Fanfics Brasil - Capitulo 157 NOSSO AMOR E ÓDIO ETERNO

Fanfic:  NOSSO AMOR E ÓDIO ETERNO


Capítulo: Capitulo 157

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Minutos depois, Júlio a desenrolou da toalha e pôs as mãos nas costas dela para desabotoar o sutiã.


–– você pode ir pro teu quarto –– Júlio disse olhando–o.


–– mas eu to no meu quarto –– ele disse como se fosse obvio.


–– então sai, porque eu quero tirar a roupa dela –– Júlio respondeu no mesmo tom.


–– não se preocupe que eu não vou nem prestar atenção –– Lúcio disse cínico e sentou–se na poltrona, ligando a televisão.


–– Lúcio, vaza! –– Júlio disse cruzando os braços –– não é só porque você detesta minha namorada que eu vou te deixar vê–la sem roupa.


–– e você vai vê–la? –– Lúcio perguntou assustado quando se deu conta de que ele iria trocá–la.


–– isso é óbvio, né? –– Júlio revirou os olhos –– se ela dormir molhada desse jeito e nesse frio, capaz de pegar uma gripe ou pneumonia.


–– mas então acorda essa pirralha e manda ela se vestir no banheiro –– ele disse quase irritado.


–– qual o problema de eu ver minha namorada sem roupa? –– Júlio perguntou revirando os olhos, ficando impaciente com o irmão.


–– acho falta de respeito –– Lúcio deu de ombros, sem saber o que argumentar e Júlio riu.


–– bebeu também, é? –– ele ironizou –– não se preocupe que essa não vai a ser a primeira vez que eu a vi assim. Agora vaza –– Júlio disse se referindo a outra vez que ela também havia ficado bêbada, mas Lúcio não sabia.


 


Ele respirou fundo, irritado e saiu do quarto. Entrou no do irmão e ficou lá vendo televisão. Estava impaciente. Minutos depois viu Júlio entrando.


–– vou tomar banho e ela ta sozinha –– ele falou parando na frente de Lúcio –– dá uma olhada nela pra mim? Vai que ela acorda, sei lá...


–– fazer o que, né? –– Lúcio fez uma careta e saiu do quarto.


 


Entrou no seu quarto e se sentou na poltrona, pondo as pernas dobradas sobre. Deitou a cabeça no assento de trás e ficou vendo televisão. Uns segundos depois ouviu Larissa gemer.


–– Lúcio... –– ela abria os olhos lentamente e sussurrava o nome dele.


 


Ele se levantou e se sentou ao lado dela na cama.


–– o Júlio ta aí, não me chama –– ele disse baixo para ela.


–– não quero o Júlio, quero você –– ela falou o puxando para deitar.


–– Larissa, para, ele ta aqui ao lado –– Lúcio disse se pondo de pé –– o que você quer, hein?! Arrumar confusão? –– perguntou cerrando os olhos.


–– eu queria você, mas como sei que não vou poder ter mesmo –– ela disse sorrindo –– então serve comida. To com fome –– ela falou fazendo bico –– você disse que ia trazer lanche pra mim e não voltou mais.


–– eu fiz, mas você dormiu antes –– Lúcio deu de ombros e foi até a estante pegar o misto e o refrigerante –– aqui –– depois eu espero meu pagamento de babá –– Lúcio sorriu cínico.


–– se quiser eu pago de outro jeito –– Larissa piscou e riu enquanto mordia o pão.


–– você ta difícil hoje, né? –– ele cerrou os olhos e se sentou na frente dela.


 


Larissa deu uma gargalhada e pôs o misto sobre o prato, ficando de joelhos na cama e engatinhando até onde Lúcio estava.


–– pra você eu não sou difícil... –– disse manhosa e pôs os braços em volta do pescoço dele.


–– pirralha, para. O Júlio ta aí... –– Lúcio disse suspirando –– você perdeu a noção do perigo, né?


 


Ela não respondeu, levou sua boca até o pescoço e começou a beijar aquela região. Lúcio arrepiou–se imediatamente, mas segurou em seus braços para tirá–la dali. Larissa não o ouvia, quanto mais o largava. Ele caiu deitado na cama, e ela encaixou uma perna em cada lado do seu corpo. Pôs as mãos por dentro da blusa dele e foi subindo enquanto beijava seu pescoço e bochecha.


–– Larissa para –– ele disse sorrindo para tentar se controlar –– eu não vou pedir mais.


–– e vai fazer o que comigo? –– ela perguntou rindo.


 


Quando Larissa mordeu o lábio inferior dele e puxou, Lúcio não resistiu e a deitou na cama, ficando por cima dela. Suas mãos seguraram no pulso dela, que foi preso sobre sua cabeça. Ele lhe beijou com muita força, enquanto seu corpo esfregava no dela. Larissa sorria entre beijo, feliz por conseguir o que queria, mas não tinha noção do que fazia. Lúcio tinha o ouvido atento à porta , com medo de que seu irmão chegasse. Ele parou o beijo e ficou a fitando, que sorria.


–– você pare de brincar comigo desse jeito –– ele disse arfando e sério.


–– achei que fosse de brincadeiras que você gostasse –– ela disse mordendo o lábio.


–– eu não gosto –– Lúcio disse sério, ainda prendendo suas mãos.


–– mas adorou brincar com a minha cara, né? –– Larissa disse erguendo as sobrancelhas.


 


Lúcio endireitou o corpo e se ajoelhou na frente dela, largando seus braços. Ficou sério por ela falar aquilo. Não havia gostado, pois a garota não sabia todo o sofrimento por qual ele tinha passado. Larissa sentou–se na cama e riu, abraçando–o de novo. Ele voltou a segurar nos punhos dela, ficando irritado.


–– eu não to brincando com você... –– Lúcio disse grosso, mas ela o beijou novamente.


 


A porta se abriu e Júlio parou no meio do quarto. Ficou inerte. A toalha que tinha em mãos e que secava seu cabelo, caiu no chão. Ele franziu a testa e se aproximou da cama. Lúcio tentava afastar Larissa dele enquanto ela apenas ria.


–– caralho Larissa, para! –– Lúcio gritou e ela caiu sentada na cama rindo.


–– tipo... É... –– Júlio disse atordoado –– eu não vi vocês se beijando não né? –– ele disse piscando os olhos freneticamente.


–– Júlio? –– ela o olhou e franziu a testa, depois olhou para Lúcio que tinha uma expressão de “eu te avisei” –– Lúcio? –– ela cerrou os olhos e o fitou, fingindo.


–– to tentando te falar tem uns dez minutos –– Lúcio disse irritado e desceu da cama assustado por o irmão estar ali.


–– vocês estão há dez minutos se beijando? –– Júlio perguntou se irritando mais ainda.


–– eu não a beijei –– Lúcio disse rindo e ergueu as mãos –– foi ela quem...


–– eu beijei você –– Larissa disse olhando para Júlio.


–– só falta você disser que me confundiu com ele –– Júlio disse irritado, sem acreditar naquilo.


–– eu disse que eu não era você, desde cedo, mas ela diz que não... –– Lúcio disse engolindo a seco.


–– você tava com o mesmo perfume que ele ta usando –– Larissa acusou Júlio –– parem de brincar comigo, vocês ficam se embaralhando aí. To ficando tonta.


 


Ela deu uma risada e jogou seu corpo na cama.


–– acho que preciso dormir, já to vendo tudo em dobro –– ela disse se divertindo.


–– acho que ela ta brincando com a nossa cara –– Lúcio disse erguendo uma sobrancelha.


–– Larissa –– Júlio sentou–se ao lado dela e lhe mexeu –– vamos lá pro meu quarto, anda.


–– não vou, quero dormir aqui –– ela falou agarrando travesseiro e Júlio revirou os olhos.


–– não vou deixar você dormir com o Lúcio. Sem chances, anda! –– ele disse falando alto.


–– não vou! –– ela gritou.


–– cara... –– Júlio bufou –– Larissa se eu te pegar bebendo de novo em qualquer festa que seja, eu juro que chamo seu pai!


–– não quero dormir no quarto do meu pai, vou ficar aqui –– ela disse dobrando as pernas e se acomodando.


–– o que eu faço com essa menina? –– Júlio perguntou para Lúcio, impaciente.


–– deixa comigo –– Lúcio falou.


 


O garoto se aproximou da cama e pegou Larissa pela cintura, tirando–a da cama a força, mas ela agarrou–se no lençol e gritou.


–– não vou! –– disse alto.


–– deixa, deixa –– Júlio disse tirando–a do colo do irmão –– pega ela no colo não, que eu ainda não engoli essa historia de vocês agarrados –– falou de olhos cerrados para o irmão –– mas amanhã nós vamos conversar sério.


–– meu deus, a menina enche a cara, me agarra e você vem brigar comigo –– ele disse cínico –– não vou brigar com você, Júlio.


–– ok, eu durmo aqui com ela e você... –– Júlio começou a falar.


–– eu quero dormir no meu quarto –– Lúcio disse como se fosse obvio.


–– dorme lá no meu. Só hoje Lúcio... –– ele pediu fazendo careta.


–– nada disso. Tire–a daqui, porque eu quero dormir não meu quarto –– Lúcio bateu o pé.


–– você não facilita, que droga! –– ele falou irritado.


 


Aproximou–se da cama e cutucou Larissa, a chamando em tom de voz baixo, mas a garota não se mexeu.


–– ela pegou no sono... –– Júlio disse franzindo a boca e Lúcio revirou os olhos.


–– não quero nem saber, vou dormir aqui –– Lúcio disse implicante


–– Lúcio... –– Júlio pediu quase implorando.


–– que merda! –– o outro pestanejou –– eu não vou sair do meu quarto, não insiste.


–– ok então, vou levá–la pro meu quarto à força, é o jeito –– Júlio sorriu de lado.


 


Ele tentou pegar a garota no colo, que por um impulso se agarrou nos lençóis da cama. Larissa não havia pego no sono completamente. Mas fingia dormir para não sair dali. Estava bêbada e não tinha noção do que fazia. No dia seguinte não se lembraria de quase nada, mas o pouco que se lembraria, odiaria a si por ter feito. Não queria sair dali, pois o travesseiro que dormia agarrada tinha o cheiro de Lúcio. Assim como o lençol que a enrolava. Júlio tentou mais uma vez tirá–la dali, mas ela resmungou algo e então o namorado desistiu.


–– vou esperá–la pegar no sono e a levo, ok? –– Júlio disse impaciente.


–– claro –– Lúcio sorriu cínico –– e eu vou ter que esperar a pirralha dormir pra eu poder dormir? Ótimo! –– ironizou –– já são três da manhã.


–– eu vou deitar aqui um pouco, só pra esperar –– Júlio sussurrou.


 


Lúcio revirou os olhos e se deitou na cama. Deitou de lado, de costas para Larissa. Não sabia o que a garota queria com tudo aquilo, mas tinha consciência de que ela, realmente, estava bêbada. Já que nunca ela iria fazer o que ela fez com ele, se estivesse sóbria. Uma vez que fugiu dele por esses dois meses. Júlio deixou a televisão ligada e acabou pegando no sono também, e assim os três dormiram na mesma cama.


[...]


 


Paula e Igor andaram de carro por toda a cidade. Os dois iam escutando música, conversando e tirando brincadeiras um com o outro. Ele aproveitou e mostrou a ela alguns pontos e baladas da cidade, que Paula não conhecia. Rodaram até umas duas horas da manhã, quando ele foi deixá–la em casa.


–– vai ficar em casa ou na Larissa? –– ele perguntou no caminho.


–– não quero dormir na Lari –– ela respondeu sem olhá–lo –– já que não to bêbada, pode me deixar em casa –– deu um sorriso.


–– porque não quer? Brigaram? –– ele insistiu.


–– não quero encontrar com o Fernando e nem com o Mateus –– ela disse virando–o para olhá–lo.


–– aconteceu alguma coisa? –– Igor ergueu as sobrancelhas, mas ela não respondeu –– ok, vamos lá pra casa comer sorvete e conversar? –– ele perguntou e sem esperar pela resposta dela, já havia saído com o carro para o outro trajeto.


–– e que interesse você teria em ouvir minha ladainha? –– ela perguntou sorrindo fraco.


–– eu estava triste hoje e você me animou –– ele sorriu e passou a mão no rosto dela, acariciando –– to te devendo.


–– nada demais –– ela deu de ombros –– somo amigos, não somos? –– Paula perguntou sorrindo de lado e abaixou o olhar.


–– claro –– Igor respondeu sem empolgação.


–– você não me disse o que tinha hoje... –– ela pediu.


–– discuti com meus pais –– ele disse indo ao posto comprar sorvete –– nós fomos para a casa da minha avó ontem à noite. Ela mora no interior, mas não tão longe. Dá uns quarenta minutos daqui –– ele explicou –– minha mãe foi à tarde e eu fui com meu pai depois dos treinos.


–– e ai? –– ela se virou de frente para olhá–lo.


–– e aí que jantamos juntos, aí depois chegou meus primos, tios, tias... Enfim, parentes –– ele fez uma careta.


–– não se dá bem com eles?


–– só não com meus primos pirralhos que aprontam todas e ninguém fala nada e um tio meu que ontem tirou a noite pra me irritar –– Igor respondeu sem paciência –– pra resumir, ele ficou dizendo que eu tinha que estudar, porque jogar handebol não me daria um futuro. Que era coisa de menina, que eu deveria jogar futebol e um monte de blá blá blá –– ele revirou os olhos –– aí hoje depois do almoço eu pedi ao meu pai para voltar no carro dele, já que os dois só voltam segunda de manhã cedo. Aí minha mãe ficou brava porque disse que era momento família... Enfim, voltei com o consentimento do meu pai, mas minha mãe me acha um filho desnaturado.


–– e sobre seu tio, não falaram nada? –– Paula perguntou assustada.


–– claro que não, ele é irmão da minha mãe. Ela não vai reclamar –– Igor disse estacionando em um posto de gasolina –– vamos escolher o sorvete?


–– claro –– ela sorriu.


 


Assim que desceram, Igor travou o carro com alarme e parou, esperando Paula arrumar a calça e ir de encontro a ele. Mas logo ouviram alguns garotos mexerem com ela. Igor, então, deu a volta no carro indo até ela e a puxou pela mão. Entrelaçou os dedos e foram andando até a loja de conveniência. Compraram o sorvete e chocolates ainda de mão dadas e foram para o carro. Nenhum dos dois havia pronunciado uma palavra se quer desde que deram as mãos. Na verdade ambos ficaram constrangidos com a situação, mas se quer sabia por que. Foram até a casa dele em silencio.


 


Quando entraram no quarto, Igor foi logo para o banho. Paula sentou–se a cama e ficou comendo chocolate e trocando os canais de televisão. Assim que Igor saiu, apenas de toalha e cueca, sentou–se ao lado dela e balançou o cabelo, molhando–a.


–– aí Igor, sacanagem! –– ela reclamou –– to toda molhada.


–– sacanagem é você aí comendo todo o chocolate –– ele disse rindo e mordeu um pedaço do que estava na mão dela.


–– saí fora, você preferiu sorvete –– ela disse indignada.


–– mas agora eu prefiro o chocolate –– ele deu de ombro e tentou pegar outro pedaço.


 


Ficaram na disputa, brincando, até ela pôr todo o chocolate na boca.


–– já era! –– ela disse rindo e mastigando.


–– você que pensa –– ele disse cerrando os olhos.


 


Paula sentava na cama, com as penas dobradas e as mãos escoradas atrás do corpo, com o tronco inclinado para trás. Ainda ria dele. Igor ajoelhou–se na cama e deitou–se sobre ela, segurando em sua nuca e a beijando. Ela assustou–se no inicio, mas logo retribuiu, pondo uma mão também na nuca dele. Logo Igor foi depositando seu corpo sobre o dela e intensificando o beijo. Os corpos se juntaram, as pernas entrelaçaram–se e ficaram se beijando por alguns minutos, até Paula perceber a excitação do garoto e interromper.


–– calma, to sem fôlego –– ela disse arfando.


–– desculpa, mas é que eu gosto muito de chocolate –– ele disse sorrindo maliciosamente.


–– cínico –– ela riu e foi logo interrompida por outro beijo, mas dessa vez foi mais curto –– Igor, preciso de um banho –– ela disse escapando debaixo dele.


 


Igor deitou seu corpo na cama e pôs as mãos atrás da cabeça, olhando Paula se levantar.


–– seu pijama ta no lugar de sempre –– ele disse sorrindo de lado.


 


Paula foi até o guarda roupa e pegou o short e blusa que sempre usara quando ia ali, quando voltava das festas e dormia com Igor, mesmo que fosse sem fazer nada além de alguns beijos. Depois do banho, ela voltou para a cama e sentou cruzando as pernas sobre a mesma. Igor sentou–se também e a olhou.


–– você não vai vestir nenhuma roupa, não? –– ela perguntou olhando para ele.


–– to de cueca –– ele disse como se fosse obvio.


–– Igor! –– ela o repreendeu rindo.


–– ok –– ele revirou os olhos e foi até o guarda roupa pegando uma blusa e um short de dormir –– agora me conta o que aconteceu pra você não querer ver os dois –– pediu, sentando–se.


–– não sei ao certo –– ela amoleceu o corpo e a voz saiu chateada –– tipo... O Mateus, eu sempre gostei dele. Ficava com outros garotos, mas meu sonho de consumo era ele. Aí chegou o Nando e me conquistou. Só que era aquela coisa... Eu gostava de ficar com ele, mas não era apaixonada, eu ainda pensava no Mateus. Daí depois aconteceu aquilo tudo com o Mateus e tanto ele quanto o Nando ficaram com brincadeirinha com a minha cara, agindo de modo infantil e grosso. Eu fiquei sofrendo pelos dois. E sabe, a única pessoa que me entendeu nesse tempo foi você...


–– do Mateus eu já esperava isso, mas do Fernando, foi infantilidade mesmo –– Igor a interrompeu sorrindo.


–– eu também acho. Conheço os dois há muito tempo. Nunca esperei nada de nenhum dos dois. O Mateus sempre foi algo impossível. “o irmão mais velho da minha melhor amiga” –– ela fez aspas com as mãos –– ele era perfeito demais pra mim. E o Nando sempre foi meu amiguinho. Éramos moleques e brincávamos juntos, nunca me imaginei beijando–o –– ela disse abaixando a cabeça e brincando com os dedos, se calando em seguida.


 


Igor, que sentava em sua frente, pegou uma mecha do seu cabelo e ficou enrolando o dedo. Ele gostava de perder seu tempo fazendo aquilo. Paula suspirou e sorriu o olhando.


–– parece que tudo perdeu a graça –– ela disse de repente.


–– não entendi –– Igor levantou o olhar e a fitou.


–– eu estava cansada de ser maltratada por eles dois. Cansei de vê–lo agindo com ciúmes ou raiva de mim, mas ainda assim me tratando mal... –– ela disse triste.


–– mas isso acabou quando nós começamos a ficar com mais freqüência, quando rolou aquela vez aqui em casa –– Igor disse a interrompendo e ela ficou envergonhada ao se lembrar, fazendo–o sorrir.


 


Ele se aproximou dela e lhe deu um beijo no rosto. Jogando seu corpo ao lado do dela e deitando, com as costas apoiadas na cabeceira da cama. Paula estava quase que de costas para ele, mas Igor não se importou. Puxou uma mecha do cabelo dela e continuou a brincar enquanto ela voltou a falar.


–– foi quando os dois começaram a me dar confiança –– ela continuou.


–– na viagem, né? –– ele perguntou e ela assentiu.


–– eles se declaram... –– ela disse sorrindo de lado –– os dois me pediram em namoro... –– ela falou e olhou para trás, vendo Igor erguer a sobrancelha, surpreso –– e eu não consigo aceitar nenhum dos dois pedidos. Até hoje.


–– por quê? –– Igor perguntou surpreso –– achei que era o que você queria.


–– eu também achei –– ela sorriu de lado e abaixou a cabeça –– logo percebi que o Mateus não era tudo o que eu queria. Ele tem uma vida diferente da minha. As meninas que ele pega, os lugares que ele vai quando não é essas festas que nós vamos, até o pessoal que ele anda fora do colégio. Eu não iria me adaptar à essa vida e uma hora ele iria enjoar de mim. Eu seria sem graça demais pra vida dele e logo ele me machucaria de novo –– Paula disse sem erguer a cabeça.


–– você não é sem graça Paula –– Igor disse prontamente.


–– pra ele sim... –– ela falou em tom de voz baixo.


–– então ele não presta pra você –– disse com a voz irritada –– o Mateus não é nenhum ser superior pra não merecer você. Ele é só um garoto mimado, acostumado a ter a garota que quiser só porque sempre foi o mais velho entre nós. E é óbvio que ele sempre quis as mais velhas, as garotas de faculdade. Primeiro porque eram mais liberais e não iam ficar atrás dele, como as de colegial. Segundo, era pra exibir pro pessoal na balada e no time.


–– é, ele sempre foi assim –– ela sorriu fraco –– e pra mim, sempre vai ser. Não adianta ele vir pagar de apaixonado por mim, se é que está mesmo, que eu não vou confiar nele. E mesmo que confiasse... –– ela deu de ombros.


–– perdeu o encanto –– Igor completou e ela assentiu com a cabeça –– e o Nando?


–– esse é outro –– ela levantou a cabeça e olhou para trás, escorregando o corpo e deitando de lado e de frente para Igor –– sofri tanto com ele me tratando mal que agora não faço questão de tê–lo.


–– eu achei que vocês voltariam juntos dessa viagem –– Igor falou sorrindo de lado, talvez sem graça –– depois que eu disse que nós não tínhamos transado e que você gostava mesmo dele.


–– eu... Hã... –– ele olhou para baixo e fechou os olhos, suspirando em seguida –– eu transei com o Nando, na praia –– ela terminou de falar e houve um silêncio entre os dois.


 


Em seguida Paula levantou a cabeça e encarou–o, que em vez de olhá–la, abaixou a cabeça.


–– fala... –– ele pediu e desviou o olhar –– to esperando você me contar, se quiser contar –– ele riu sem graça –– achei que fossemos melhores amigas –– disse zoando e ela gargalhou.


–– foi... Foi... –– ela suspirou –– foi legal.


–– que isso Paulinha, sua primeira vez não era pra ser legal –– ele riu.


–– eu achei que fosse o momento certo, com a pessoa certa. Eu me senti preparada pra aquilo, estava tudo a favor. Tinha uma lua linda, estávamos na beira da praia, um vento gostoso... –– ela disse fechando os olhos e sorrindo –– eu tava com a pessoa que eu queria. Era pra ser perfeito.


–– e o que faltou? –– Igor perguntou suspirando, talvez enciumado com a declaração dela.


–– não faltou nada. Foi uma noite ótima. Não imaginei diferente depois que comecei a ficar com o Nando. Eu sei que com o Mateus não seria tão especial assim... –– ela disse e se calou.


–– sempre tem um “mas”, então... –– ele ergueu as sobrancelhas.


–– mas depois que aconteceu, eu não me senti como eu achei que me sentiria...


–– como você queria se sentir? –– Igor perguntou apertando o nariz dela, descontraído.


–– apaixonada –– ela respondeu franzindo os lábios e Igor deu um sorriso –– que ironia, né? Eu que chorei tanto pelos dois, agora não quero nenhum deles...


–– pois é –– ele concordou –– mas não fica triste, logo você se apaixona por outro garoto e dá tudo certo pra você.


–– acho que eu não to precisando me apaixonar mais não –– ela disse se sentando de costas pra ele –– cansei de sofrer –– ela deu de ombros.


–– se você se apaixonasse por mim, eu não faria você sofrer –– Igor disse virando seu corpo e deitando de barriga pra cima enquanto enrolava um dedo em uma mecha de cabelo dela.


Paula virou–se para trás bruscamente e cerrou os olhos o olhando. Não havia entendido o porquê de Igor dizer aquilo.


–– não quero perder meu melhor amigo –– ela disse brincando.


–– você não perderia, ué –– ele disse sorrindo, mas sem olhá–la, fitava seu cabelo.


–– você não é só de uma... –– Paula deu de ombros –– seria engraçado ver você preso a uma só mulher. Nunca imaginei isso.


–– eu sou de todas, porque não sou só de uma –– ele disse se divertindo –– mas a partir do momento que essa uma me quiser, eu vou ser só dela –– falou sorrindo, mas terminou a frase falando com um semblante sério.


–– eu juro que se não te conhecesse, julgaria que você está me cantando –– Paula disse séria.


–– e eu estou –– ele disse sério também, a olhando nos olhos –– mas acho que preciso fazer mais que isso pra você entender.


–– mais que o que? –– ela levantou a sobrancelha.


–– mais que falar –– Igor deu um sorriso de lado e se sentou na cama.


 


Puxou o corpo de Paula junto ao dele e a beijou. Ela caiu deitada sobre ele, que entrelaçou seus dedos nos cabelos dela enquanto pressionava os lábios nos seus. Pôs a outra mão na cintura de Paula e acariciou por dentro da blusa. Poucos minutos depois o beijo já estava quente. Ela tinha posto uma perna para cada lado do corpo dele e seus sexos se roçavam, proporcionando uma sensação gostosa a ela. Ele ainda a segurava pelos cabelos e beijava com toda intensidade. Inclinou a cabeça dela para o lado e desceu beijando seu pescoço. Conseguiu deitá–la na cama e inverteu a posição ficando com cima dela. Distribuiu beijos pelo rosto, mandíbula, pescoço e colo. Ergueu um pouco sua blusa, deixando sua barriga amostra e foi beijando, da cintura ao centro. Deu algumas mordidas de leve, fazendo Paula rir. Logo depois, ele passou a dar chupões, que deixariam marcas, e ela passou a emitir gemidos misturados com risadas.


–– ta achando engraçado, é? –– Igor perguntou voltando a beijá-la no pescoço.


–– não, to achando gostoso –– ela disse sorrindo.


–– quer continuar? –– ele apoiou seus braços em torno do corpo dela e a fitou.


–– haram –– ela murmurou com um grande sorriso nos lábios.


 


Logo ele voltou a beijá–la e suas mãos voltaram para a barriga dela. Paula puxou sua camisa e a tirou, jogando ao lado da cama. Pôs a mão na barra da blusa dele, mencionando tirar. Ele endireitou seu corpo, ficando de joelhos na cama e tirou a camisa, jogando no chão. Voltou a deitar por cima dela a beijando novamente. Depois desceu seus lábios para os seios da garota, que estavam desnudos e os sugou. Um de cada vez, enquanto o outro acariciava o bico enrijecido. A cada vez em que Igor passava a língua por eles, Paula dava um gemido, que aumentaram quando ele desceu mordiscando sua barriga até o cós da calcinha. Ergueu o olhar e olhou para Paula como se pedisse permissão para fazer aquilo. Ela apenas lhe deu um sorriso como consentimento. Então ele assim o fez, beijou seu sexo por cima da peça intima ainda e depois a parte interna da coxa. Beijou da virilha até o joelho e depois voltou lambendo de volta. O corpo da garota estremeceu e ela soltou um fino gemido, que lhe fez franzi a testa e fechar os olhos de excitação. Igor exibiu a ela um sorriso de satisfação por ouvir aquilo, que a envergonhou. Logo ele desceu a calcinha dela devagar e a tirou. Voltou a beijar a parte interna da coxa dela e depois a chupar a pele até chegar ao seu sexo, onde passou a língua devagar, provocando–a. Os gemidos de Paula foram de forma crescente cada segundo a mais que ele lhe lambia, fazendo–a apertar o travesseiro que tinha atrás de si quando ele penetrou os dedos nela. antes que pudesse chegar ao orgasmo, ela segurou em seu rosto e levantou.


–– eu não quero gozar assim –– ela disse envergonhada pelas próprias palavras, mas o viu erguer as sobrancelhas em dúvida –– quero gozar junto com você.


–– o que você... –– ele começou a dizer.


–– quero que cheguemos ao orgasmo juntos, com você dentro de mim –– ela falou de uma vez, o interrompendo.


–– você tem certeza que quer transar comigo? –– ele perguntou ainda sem reação –– olha Paulinha, eu não te trouxe aqui pra isso, muito menos te beijei porque você disse que não era mais virgem. Não quero que você se sinta pressionada a fazer sexo comigo só por que...


–– você não quer? –– ela perguntou confusa.


–– claro que eu quero –– ele soltou uma risadinha.


–– eu também –– ela respondeu sorrindo aliviada pela resposta dele.


 


Igor sustentou o sorriso e passou a língua novamente no clitóris de Paula.


–– Igor, eu quero ter meu orgasmo com você dentro de mim –– ela insistiu, mas ele não parava com o sexo oral –– Igor... –– ela o chamou mais uma vez, mas ele apenas aumentou o ritmo e passou a penetrar os dedos mais fortes –– Igor... –– ela disse arfando e logo gozou.


 


Ela relaxou seu corpo e fechou os olhos enquanto respirava pesado. Ele a lambeu novamente e por fim deitou com seu corpo ao lado do dela, lhe dando um selinho.


–– porque você fez isso, hein?! –– ela o olhou virando a cabeça para o lado.


–– fiz o que? –– ele se fez de desentendido.


–– eu pedi pra gozar transando com você –– ela disse revirando os olhos –– e olha que eu não costumo pedir isso –– disse rindo, sem jeito –– nunca pedi na verdade.


–– e quem disse que você não vai gozar de novo, transando comigo? –– ele disse sorrindo maliciosamente e ela gargalhou –– e olha que eu não costumo fazer isso –– ele piscou pra ela –– na verdade, nunca fiz com nenhuma garota.


 


Paula passou a mão pelo abdômen dele e desceu até o short, apertando seu membro por cima da roupa. Depois de ajoelhou na cama e foi dando lambidas por sua barriga.


–– duvido que você me dê outro orgasmo –– ela disse pra ele.


–– não duvide, pois sou capaz de te dar até três orgasmos –– ele disse de forma maliciosa.


–– eu duvido –– Paula riu alto e tirou o short dele.


 


Igor a puxou pela mão fazendo–a sentar em seu colo. Agarrou em sua cintura e trocaram mais um beijo demorado. Em seguida os dois se ajoelharam na cama e ela desceu sua cueca, inclinando o tronco para baixo e lhe chupando. Igor a olhou empinando a bunda enquanto lhe fazia sexo oral e deu um sorriso malicioso junto com um gemido de prazer.


–– ta judiando... –– ele disse cerrando os olhos e Paula apenas riu dele.


 


Após um tempo apenas olhando, ele inclinou um pouco o corpo e passou a acariciar suas costas até chegar ao bumbum, dando leves apertadas. Cada gemido que ele emitia, Paula dava um sorriso. Ela empurrou Igor, que caiu deitado na cama, e sentou–se sobre ele. trocaram mais um beijo caloroso e ele esticou a mão na mesinha ao lado e tirou um preservativo, abrindo em seguida. Rolou na cama, ficando por cima de Paula e já colocando em seu membro. Apoiou os braços ao lado do corpo dela e enquanto lhe encarava, foi lhe penetrando com cuidado. A movimentação era lenta para que não a machucasse, mas logo Paula enrolou as pernas na cintura dele, forçando–o a aumentar o ritmo. Ele deixou que seu corpo caísse sobre o dela e passou a dar chupadas fortes em seu pescoço, ouvindo Paula gemer em seu ouvido. Por ele, ficaria naquela posição até o final, pois se tinha algo que lhe dava prazer, ela ouvi–la naqueles momentos. Ela o empurrou e foi para o colo dele, que sentou na cama com as pernas esticadas. Penetrou devagar até sentir–se confortável novamente e aumentou o ritmo sozinha dessa vez. Ele envolveu seus braços na cintura dela e a beijou, descendo os beijos para o pescoço e depois seios. Igor pôs a mão por dentro dos cabelos dela, entrelaçou seus dedos ali e com a outra mão apertava sua bunda carinhosamente.


–– fica de costas pra mim, fica –– ele pediu em seu ouvido e ela apenas assentiu com a cabeça.


 


Paula ficou de joelhos na cama e Igor lhe abraçou por trás. Beijou seu pescoço, mordeu seu ombro enquanto acariciava sua barriga. Penetrou–a com cuidado e aos poucos foi ganhando ritmo. Desceu com a mão até seu sexo e movimentou os dedos sobre seu clitóris fazendo–a gemer. Pouco tempo depois o corpo dela se contorceu, chegando ao orgasmo e fazendo Igor também chegar. Os corpos dos dois caíram sobre a cama, cansados e suados. Encaram–se por um tempo e logo Igor sorriu.


–– valeu a pena esperar –– ele disse –– foi melhor do que eu imaginei... E olha que eu imaginei demais –– ele riu.


–– bobo –– ela apertou o nariz dele e sorriu envergonhada –– olha... Dentro da minha vasta experiência –– ela ironizou –– foi a melhor noite que eu tive.


 


Igor sorriu e lhe deu um selinho demorado. Abraçou–lhe por trás e ficaram deitados de conchinha por um tempo.


–– se eu pudesse, faria isso todos os dias e não só uma vez –– ele disse sorrindo com o rosto no pescoço dela.


–– você faz isso praticamente todos os dias e se duvidar, mais de uma vez por dia –– ela revirou os olhos.


–– mas não com você –– ele sorriu largo –– ultimamente não tem coisa que me excite mais do que ouvir você ter um orgasmo. Você faz isso tão gosto, que chega a me tira do sério.


–– ta me deixando constrangida –– ela pôs as mãos no rosto.


–– é só a verdade –– ele deu de ombros e um beijo em seu pescoço.


 


[...]



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Autor(a): raquel_gomes

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 111



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  • kaytibatista Postado em 29/03/2019 - 16:36:36

    alguém sabe de a piu tá escrevendo ainda web novelas e aonde ?

  • thceles Postado em 11/09/2015 - 13:08:33

    Aonde encontro capítulos anteriores?

  • mahri Postado em 17/09/2013 - 19:24:40

    vai postar a outra quando? Coloca o link aqui quando começa ok?

  • samandra Postado em 17/09/2013 - 18:30:45

    Adorei a web *-*

  • mahri Postado em 17/09/2013 - 15:59:15

    Aí que lindo *-* pena que acabou :,( eu amei

  • mahri Postado em 16/09/2013 - 23:12:20

    ownt *o*

  • samandra Postado em 16/09/2013 - 18:53:51

    Que lindo *-*

  • mahri Postado em 15/09/2013 - 00:46:52

    o que esta acontecendo que vc nao postou?...

  • mahri Postado em 14/09/2013 - 21:22:43

    Menina posta maissss!!!

  • samandra Postado em 13/09/2013 - 16:05:08

    Nossa posta mais!!


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