16 ou 17 anos, estilo punk e cabelo com corte de homem abriu a porta. Ela usava um vestido azul escuro meio estranho e uma touca de papai noel velha.

-Sou Amanda –ela se apresentou.

-Amanda? Mas o Murrier não me disse que tinha outra filha dessa idade –Mike deu um breve abraço nela, fiz o mesmo e logo depois Holly também.

-Não. Sou a garçonete de vocês essa noite –ela deu um sorrido forçado.

-Ah –Mike disse apenas.

Amanda abriu a porta e nós entramos. Murrier, que era um cara velho e gordo e fundador da família Adam estava no sofá cheirando uma taça de vinho. Murrier já era um nome bem estranho, mas o cara era mais ainda.

-Nunca pensei que iria passar meu natal em minha cidade –Ele se levantou elevando a taça- Mas acho que vocês tem direito a um natal bom depois do natal de vocês daquela noite.

Acho que ele tentou ser simpático e engraçado. Mas eu não achei a mínima. Holly deu um sorriso que parecia mais uma careta, e Mike, não disse uma palavra, apenas deu um abraço-de-homem nele. Era aquele abraço breve que davam-se dois tapinhas nas costas.

-Anda malhando Murrier? –Mike disse.

-Comprei alguns equipamentos para meu filho, e as vezes dou uma brincada –ele sorriu e se virou para Holly- Como está linda Holly! Vermelho cai bem em você!

-Obrigada Murrier. Você está muito elegante.

-E quem é essa linda donzela? –ele sorriu e me deu dois beijos no rosto seguido por um abraço.

-Essa é Katherine –Mike disse colocando a mão em meu ombro- Adotamos ela ano passado. Comentei sobre ela.

-Esses olhos são divinos. Você tiveram sorte em pegar uma garotinha tão bonita.

Assim que Murrier terminou de falar, uma mulher e um garoto entraram na sala. A mulher era jovem, provavelmente na casa dos 30, seu vestido era no mesmo tom do de Holly, mas tinha um decote que ia até o umbigo e ia ficando fino. Seu cabelo era liso, curto e cacheado. O garoto tinha uma camisa social listrada cinza, ele era muito forte, o que era estranho já que haviam falado que ele tinha a minha idade. Seu cabelo era curto, como um corte de soldado do exercito, e ele era loiro de olhos totalmente pretos.

-Holly e Mike. Já conhecem minha mulher Leticia –Murrier sorriu pegando a mulher pela cintura- E meu pequeno herdeiro, Matthew.