Fanfic: NOSSO AMOR E ÓDIO ETERNO
Larissa despertou por volta das dezenove horas e se assustou ao acordar em sua cama. Levantou–se apressada e correu até a sala, não encontrando ninguém. Percorreu então toda sua casa e não obteve respostas. Então se lembrou do quarto dos irmãos. Andou calmamente até o quarto de Mateus e pôs apenas a cabeça por uma fresta da porta. Viu–o deitado em sua cama apenas de short de dormir. Não pensou duas vezes, abriu a porta e correu até a cama, se jogando em cima do irmão.
–– o que é isso? –– Mateus perguntou assustado.
–– sou eu seu bobo –– ela disse rindo do susto que o outro tomará –– não sabia que vocês haviam chego.
–– você estava dormindo tão serena no sofá que decidi não lhe acordar –– ele disse sorrindo.
–– ah sim. Eu não fiz o mesmo com você –– ela disse se divertindo.
–– percebi. Quase morro de susto Larissa –– ele disse pondo a mão no peito –– não faça mais isso.
–– ta, ta exagerado –– ela disse revirando os olhos e escorregando para seu lado na cama –– e ai, como foi lá?
–– péssimo! –– ele respondeu de mal humor.
–– porque maninho? O que houve? –– ela perguntou assustada com a reação dele.
–– perdemos... –– respondeu–lhe com semblante triste –– ficamos em segundo lugar.
–– Oh! –– ela ficou atônita –– como...
–– como foi acontecer? –– ele a interrompeu –– eu não sei! –– ele falava agitado –– Simplesmente não sabemos!
–– a diferença de gols foi muito grande?
–– 5 gols –– ele bufou –– têm um cara lá que joga demais. A equipe deles esse ano estava foda, mas o pivô deles é um bruto. Se eu pego esse cara fora das quadras, o encho de porrada! Garoto abusado! Ficou nos provocando o jogo todo. Foi uma merda.
–– calma Mateus.
–– difícil ter calma Lari. Se não fosse por aquele cara, tínhamos ganhado.
–– quem é ele? –– ela perguntou.
–– um cara aí. São três na verdade. Eles são bons, mas esse cara me tira do sério. Já pegamos o time deles nos jogos escolares e o derrotamos, mas esse pivô não estava no time, era de outra escola. Mas dessa vez ele fez de birra. O cara batia pra valer. Passou o jogo me provocando. Um otário.
–– que idiota –– ela disse balançando a cabeça negativamente.
–– mas deixa isso pra lá. Não é problema seu –– ele tentou sorrir –– Me diga o que fez nesse final de semana?
–– ah... Promete não brigar comigo? –– ela disse receosa.
–– claro que não.
–– sai com a Paula, o Bruno e o Ale ontem.
–– ah, legal –– ele disse sem nem dar atenção a ela –– e foram aonde?
–– em uma boate –– ela respondeu em tom baixo. Talvez fosse melhor que ele nem escutasse.
–– como? –– ele perguntou assustado.
–– é... –– ela deu de ombros.
–– como você entrou em uma boate? O Alexandre ta doido, é? –– ele dizia descontroladamente.
–– ah, qual é Mateus. Não sou mais criança! –– ela responderá irritada.
–– claro que é Larissa, deixe de graça. Você ainda tem 14 anos!
–– faço 15 esse ano, Mateus. Então considere que eu já tenha 15 anos! –– disse ela séria –– vocês têm que parar de me tratar feito uma criança poxa... –– se levantou da cama do irmão e parou em sua frente de braços cruzados –– sabia que eu já estou no 2º ano do ensino médio?
–– é, eu sei –– Mateus respondeu irritado. Sentava em sua cama abraçando as pernas e olhava pra irmã como se não ligasse pro que ela falará –– mas mesmo assim você ainda é nossa menininha. Não é porque está no 2º ano que pode sair fazendo o que quer.
–– o Nando também está no 2º ano e faz o que quer da vida –– ela deu de ombros.
–– ele já tem 16 anos e é homem Larissa! –– o irmão falou rudemente e ela ficou boquiaberta –– ah maninha, não fica assim não. Nós fazemos isso apenas pra lhe proteger –– ele se levantou e foi andando até ela para abraçá–la.
–– proteger de que Mateus? Não me venha com esse papo de menina indefesa não, porque eu não sou tão frágil –– ela disse negando o abraço.
–– ah Lari, você não entende. Não quero que nenhum idiota te magoe. Não quero ver você sofrendo. Você é frágil sim.
–– me magoar? Igual vocês fazem com aquelas menininhas que ficam ligando pra vocês apaixonadas? Não Mateus, não sou idiota pra cair no papinho de garotos iguais a vocês –– ela disse irritada e se virou pra sair do aposento.
–– o que ta acontecendo aqui? –– Fernando perguntou entrando –– ouvi gritos...
–– nada demais –– Mateus lhe respondeu com desdenho.
–– nada demais? –– ela disse estarrecida –– claro que não é nada demais! –– ela se pôs a rir –– vocês fazem o que bem entendem das suas vidas.
–– não estou entendendo... –– o Fernando falou os olhando confuso.
–– o de sempre Nando. O de sempre! Eu sou uma menininha, super protegida, que não posso sair, me divertir, namorar, ficar, conhecer outras pessoas, ir pra festas, dançar, beber... Não sei como vocês me deixam respirar sozinha –– Larissa saiu furiosa do quarto –– e quer saber? Minha vida vai ser um inferno com vocês morando aqui. Seus cabeças duras! –– bateu a porta do quarto com força e correu para o seu. Se trancando lá o resto da noite.
Mateus e Fernando permaneceram inertes se entreolhando. Suas expressões eram de espanto. Nunca virá sua irmã falar daquela forma, quanto mais naquele tom. Imaginaram que alguma coisa acontecerá.
–– o que deu nela, cara? –– Fernando perguntou.
–– não sei Nando. Mas nunca a vi assim –– Mateus disse tentando entender o que havia acontecido.
–– liga pro Alexandre. Vai ver que ele sabe se aconteceu algo com ela, se brigou com alguém... –– Nando deu a idéia.
–– é, vou ligar.
–– alô –– Alexandre atendeu seu celular.
–– e ai Ale, é o Mateus, tudo bom?
–– ah, oi Mateus, tudo ótimo. Como foi de viajem?
–– não muito boa, ficamos em segundo lugar.
–– pô, que pena. Vocês realmente são bons. Mas me diga pra que ligastes?
–– então Ale, é que a Larissa ta estranha. Deu uma crise aqui, gritou conosco, chorou, bateu a porta...
–– nossa, e qual motivo?
–– não sabemos...
–– ontem estive com ela e a Paulinha e estava tudo bem. Vocês brigaram?
–– é. Ela comentou que vocês foram a uma boate. Não achei muito legal isso e ela ficou dizendo que já era grande o suficiente pra fazer o que bem entendesse e...
–– ah sim! –– ele o interrompeu –– deve ser por isso. Ela comentou comigo que está cansada de ter vocês controlando a vida dela. E realmente Mateus, vocês protegem demais a Larissa. Não tem necessidade disso.
–– claro que tem Ale, ela é só uma menina.
–– uma menina de 15 anos...
–– 14 anos Ale, ela ainda não fez 15 –– Mateus o interrompeu para corrigi–lo.
–– que seja Mateus. Ela já sabe muito bem o que pode ou não pode fazer. Que tal um pouco de confiança na irmã de vocês?
–– hum... Sei não.
–– pensa nisso, certo?
–– valeu. Vou conversar com o Nando. Veremos o que fazer. Falow.
–– falow.
–– o que ele disse? –– Nando perguntou.
–– que deveríamos dar um voto de confiança pra Lari, que ela já é grandinha pra saber o que pode e o que não pode fazer... –– ele falou fazendo careta.
–– hum...
–– pra mim isso não vai dar certo.
–– sei não Mateus... Quem sabe se dermos um pouco mais de liberdade a ela?
Mateus olhou feio pro irmão, que não respondeu nada. O irmão mais velho de Larissa não queria que a irmã sofresse mais do que sofreu com a morte de sua mãe. Ele não agüentaria vê–la sofrer novamente, ainda mais por um namorado ou coisa do tipo. Talvez por isso protegesse tanto a irmã. Nando voltou a argumentar a idéia de Alexandre, enquanto Mateus dizia ser contra, quando foram interrompidos pelo seu pai entrando no quarto.
–– o que aconteceu com a Larissa? –– ele perguntou parecendo assustado.
–– nada demais pai. Nós discutimos –– o Mateus disse demonstrando desinteresse.
–– nada demais? –– ele perguntou rindo debochadamente –– tem algumas horas que vocês se mudaram pra cá e a Larissa está morrendo de chorar lá no quarto –– ele olhou pros dois que se entreolharam –– olha... Não quero saber o que fizeram, mas vão se desculpar com a irmã de vocês hoje ou amanhã. E deixem a menina um pouco em paz –– o pai disse bravo.
–– mas pai... –– Mateus começaria a se explicar, mas o pai lhe interromperá.
–– ou querem ficar sem mesada e sem carro? –– o pai disse fechando a porta atrás de si.
–– fala sério pô... –– Nando reclamou –– não to a fim de perder nosso carro não Mateus –– olhou feio pro irmão.
–– tranqüilo, amanhã pediremos desculpas a Lari –– ele disse respirando fundo. Estava muito irritado.
Os dois se despediram e foi cada um para o seu quarto. Não estavam com clima pra sair. O relógio indicava quase 22 horas e todos teriam aula amanhã cedo.
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Autor(a): raquel_gomes
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 111
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kaytibatista Postado em 29/03/2019 - 16:36:36
alguém sabe de a piu tá escrevendo ainda web novelas e aonde ?
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thceles Postado em 11/09/2015 - 13:08:33
Aonde encontro capítulos anteriores?
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mahri Postado em 17/09/2013 - 19:24:40
vai postar a outra quando? Coloca o link aqui quando começa ok?
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samandra Postado em 17/09/2013 - 18:30:45
Adorei a web *-*
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mahri Postado em 17/09/2013 - 15:59:15
Aí que lindo *-* pena que acabou :,( eu amei
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mahri Postado em 16/09/2013 - 23:12:20
ownt *o*
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samandra Postado em 16/09/2013 - 18:53:51
Que lindo *-*
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mahri Postado em 15/09/2013 - 00:46:52
o que esta acontecendo que vc nao postou?...
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mahri Postado em 14/09/2013 - 21:22:43
Menina posta maissss!!!
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samandra Postado em 13/09/2013 - 16:05:08
Nossa posta mais!!