Fanfics Brasil - Capitulo 150 NOSSO AMOR E ÓDIO ETERNO

Fanfic:  NOSSO AMOR E ÓDIO ETERNO


Capítulo: Capitulo 150

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Logo pela manhã, Nando e Júlio bateram no quarto das meninas. Paula abriu a porta enquanto esfregava o olho. O garoto entrou e foi logo a abraçando.


–– ai Nando –– ela riu envolvendo os braços no pescoço dele e afundando o rosto no seu pescoço –– o que é isso?


–– saudades –– ele disse sorrindo.


–– bom dia, amor –– Júlio disse deitando–se ao lado de Larissa.


–– bom dia Júlio –– ela disse se espreguiçando, mas sem esboçar nenhum sorriso.


 


Ele a abraçou pela cintura e lhe beijou no pescoço, ficando fungando seu cabelo.


–– ei rapaz, sai da cama da minha irmã, vai! –– Nando disse franzindo a testa.


–– Fernando! –– Paula o advertiu –– deixa os dois.


–– o que fazem tão cedo aqui? –– Larissa perguntou aos dois.


–– viemos chamá–las para o café e depois vamos jogar bola –– Nando disse sorrindo.


–– claro, e vem nos chamar pra jogar bola também? –– Paula perguntou irônica.


–– não, né Paulinha. Pra assistir –– Nando disse revirando os olhos.


–– queria ir pra piscina –– Larissa disse manhosa.


–– me deixa analisar... –– Júlio disse fingindo pensar –– vocês duas, sozinhas, de biquíni, sozinhas, na piscina, sozinhas, com um monte de outros hospedes, sozinhas, lindas desse jeito...


–– sozinhas... –– Nando completou –– ou seja, não vão –– ele disse cínico.


–– isso mesmo, cunhado! –– Júlio disse sério e as meninas se olharam gargalhando em seguida.


–– e você, deixe de graça e vista um maiô –– Nando disse para Larissa –– e você também –– olhou para Paula –– experimenta usar aquele biquíni que você usa quando vamos pro clube. Experimenta... –– disse para a irmã.


–– eu não trouxe maiô –– Larissa respondeu rindo.


–– eu compro um pra você, amor –– Júlio disse a apertando pela cintura.


–– não entra na dele, Júlio. Pelo amor de deus –– ela disse o olhando de olhos cerrados –– falando nisso, cadê Mateus?


–– ta dormindo ainda... –– Nando respondeu se jogando na cama de Paula –– ele ta estranho pra caralho...


–– estranho por quê? –– Larissa franziu a testa ao perguntar.


–– não sei. Desde ontem ele ta quieto –– o irmão deu de ombros –– saímos pra festinha daquela praça e tinha umas garotas lá dando em cima dele. E ele não quis nenhuma.


–– espero que você também não, né? –– Paula disse dando um tapa no ombro de Nando.


–– claro que não Paulinha –– ele disse pondo a mão no local do tapa –– o Júlio ta de prova.


–– eu não mentiria. Juro –– Júlio disse sorrindo e piscou para a Paula.


–– é bom mesmo –– ela cerrou os olhos e virou–se de costas –– vou escovar os dentes, porque higiene faz parte, né Larissa?


 


Os três riram e Nando levantou–se para ir ao banheiro com Paula. Ele ficou parado atrás dela, agarrado em sua cintura e beijando seu pescoço enquanto ela se olhava no espelho e escovava os dentes. Depois da escovação, ela pôs a mão pra trás e acariciou o rosto dele.


–– preciso de um banho pra espantar a preguiça –– ela disse sorrindo.


–– nossa, olha que coincidência! Eu também –– disse cínico.


–– não Fernando –– Paula gargalhou –– não começa. A Lari e o Júlio estão ali no quarto.


–– e o que tem demais? –– ele ergueu a sobrancelha e a virou de frente para ele.


–– o que tem demais Nando? –– ela fez uma careta –– não vou nem te responder, viu?


–– não vamos fazer nada demais Paulinha... –– ele pôs as duas mãos no rosto dela e lhe selou os lábios.


–– realmente... –– ela fingiu pensativa –– não vamos fazer nada do que a Larissa e o Júlio já não tenham feito –– disse se referindo apenas aos beijos.


–– como? –– ele a olhou assustado.


–– to brincando Nando –– Paula gargalhou.


–– isso é o que eu vou saber agora –– ele abriu a porta e foi furioso até a cama em que a irmã estava com Júlio –– até onde você tocou nela?


–– hã? –– Júlio e Larissa franziram a testa.


–– Nando, para –– Paula o puxou pelo braço.


–– o que vocês já fizeram? –– ele cruzou os braços e os encarou.


–– não to entendendo... –– Larissa sentou–se na cama e falou sorrindo, confusa.


–– você já tirou a roupa dela? Já tomaram banho juntos? Já brincaram com mão boba? Já... –– ele falava desesperado.


–– calma, Fernando! –– Júlio disse em um tom de voz alto –– não fizemos nada. Se acalma –– ele respirou fundo e olhou para Lari –– nós começamos a ficar no dia da boate. Eu juro que não fiz nada mais do que beijá–la.


–– ok... –– ele respirou aliviado –– mas ta sabendo, né? –– olhou feio para Júlio –– toca nela pra você ver o que eu sou capaz de fazer.


–– ah não Nando! –– Larissa resmungou –– já não basta o Mateus. Que merda! –– ela se irritou e entrou no banheiro.


 


Paula entrou logo em seguida.


–– desculpa Lari, eu falei uma coisa e ele entendeu errado –– ela disse ao lado da amiga.


–– sem problemas Paulinha –– ela sorriu –– também não espero passar disso não...


–– o Nando quer... Hã... –– Paula começou a falar envergonhada –– tomar banho comigo –– mordeu o lábio e escondeu o rosto entre as mãos.


–– se você quer, aproveita –– Larissa disse rindo.


–– amiga! –– Paula assustou–se –– não sei se eu to preparada para aquilo...


–– então não precisa fazer –– ela deu de ombros –– faz o que você fez com o Igor. Não foi bom?


–– ótimo! –– ela sorriu largo.


–– safada! –– Lari disse rindo.


–– até parece que você não fez –– ela deu de ombros.


–– nunca fiz isso, ta? –– Larissa falou boquiaberta.


–– sério? –– Paula perguntou e Larissa assentiu.


 


Logo as duas saíram do banheiro. Paula pegou sua roupa, toalha e entrou novamente.


–– vou tomar banho –– ela disse.


–– eu também –– Nando disse sorrindo e correu até lá.


 


Depois de brigar com Paula para que pudesse entrar, finalmente conseguiu. Ela tirou a roupa e entrou sob a água, seguida por ele. Nando passou uma boa parte do tempo olhando para o corpo de Paula, admirando. Ela, por sua vez, estava tentando não ficar envergonhada. Mas durou pouco tempo, uma vez que assim que estavam com os corpos molhados, os dois começaram os beijos. Na medida em que ia ficando quente, as mãos dançavam pelo corpo do outro. Nando apertava seu seio com delicadeza enquanto esfregava seu sexo no dela. Os beijos desceram para o pescoço da garota, fazendo–a emitir alguns gemidos abafados. Logo as mãos foram para o sexo do outro e assim passaram a se masturbar.


 


[...]


 


Júlio e Larissa estavam deitados por baixo do coberto, abraçados. Assistiam algum canal na TV, mas nem prestavam atenção. Estavam trocando carinhos e beijos.


–– queria um banho pra poder ir tomar café –– ela fez bico.


–– eles estão demorando, né? –– Júlio falou rindo.


–– não vão sair tão cedo –– Larissa disse rindo também.


–– se quiser tomar banho lá no meu quarto... –– ele sugeriu –– você leva a roupa e se troca no banheiro.


–– e teu irmão? –– ela o encarou feio –– não quero ter que agüentá–lo reclamar.


–– ele nem ta lá –– Júlio disse –– quando eu acordei, ele nem tava no quarto. Acho que farreou a noite toda.


–– ah sim... –– ela disse incomodando–se com a informação –– vamos lá então.


 


Ela pegou uma roupa e a toalha e foram juntos. Larissa entrou para o chuveiro e Júlio saiu do quarto, o trancando. Esperaria a garota no saguão do hotel, para lhe deixar mais a vontade no quarto. Quando ela estava lavando os cabelos, se quer ouviu a porta do quarto se abrir e um minuto após, a porta do banheiro.


–– Júlio, onde que está... –– Lúcio disse abrindo a porta do box.


–– Lúcio... –– ela sussurrou quando o olhou ali.


 


O garoto passou os olhos por todo corpo desnudo dela e ficou boquiaberto. Larissa tinha os braços soltos ao lado do corpo e estava incrédula diante aquela situação. Quando se deu conta, puxou a toalha pendurada em sua frente e se cobriu.


–– o Júlio desceu –– ela respondeu com a voz falha.


–– vocês tran... –– Lúcio disse engolindo a seco aquela pergunta.


–– não –– ela disse imediatamente –– a Paula ta usando o banheiro do nosso quarto.


–– ah sim –– ele sorriu de lado, um pouco mais aliviado e voltou a olhar para a parte de seu corpo que não estava coberta.


–– para de me olhar –– ela pediu, arrumando a toalha para se cobrir melhor.


–– eu... Eu... Eu... –– ele dizia gaguejando –– vou procurar o Júlio –– coçou a nuca e virou–se para sair.


–– Bonates –– ela o chamou, fazendo–o virar de frente –– onde você passou a noite?


–– na espreguiçadeira da piscina –– ele explicou –– por quê?


–– nada –– ela deu de ombros –– fiquei preocupada... –– disse sem jeito.


 


Lúcio nem respondera, fechou a porta do box e saiu do banheiro. Andou de um lado pro outro do quarto tentando controlar a vontade de beijá–la. Tentou focar isso no Júlio e em como seu irmão ficaria magoado se fizesse isso. Pôs as mãos na cabeça e respirou fundo contando até dez. nada adiantou. Em um impulso abriu a porta do banheiro com rapidez e entrou imediatamente no box. Larissa, que estava de costas para ele, virou–se assustada, mas não deu tempo nem que não querer. Lúcio a empurrou pela cintura, imprensando seu corpo na parede do banheiro e lhe beijou com urgência. Um beijo bruto, mas cheio de saudades. Ela também não resistira, pôs as mãos em seu pescoço e retribuiu com muito amor àquele beijo. Permaneceram daquele jeito por quase dez minutos. Nem um dos dois queria terminar, mas ela o encerrou puxando o lábio inferior dele.


–– eu to morrendo de saudades de você –– ele disse afundando o rosto no pescoço dela e beijando aquela região.


–– eu to namorando o Júlio –– ela disse com a voz falha.


 


Ele se afastou e a olhou. Seu olhar era de decepção e ele sentira o mesmo no olhar dela. Os dois ficaram se olhando, sem dizer uma palavra e foram despertos com a porta se abrindo.


–– Júlio... –– alguém chamou.


 


Eles viraram–se de imediato, só dando tempo de Larissa cobrir–se com a toalha. Eduardo os olhou e arregalou os olhos.


–– meu deus, o que vocês estão fazendo? –– ele perguntou assustado.


–– Eduardo, é que... Não é... –– Larissa falava envergonhada.


–– Lúcio me diz que vocês não estavam... –– o pai começou a falar.


–– não! –– Larissa o interrompeu.


–– você não vai falar nada? –– ele perguntou para o filho.


 


Lúcio olhou para o pai e para Larissa e não falou nada.


–– Larissa se vista e venha aqui para o quarto. Quero conversar com os dois –– ele disse irritado e saiu do banheiro –– e você, venha comigo –– disse ao Lúcio.


 


Os dois saíram e Larissa foi se vestir. Ela tinha os olhos ardendo de vontade de chorar. A vergonha que sentia do pai dos meninos eram imensa. Até mais do que sentiria se fosse o próprio Júlio que a visse ali. Eduardo ficou em pé, andando de um lado pro outro e Lúcio se sentou na cama fitando o chão.


–– ok... –– ele respirou fundo –– o que você pretende?


–– do que você está falando? –– Lúcio olhou para o pai.


–– ela está namorando seu irmão. Você sabia disso? –– perguntou incrédulo.


–– não –– ele disse desviando o olhar –– fiquei sabendo depois que eu a beijei.


–– aconteceu mais alguma coisa além do beijo? –– Eduardo ergueu as sobrancelhas.


–– não! –– Lúcio disse indignado com a pergunta.


 


Logo Larissa saiu do banheiro e sentou na cama ao lado de Lúcio. Olhou para o garoto e depois passou a fitar o chão.


–– desculpa Eduardo –– ela disse engolindo a fala.


–– meninos, o que vocês pensam que estão fazendo? –– ele disse mais calmo –– Larissa, você namoro o Júlio. Aceitou namorá–lo por vontade própria. Se não gosta dele, porque aceitou?


–– mas eu gosto –– ela disse nervosa –– eu não... Eu... Droga! –– ela deixou uma lágrima cair –– quantas vezes eu já pedi pra você sair da minha vida, hein?! –– disse olhando para Lúcio –– não basta ter me magoado?


–– eu não agüentei, Larissa –– Lúcio disse alterando o tom de voz –– não consigo te ver e simplesmente ignorar. Não dá. Eu não resisto.


–– então aprenda a fazer isso –– ela gritou de volta –– eu não quero mais saber de você. Para de me procurar. Para de falar comigo. Para de me provocar –– ela respirou fundo e se levantou –– Eduardo, você me desculpe, de verdade. Prometo que isso não vai mais acontecer. Eu to com o Júlio e é só com ele que eu quero ficar...


–– eu não vou falar nada com ele, Larissa. Não se preocupe –– Eduardo disse compreensivo –– eu só quero que vocês se resolvam de uma vez por toda. Eu sei que vocês se gostam muito, mas isso não justifica o fato de ficarem traindo o Júlio.


–– isso não vai mais acontecer –– Lúcio disse apoiando os cotovelos nos joelhos e pondo as mãos no rosto.


–– posso sair? –– ela perguntou e Eduardo assentiu.


 


Após ela sair, o pai sentou–se ao lado de Lúcio e o fitou.


–– se era isso que você queria, vai ter que ser forte –– ele disse pondo uma mão sobre o ombro do filho.


–– eu não consigo ser forte perto dela –– ele disse olhando para o pai –– ela me deixa nervoso. Tremulo.


–– foi você que quis deixá–la ir embora... –– ele fez uma careta.


–– eu vou ter que suportar. Não sei como, pai –– ele fechou os olhos e suspirou –– mas vou arrumar um jeito de suportar isso.


 


[...]


 


Nando e Júlio haviam ido para a quadra de esportes jogar bola com os outros hospedes. Lúcio estava dormindo enquanto Larissa estava no quarto do pai, sendo mimada por ele e Andréia. Paula foi até seu quarto, trocou de roupa e estava ido chamar Larissa para ir para a piscina. Andava pelo corredor, quando ouviu passos pesados atrás de si. Assim que virou para olhar, sentiu um braço puxando seu corpo e o encostando a parede oposta. Imediatamente ele a imprensou contra a parede e lhe beijou. Paula conhecia muito bem aquele beijo e aquela pegada. Deixou-se levar por alguns segundos, mas logo o afastou.


–– Mateus, para! –– disse irritada.


–– eu sei que você quer, Paulinha –– ele sorriu de lado, colocando um braço de cada lado do corpo dela, deixando–a encurralada.


–– eu não quero. Que merda! –– ela disse em um tom de voz alto.


–– e porque me corresponde? –– ele ergueu a sobrancelha e sorriu.


–– se você não me tentar, eu não vou corresponder. Simples –– ela disse revirando os olhos.


–– preciso falar com você. Vem aqui –– tirou os braços em volta dela e a puxou pela mão.


–– eu não quero falar com você. Não tenho nada pra falar com você –– ela dizia sendo levada por ele.


–– mas o que eu tenho pra falar, é importante –– ele disse a olhando com cara de dó –– prometo que não vou te agarrar. É uma conversa.


–– ok, Mateus –– ela disse com voz de tédio –– não deveria confiar em você, mas eu sou idiota demais e vou.


 


Ele a levou para seu quarto e trancou a porta. Paula sentou–se na cama e ele em sua frente.


–– rápido –– ela pediu.


–– eu acho que estou apaixonado por você –– ele falou rápido, olhando–a nos olhos.


–– hã? –– ela franziu a testa e abriu a boca –– repete por que...


–– você pediu pra que eu fosse rápido –– ela deu de ombros e sorriu de lado –– eu não sei fazer declarações Paula. Nunca fiz e espero não precisar fazer, mas é isso. Eu, acho –– ele fez uma careta –– que gosto de você mais do que eu devia.


–– Mateus, isso é... –– ela riu e desviou o olhar.


–– isso é difícil... –– ele respirou fundo –– pra mim.


–– e pra mim também –– ela o fitou –– eu to com o Nando.


–– como assim, você ta com o Nando? –– ele inclinou o tronco e apoiou os cotovelos nos joelhos. Sua reação fora um misto de surpresa com decepção.


–– ele me pediu desculpa e nós estamos ficando... –– ela disse sem jeito e deu de ombros.


–– você gosta dele? –– Mateus perguntou.


–– sim –– ela disse imediatamente.


–– só dele? –– agora ele ergueu as sobrancelhas e a encarou, sério. Ela não respondeu –– Paulinha... –– a chamou, mas ela desviou o olhar.


–– quero ficar com ele. Só com ele –– ela respondeu fitando a mesinha ao lado da cama.


–– você gosta só dele? –– Mateus insistiu.


–– você sabe que não –– ela disse após um tempo –– e sabe também que não posso ficar com você. Eu não posso te dar o que você quer.


–– eu só quero ficar contigo –– ele disse indignado –– isso não é complicado.


–– você não vai ficar só comigo, Mateus –– ela riu irônica –– você não consegue ser fiel. Você é bem mais velho que eu, tua vida é diferente da minha. O tipo de mulher que você pega não tem meu biótipo, muito menos a minha idade...


–– mas foi por você que eu me apaixonei –– ele a interrompeu e pôs a mão em seu rosto.


–– não dá Mateus. É serio –– ela sorriu fraco e se pôs de pé.


–– Paula, eu não to brincando –– ele disse chateado e se levantou também enquanto ela caminhava até a porta.


–– nem eu Mateus. Nem eu –– ela deu de ombros enquanto segurava o choro contido.


 


Ela destravou a porta e rodou a maçaneta, mas antes que saísse, ele empurrou a porta, fechando–a e virou seu corpo para frente. Imprensou–a novamente e lhe beijou. Apesar de corresponder ao beijo, ela não o abraçou. Deixou os braços soltos ao lado do corpo enquanto ele a envolvia pela cintura. Paula deixou o beijo prosseguir por mais ou menos dois minutos e o encerrou.


–– porque você ta fazendo isso? –– ela perguntou o encarando.


–– te ver sozinha ou com o Igor, eu acho que era mais tranqüilo pra mim –– ele sorriu de lado –– eu achava que podia te ter a hora que eu quisesse, mas depois que eu te vi com o Nando, percebi que eu estava te perdendo. E não sei o que me deu, mas eu te prometo que eu não vou te magoar. To falando de verdade Paulinha...


–– tarde demais Mateus –– ela pôs a mão no seu tórax e o empurrou de leve –– você já me magoou o suficiente...


–– se é algo sério que você quer. Eu te peço em namoro! –– ele disse quando ela se afastou.


 


Paula parou e o olhou nos olhos. Sua expressão de surpresa se igualava a que tivera quando ele se declarou apaixonado.


–– quer namorar comigo? –– ele pediu novamente, mas ela não respondeu –– Paula –– ele se aproximou e segurou em sua mão.


–– me deixa, Mateus, por favor –– ela disse chorosa e abriu a porta saindo correndo.


 


[...]


 


Era noite quando Nando foi ao quarto das meninas chamar Paula. A garota chorava desde à tarde no colo da amiga, e se quer sabia o motivo.


–– Paula, para, amiga –– Larissa dizia afagando–a os cabelos.


–– porque Lari? Porque quando eu to bem com um, o outro vem e faz isso? –– ela dizia chorosa.


–– você vai ter que decidir entre um dos dois –– a amiga disse –– agora, com quem você deve ficar, só você sabe.


–– eu não sei –– ela bufou –– não quero cometer nenhum engano e sofrer mais depois.


–– você gosta mais do Mateus, né? –– Lari perguntou e a amiga assentiu –– porque não gostamos mais do melhor? –– ela fez bico –– Mateus e Lúcio... Dois problemas! –– bufou.


–– ele já sabe que vocês estão namorando? –– ela perguntou.


–– já –– Larissa entortou os lábios –– mas era o que ele queria, não era? Que eu fosse feliz com o irmão dele? Então pronto! Serei e ele que suma da minha vida.


 


O papo fora interrompido com uma batida na porta. Nando pôs a cara em uma fresta da porta e sorriu.


–– posso te raptar hoje à noite? –– perguntou à Paula.


–– ta... –– ela disse sem animo –– preciso só de um banho.


–– eu espero –– ele sorriu –– no saguão, ta?


 


Ele saiu e Paula entrou no banheiro. Larissa, que não tinha nada para fazer, saiu do seu quarto para o de Júlio. Bateu na porta duas vezes, esperando que ele abrisse, mas quem abriu foi Lúcio. Ele vestia apenas uma cueca box branca e tinha o cabelo desalinhado. Assim como a cara de sono. Larissa o olhou de cima a baixo enquanto tinha a boca aberta. Não lembrava nem o que teria ido fazer ali.


–– hum? –– ele perguntou parecendo sem paciência –– se for o Júlio, ele ta no banho.


 


Lúcio respondeu mal humorado e saiu da porta. Abriu uma brecha da porta do banheiro e berrou para o irmão.


–– tua namoradinha ta te esperando aqui.


 


Fechou a porta em seguida, jogando seu corpo na cama, onde deveria estar antes de atendê–la. Larissa o olhou por uns segundos e depois entrou no quarto, fechando a porta atrás de si. Sentou–se na cama que Júlio dormia e cruzou as pernas estilo borboleta. O garoto deitava de barriga para baixo do mesmo modo, apenas de cueca. Não teve nem o trabalho de cobrir–se com lençol, mesmo diante o frio que o quarto se encontrava. Todo o tempo em que Júlio demorou no banho, foi o tempo em que ela permaneceu olhando para o corpo de Lúcio. Logo Júlio saiu e lhe deu um sorriso que fora retribuído. Ele se aproximou e lhe deu um selinho.


–– vou só pôr uma roupa –– disse em seguida, indo até uma cômoda.


 


Pegou uma bermuda, blusa e cueca, passando ao lado da cama do irmão e lhe batendo com a blusa.


–– vai se vestir Lúcio –– disse ignorante.


–– me deixa! –– ele resmungou fazendo careta, mais ainda de olho fechado.


–– a Larissa ta aí, caramba –– Júlio berrou da porta do banheiro.


–– eu te espero lá fora –– ela disse se levantando.


–– não! –– Júlio disse imediatamente –– fica aí, vamos ver filme ou não?


–– vamos... –– ela franziu os lábios –– mas podemos ver no meu quarto. Acho que a Paula saiu com o Nando.


–– ah Lari, você prometeu que ficaria aqui... –– Júlio resmungou manhoso –– lá teus irmãos ficam perturbando.


–– e aqui teu irmão também –– ela disse irônica.


–– se sair, já vai tarde –– Lúcio disse grosso e pôs um travesseiro na cara.


–– idiota! –– ela disse entre os dentes.


–– ô, parou os dois, vai... –– Júlio disse irritando saindo do banheiro.


 


Ele pegou o lençol que estava dobrado sobre a cama de Lúcio e o cobriu com raiva. Depois passou perfume e se aproximou de Larissa. Abraçou–a pela cintura e lhe deu um selinho demorado.


–– podíamos ir lá pra piscina, ficar conversando, né? –– ela sugeriu enquanto o encarava.


–– e o que eu faço com o filme que comprei pelo pay per view? –– ele fez um bico e cara de dó.


–– ah... –– ela deixou o corpo amolecer –– depois então podemos dar uma volta depois?


–– o que você quiser –– ele sorriu e lhe deu um beijo.


 


Os dois deitaram na cama dele e cobriram–se com edredom. Júlio passou o braço por trás do pescoço dela, enquanto Larissa se acomodava em seu peito. Ficou ali por um tempo com os olhos fechados, sem querer lembrar quem estava ao seu lado. Tentava colocar em sua cabeça que era apenas de Júlio que deveria gostar. Afinal, ele era maravilhoso demais para ser enganado de qualquer forma que fosse. Ela abriu os olhos lentamente, deixando seus pensamentos de lado, mas fora de encontro com os olhos negros de Lúcio a encarando. Fitaram–se por alguns segundos e logo ela desviou o olhar para a TV. Júlio lhe deu um sorriso e acomodou o corpo mais próximo ao dela, lhe beijando em seguida. Assistiram ao filme ao mesmo tempo em que trocavam carinho e beijos. Quase ao final, Júlio já nem prestava atenção na TV, apenas em Larissa. os beijos ficaram mais freqüentes e longos. Lúcio tinha o travesseiro na cara, mas ainda podia ouvir os sons e sussurros emitidos pelos dois. Ao fim de um dos beijos, ela deitou sua cabeça no peitoral de Júlio e ficou de olhos fechados, pensando em tudo que estava acontecendo. Respirou fundo querendo que os pensamentos em Lúcio sumissem dali, mas ao abrir os olhos se deparou novamente com Lúcio lhe observando. Sustentaram aquele olhar por quase dois minutos, até Júlio a chamar.


–– ta pensando no que Lari? –– ele perguntou a encarando.


–– nada, só pensando na vida... –– ela deu um sorriso fraco e um selinho.


 


O selinho logo se transformou em um beijo longo e calmo. Ele passeava com sua mão pela cintura dela enquanto ela mantinha a sua sobre o abdômen do garoto. Lúcio se levantou irritado, pegando uma blusa e uma bermuda qualquer e vestindo ali mesmo.


–– ô, o que houve? –– Júlio perguntou interrompendo o beijo com o barulho da gaveta da cômoda.


–– nada Júlio, me esquece –– Lúcio disse abotoando a bermuda.


–– credo. Ta todo estressado aí com o que? –– o irmão tornou a perguntar.


–– Júlio, melhor eu voltar pro meu quarto –– Larissa falou sentando–se na cama.


–– claro que não Larissa –– Júlio disse a olhando agora.


–– deixa essa pirralha ir logo, que saco! –– Lúcio berrou enquanto procurava sua sandália pelo quarto.


–– Lúcio! –– Júlio gritou e se levantou –– qual teu problema, hein?! –– disse encarando o irmão de frente.


–– não tenho problema algum –– Lúcio respondeu virando–se para sair –– aliás, vocês são meu problema!


–– meu deus do céu! –– Júlio berrou –– para de ser implicante, isso já ta ficando irritante.


–– deixa Júlio, melhor não discutir –– Larissa falou ficando de pé.


–– garota, vai.pro.inferno! –– Lúcio gritou pausadamente cada palavra.


 


Ele abriu a porta e saiu em disparada pelo corredor. Júlio ainda sem entender nada foi atrás. Puxou–o pelo braço para pará–lo, mas em vez disso recebeu um soco na cara. Caiu sentado no chão devido impacto enquanto o irmão o olhou furioso. Lúcio fechou os olhos e pôs as mãos no rosto quando se deu conta do que havia feito. O garoto se levantou e o olhou.


–– não sei o que ta acontecendo com você, mas independente de qualquer coisa eu to aqui pra te ajudar –– Júlio disse chocado ainda –– vou relevar isso porque imagino que você deva estar com muita raiva de alguma coisa –– virou–se e foi para o seu quarto.


 


Larissa o olhou entrar com o nariz sangrando e assustou–se.


–– não vai me dizer que o Bonates... –– ela começou a falar pondo a mão na boca.


–– ele ta nervoso. Deixa pra lá –– Júlio disse sentando–se na cama e suspirando.


 


[...]


 



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Autor(a): raquel_gomes

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 111



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  • kaytibatista Postado em 29/03/2019 - 16:36:36

    alguém sabe de a piu tá escrevendo ainda web novelas e aonde ?

  • thceles Postado em 11/09/2015 - 13:08:33

    Aonde encontro capítulos anteriores?

  • mahri Postado em 17/09/2013 - 19:24:40

    vai postar a outra quando? Coloca o link aqui quando começa ok?

  • samandra Postado em 17/09/2013 - 18:30:45

    Adorei a web *-*

  • mahri Postado em 17/09/2013 - 15:59:15

    Aí que lindo *-* pena que acabou :,( eu amei

  • mahri Postado em 16/09/2013 - 23:12:20

    ownt *o*

  • samandra Postado em 16/09/2013 - 18:53:51

    Que lindo *-*

  • mahri Postado em 15/09/2013 - 00:46:52

    o que esta acontecendo que vc nao postou?...

  • mahri Postado em 14/09/2013 - 21:22:43

    Menina posta maissss!!!

  • samandra Postado em 13/09/2013 - 16:05:08

    Nossa posta mais!!


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