Fanfics Brasil - Capitulo 131 NOSSO AMOR E ÓDIO ETERNO

Fanfic:  NOSSO AMOR E ÓDIO ETERNO


Capítulo: Capitulo 131

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Chegando em frente à academia de dança, Ana estava parada conversando com as amigas na calçada. Havia um garoto entre elas, que Lúcio conhecia de algum lugar.  Lúcio buzinou e Ana se despediu de todos, conversou um pouco mais com o garoto e entrou no carro.


–– oi amor –– ela lhe deu um selinho.


–– oi –– ele deu um sorriso fraco.


–– o que aconteceu com você? –– ela franziu a testa vendo os machucados ainda evidentes mesmo após uma semana.


–– nada Ana –– ele desviou o olhar dela e fitou a direção, saindo com o carro em seguida.


–– brigou de novo Lúcio? –– ela perguntou brava.


–– resolvi um problema apenas –– ele respondeu de um jeito seco.


–– e precisa resolver na porrada? –– ela perguntou irritada –– parece criança que briga por besteira –– cruzou os braços e o olhou –– qual foi o motivo agora?


–– eu não vim te buscar pra você me dá lição de moral –– ele disse grosseiramente –– se eu soubesse, nem tinha atendido ao teu pedido.


–– Meu pedido? Você me mandou uma mensagem super estranha dizendo que queria falar comigo –– ela disse no mesmo tom.


–– não tem nada de estranho –– ele balançou a cabeça e fez uma careta –– estranho foi você deixar eu vim te buscar. Você nunca quer que eu venha no balé.


–– porque eu sei que você não vem mesmo –– ela deu de ombros –– pra que pedir?


–– como se você quisesse isso –– ele sussurrou irritado.


–– o que você quer dizer? –– ela franziu a testa.


–– é o que vamos conversar na sua casa –– Lúcio respondeu sério.


–– você ta insinuando que eu não quero que você vá lá? –– Ana perguntou se sentado de frente a ele no banco do carro.


–– não sei –– ele disse sem interesse e ela se calou por um tempo –– quem era aquele menino?


–– qual? –– Ana o olhou rapidamente.


–– que tava na academia com você. Quem é ele? –– Lúcio perguntou reparando a expressão dela.


–– primo da Cássia, Fabrício –– ela respondeu –– por quê?


–– hum... –– ele murmurou –– o que ele fazia lá? Faz balé também?


–– hã, não... –– ela deu de ombros.


–– e o que ele fazia lá? –– Lúcio insistiu.


–– ah, ele deve ter ido pegar a Cássia, né?! –– ela fez cara de tédio, como se aquilo fosse obvio.


–– sei... –– Lúcio murmurou desconfiado –– ele sempre ta com vocês.


–– ah, é primo da minha melhor amiga, oras. Sempre saímos juntos –– ela deu de ombros –– ta com ciúmes?


–– não –– ele franziu a testa –– você sabe que não sou ciumento, é só que ele sai mais contigo do que eu.


–– você que não gosta de sair conosco –– ela deu de ombros.


–– e você se importa muito com isso, né? –– ele sorriu irônico.


–– para de jogar essas indiretas, Lúcio! –– ela reclamou –– que saco, não gosto disso –– disse em um tom de voz mais alto.


–– não to jogando indireta nenhum Ana –– ele disse rindo –– só que parece que nem somos namorados. Não nos vemos nunca e nem saímos mais juntos.


–– você também não se importa com isso –– ela disse fria –– não ta nem aí pra mim.


–– se nenhum dos dois se importa com o outro, pra que continuar junto? –– ele a olhou aproveitando a chance.


–– você ta terminando comigo? –– ela perguntou incrédula, fazendo–o suspirar forte –– mas... O que? Por quê? –– ela dizia afoita –– eu... Eu... –– ela gaguejava –– porque isso Lúcio? Eu te amo –– falou deixando uma lágrima cair –– não dá pra terminar assim.


–– não ta legal do que jeito que ta Ana Marcela –– ele disse logo estacionando em frente ao portão de sua casa.


–– mas a gente pode melhorar amor –– ela falou, agora, com várias lágrimas escorrendo pelo rosto –– é por causa do Fabrício?


–– não Ana –– ele disse franzindo a testa –– o que ele teria a ver com isso?


–– sei lá, ciúmes –– ela disse desconcertada –– você tem certeza disso?


–– eu não tenho ciúmes de você, Ana –– ele respondeu novamente, impaciente.


–– Você não ta confuso? –– ela perguntou gesticulando com as mãos.


–– não. Eu demorei pra tomar essa decisão –– ele encostou a cabeça no encosto do banco e fechou os olhos –– não quero te magoar mais.


–– demorou? –– ela arregalou os olhos –– você estava pensando nisso há quanto tempo?


–– um tempo já –– ele virou o rosto e a olhou –– vai ser melhor. Confia em mim.


–– confiar? –– ela gritou –– eu to achando que nosso namoro ta bem e você vem e termina comigo do nada?


–– que do nada Ana marcela –– ele gritou também –– não nos vemos mais, não ficamos juntos, não saímos, não namoramos, nem transamos mais... –– ele se calou, pensando no nível em que o namoro chegou –– que tipo de namoro é esse?


–– o que você sente por mim? –– ela perguntou ignorando tudo o que ele havia falado, mas ele não respondeu –– Lúcio, você ainda gosta de mim, pelo menos? –– ela perguntou ficando mais irritada.


–– gosto Ana, pior que eu gosto! –– ele disse triste, vendo–a daquela forma –– é justamente por isso que eu não quero mais. Não quero te magoar.


–– mas você gosta como? –– ela disse se aproximando dele –– gostar tipo me amar? –– ela ergueu as sobrancelhas esperando a resposta que não veio –– Lúcio... –– as lágrimas aumentaram e ela parecia se desesperar –– você me ama ou já me amou? Por favor, me diz.


–– não... –– ele fechou os olhos, deixando uma lágrima correr pela sua face –– nunca te amei.


 


Ela o olhou chocada e pôs as duas mãos na cabeça. Parecia que seu mundinho perfeito estava desabando.


–– e porque você ta comigo? –– ela perguntou com dificuldade de falar.


–– porque eu gosto de você –– ele abriu os olhos, mas não a olhou –– gosto, mas não a amo. Não sei quanto seria isso, mas não é mais do que você parece sentir por mim –– ele explicou.


–– tem outra menina nisso? –– ela perguntou pensativa, mas ele não respondeu mais uma vez. Calou–se e virou o rosto para o outro lado –– diz Lúcio, tem outra? –– ela repetiu a pergunta, mas ele continuou imóvel –– você ta ficando com outra garota? –– Ana gritou, segurando no queixo dele e virando seu rosto para ela.


–– Ana, não me faça perder a paciência –– ele bufou e tirou a mão dela de seu rosto.


 


Ele mentiria para Ana, inventando qualquer coisa, mas não contaria para ela sobre Larissa. Tinha certeza que a namorada, ex agora, faria alguma coisa ou, no mínimo, arrumaria confusão.


–– você tem noção ao ponto que nosso namoro chegou? –– ele disse tentando ser paciente –– nós só temos compromisso, porque relacionamento, nós não temos mais. Existem outras coisas além do sentimento.


–– eu tenho certeza que tem outra envolvida nisso –– ela disse chorando mais ainda –– você anda muito disperso, não vai mais atrás de mim, não me liga, não sente saudades, não se preocupa comigo, Lúcio. Passamos a semana toda sem nos ver e no final de semana você apenas me telefona e fica tudo bem.


–– eu sempre fui assim e você sabe disso –– ele disse desconfiado –– quem ta desse jeito, é você.


 


Ela afastou–se dele, se acomodando no banco do carro e fitando o chão.


–– quer um tempo? –– ela perguntou sem olhá–lo.


–– pra que? –– ele perguntou inconformado por ela não entender –– pra ter mais certeza que não ta dando certo?


–– pra você pensar melhor... –– ela sussurrou.


–– olha pra mim –– ele sentou–se de frente a ela e a encarou –– não torna isso mais difícil...


–– eu fiz alguma coisa errada? –– ela o interrompeu.


–– nós dois fizemos –– ele respondeu com um sussurro –– a culpa não é só minha, nem só tua.


–– eu prometo que vou ficar mais contigo, vou na tua casa, a gente pode sair no final de semana e...


–– não Ana –– ele a interrompeu, falando com todo cuidado –– não quero mais, não dá –– ele pôs as mãos no rosto e abaixou.


 


O celular dela começou a tocar e ela não o atendeu, deixou tocando.


–– atende vai –– ele disse respirando fundo.


–– deixa –– ela disse enxugando as lágrimas.


–– atende porque pode ser tua mãe –– ele falou pegando a bolsa dela que estava sobre o painel do carro.


–– NÃO! –– ela gritou e puxou a bolsa das mãos de Lúcio.


–– o que é isso Ana? –– ele perguntou assustado.


–– deixa que eu atendo –– Ana falou desconfiada enquanto procurava afoita pelo celular em sua bolsa –– pronto –– ela disse ao cancelar a ligação.


–– era tua mãe? –– ele franziu a testa.


–– era –– ela sorriu torto, sem olhá–lo.


–– porque não atendeu? –– ele perguntou estranhando a situação –– diz que você ta aqui na frente, pra ela não ficar achando que estamos em outro lugar.


–– ta, depois eu aviso –– ela disse guardando o celular na bolsa enquanto ele a olhava de testa franzida.


 


Dessa vez o celular deu apenas um toque e segundos após, chegou uma mensagem. Ela ignorou e fechou a bolsa.


–– atende Ana –– ele disse franzindo a testa.


–– não quero –– ela respondeu grosseiramente.


–– vê pelo menos a mensagem –– ele esticou a mão puxando a bolsa –– acho que alguém precisa muito falar com você. É alguma amiga sua?


–– é Lúcio –– ela puxou a bolsa de volta –– só não to a fim de falar com ninguém, que mal há nisso?


–– você acabou de dizer que era sua mãe na primeira ligação e nessa segunda você nem viu quem te ligou, como pode saber que é uma amiga? –– ele franziu a testa e a fitou.


 


Ela se calou e desviou o olhar. Por impulso, Lúcio puxou a bolsa de sua mão e logo abriu, procurando o aparelho. Ana abaixou a cabeça e apoiou os braços nos cotovelos, chorando mais ainda. Ele viu a ligação que tinha “Fab” e a mensagem também era dele. “Que horas passo aí hoje?”


–– isso é o que eu to pensando? –– ele perguntou surpreso.


–– desculpa... –– ela disse com tom de voz baixo que se misturava aos soluços do choro.


–– quanto tempo? –– Lúcio perguntou em choque.


–– algumas vezes –– ela disse desnorteada.


–– quanto tempo Ana? –– ele voltou a perguntar –– estão ficando há quanto tempo?


–– não sei –– ela disse o olhando com a cara vermelha de tanto chorar. Estava mentindo.


–– tudo bem –– ele suspirou pensando em sua situação. Não poderia julgá–la –– se não quer falar...


–– foram momentos de carência –– ela falou o interrompendo –– mas não muda nada o que eu sinto por você.


–– ok –– ele balançou a cabeça concordando –– se você gosta dele, vá ser feliz com ele então.


–– mas eu não gosto! –– ela falou inconformada.


–– e fica com ele pra que? –– ele perguntou irritado –– por prazer? Por sexo?


–– por carência –– ela respondeu chorosa.


–– piada, né Ana? –– Lúcio riu e desviou o olhar –– você se afasta de mim e se sente carente?


–– é que antes eu tinha você perto de mim e depois... –– ela começou a se explicar gesticulando.


–– espera aí –– Lúcio virou a cabeça bruscamente para ela, incrédulo –– você ta falando que isso é desde o inicio do ano?


 


Ana ficou inerte. Não respondia nada e mantinha o olhar fixo em alguma parte do carro.


–– Ana Marcela! –– Lúcio disse com semblante sério.


–– dos jogos... –– ela sussurrou após um tempo.


–– brincadeira isso... –– ele gargalhou –– me diz quanto tempo tem –– ele a segurou pelo ombro e a sacudiu de leve.


–– alguns meses Lúcio. Que droga! –– ela berrou, voltando a chorar em seguida.


–– e que merda você tava fazendo comigo, hein?! –– ele gritou de volta, enquanto punha as mãos na cabeça –– deveria ter me dado um pé na bunda desde o ano passado...


–– eu te amo, ok? TE AMO –– ela berrou.


–– claro que ama –– ele gargalhou sarcasticamente –– ô se ama...


–– para de ser frio Lúcio –– ela gritou.


–– e você quer que eu seja como? –– ele gritou de volta –– eu to há semanas pensando em como terminar nosso namoro enquanto você ta se divertindo com outro. Porque não tornou isso simples?


–– eu não gosto dele, não o amo. Amo você! –– ela berrou –– eu ligo pra ele agora e acabo com qualquer esperança que ele tenha comigo e nós ficamos bem –– ela pediu com calma.


–– claro que não –– ele riu –– não quero continuar com isso. Não quero mais namorar... Eu to confuso, me sentindo estranho em relação a nós e... –– ele pôs as mãos no rosto e encostou ao volante.


–– e...? –– ela perguntou interessada.


–– conheci uma garota... –– ele disse em um tom de voz baixo.


–– eu sabia –– ela riu irônica –– eu sabia que tinha uma vadia na historia.


–– não a chame assim, porque você também não fez coisa certa! –– ele disse irritado.


–– claro que não –– ela riu –– estão juntos há quanto tempo?


–– a conhecia tem poucos meses... Nosso namoro já estava frio o suficiente pra eu ter me envolvido com ela... –– ele explicava com dor de falar aquilo para Ana. Sabia que a garota sofreria mais.


–– ela sabe que você tem namorada? –– Ana perguntou incrédula.


–– isso não faz diferença... –– Lúcio disse de um jeito frio.


–– claro que faz –– ela resmungou.


–– porque faz? O Fabrício sabia que eu era seu namorado. Que diferença fez? –– Lúcio a questionou, que ficou sem respostas –– e eu morrendo de culpa, com peso na consciência, passei semanas arrumando um jeito de terminar com você, sem te magoar...


–– você está apaixonado por ela? –– Ana perguntou se aproximando dele, que não respondeu –– está, Lúcio? –– ele continuou calado –– Lúcio! –– ela disse em um tom de voz mais alto.


–– não é da sua conta –– ele disse no mesmo tom de voz dela –– agora me faz um favor Ana. Desce.


 


Ela o olhou chocada.


–– desce Ana. Acho que não tem nada que possamos fazer –– ele disse olhando–a nos olhos.


–– e nós? –– ela perguntou chorosa.


–– liga pro Fabrício e dá a noticia... –– Lúcio sorriu cínico e se ajeitou no banco.


–– quero saber quem é ela –– ela disse brava –– onde você a conheceu? Como ela é? Vocês já ficaram? Já transaram?


–– para! –– ele berrou, fazendo–a se calar –– acabou, ok? Você fica com o Fabrício e eu vou ver como fico com essa garota.


 


Ana desviou o olhar, e voltou a chorar. Abriu a porta do carro e desceu andando lentamente até o portão. Ele acelerou o carro e arrancou indo para um lugar longe dali. Parou o carro em frente à uma lanchonete que estava lotada e bateu com a cabeça no volante.


–– burro! –– ele sussurrava –– porque não terminei antes? Idiota! –– dizia pra si mesmo.


 


Respirou fundo e pegou seu celular. Procurava pelo nome de Muniz, quando passou pela letra “L” da agenda. Em questão se segundos o aparelho chamava pelo número de Liu.


 


–– alô –– Liu atendeu um tanto preocupado pelo horário.


–– ela me trai –– Lúcio disse com um suspiro no final.


–– hã? Ta falando do que Bonates? –– ele franziu a testa.


–– terminei com a Ana. E descobri que ela tava me traindo... –– ele disse com um sorriso sarcástico –– parece ironia, né?


–– é... –– Liu disse acreditar no que ouvira –– quer conversar?


–– não sei... –– ele riu –– nem to acreditando.


–– vou por uma roupa. Passa aqui –– Liu disse desligando o celular em seguida.


 


Lúcio balançou a cabeça ainda com um sorriso irônico nos lábios. Acelerou o carro direto para a casa do amigo. Quando chegou a frente da casa, Liu estava escorado no portão. Ele andou até o carro e Lúcio desceu, encostando–se ao capô.


–– nossa... –– Liu exclamou –– sua cara ta péssima.


–– to com cara de idiota? –– Lúcio mantinha aquele sorriso –– porque é assim que to me sentindo.


–– um idiota pelo o que? –– o amigo ergueu as sobrancelhas.


–– por ter acreditado nela, confiado... –– ele balançou a cabeça negativamente.


–– posso te lembrar que você a traia com a Larissa? –– Liu franziu a testa sendo irônico.


–– ela me traia desde o ano passado Liu –– ele suspirou –– desde quando nosso namoro estava bem e eu tentava fazer as coisas para agradá–la.


–– uou! –– Liu exclamou surpreso –– não sei nem o que te falar...


–– já tem cinco meses –– Lúcio continuou falando –– e eu me sentindo culpado por ter gostado da Larissa. Pôr tê–la beijado a primeira vez... E as demais –– ele riu –– porque ela não terminou comigo antes? –– ele olhou para o amigo.


–– o que ela disse? –– Liu perguntou.


–– que me ama... Pode? –– ele gargalhou.


–– é... Difícil alguém amar nessa situação –– o amigo comentou –– ela pretendia ficar com vocês dois?


–– creio que sim –– ele deu de ombros.


–– sabe o bom disso? –– Liu constatou.


–– e tem coisa boa nessa história toda? –– Lúcio disse com sarcasmo.


–– é que você tem noção de como uma pessoa traída se sente. Assim não faz mais com ninguém...


–– precisa jogar na minha cara? –– Lúcio fez uma cara de tédio, fazendo Liu gargalhar.


–– to aqui para o que você precisar e para o que não precisar também –– disse ainda rindo –– amigos são pra essas coisas.


–– ok, vou agradecer o conselho –– Lúcio disse rindo do amigo –– mas o que faço agora?


–– gosta mesmo da Larissa? –– Liu sorriu de lado.


–– gosto –– Lúcio respondeu com outro sorriso nos lábios.


–– fique com ela então... Assuma as responsabilidades de estar com ela –– o amigo disse.


–– se ela falasse comigo... –– Lúcio fez uma careta.


–– hum... Esqueci que vocês brigaram hoje de manhã... –– Liu disse recordando–se.


–– vou procurá–la –– ele disse erguendo as sobrancelhas –– agora.


–– deixa pra amanhã Lúcio... –– Liu o segurou pelo braço.


–– não consigo esperar até amanhã. Falô Liu. Valeu pelo papo –– Lúcio disse entrando no carro.


–– Boa noite... –– Liu disse balançando a cabeça negativamente e rindo do amigo apaixonado.


 


[...]


 


Lúcio parou o carro em sua garagem, correu até a lateral da casa de Larissa e foi com cuidado para a área de trás da casa. Pegou o celular ligou para ela.


 


–– alô –– ela disse com a voz abafada.


–– vem aqui atrás –– Lúcio disse com a voz doce.


–– hã? Bonates? –– ela se sentou na cama e coçou os olhos –– que horas são? –– perguntou passando os olhos pelo quarto à procura de um relógio.


–– uma e quarenta e cinco –– ele respondeu olhando em seu pulso –– to aqui na porta da sua cozinha.


–– ah Bonates. O que você quer, hein?! –– ela perguntou chateada –– não to a fim de conversar.


–– por favor Larissa –– ele pediu com cuidado –– vem aqui. Se você não descer, eu vou dormir nas espreguiçadeiras e amanhã de manhã teu pai e teus irmãos vão me achar aqui –– ele disse fazendo chantagem e ela bufou.


–– ta Lúcio –– revirou os olhos e desligou o celular.


 


Do mesmo jeito que estava vestida, com baby doll, ela apenas escovou os dentes e lavou o rosto. Calçou uma sandália e desceu. Abriu a porta da cozinha com todo cuidado possível e viu Lúcio sentado em uma das cadeiras de sol que havia em seu quintal.


–– oi –– ele disse vendo–a se aproximar.


–– ta ficando doido? –– ela disse brava.


–– preciso falar contigo –– ele disse sorrindo fraco.


–– precisava ser a essa hora, Bonates? –– ela perguntou indignada, parando em sua frente.


 


Lúcio a olhou, analisando–a e ficou calado por algum tempo.


–– fala, vai! –– ela cruzou os braços –– ta olhando o que?


–– porque você nunca foi lá pra casa com esse pijaminha? –– ele perguntou com certa malicia.


–– ah... –– Larissa revirou os olhos impaciente –– Bonates, eu to com sono e com frio. To doida pra voltar pra minha cama quentinha, então diz logo o que você quer.


–– quero ir pra tua cama –– ele disse ao se levantar e colar seu corpo ao dela.


–– Lúcio! –– ela exclamou surpresa –– você ta ficando...


 


Antes que pudesse concluir a frase, Larissa foi interrompida pelos lábios de Lúcio sobre os seus. Ele a beijou com tanta volúpia, que seus corpos deram alguns passos para trás, encostando–se à parede. Ele apoiou os antebraços na parede e pressionou o corpo de Larissa contra a parede. Ela, por sua vez, agarrou ao pescoço do garoto, o beijando com mais animação. Após vários minutos naquele beijo empolgado, ambos foram perdendo o ar. Mas Lúcio não parou, desceu os lábios para o pescoço dela, dando chupadas intensas.


–– o que deu em você, hein?! –– ela perguntou enquanto emitia gemidos devidos arrepios constantes em que seu corpo se encontrava.


–– arrependimento –– ele sussurrou próximo ao seu ouvido, lhe dando mordidas na orelha.


–– do que? –– ela franziu a testa, afastando–se dele para olhá–lo.


–– de não fazer isso antes –– ele sorriu de lado e lhe roubou um selinho.


–– você é doido, sabia? –– ela riu e balançou a cabeça –– você deve ser bipolar.


–– não sou doido e nem bipolar –– ele franziu a testa e riu.


–– claro que não –– ela disse irônica e se afastou dele, indo em direção à espreguiçadeira –– cada hora você me trata de um jeito. Não te entendo.


–– a culpa é sua –– ele deu de ombros –– eu já disse que você me tira do sério.


–– agora a culpa é minha? –– ela riu e ergueu as sobrancelhas, sentando–se na cadeira e deitando em seguida.


 


Lúcio fez uma careta para ela e deitou–se ao seu lado. Ela abraçou seus próprios braços, tentando se aquecer. Ele tirou seu moletom e a cobriu, depois pôs um braço por trás da cabeça de Larissa e a abraçou, passando o outro braço por cima de sua barriga e a perna sobre a sua perna.


–– ainda ta com frio? –– ele perguntou sorrindo.


–– porque você não é fofo assim sempre, hein?! –– ela o encarou, séria.


–– eu não sou fofo –– ele cerrou os olhos de um jeito irônico e riu.


–– às vezes sim –– ela deu um sorriso torto e selou seus lábios em seguida.


 


Após o selinho, ela o encarou por alguns segundos, até ele se aproximar e morder seu lábio inferior, soltando bem devagar. Fez isso mais duas vezes, sugando o lábio de Larissa na terceira vez. Ela não resistiu e o puxou pela nuca, lhe beijando com intensidade. Os corpos estavam praticamente colados e a mão dele passeava pela cintura dela. Ao tempo em que o beijo ia ficando mais animado, as mãos de Lúcio desciam pelo quadril de Larissa, acariciando de leve seu bumbum. Ele desceu os beijos para o pescoço dela, chegando até o ombro. Beijou com delicadeza e com os dedos desceu a alça do pijama dela. Larissa não emitiu nenhuma palavra. Apenas fechou os olhos e permaneceu imóvel com a respiração ofegante. Lúcio acariciou o colo dela com a ponta dos dedos, desceu pela barriga por cima do baby doll, enquanto olhava fascinado o corpo da garota. Parou com a mão em sua barriga, em torno do cós do short e subiu as caricias por dentro da blusa do pijama. Foi até a altura dos seios, mas não os tocou. Ele observou que ela estava de olhos fechado e aproximou o rosto do corpo da garota, beijando sua barriga e em seguida dando leve mordidas enquanto havia subido sua blusa. O corpo dela se estremeceu por inteiro, e Larissa, por um impulso, se pôs de pé, assustada.


–– melhor você ir pra casa –– ela disse sem olhá–lo nos olhos enquanto arfava.


–– eu... Eu me descontrolei –– ele se levantou também e ficou próximo a ela –– não tive essa intenção –– ele dizia atrapalhado.


–– eu vou entrar, ta? Boa noite –– ela falou imediatamente e se virou de costas em direção a porta da cozinha.


–– espera Ignachy –– ele a segurou pelo braço –– fica comigo hoje, por favor –– pediu de forma dócil.


–– ta muito frio aqui fora –– ela disse fazendo careta.


–– me deixa subir com você então –– ele pediu com delicadeza e ela riu ironicamente –– prometo me comportar.


–– você não vai entrar no me quarto com meu pai e meus irmãos em casa –– ela disse ainda rindo.


–– fico quietinho e saiu antes de amanhecer –– ele disse fazendo cara de dó.


–– pra que tudo isso, hein?! –– ela ergueu as sobrancelhas e o fitou.


–– pra eu poder ficar junto de você –– ele respondeu com um sorriso torto e abaixou a cabeça.


 


Larissa deu um leve sorriso e abriu a porta da cozinha, o puxando pela mão.


–– qualquer graçinha eu te ponho pra dormir no quarto do Mateus –– ela brincou, pondo o dedo na cara de Lúcio.


–– isso séria agradável –– ele sorriu.


–– quer sorvete? –– perguntou ao passar pela geladeira.


–– nesse frio? –– ele cerrou os olhos e riu em tom de brincadeira –– claro que quero, né?!


–– eu sei que você sempre quer –– ela revirou os olhos e abriu o freezer.


–– você –– ele disse cruzando os braços e escorando as costas no balcão.


–– o que? –– ela perguntou sem olhá–lo.


–– é o que eu sempre quero. Você –– ele disse sorrindo abobalhadamente, sem noção das palavras que saiam de sua boca.


 


Ela virou–se de frente a ele e deu um sorriso caloroso. Seus olhos brilhavam e seu coração batia acelerado. Ela andou até ele, parando em sua frente. Os braços dele amoleceram e agarraram–se em volta da cintura de Larissa. Beijaram–se por mais alguns minutos antes de subir para o quarto com dois copos de sorvete de morango. Na ponta dos pés, os dois adentraram o cômodo e ela trancou a porta na chave, com discrição.


–– só por garantia – ela explicou para Lúcio que apenas assentiu com a cabeça –– quer ver um filme?


–– pode ser –– ele deu de ombros –– seu quarto é bonito –– disse observando o lugar.


–– obrigada –– ela sorriu.


–– combina com você... –– ele disse ao olhar um relógio da Hello kitty que tinha na parede.


–– leso –– ela lhe deu a língua e ele riu –– senta aqui –– disse indicando a cama.


 


Ele se sentou, pôs as pernas sobre a cama e se encostou a cabeceira. Ela sentou–se ao lado dele, da mesma forma, mas cruzando as pernas. Ligou a TV e ficaram assistindo coisas aleatórias enquanto tomavam sorvete. Quando acabaram de tomar, ela se levantou para jogá–los no lixo do banheiro. Assim que voltou, se aproximando da cama, ele a puxou pela mão.


–– senta aqui –– ele disse puxando–a para cima dele.


–– aí, calma –– ela riu e se sentou entre suas pernas –– pronto.


–– assim é bom. Fico sentindo teu cheiro –– ele disse fungando no pescoço de Larissa e abraçando–a.


–– queria que fosse assim sempre –– ela fechou os olhos e sorriu.


–– vamos tentar que seja –– ele sussurrou em seu ouvido e lhe beijou o rosto, recebendo um grande sorriso em troca.


 


Larissa aconchegou a cabeça no peitoral de Lúcio, e voltaram a ver TV.


–– aqui ta tão frio quanto lá fora –– ele disse ao perceber que ela estava arrepiada.


–– mas aqui tem meu edredom gostoso –– ela riu da observação dele e se inclinou pra pegar o edredom sobre a cama e cobrir as pernas de ambos.


–– e eu não sou gostoso não? –– ele franziu a testa irônico.


 


Larissa gargalhou e balançou a cabeça negativamente.


–– vou por um filme –– ela disse saindo dali ainda rindo.


–– não concorda? –– ele perguntou fingindo estar indignado.


–– é até demais –– ela disse envergonhada.


–– hum... –– ele sorriu –– gostei disso. Se foi um elogio, mas se foi uma reclamação, eu não gostei.


–– digamos que isso é perigoso –– ela deu de ombros, fazendo–o gargalhar –– que filme quer ver? –– ela mudou de assunto e lhe mostrou algumas capas.


–– tanto faz, não vou prestar atenção mesmo –– ele deu de ombros na cara de pau –– vou ficar te beijando a noite toda.


–– que sem vergonha! –– ela disse chocada e riu.


–– põe qualquer um e vem pra cá –– ele fez uma careta.


 


Ela pôs o filme e voltou para a cama com ele. Lúcio permaneceu sentado enquanto ela deitava em seu colo e ele afagava seus cabelos. Após alguns minutos de filme, ele resolveu deitar–se ao seu lado, lhe abraçando pela cintura e dando–lhe um beijo em seguida. Ao fim, roçaram os lábios ao mesmo tempo em que ele lhe fazia carinho no rosto.


–– gosto tanto quando você ta assim... –– ela sussurrou.


–– assim como? –– ele perguntou fitando–a.


–– gostando de mim –– ela sorriu fraco.


–– eu sempre to gostando de você –– ele disse após um suspiro –– apenas é complicado demais para ficarmos juntos.


–– é pelo Júlio? –– ela o olhou com atenção.


–– é... –– ele desviou o olhar e depois caiu deitado na cama de barriga pra cima –– não sei se ele vai aceitar. Muito menos teus irmãos.


–– nem o Fernandes... –– ela fez uma careta.


–– como assim? –– Lúcio se sentou na cama imediatamente e a encarou enfurecido.


–– ah... –– ela disse desconfiada –– ele continua me ligando e mandando mensagem...


–– e você não me disse nada? –– ele perguntou indignado.


–– não quero que você brigue mais por minha causa... –– ela explicou se sentando ao lado dele.


–– ah Larissa... –– ele balançou a cabeça e riu ironicamente –– não acredito que você ainda defende esse cara mesmo depois de tudo que ele te fez... –– Lúcio disse chateado.


–– eu não to defendendo –– ela disse surpresa pela acusação –– só que eu não quero te ver todo machucado do jeito que você ficou na última briga. Você tava cheio de marcas roxas, ralados pelo corpo, sangue no nariz, na testa, fora que tava cheio de dor –– ela falava com voz de nojo e os olhos cheios d’água –– eu me preocupo contigo, droga! –– disse aumentado o tom de voz e se sentou com as mãos no rosto.


–– calma Larissa... –– ele disse assustado com a reação dela –– é que eu achei que você não se importasse tanto assim com isso... –– ele falou sem jeito.


–– claro que eu me importo –– ela o olhou e Lúcio percebeu as lágrimas descendo pela sua face –– eu gosto de você Lúcio... E ao contrário do seu pai, eu não me acostumo em te ver machucado daquele jeito. Se você faz o que você faz por dinheiro, por prazer, pelo o que for... Eu não quero estar perto de você quando estiver naquele estado.


 


Lúcio a olhou com o coração partido. Nunca imaginava que aquilo abalasse tanto assim Larissa. Ele se aproximou dela e a abraçou.


–– não faço mais –– ele sussurrou em seu ouvido.


–– ta falando sério? –– ela se afastou e o olhou.


–– hurum –– ele murmurou e limpou as lágrimas dela, lhe dando um sorriso depois.


–– desculpa, mas é que foi muito ruim te ver brigando com o Alex na escola... Não parecia você, sei lá, estava fora de si... –– ela disse agoniada e suspirou ao se calar.


–– esquece isso, ta? Vamos deitar –– ele disse na tentativa de mudar de assunto.


–– perdemos uma boa parte do filme, né? –– Larissa disse olhando a TV.


–– que tal se perdêssemos o restante? –– ele disse com um sorriso malicioso nos lábios.


 


Ela riu, corando em seguida. Em questão de minutos, Lúcio já estava com metade do corpo sobre o dela, beijando–a de um jeito suave. Ele acariciava a lateral de seu corpo enquanto a mão dela estava em sua nuca. Os lábios se mexiam de um jeito delicado e as línguas de ambos estavam em sincronia. A vagareza era tamanha, que aquilo estava deixando Lúcio excitado. Ele subiu a barra da camiseta do baby doll de Larissa e sua mão invadiu–lhe na lateral da cintura. O toque de pele, a fez arrepiar, como sempre. A mão dele subia e descia da altura dos seios até o cós do short dela. Permaneceram assim por alguns minutos, até ela pôr sua mão por dentro da blusa dele. Passou a acariciar suas costas, subindo a blusa. Por um impulso, Lúcio aumentou um pouco o ritmo do beijo e desceu a mão para a perna de Larissa, alisando–a. Ela estava empolgada com o que estava acontecendo, mas não sabia bem ao certo as reais intenções de Lúcio. Não acreditava que o garoto fosse tentar transar com ela ou coisa do tipo. E estava em dúvidas em relação à proporção de que aquela noite tomaria. Em um momento de inconsciência, ergueu a blusa dele, insinuando que queria tirá–la. Ele separou os lábios dos dela e a fitou. Larissa o olhava de uma forma confusa enquanto ele a olhava intensamente. Ele sabia que ela não tinha certeza do que fazia, que aquilo era apenas o momento. Ajoelhou-se na cama e retirou a blusa, pondo–a no canto da cama. Ela passou os olhos sobre o corpo dele e corou ao vê–lo daquele jeito, dando um sorriso tímido. Ele voltou a deitar–se por cima dela, mas dessa vez foi direto para o seu pescoço. Ela entreabriu as pernas, para que Lúcio se encaixasse e depois pôs as mãos em sua cintura, arranhando de leve. Os braços dele estavam ao lado do corpo dela, sustentando para que se peso não ficasse em cima dela. Ele distribuiu beijos pelo pescoço dela e logo depois, leves chupões. O corpo dela se arrepiou e ela passou a emitir gemidos, baixos, quase como sussurros, deixando–o mais excitado. Mas quando Larissa passou a língua de leve em seu pescoço, Lúcio não agüentou. Deixou que seu corpo caísse colado ao dela, pressionando seu sexo sobre o dela e voltou a beijar com mais intensidade e malícia. Seu corpo deslizou para o lado de Larissa, mas mantinha o rosto encostado ao pescoço dela, distribuindo leves beijos por toda sua extensão. O sorriso dela era evidente, não saia de seus lábios um só segundo. Alguns minutos depois, ele passou a dar mordidas e chupadas, deixando–a arrepiada. A sua mão apertava a cintura da garota, subindo e descendo por dentro do seu baby doll. Ela abriu os olhos e virou o rosto para o lado, fazendo Lúcio deixar de beijar seu pescoço e beijar seus lábios. Os dois deitaram–se de lado, ficando de frente pro outro. Uma de suas pernas, Larissa pôs, dobrada, sobre a cintura dele e Lúcio passou logo a acariciar suas coxas. O beijo que não era nem um pouco contido, já estava tomando proporções maiores e o ritmo tinha aumentado, instalando um clima mais quente entre os dois. As mãos dela que estavam em suas costas, arranhando–a com as unhas, agora fora passada para cintura e logo depois para o abdome de Lúcio. Larissa acariciava até a região do peitoral e descia até o cós do short, fazendo–o arrepiar. Aos poucos ela foi ficando mais empolgada e aumentando a intensidade do beijo. Sua outra mão estava na nuca do garoto, entrelaçada aos seus cabelos, acarinhando. Lúcio apertava com vontade a parte externa da coxa de Larissa e aos poucos ele foi subindo a mão por dentro do short dela e apertando seu bumbum. Larissa desceu seus lábios para o pescoço dele e passou a lhe dar chupões mais agressivos, deixando o garoto mais excitado. A cada provocação involuntária dela, ele encostava mais seus corpos e lhe apertava o bumbum e a coxa com mais desejo. Devido empolgação do momento, Larissa jogou o peso do seu corpo em Lúcio e acabou ficando por cima do dele na cama. Suas pernas estavam uma a cada lado do corpo dele, enquanto beijavam–se na boca de forma maliciosa. As mãos dele estavam em seu quadril e ainda apertando–lhe o bumbum, fazendo com que seus sexos se roçassem. Ela tinha as mãos apoiadas sobre a cama, mas as tirou, quando passou a distribuir beijos pelo seu pescoço. As mãos dela foram para sua barriga, acariciando–a. Lúcio fazia o mesmo, tinha as mãos na cintura dela, alisando sua pele por dentro do baby doll, que estava sendo levantado. Ela ergue o corpo e ficou o encarando. Sua respiração estava ofegante e ela tinha um olhar de medo, que fora percebido por dele.


–– se achar que estamos indo muito longe, podemos parar –– ele disse arfando.


 


Ela balançou a cabeça negativamente e desceu o olhar pelo corpo dele. Sua excitação era evidente por debaixo do short. Ela olhou em seus olhos novamente, querendo ter certeza do passo importante que iria tomar. Lúcio a encarava sério, estava preocupado com as proporções que noite estava tomando. De repente ela suspendeu a blusa do baby doll e a tirou, ficando apenas com um top tomara que caia fino. Pôs a blusa sobre a cama enquanto Lúcio a olhava impressionado. Ele acariciou o seu pescoço e foi descendo a mão alisando o seu corpo até chegar ao cós do short. Ela deu um sorriso de lado pra ele que se sentou na cama com ela em seu colo. Passou os dedos pelo seu rosto e lhe beijou com ternura, agarrando–a pela cintura. As mãos dela foram para seu pescoço e acariciaram a nuca. Depois de alguns minutos naquele beijo, ela pôs a mão na barra de seu próprio pijama, abaixando–o até o inicio da coxa. Lúcio parou de beijar–lhe e a encarou. Subiu a mão pelas costas dela e desceu até a cintura novamente, apertando. Em um movimento rápido, ele a deitou na cama e ficou por cima dela, lhe beijando em seguida.


–– posso tirar teu short? –– ele sussurrou em seu ouvido.


 


Ela assentiu com a cabeça, mas com muito receio. Ele desceu um lado e depois o outro, fazendo–a tirar o resto com os pés e deixando–a apenas de calcinha. Lúcio a olhou apenas de calcinha e ficou mais nervoso ainda. Sabia que ela não tava preparada para aquilo, mas ele queria muito. Ela o beijou mais uma vez, mas logo se afastou, sentando na beirada da cama.


–– melhor parar logo com isso... –– ela disse arfando.


–– o que... O que foi? –– ele perguntou nervoso.


–– nada –– ele disse sem olhá–la –– só não quero...


–– fiz alguma coisa? –– ele sentou–se ao lado dela, que estava de cabeça baixa, envergonhada.


–– claro que não –– ela falou o olhando surpreso pela pergunta –– só não é o momento. Tenho medo e...


–– e? –– ele perguntou curioso.


–– e isso me lembra aquele dia na festa do Fernandes... –– ela disse com a voz triste.


–– tudo bem –– ele a abraçou de lado e lhe deu um beijo na cabeça –– eu não deveria ter insistido...


 


Ela levantou–se da cama e vestiu seu pijama novamente. Lúcio pôs sua blusa e ficou olhando–a se vestir. Depois deitou–se na cama, de costas para ele e se embrulhou com o edredom.


–– ta com raiva de mim? –– ele perguntou deitando atrás dela.


–– você deve ta me achando uma idiota... –– ela disse chorosa.


–– claro que não, Ignachy –– ele riu –– eu que não deveria ter tentado.


–– o problema não é com você... –– ela suspirou fazendo um bico.


–– até emburrada, você fica linda –– Lúcio disse se divertindo e ela apenas lhe mostrou a língua.


–– sou uma boba –– ela revirou os olhos.


–– você é boba sim, mas não por isso –– ele disse virando–a de frente pra ele.


 


Ela o olhou e riu, esquecendo daquilo o resto da noite. Passaram apenas trocando mais beijos e caricias. Pela manhã, cedo, ele saiu antes que todos acordassem.


 


[...]


 



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Autor(a): raquel_gomes

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[Duas semanas depois...]   Os dias foram passando e Lúcio e Larissa continuavam ficando escondido. Eles encontravam–se à noite na área externa da casa dela ou no quarto dos fundos dele. Depois daquele dia, Lúcio não insistira mais com ela em relação a sexo e ela parecia também não fazer tanta quest&a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 111



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  • kaytibatista Postado em 29/03/2019 - 16:36:36

    alguém sabe de a piu tá escrevendo ainda web novelas e aonde ?

  • thceles Postado em 11/09/2015 - 13:08:33

    Aonde encontro capítulos anteriores?

  • mahri Postado em 17/09/2013 - 19:24:40

    vai postar a outra quando? Coloca o link aqui quando começa ok?

  • samandra Postado em 17/09/2013 - 18:30:45

    Adorei a web *-*

  • mahri Postado em 17/09/2013 - 15:59:15

    Aí que lindo *-* pena que acabou :,( eu amei

  • mahri Postado em 16/09/2013 - 23:12:20

    ownt *o*

  • samandra Postado em 16/09/2013 - 18:53:51

    Que lindo *-*

  • mahri Postado em 15/09/2013 - 00:46:52

    o que esta acontecendo que vc nao postou?...

  • mahri Postado em 14/09/2013 - 21:22:43

    Menina posta maissss!!!

  • samandra Postado em 13/09/2013 - 16:05:08

    Nossa posta mais!!


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