Fanfics Brasil - Capitulo 149 NOSSO AMOR E ÓDIO ETERNO

Fanfic:  NOSSO AMOR E ÓDIO ETERNO


Capítulo: Capitulo 149

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Depois de ir ao quarto de Nando e convencê-lo a ir à festa, os quatro desceram até o saguão. Mateus ia resmungando quanto à roupa das meninas. Encontraram com Júlio e Lúcio na saída, à espera deles.


  


Look de Paula 



 


 


look de Larissa 



 


 


–– adianta eu falar alguma coisa? –– Mateus disse enfezado.


–– não Mateus. Elas não vão trocar de roupa –– Nando disse revirando os olhos –– já até me acostumei com vocês semi–nuas.


–– até que fim –– Lúcio revirou os olhos.


–– as donzelas estavam se maquiando? –– Júlio perguntou aos meninos.


–– que nada. O Nando tava fazendo cú doce –– Mateus disse com voz de tédio.


–– vamos logo então –– Paula disse cansada das reclamações dos garotos.


 


Dividiram–se e pegaram dois táxis. Apesar de a boate não se longe do resort, eles não conheciam a cidade para ir à pé. Entraram e foram para a pista. As meninas ficaram dançando enquanto bebiam batidas com teor alcoólico baixo. Nando sentou–se ao bar e ficou observando Paula. Logo Júlio se juntou a elas para dançar, também sendo observado por Lúcio que estava um pouco mais afastado. Paula saiu de perto dos dois, para deixá–los à vontade e foi para o bar. Escorou–se no balcão e ao olhar para o lado, percebeu Lúcio sentado ali fitando a pista.


–– ainda gosta dela, né? –– Paula perguntou parando em seu lado.


–– muito... –– ele disse em um tom de voz baixo e depois olhou assustado para a pessoa ao lado –– ah, oi Paula.


–– oi Lúcio –– ela sorriu –– você deveria ir lá e dizer isso a ela –– falou indicando a amiga na pista.


–– não posso –– ele deu um gole na cerveja e olhou para o lado –– não posso fazer isso com ela, Paula. Logo ela vai me esquecer.


–– você sabe que não, né? –– ela ergueu as sobrancelhas –– mas se você tem certeza disso... –– deu de ombros –– não chore depois que perdê–la, porque uma hora ela vai cansar de sofrer por você e vai ser feliz com outro, mesmo que não seja com o Júlio –– falou e virou–se para sair.


–– Paula –– ele a chamou –– você é parente do Liu? –– perguntou de testa franzida.


–– não Bonates, não sou –– ela riu –– você ta ficando é doido. Ah, e uma coisa... –– ela virou–se –– a Larissa não vai ficar com o Júlio. não por livre e espontânea vontade. Não sabendo que ainda tem alguma chance com você.  


–– porque diz isso? –– ele cerrou os olhos.


–– no fundo ela ainda acha que o que você disse pra ela, é tudo mentira –– ela sorriu –– só que você agindo desse jeito, eu vou apoiá–la a ficar com teu irmão. não agüento mais ver minha amiga sofrendo –– suspirou e saiu dali.


 


Lúcio bebeu o resto da cerveja e saiu do bar. Deu algumas voltas pela pista e viu Júlio tentando beijar Larissa. Ele a segurou pela lateral do rosto, mas ela desviou para o lado oposto e sorriu sem jeito.


–– desculpa Júlio, não sei se estou preparada –– ela disse sorrindo fraco.


–– tudo bem, Lari –– ele sorriu sem graça e pôs as mãos no bolso –– eu espero você estar preparada.


–– obrigada –– ela disse passando a mão no rosto dele.


 


Os dois saíram da pista e foram beber alguma coisa. Minutos depois Larissa levantou–se para ir ao banheiro. Avistou Mateus conversando com uma morena em um canto da boate e riu. Estava distraída olhando o irmão e esbarrou em alguém. Seus olhos umedeceram quando viu quem era.


–– oi –– ele disse sério.


–– oi –– ela respondeu da mesma forma.


–– você ta bem? –– ele perguntou.


–– o que você acha? –– ela sorriu de lado e abaixou a cabeça –– claro que não estou Bonates.


–– mas você vai ficar... –– ele disse mantendo a voz firme –– você não é tão frágil assim.


–– e você, como está? –– ela perguntou ignorando a frase dele.


–– ótimo –– ele sorriu tentando parecer bem.


–– não parece –– ela sorriu e balançou a cabeça negativamente.


–– pois você está enganada –– ele piscou.


–– eu devo acreditar mesmo –– ela deu de ombros –– já que você não gostava de mim, né? Eu fui apenas uma diversão pra você... Não deve estar sofrendo mesmo –– ela respirou fundo e olhou para o outro lado –– só uma idiota como eu, pra me iludir e acreditar que um idiota como você, pode estar apaixonado por mim.


 


Lúcio a olhou nos olhos, que começavam a avermelhar e saiu dali, deixando–a sozinha. A vontade incontrolável de beijá–la estava lhe matando. Queria poder pedir desculpas à ela por tudo que havia feito, mas não podia ou não queria. Alguma coisa lhe dizia que ela não iria ser feliz com ele. Foi até o bar e pediu doses de Uísque. Bebendo uma atrás da outras.


 


Larissa limpava as lágrimas no espelho do banheiro, quando Paula entrou, passando por todas as garotas ali dentro.


–– eu vi vocês dois conversando... –– ela disse ao lado da amiga –– você ta bem?


–– não Paula. Não to bem e não quero mais olhar pra cara dele –– Larissa disse choramingando –– ele é um idiota.


–– ah Lari –– ela disse chateada –– eu falei com ele agora pouco, ele me confessou que gosta de você. Porque ele mentiria?


–– sei lá amiga –– Larissa abaixou a cabeça –– ele já mentiu sobre tantas coisas, mas uma, parece que não faz diferença.


–– e o Júlio? Eu também vi vocês tentando se beijar –– ela deu um cutucão na amiga, zoando–a.


–– ah –– ela sorriu –– ele que tentou, mas eu não tava a fim...


–– tava ou ta? –– Paula ergueu as sobrancelhas.


–– não sei... Não quero enganar o Júlio. Eu não sinto por ele o que eu sinto pelo Bonates –– Larissa disse suspirando.


–– e se tentar sentir? –– Paula perguntou esperançosa.


–– Paulinha... –– ela repreendeu a amiga pelo olhar.


–– é sério Lari –– a interrompeu –– apesar de não ter dado certo, olha comigo... Eu não esperava gostar do Nando. Achei que iria morrer de amores pelo Mateus até nunca mais.


–– é, mas agora morre de amores pelos dois –– ela revirou os olhos e a amiga riu.


–– dá uma chance pro Júlio... –– ela pediu –– aliás, dá uma chance pra você.


–– vou pensar –– Larissa sorriu de canto e saiu do banheiro.


 


Voltaram para a mesa em que estavam Júlio e Nando, sentando cada uma ao lado de um garoto. Paula e Fernando começaram a conversar um assunto puxado por ele.


–– quando voltarmos pro hotel, eu posso conversar com você? –– ele perguntou.


–– já não está conversando? –– Paula perguntou rindo.


–– à sós Paula –– ele riu também –– só nós dois e em um lugar sossegado.


–– tudo bem –– ela deu de ombros –– se não for pra me ofender de novo.


–– jamais –– ele disse imediatamente –– em desculpe por aquele dia... O ciúme tomou conta de mim.


–– ciúme, é? –– ela sorriu de lado e corou.


 


Larissa e Júlio também conversavam sobre coisas fúteis, quando ela avistou, próximo ao bar, Lúcio abraçado em uma garota. Os braços dele estavam em volta da cintura dela, enquanto os dela estavam sobre os ombros dele. A garota vestia uma roupa colada e curta e tinha um corpo bem sensual. Lúcio olhou de canto de olho para Larissa que os olhava e beijou a garota. Os olhos de Larissa umedeceram imediatamente e uma lágrima caiu sem que ela percebesse. Logo ela se levantou e saiu quase correndo no meio das pessoas. Júlio olhou sem entender nada e foi atrás da garota. Após o rápido beijo, Lúcio soltou a menina e deu um sorriso.


–– não to legal hoje, vamos deixar pra outro dia, ta? –– ele disse à garota.


–– sério gatinho? –– ela fez um bico –– achei que eu pudesse te mostrar a cidade turística –– disse manhosa, mas ele se quer riu.


–– fica pra próxima, ok? –– ele disse levantando e saindo no meio das pessoas.


 


Júlio correu atrás de Larissa que ia rumo ao resort. Ele a alcançou e segurou em seu braço.


–– ei –– ele disse a puxando –– o que foi Lari?


–– droga Júlio! –– ela disse soluçando –– porque eu não consigo esquecê–lo? Por quê?


–– calma, amor –– ele a abraçou e afagou seus cabelos –– o que aconteceu?


–– eu não paro de pensar nele, mesmo ele não merecendo. É um idiota mesmo! –– dizia Larissa aos soluços –– mais do que eu.


–– você não é idiota por gostar de alguém que não gosta de você –– Júlio disse beijando–lhe a testa –– se for assim, eu também sou um idiota –– disse sem jeito.


 


Larissa fechou os olhos, deixando as lágrimas caírem. Júlio caminhou com ela até um táxi e foram para o resort. Sentaram à beira da piscina. Ela com as pernas dentro d’água, sentada entre as pernas de Júlio. Ele passava as mãos em seus cabelos, fitando–a enquanto ela encarava a lua, ainda deixando as lágrimas caírem.


–– porque você saiu daquele jeito de lá? –– ele perguntou.


–– ah... –– ela despertou e o olhou –– eu vi um casal se beijando e lembrei de nós –– ela disse com a voz falha.


–– quanto tempo que vocês terminaram?


–– nós nunca namoramos... Ficamos por uns meses e acabou tudo há três semanas –– ela tentou explicar.


–– hum... Tempo demais pra você sofrer por alguém que não te merece, né? –– Júlio disse olhando em seus olhos.


 


Ela o encarou também e sorriu fraco.


–– você tem razão... Parece que tudo o que ele quer é me ver triste –– ela disse.


–– já ouviu a frase: “Não há nada melhor do que abrir aquele sorriso pra pessoa que não suporta ver sua felicidade.”? –– ele perguntou enquanto passava a mão no rosto dela.


–– não –– ela sorriu e abaixou a cabeça, constrangida.


–– eu gosto de você Lari. Muito –– ele voltou a falar –– sei que minha chance já passou, mas eu ainda penso que um dia poderíamos ter algo legal. Não perco as esperanças, sabe? –– ele sorriu.


–– me dá um abraço? –– ela pediu franzindo os lábios para segurar o choro.


 


Os dois se abraçaram e ficaram ali até amanhecer. Deitaram–se em uma espreguiçadeira e Larissa trajava uma blusa de frio de Júlio. Estavam abraçados e ela com a cabeça em seu peito. Lúcio chegou da boate nesse mesmo horário e os avistou ali, deitados. Caminhou até onde pudesse ver com clareza, mas sem ser visto. Havia bebido a noite toda a fim de não se arrepender do que havia feito. Acreditava que dessa vez Larissa desencanaria dele e ficaria com Júlio. E foi dito e feito. Segundos após seu pensamento, presenciou o irmão trocar um beijo calmo e muito romântico com a garota. Aquilo doeu de uma forma que ele não imaginaria sentir nunca. Foi mais forte do que qualquer pancada que já havia tomado. Sem que quisesse ou pudesse controlar, deixou algumas lágrimas escorrer pela face. Virou–se para sair dali e avistou Paula andando ao lado de Nando para o saguão do hotel. A garota o olhou e disse alguma coisa para Nando, saindo dali. Parou em frente a Lúcio, enquanto ele enxugava o rosto. Olhou para trás dele e viu Larissa e Júlio ainda aos beijos. Que pareciam bem carinhosos.


–– você armou isso –– Paula disse abismada.


–– não sei exatamente se era isso que eu queria... –– Lúcio disse fechando os olhos –– mas logo passa. Essa dor vai passar.


–– não é possível... –– ela balançou a cabeça negativamente –– você gosta de sofrer, né? Você gosta da dor, Lúcio –– disse incrédula –– porque isso?


–– ela é importante pra ele e ela precisa dele –– Lúcio disse olhando para trás mais uma vez.


–– e pra você, ela não é importante? –– Paula ergueu as sobrancelhas.


–– demais Paula –– ele respondeu.


–– não parece –– ela disse irritada.


–– é tão importante que eu prefiro que ela fique com alguém que vá fazer bem a ela –– ele disse por fim, saindo dali para o quarto.


 


[...]


 


Já era quarta–feira e tudo estava saindo como Hector e Eduardo haviam previstos. Os pais dos garotos se divertiram com suas namoradas por festas, piscinas, praias e passeios turísticos. Paula e Larissa tentavam fazer programas com Nando e Júlio, já que Paula fugia das investidas de Mateus e Larissa não queria nem olhar para Lúcio. Ela e Júlio estavam sempre juntos e de chamego, pois o garoto não desgrudava dela um só minuto. Nesse dia o pai de ambos combinou de sair para andar de lancha junto com os filhos. Lúcio foi o único que se recusou a ir, já que não queria ver Larissa e Júlio juntos. antes de saírem para o porto, Eduardo foi até o quarto, à procura dele, que estava deitado na cama com um travesseiro na cara.


–– Lúcio –– Eduardo disse entrando no quarto –– saí dessa cama e vamos conosco. Quero poder aproveitar as férias com meus filhos.


–– não vou Eduardo. Dá pra me deixarem quieto? –– ele tirou o travesseiro do rosto e deitou–se de costas para o pai, cobrindo a cara novamente.


–– porque isso? –– ele perguntou sentando na cama de Júlio e ficando em sua frente.


–– não tenho mais cinco anos pra fazer o que vocês querem –– Lúcio disse mal humorado –– tenho opinião própria, sabia?


–– claro que tem... Sempre tem –– Eduardo revirou os olhos –– você sempre é do contra.


–– não sou do contra –– ele reclamou –– só não to a fim de ir.


–– e veio pra ficar emburrado dentro de um quarto de hotel? –– o pai ergueu as sobrancelhas e puxou o travesseiro dele.


–– não Eduardo –– Lúcio se sentou e falou com voz de tédio –– eu vim pra tentar esquecer uma pessoa e não pra ficar vendo–a aos beijos com meu irmão.


–– não era o que você queria? –– ele perguntou irônico –– agora siga sua vida. Eu falei pra você não fazer, mas você é teimoso.


 


Lúcio bufou e deixou o corpo cair sobre a cama novamente.


–– isso me obriga a ficar vendo–os? –– ele franziu a testa com cara de dó.


–– não. Fique aí e vê se não faz mais nenhuma besteira na sua vida... –– o pai disse como uma advertência e saiu do quarto.


 


[...]


 


Enquanto os pais estavam na parte de trás do barco, bebendo, comendo e conversando. Larissa e Júlio estavam sentados próximos a proa. Ele estava sentado e Larissa em sua frente, em pé. As suas mãos estavam em volta da cintura dela e ele a encarava enquanto ela olhava para o mar, sentindo o vento no rosto.


–– linda... –– ele disse sorrindo e ela o olhou, retribuindo o sorriso.


–– olha quem fala –– ela disse fazendo careta.


–– ate parece, né Larissa?! –– ele disse revirando os olhos e lhe deu uma mordida na barriga, fazendo–a grunir –– nem acredito que eu to aqui com você.


–– sabia que nem eu –– ela deu um sorriso de lado e se sentou no colo dele.


–– parece um sonho... –– ele sussurrou com os lábios próximos aos dela e lhe beijou.


 


Ela passou os braços pelo pescoço dele enquanto ele lhe apertava a cintura. Ficaram conversando e trocando beijos pelo resto da manhã.


 


Mateus, Nando e Paula, que sentavam próximos ao pai, estavam apenas conversando sobre coisas fúteis. Mateus ficava tirando graçinhas com Paula e Nando parecia não gostar muito, mas não falava nada. Hector, Andréia, Eduardo e Aline jogavam cartas enquanto tomavam bebidas quentes.


–– Mateus, cadê tua irmã? –– Hector perguntou virando–se para o filho.


–– adivinha... –– ele fez voz de tédio –– com o Júlio, né?!


–– ah sim –– o pai sorriu –– esses dois estão um grude só.


–– pra mim já até passou dos limites –– Mateus disse fazendo careta.


–– deixa a menina namorar em paz –– Hector disse bagunçando com o filho.


–– eles estão namorando? –– Eduardo franziu a testa, assustado.


–– não, só ficando –– Paula disse se intrometendo.


–– não por muito tempo –– Nando disse –– do jeito que o Júlio é apaixonado por ela.


–– hoje em dia as coisas estão modernas, um dia estão juntos e no dia seguinte estão com outros... –– Hector disse pensativo.


–– mas logo eles estão namorando. Ficam tão lindo juntos –– Andréia disse sorrindo e Hector retribuiu ao sorriso.


–– realmente, são lindos juntos –– Aline concordou e sorriu.


 


Eduardo os olhou e apenas assentiu com a cabeça. Pela primeira vez, se pegou pensando, preocupado, em Lúcio. Por mais que soubesse o sentimento de Júlio por Larissa, sentia que Lúcio gostava mais dela do que de qualquer outra coisa.


–– amor, está tudo bem? –– Aline perguntou pondo a mão no ombro de Eduardo.


–– ah sim, claro. Apenas me distraí –– ele sorriu sem graça.


–– vou lá averiguar o que os pombinhos estão fazendo –– Mateus disse se pondo em pé.


–– Mateus, deixa sua irmã em paz, por favor –– Hector reclamou.


–– vou só conferir pai. Nada demais –– ele disse caminhando até a proa do barco.


–– esse Mateus é um pé no saco –– Nando disse emburrado.


–– não tiro a razão da Larissa de reclamar dele –– o pai disse e voltou a se concentrar nas cartas.


 


Paula levantou–se e pegou sua bolsa um pouco mais à frente. Nando a olhou curiosa, mas não perguntou nada.


–– vou lá pra cima, pegar sol. Se a Lari me procurar, você avisa? –– ela disse para ele.


–– se ela desgrudar do Júlio, eu aviso –– Nando disse sorrindo de lado.


–– é verdade –– ela riu.


–– Paulinha... –– ele a chamou, fazendo–a virar para trás –– posso ir com você?


–– ah, pode –– ela deu de ombros e voltou a andar.


 


Ele se levantou e foi atrás dela. Seguiram pela escada lateral e chegaram à parte mais alta do barco. Paula tirou sua roupa, ficando apenas de biquíni e estendeu uma canga no chão. Nando estava sentado no chão, segurando as pernas e apenas a observava. Ela passou protetor solar nas pernas, bumbum, barriga e se sentou. Depois nos braços, pescoço e seios. Ele a olhou com as sobrancelhas erguidas enquanto ela fingia não estar nem aí.


–– você quer me matar? –– ele perguntou sério –– porque se for isso, você está conseguindo aos poucos.


–– você que tem a mente pervertida –– ela riu –– só estou passando protetor. Nada demais.


–– claro, nada demais –– ele riu também –– imagine se fosse –– ele franziu os lábios e a viu deitar na canga de barriga pra baixo.


 


Paula pôs um chapéu e óculos escuros. Pôs a mão para trás do corpo, puxando o laço do biquíni. Virou a cabeça para o lado, olhando para Nando, que fitava hipnotizado seu corpo.


–– Nando, passa nas minhas costas –– pediu manhosa.


–– hã? –– ele franziu a testa quando olhou para seu rosto.


–– protetor –– ela pediu fazendo cara de dó.


–– ta zoando com a minha cara, né Paula? –– ele fez uma careta e ela riu.


–– passa logo, vai! –– ela resmungou.


 


Ele se aproximou e começou a passar o creme nas costas da garota. Após um tempo ali, em silencio, ele tomou coragem e resolveu ter a conversa que programou desde o final de semana.


–– então Paula. Eu queria te pedir desculpas pelas coisas que eu falei. Eu sei que não tinha o direito de falar aquilo pra você independente do que você tenha feito. Você já admitiu que errou naquela vez com o Mateus e eu fui muito imaturo em querer que você sofresse o que eu sofri quando me deparei com aquela cena. No fundo, eu não te perdoar ou te ignorar como eu fiz, não machucava só a você. Machucava a mim também. Só que eu demorei muito tempo pra perceber isso. Quando eu te vi totalmente entregue ao Igor, me deu tanta raiva... Eu demorei meses pra conseguir conquistar você, pra tentar te fazer esquecer o Mateus e ficar comigo, mesmo que não fosse por um compromisso sério. Foi tão gostoso gostar de ti, me sentir apaixonado pela primeira vez. Parecia ser a primeira vista, mesmo te conhecendo desde criança. Na verdade eu pensava em você e já associava ao Mateus, já que você sempre foi apaixonada por ele. E quando eu me vi, já estava envolvido por ti. Sentindo coisas que eu nunca senti, com ciúmes de uma garota que eu sempre tive como irmã e... –– ele se calou, respirou fundo e a olhou.


 


Paula sorria para ele de um jeito bobo. Resolvendo esquecer toda e qualquer palavra que ele havia dito pra ela em momentos de discussão, ela ergueu apenas um pouco o tronco e pôs a mão na lateral do rosto de Nando, o puxando para um beijo. Logo o garoto se deitou ali, retribuindo calorosamente o beijo dela. Passaram alguns minutos naquela troca de carinhos, até ele se afastar, deitando ao seu lado.


–– nunca ti vi falar tanto –– ela disse sorrindo.


–– eu fiquei nervoso –– ele sorriu de lado –– acho que nunca falei essas coisas pra uma menina.


–– é, você parecia desesperado –– Paula gargalhou e ele lhe deu um beliscão.


–– não zoa de mim, por favor –– ele fez bico –– eu fiquei quatro dias pensando em como te pedir desculpas.


–– coitado... –– ela fez bico –– nem precisava disso tudo. Um pedido de desculpas pelas coisas idiotas que me falou, já estava de bom tamanho –– ela disse fazendo uma careta.


–– é que tinha tanta coisa que eu queria te falar, sabe? –– ele inclinou a cabeça pra trás e fechou os olhos.


–– o que te fez mudar de idéia? –– ela perguntou o olhando.


–– o Igor –– ele disse sem abrir os olhos, mas diante o silêncio de Paula ele prosseguiu –– eu fui tirar satisfação com ele, achando que vocês tinham transado...


–– mas nós não transamos –– ela disse indignada, o interrompendo.


–– eu sei... –– ele deu um sorriso sem graça –– ele me contou. Falou algumas coisas que me fizeram acordar.


–– e se nós tivéssemos transado? –– perguntou sem querer demonstrar interesse naquela pergunta.


–– isso não seria da minha conta –– Nando disse sorrindo sem jeito –– nós não estamos juntos e isso não me diz respeito. Fui um idiota em pensar diferente disso.


–– você foi um idiota em falar aquelas merdas pra mim. Ainda mais que, como você disse, nós não temos nenhum compromisso. Então eu podia transar com quem eu quisesse, até porque, Fernando –– ela soletrou o nome dele, irritada –– todo final de semana, duvido muito se você não transa com umas três.


–– certo, Paula. Desculpe–me, ok? –– ele fez cara de tédio, olhando para o mar –– e eu não transo com três por final de semana. Não sou tão necessitado por sexo assim... Só quando rola química, sabe? –– ele disse se jeito e a olhou.


–– vamos falar de outra coisa? –– ela pediu –– não quero ouvir você falando de outras garotas.


–– tudo bem –– ele sorriu –– então isso significa que eu posso te beijar a hora em que eu quiser? –– perguntou erguendo as sobrancelhas.


–– não na frente do teu pai –– ela disse cerrando os olhos –– não gosto.


–– mas ele nem ta aqui agora –– Nando disse rindo.


 


Ele aproximou–se dela e a beijou. Paula deitou uma parte do seu corpo sobre o dele, pondo a mão em seu peitoral. Minutos depois, ainda durante o beijo, ele a puxou pela cintura, colando mais os corpos. A mão deslizava pela cintura dela, apertando. Ela percebeu que ele já estava ficando excitado e tentou se afastar um pouco.


–– se controla, Nando –– ela sussurrou entre o beijo.


–– então veste esse biquíni aí, porque ta foda você se esfregar assim em mim. Não sou de ferro –– ele disse mordendo o lábio dela.


 


Paula deu uma risadinha sem graça e lhe mais um beijo. Beijo que fora interrompido por alguém arranhando a garganta logo atrás.


–– RAM RAM –– disse –– dá pra parar com essa melação que o papai quer ir almoçar?!


–– fala que nós já vamos –– Nando disse levantando a cabeça e olhando para o irmão.


–– é agora! –– Mateus disse fazendo cara de tédio –– estamos só esperando vocês.


–– ok Mateus. Já vamos –– ele disse agora irritado.


–– então vamos –– o irmão cruzou os braços e os fitou.


–– vaza Mateus –– Paula disse fazendo careta –– já descemos.


–– é só pra garantir que vocês não vão demorar mais –– ele sorriu cínico.


–– espera lá em baixo, por favor? –– Nando pediu sentando–se.


–– por quê? –– Mateus franziu a testa.


 


Nando ficou de pé, fazendo cara de tédio. Levantou os braços e olhou para o irmão com uma careta. Mateus olhou para o irmão, reparando que ele estava excitado e gargalhou.


–– quando chegarmos no vilarejo eu arrumo uma garota pra resolver esse teu problema –– piscou para Nando e virou de costas.


–– se fode Mateus! –– Nando disse irritado.


 


Mateus que já havia dado as costas para sair, parou e olhou para Paula.


–– Paulinha dá pra cobrir esses seios, aí? –– ele disse apontando para o tórax dela –– também ta me deixando excitado –– disse sorrindo cínico.


–– idiota! –– Paula resmungou e jogou o pote do protetor solar em Mateus.


–– ei, doida! –– ele disse se esquivando e desceu as escadas rindo.


–– se o Mateus não parar com essas graçinhas, eu juro que quebro a cara dele –– Nando disse resmungando enquanto ajudava Paula a amarrar o biquíni.


–– deixa Nando, ele só quer irritar –– ela falou virando–se de frente a ele –– se você for arrumar confusão, teu pai vai por vocês dois de castigo.


–– realmente –– ele disse emburrado e bufou.


 


[...]


 


Quando todos se juntaram, decidiram onde iriam parar para comer. Foram até uma vilazinha que tinha por ali e encontraram um restaurante freqüentado por turistas. Os pais sentaram em uma mesa e os meninos em outras. Logo depois do almoço, ficaram ali conversando.


–– pai, vamos dar uma volta pra conhecer as lojinhas, ta? –– Lari disse.


–– não demorem, precisamos sair antes de anoitecer –– ele disse.


 


Ela assentiu e puxou Paula para fora do restaurante.


–– me conta tudo –– ela pediu à amiga.


–– você vai me contar depois desse chamego repentino com o Júlio? –– Paula ergueu a sobrancelha.


–– não é repentino Paula –– Lari revirou os olhos –– você sabe.


–– eu sei que você é completamente apaixonada pelo irmão dele –– a amiga disse a olhando feio.


–– sabe também que ele é um idiota, que só me magoou e brincou com a minha cara? –– Larissa falou irritando–se –– Paula, eu só resolvi dar uma chance ao Júlio. Eu gosto dele e de ficar com ele, vai que dá certo, né?


–– é, vendo por esse lado... –– Paula deu de ombros –– o Júlio é legal e gosta bastante de você. Tomara que dê certo –– ela sorriu.


–– você mesma me incentivou –– ela sorriu em retribuição –– mas agora vá me contando o que você estava fazendo sozinha com o Nando.


 


[...]


 


Um pouco depois das quatro da tarde todos voltaram para a lancha e foram de volta em direção ao resort. Nando e Júlio estavam sentados na proa, com Paula e Larissa sentadas entre suas pernas. Os dois casais trocavam carinhos e conversavam entre si. Mateus, que estava irritado o suficiente com a aproximação de Paula e Nando, foi para dentro da lancha, ficando deitado em um sofá que havia por lá. Larissa tinha a cabeça escorada no peito de Júlio e ele a abraçava enquanto acariciava seu braço.


–– queria te perguntar uma coisa –– ele disse baixinho no ouvido dela.


–– pergunte –– ela disse sem se mexer.


–– eu seria precipitado se te pedisse em namoro? –– Júlio perguntou afundando o rosto no pescoço dela.


 


Larissa levantou a cabeça e o encarou. Engoliu a seco, ficando totalmente travada diante a situação.


–– Lari? –– ele ergueu as sobrancelhas e passou o dedo no rosto dela.


–– oi, desculpa... –– ele balançou a cabeça rapidamente e olhou para o outro lado.


–– você não quer, né? –– Júlio franziu os lábios e suspirou forte.


–– não é isso Júlio, é só que é recente... –– ela disse com a voz fraca.


–– tudo bem –– ele balançou os ombros –– só pensei que da última vez nós nos distanciamos por conta disso... Você pensou que eu não queria e eu pensei que você não queria, aí eu fiquei com a Camila e você com o Fernandes. Então dessa vez eu queria mostrar pra você que to realmente interessando em assumir um compromisso contigo. Mas sem problemas –– ele sorriu de lado –– era só pra garantir que eu não vá te perder de novo...


–– eu quero! –– Larissa disse virando o rosto rapidamente ema sua direção.


–– você o que? –– Júlio perguntou surpreso, porém feliz.


–– eu aceito Júlio –– ela suspirou e sorriu sem mostrar os dentes.


–– caramba... –– ele sussurrou e sorriu –– se eu acordar e descobrir que isso tudo foi um sonho, eu juro que deixo o Lúcio me espancar até dizer chega.


–– aff! –– ela revirou os olhos –– não fala nem o nome desse garoto perto de mim.


–– foi mal –– ele a apertou mais no abraço –– não toco mais no nome dele, namorada –– disse sorrindo e lhe beijou a testa.


–– namorado –– ela sorriu, também sem acreditar naquilo.


 


Júlio acariciou seu rosto e logo lhe beijou. O beijo de sempre. O beijo que ela lembrava muito bem. Um beijo calmo e carinhoso. Um beijo bem diferente do de Lúcio. Mas não seu beijo preferido. Só que era com aquele beijo que ela teria que se acostumar por um bom tempo.


 


[...]


 


Depois que voltaram para o resort, as meninas foram para seus quartos, assim como os meninos. Elas estavam cansadas e enfadadas do sol e resolveram dormir. Nando, Mateus e Júlio saíram para passear a pé pela praça que havia ali perto e tinha um festejo. Lúcio também fora, mas havia saído mais cedo sem rumo e sem hora pra voltar. Não estava preocupado com o que os outros iriam achar ou se iriam lhe procurar, apenas saiu. Caminhou até um barzinho pelas redondezas e sentou–se sozinho. Bebeu a noite toda enquanto ouvia música ao vivo que havia por ali. Na hora de ir para o resort, deixou algumas lágrimas caírem pelo caminho, mas se recompôs ao chegar ao seu quarto. Entrou no banho, deixando a água cair sobre seu corpo por um longo tempo. Assim que pôs uma roupa, ainda não tinha sono. Vestiu um moletom e desceu até a piscina do resort. Deitou–se em uma espreguiçadeira e fechou os olhos. Poucos minutos depois sentiu um doce que perfume que conhecia muito bem. Involuntariamente deu um sorriso e abriu os olhos. Larissa havia passado ali e ido até o outro lado, onde havia uma mureta em que a vista dava para a praia. Ficou ali observando a garota de longe, que parecia enxugar as lágrimas. Lúcio se levantou e foi até ela. Parou ao seu lado e suspirou. Ela o olhou rapidamente e desviou o olhar para a praia.


–– o que você quer? –– ela perguntou seca.


–– para de chorar, por favor –– ele pediu fitando seu rosto.


–– como você tem coragem de me pedir isso? –– perguntou indignada, o olhando.


–– não gosto de te ver sofrer –– ele engoliu a seco.


–– se não gostasse, não teria brincado com a minha cara –– ela respondeu deixando novas lágrimas caírem.


–– pequena, não é assim... –– ele disse chateado.


–– não me chama desse jeito! –– Larissa falou irritada –– Lúcio, porque você não me faz um favor e some da minha vida? –– falou com a voz alterada –– depois de tudo que passamos, você tem coragem de dizer que nada daquilo foi verdade e ainda vem me pedir pra não ficar mal? –– ela limpou o rosto e deu um sorriso sarcástico –– não sei como fui me deixar iludir desse jeito. Eu acreditei em você, sabia?


 


Ele a olhava calado, sem saber o que falar. Na verdade não havia nada mais que ele quisesse falar que não fosse que queria ficar com ela. Ou até mesmo um pedido de desculpas. Lúcio abaixou a cabeça e fitou o chão. Ela permaneceu ali por mais alguns minutos soluçando, até resolver voltar para o quarto. Sem trocar nenhuma palavra com ele, virou–se para sair, mas ele a segurou pelo punho.


–– eu não tive a intenção de... –– ele disse olhando–a nos olhos.


–– mas fez –– ela o interrompeu –– de boas intenções, o inferno ta cheio –– disse por fim, puxando seu braço e voltando para o quarto.


 


[...]



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Autor(a): raquel_gomes

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Logo pela manhã, Nando e Júlio bateram no quarto das meninas. Paula abriu a porta enquanto esfregava o olho. O garoto entrou e foi logo a abraçando. –– ai Nando –– ela riu envolvendo os braços no pescoço dele e afundando o rosto no seu pescoço –– o que é isso? –– saudades &ndas ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 111



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  • kaytibatista Postado em 29/03/2019 - 16:36:36

    alguém sabe de a piu tá escrevendo ainda web novelas e aonde ?

  • thceles Postado em 11/09/2015 - 13:08:33

    Aonde encontro capítulos anteriores?

  • mahri Postado em 17/09/2013 - 19:24:40

    vai postar a outra quando? Coloca o link aqui quando começa ok?

  • samandra Postado em 17/09/2013 - 18:30:45

    Adorei a web *-*

  • mahri Postado em 17/09/2013 - 15:59:15

    Aí que lindo *-* pena que acabou :,( eu amei

  • mahri Postado em 16/09/2013 - 23:12:20

    ownt *o*

  • samandra Postado em 16/09/2013 - 18:53:51

    Que lindo *-*

  • mahri Postado em 15/09/2013 - 00:46:52

    o que esta acontecendo que vc nao postou?...

  • mahri Postado em 14/09/2013 - 21:22:43

    Menina posta maissss!!!

  • samandra Postado em 13/09/2013 - 16:05:08

    Nossa posta mais!!


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