Fanfics Brasil - Capitulo 159 NOSSO AMOR E ÓDIO ETERNO

Fanfic:  NOSSO AMOR E ÓDIO ETERNO


Capítulo: Capitulo 159

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Segunda feira logo pela manhã, Lúcio acordou com Nair lhe cutucando. O garoto se espreguiçou e só então abriu os olhos.


–– oi Nair –– ele disse sonolento.


–– Lúcio, aquela sua namorada ta aí pra falar com você –– ela avisou.


–– namorada? –– ele franziu a testa –– droga, o que a Ana quer?! –– ele resmungou –– que horas tem?


–– são seis e dez –– a senhora disse –– o que eu faço?


–– mande–a subir, por favor, e peça para ela esperar que eu vou pro banheiro –– ele disse descendo da cama.


–– tudo bem –– Nair concordou e saiu.


 


Logo que Lúcio saiu do banheiro, de banho tomado e vestindo a calça do colégio, encontrou Ana andando impaciente dentro do quarto. Ela trajava a farda da escola.


–– bom dia Ana –– Lúcio disse se aproximando para lhe dar um selinho.


–– onde você esteve? Com quem você esteve? Porque sumiu? Porque não me atendeu ontem? Por que... –– ela disse nervosa.


–– calma Ana –– Lúcio ergueu as mãos e deu dois passos para trás –– bom dia primeiro... Você me acorda às seis da manhã e vem me enchendo de perguntas assim. Eu, hein?! –– ele falou cerrando os olhos.


–– tudo bem –– ela respirou fundo e cruzou os  braços –– começa a se explicar.


–– sobre? –– ele ergueu a sobrancelha se fazendo de desentendido.


–– sobre sábado Lúcio! –– ela disse alterada.


–– ô! Não grita. Meu irmão ta dormindo ainda –– Lúcio falou fazendo sinal para ela abaixar o tom de voz –– o Liu levou vocês duas pra casa? –– ele perguntou.


–– levou sim... –– ela respondeu impaciente –– disse que você foi ajudar o Júlio em algo importante.


–– e o que mais você quer saber? –– ele perguntou com naturalidade.


–– o que você foi fazer né Lúcio?! –– Ana disse mais impaciente ainda –– e quero saber por que não me atendeu ontem o dia todo.


–– bom, primeiro que eu saí da festa sábado pra ajudar a namorada do Júlio que ficou bêbada e desmaiou na festa, certo? –– ele falou com cuidado e ela ergueu a sobrancelha.


–– a namorada é dele e você tem que ajudar? –– perguntou emburrada.


–– porque se fosse com você, Ana, ele também me ajudaria –– Lúcio disse como se fosse obvio –– o que tem demais nisso?


–– nem conheço essa garota aí e ela já vem me dando problema –– Ana bufou e revirou os olhos –– e cadê teu celular?


–– não sei... –– ele deu de ombros e terminou de vestir a farda –– deve ta no carro –– ele falou pensativo –– deu uma confusão feia esse lance da pirralha.


–– que lance? –– ela perguntou curiosa.


–– nós a trouxemos pra cá e ela acabou dormindo com o Júlio –– ele disse mentindo –– e ontem de manhã os irmãos dela vieram aqui buscá–la. Foi um bate boca porque o irmão dela se acha o pai da garota, sabe? –– Lúcio explicava enquanto pegava seu material –– enfim... Ficamos eu, Júlio e ela de castigo –– ele sorriu cínico.


–– como castigo? O que você fez? –– Ana perguntou incrédula.


–– eu a trouxe pra cá e não avisei nem ao pai dela e nem aos irmãos –– ele deu de ombros –– mas ta tranqüilo. Fiquei só preocupado com ela, mas ela deve ta bem.


–– garota ridícula –– Ana revirou os olhos –– tive que inventar uma desculpa esfarrapada pra minha mãe me deixar aqui cedo, já que você não me atendia –– ela disse caminhando pra perto dele.


–– não fiz por querer... –– ele disse pegando a mochila –– vamos tomar café que eu te levo pra escola.


–– nem um beijo antes? –– ela pediu com manha e passou os braços em volta do pescoço dele.


 


Lúcio deu um sorriso de lado e selou os lábios aumentando a intensidade do beijo depois. Em pouco tempo os dois haviam caminhado até a cama e se deitado ali. O corpo dele pressionava o dela enquanto ele descia os beijos pelo pescoço da garota. De repente Júlio abriu a porta do quarto.


–– Lúcio, posso... –– ele se calou quando viu os dois na cama –– desculpa, não sabia que você estava aí Ana –– ele deu um sorriso e saiu.


–– dá nada não –– Lúcio retribuiu sorrindo de lado.


 


Assim que fechou a porta, Ana sentou–se por cima de Lúcio e voltou a lhe beijar.


–– fiquei desesperada achando que você tinha saído com uma garota da festa e me deixado lá –– ela disse beijando o pescoço dele.


–– eu não faria isso –– ele responde com sinceridade –– só saí por um bom motivo. Era realmente sério.


–– tudo bem... Mas agora me beija, vai –– ela pediu –– preciso dissipar toda a raiva que eu fiquei de você ontem.


 


Lúcio a deitou na cama e tirou sua própria blusa, jogando–a de lado. Beijou a barriga de Ana e foi tirando a blusa dela também. Por alguns instantes, flashes com imagens de Larissa na cama com ele na noite anterior lhe vinham na memória. Era algo perturbador, que o deixou pensativo o dia de ontem todo. Nem ele mesmo acreditava que havia ficado com Larissa depois que ela se tornou namorada do irmão. Sabia que a partir daquele momento iria ser mais difícil ainda. Acreditava que conseguiria esquecê–la, mas não estava dando certo. Talvez se afastar definitivamente seria a melhor das opções. Mas para isso queria falar com ela e explicar que aquilo não poderia mais acontecer.


–– o que foi? –– Ana perguntou quando ele parou de lhe beijar.


–– nada... Eu só... –– ele se sentou na cama de costas pra ela e vestiu sua blusa.


–– você ta bem? –– ela insistiu.


–– to –– ele sorriu mentindo –– vou só ao banheiro e vamos pra escola. Não posso me atrasar.


–– então ta –– Ana fez uma careta e vestiu sua blusa também.


 


[...]


 


Júlio desceu para o café um pouco mais tranqüilo quando viu Lúcio com Ana. Naquele momento resolveu tentar esquecer a cena que vira na noite de sábado. Precisava desencanar daquilo o mais rápido possível, mas mesmo assim ainda queria conversar com a namorada e tirar a historia a limpo. Sento–se à mesa e em seguida Eduardo sentou também.


–– não esquece que vamos dar uma passada na casa do Hector antes da aula, viu?! –– ele avisou –– hoje você não escapa.


–– não fugir ontem pai –– ele revirou os olhos –– eu só precisava dormir bastante.


–– percebi –– o pai concordou –– falou com ela ontem? –– perguntou sobre Larissa.


–– não –– ele fez uma careta –– ela não atende o celular e eu fiquei com receio de ligar pra casa dela. Mateus não ta de boa comigo.


–– fez bem –– ele assentiu –– você conversa com ela na escola hoje.


–– isso se Mateus deixar, né? –– Júlio revirou os olhos.


–– vocês erraram... Estão pagando o preço –– Eduardo o advertiu.


 


Uns minutos depois Lúcio e Ana desceram de mãos dadas até a cozinha.


–– bom dia –– Lúcio esfregando uma mão no rosto.


–– bom dia –– o pai disse –– bom dia Ana –– falou surpreso mão vê–la ali.


–– bom dia Eduardo –– ela disse lhe cumprimentando com dois beijos.


–– tão cedo por aqui –– ele falou e sentou–se novamente –– sente–se, tome café conosco.


–– obrigada –– ela disse se sentando –– mas vou comer só uma fruta. Estou de dieta –– Ana sorriu e pegou uma fatia de mamão.


–– quando que você não ta de dieta? –– Lúcio revirou os olhos e foi até a geladeira pegando uma caixa de achocolatado e um pacote de bolacha clube social dentro do armário.


–– você deveria seguir minha alimentação –– ela disse para ele que se sentou ao lado dela –– é muito boa para atletas.


–– não, valeu, sou uma pessoa normal –– Lúcio disse cínico.


–– Lúcio! –– Eduardo o advertiu –– isso é jeito de falar com a menina?


–– to falando alguma mentira? –– ele retrucou indignado –– se pudesse, a Ana vivia só de luz.


–– também acho que você não precisa de dieta alguma –– Júlio disse encarando Ana.


–– claro que você não acharia isso Júlio –– ela sorriu –– porque eu estou de dieta há muito tempo. Ou você acha que eu tento manter esse corpo à toa? –– ela piscou.


–– se você diz –– Júlio deu de ombros.


–– aliás, como está tua namoradinha? –– ela perguntou cínica após engolir uma colherada da fruta.


–– vou já vê–la, por quê? –– ele perguntou confuso.


–– Lúcio me largou na festa sábado pra ajudar vocês... –– ela deu de ombros jogando verde –– por isso queria saber.


 


Lúcio cerrou os olhos para Ana enquanto Eduardo olhava de lado para Lúcio.


–– ta duvidando de mim, Ana? –– Lúcio perguntou irritado.


–– não amor –– ela disse cínica –– só fiquei preocupada com a garota.


–– ela estava bem mal mesmo, Ana –– Júlio explicou –– e o Lúcio me ajudou sim... A Larissa havia bebido muito e chegou a desmaiar na festa.


–– que vexame –– Ana disse fingindo estar chocada –– nunca que eu me prestaria à um papel desses. Acho ridículo.


–– claro que você não se prestaria –– Lúcio disse mais cínico que ela –– você não bebe porque também engorda. E se bebesse, não teria tempo para ressaca, porque já estaria na academia para queimar todas as calorias.


–– sem graça –– ela fez uma careta para Lúcio enquanto Júlio segurava o riso.


–– bom, chega de trocar farpas –– Eduardo disse se levantando –– vamos Júlio.


 


Os dois saíram e em seguida atravessaram a rua indo à casa de Larissa. Já no escritório de Hector, estavam os quatros. Larissa, Júlio e os pais.


–– então Hector –– Júlio começou a falar –– eu vim pedir desculpas pelo dia anterior. Eu e meu irmão ficamos com medo da reação do Mateus na festa e por isso levamo-la para minha casa. Era só pra ela melhorar e depois iríamos trazê–la aqui, mas acabou que pegamos no sono.


–– tudo bem Júlio –– Larissa disse impaciente –– pai eu já expliquei que a culpa foi minha. Eu bebi porque quis. O Júlio tentou evitar, mas eu me empolguei e acabei fazendo o que não devia. Já estou de castigo e queria encerrar esse assunto –– ela pediu.


–– tudo bem crianças –– Hector assentiu –– espero que tudo isso lhes sirvam de lição.


–– com certeza –– Júlio afirmou –– o castigo vai doer bastante.


–– pai, posso ir então? –– ela perguntou sem humor –– preciso conversar com o Júlio antes da aula.


–– ta Larissa. Vão –– ele concordou –– teus irmãos já foram. Preferi manter o Mateus longe disso, senão você já viu a confusão que seria, né?


–– pior castigo é agüentar as crises dele –– ela revirou os olhos e pôs as mochilas nas costas –– tchau pai, tchau Eduardo.


 


[...]


 


No trajeto para a escola, Larissa foi um trecho calada. Queria muito pedir inúmeras desculpas para Júlio, mas estava envergonhada. Não se lembrava de um terço do que havia feito na noite da festa. Poucas coisas estavam em sua memória, começando pelo fato de ter beijado Lúcio após o banho, mas depois disso parecia ter sido apagado de sua cabeça. Foi uma das poucas coisas que lembrou.


–– me desculpa –– ela falou de repente e ele a olhou –– fiz merda, né?


–– das grandes –– Júlio disse suspirando –– eu te pedi Larissa. Várias vezes eu tentei impedi que você bebesse e você me tratou super mal a noite toda –– ele disse chateado –– você me ignorou, me deu patadas, fugiu de mim, sumiu uma boa parte da festa.


–– o que mais eu fiz? –– ela perguntou de cabeça baixa.


–– o Lúcio te encontrou com o Fernandes... –– ele falou olhando para a direção.


–– o que eu fiz com o Fernandes? –– ela perguntou medrosa e lhe olhou atenta.


–– não sei... Parece que bebeu algo com eles –– Júlio disse fazendo uma careta –– você bebeu tanto que apagou na festa. O Lúcio te trouxe pra casa e me ligou.


–– ele que me trouxe? –– ela perguntou assustada –– então meu celular deve ta no carro dele, porque sumiu.


–– deve mesmo... Eu te liguei ontem e você não atendia –– Júlio explicou.


–– eu dormi o dia todo. Fiquei de ressaca –– ela encostou a cabeça na mão que estava apoiada na janela –– então, continua.


–– você tomou banho, sozinha. Depois eu te vesti com uma roupa minha e você dormiu... –– ele concluiu resumindo.


–– eu acordei no quarto do Bonates. Como isso? –– ela perguntou.


–– ele te levou pra lá porque quando chegaram eu não tava ainda –– ele explicou e logo lhe veio o beijo dos dois em mente –– preciso perguntar uma coisa.


–– diz –– ela o olhou atenta.


–– eu vi vocês se beijando... –– ele disse com cuidado e Larissa arregalou os olhos.


–– COMO? –– ela gritou.


–– eu entrei no quarto e você estava pendurada no pescoço dele, tentando beijá–lo –– Júlio falou irritado –– ele disse que você estava nos confundindo, mas não sei se acredito nisso –– ele bufou –– olha, me desculpe se parece que eu não to acreditando em vocês, mas eu não to satisfeito com essa situação.


–– desculpa Júlio –– ela disse incrédula –– eu... Eu... Não sei nem o que te falar a não ser pedir muitas desculpas. Eu realmente não me lembro disso –– ela falou com sinceridade, já que não se lembrava desse episodio.


–– deixa pra lá... –– ele disse ainda chateado –– não vou ficar martelando nisso –– ele concluiu, deixando o carro em um silencio absoluto.


–– prometo que não vou mais beber –– ela falou após um minuto calada –– não do jeito que eu bebi nessa festa. Toda vez em que fomos sair...


–– não vamos sair tão cedo, até porque eu estou de castigo por dois meses –– ele revirou os olhos a interrompendo.


–– mas isso não é justo –– ela falou chateada –– eu que deveria ficar de castigo sozinha.


–– chega desse assunto Larissa. Já passou... –– ele disse bufando e ela ergueu as sobrancelhas ficando calada.


 


Chegaram à escola e desceram no estacionamento. Caminharam lado a lado, mas sem estar de mãos dadas. Param no pátio para falar com os meninos, mas ela decidiu ir para a sala. O clima com Júlio não estava legal e ela tinha consciência de que era a culpada por isso.


–– bom, vou pra sala. Tchau –– ela disse sem jeito.


–– no intervalo a gente se fala –– ele falou sem animação e lhe deu apenas um selinho.


 


[...]


 


Naquela segunda feira no colégio não se falava de outra coisa a não ser a tal festa do final de semana passado. Todos comentavam pelos corredores e salas de aulas. Lúcio chegou atrasado já que teve que levar Ana para sua escola e ainda ficar discutindo com a garota, pois ela encontrou os sapatos e celular de Larissa dentro do carro dele. Depois de muita discussão, ele voou para o colégio, mas já havia perdido o primeiro tempo. Quando houve a troca de professores para o terceiro tempo, Lúcio entrou. Olhou de relance para a garota, que parecia estar incomodada com aquilo. O tempo passou sem que nenhum dos dois conseguissem se concentrar na aula. Assim que bateu o intervalo ele se levantou e foi até ela.


–– Larissa... –– ele sussurrou sentando o seu lado.


–– Bonates, eu preciso mesmo falar com você –– ela disse guardando o material.


–– é, eu também estou precisando –– ele falou fitando chão –– mas precisa ser em particular.


–– é, concordo –– ela disse ainda sem olhá–lo.


–– pode ser à noite? –– ele perguntou –– naquele horário de sempre...


–– de sempre –– ela deixou escapar um sorriso se lembrando daquela época e o olhou –– lá na área de trás de casa? Estou de castigo e não posso sair...


–– claro –– ele assentiu –– me liga quando puder.


–– ta –– ela suspirou –– ah, eu perdi...


–– isso? –– ele tirou o celular dela do bolso e lhe entregou.


–– valeu –– ela sorriu sem jeito e se levantou saindo da sala.


 


Lúcio voltou a sentar no seu lugar e ficou ali pensativo. Não tinha ânimo para ir para o intervalo. Mandou uma mensagem pra Liu dizendo que não iria sair da sala, mas logo o amigo respondeu dizendo que iria apenas comprar seu lanche e iria para lá. Enquanto mexia no celular, ele percebeu que havia mais alguém ali. Era Beth. Estava impaciente trocando mensagens pelo celular. Ele a olhou e assim que parou, ela o olhou também.


–– oi Bonates –– ela deu um sorriso fraco que ele nunca havia visto.


–– oi Beth. Ta tudo bem? –– ele cerrou os olhos.


–– é... Só discutindo uma coisa com um... Hã... –– ela franziu os lábios –– um rolo.


–– ah sim. Parece nervosa –– ele observou e ela se levantou indo até lá.


–– só preocupada com uma coisa –– ela deu de ombros.


–– se quiser compartilhar... –– Lúcio ofereceu sem pressioná–la.


–– se eu te contar uma coisa, você pode guardar segredo? –– ela perguntou puxando uma cadeira ao lado dele e sentando.


–– posso... Ta a fim de desabafar? –– ele perguntou confuso.


–– é... –– ela abaixou a cabeça e quando o olhou novamente, uma lágrima caia.


–– Beth? –– Lúcio a olhou surpreso –– o que houve?


–– esse é o problema, Lúcio –– ela falou contendo o choro –– sábado eu bebi demais. Bebi um negocio azul que os meninos haviam preparado na festa e não me lembro de nada que eu fiz.


–– coincidência –– Lúcio revirou os olhos –– a Larissa bebeu a mesma coisa e apagou na festa.


–– sério? –– ela ficou confusa –– como que ela bebeu? Quem deu?


–– o Fernandes... –– ele respondeu.


–– ah sim... –– Beth sorriu de lado –– eles estavam preparando escondido. Quem me deu foi o Martins –– ela disse sem jeito.


–– então, não sabe o que houve depois, é isso? –– Lúcio perguntou ainda sem entender.


–– eu acordei em um lugar... –– ela mordeu o lábio inferior –– com uma pessoa. Estávamos sem roupa, mas eu não me lembro de ter transado com ninguém.


–– você dormiu com um desconhecido e não se lembra de nada? –– ele perguntou chocado e ela sorriu irônica.


–– ele não era desconhecido. Nós o conhecemos, mas... –– ela suspirou.


–– eu conheço também? –– Lúcio perguntou confuso –– é do time?


–– prefiro não falar –– Beth disse desconversando –– esquece isso...


–– não, mas... –– ele revirou os olhos tentando entender tudo –– porque o Martins te deu isso?


–– ele disse que tava todo mundo tomando, sei lá –– ela deu de ombros –– era gostoso mesmo... Mas depois que apaguei –– ela fez uma careta –– to tentando saber dele o que aconteceu, mas ele parece me ignorar –– ela ergueu o celular –– ta me tratando super mal desde quando acordamos ontem.


–– que cafajeste! –– Lúcio falou fazendo uma careta –– quer que eu fale com ele? Dou um jeito...


–– não! –– ela riu –– não precisa. Vou procurá–lo pessoalmente depois.


–– tipo... Vocês estavam sem roupa, né? –– ele perguntou e ela assentiu –– então tem alguma chance de terem transado, né?


–– toda –– ela franziu os lábios –– minha preocupação é que eu tenha feito alguma merda, entende?


–– entendo –– ele sorriu e acariciou o rosto dela –– tenta tirar isso da cabeça. Fala com esse idiota e tenta esclarecer as coisas. Não se preocupa à toa não.


–– valeu –– ela sorriu e lhe deu um beijo no rosto.


–– precisando... –– ele piscou pra ela que se levantou.


 


Logo Liu chegou e Beth se levantou dali dizendo que iria lanchar. Os dois começaram a conversar sobre sábado e Lúcio acabou contando tudo o que havia acontecido.


–– você tem merda na cabeça? –– Liu disse furioso.


–– pode brigar. Hoje eu mereço –– Lúcio disse jogando a cabeça pra trás.


–– Lúcio, cadê a consideração pelo teu irmão? Caralho! –– ele disse pondo uma mão no rosto e apoiando o cotovelo na cadeira –– foi pra isso que você quis que ele ficasse com ela? Pra vocês ficaram o traindo escondido? –– perguntou indignado.


–– Liu, é mais forte do que eu... –– Lúcio tentou se defender –– eu achei que pudesse esquecer, mas não consigo. Ela me deixa louco. O cheiro dela me deixa pirado. Eu tentei ser muito forte. Eu juro que resisti o máximo que eu pude, mas não deu! –– ele falou quase alterando o tom de voz –– ela tava se jogando pra cima de mim, me provocando.


–– ótimo! –– Liu riu irônico –– então já que seu autocontrole não é tão bom assim, fique longe dela. Entendeu?


–– entendi... –– ele bufou –– e preciso que ela coopere com isso. Você acha que devemos conversar e por um ponto final nisso tudo?


–– se vocês não se pegarem de novo –– ele disse sorrindo cínico.


–– porra, de que lado você está, hein?! –– Lúcio perguntou empurrando o amigo.


–– eu estou do lado certo Lúcio. E com certeza o seu não é –– Liu disse se levantando –– vamos.


–– pra onde? –– ele perguntou confuso –– to a fim de sair da sala não.


–– a Ana me encheu a noite toda –– Liu disse revirando os olhos –– e a Lisa ficou chateada comigo porque mal pudemos ficar juntos, já que a Ana não nos deixou em paz.


–– foi mal, cara –– ele fez uma careta.


–– eu te perdôo, mas você vai me pagar um sorvete. Andar –– ele disse caminhando rumo à porta de saída.


 


[...]


 


À noite, Larissa esperou que todos dormissem e mandou uma mensagem para Lúcio dizendo que já podia sair. Desceu até a cozinha discretamente e abriu a porta de trás. Deitou–se na espreguiçadeira e se encolheu dentro do moletom que usava, que era o de Lúcio. Minutos depois Lúcio apareceu ali. Caminhou até ela e sentou–se na cadeira ao lado, apoiando os cotovelos nos joelhos.


–– suas sandálias e sua bolsa –– ele ergueu mostrando para ela.


–– ah, valeu –– ela sorriu –– ficaram no teu carro? –– perguntou e ele assentiu.


–– você não vai me devolver esse moletom nunca mais, né? –– ele perguntou fitando chão e sorrindo.


–– não pretendo –– ela riu –– você o quer de volta? –– perguntou fazendo bico.


–– foi minha mãe quem me deu –– ele sorriu fraco –– tenho há muito tempo.


–– nossa, desculpa Bonates, eu não... –– ela falou ficando séria.


–– fingi que eu te dei de presente –– ele ergueu os olhos e a olhou –– não me importo que fique com você.


–– obrigada –– ela sorriu e suspirou –– mas então, você queria falar comigo.


–– você também, né? –– ele respondeu.


–– pois é... Primeiro eu queria me desculpar por sábado. Fiz maior vexame, né? –– ela falou sem jeito.


–– é, fez... Você quase me deixa doido –– ele coçou a nuca e sorriu lembrando.


–– eu não me lembro de quase nada... Só do chuveiro e que eu te beijei –– ela falou envergonhada.


–– não foi apenas uma vez –– ele se limitou a dizer –– você passou a noite se insinuando pra mim e me beijando –– Lúcio disse sério.


–– ta falando sério? –– ela perguntou surpresa.


–– claro que sim Ignachy –– ele disse como se fosse obvio e ela se calou por um tempo.


–– faz tempo que você não me chama pelo meu sobrenome... –– Larissa disse com um tom de voz decepcionado.


–– com a nossa aproximação eu acabei perdendo o costume –– ele deu de ombros e abaixou a cabeça –– você ta sabendo que o Júlio nos viu juntos duas vezes, né?


–– não foi só uma vez? –– ela perguntou virando a cabeça bruscamente, ficando assustada e ele negou com a cabeça –– me conta tudo o que aconteceu Bonates, por favor –– Larissa falou pondo as duas mãos no rosto –– que merda que eu fiz!


 


Lúcio arranhou a garganta e começou a contar detalhadamente tudo o que havia acontecido naquela noite. Cada vez que ele falava as coisas que haviam acontecido, mais envergonhada Larissa ficava. Quando terminou de falar, ela tinha os olhos fechados e cobria o rosto com as duas mãos.


–– Lúcio... –– ela sussurrou após um minuto –– me desculpa! –– ela soletrou –– me desculpa de verdade... Eu não sei o que deu em mim. Você me conhece e sabe que eu seria capaz de fazer isso se estivesse sóbria.


–– é, isso eu sei. Não posso dizer que não gostei, porque eu quis todos os beijos que você me deu e eu também tive a iniciativa de te beijar outras vezes, mas não queria naquelas condições... Você bêbada e ainda namorando meu irmão –– ele disse chateado.


–– eu sei que não tem nada a ver falar isso, mas porque você não me impediu, sei lá... Você é mais forte do que eu, poderia ter me segurado e... –– ela falava atrapalhada.


–– eu queria aquilo, Ignachy –– ele a interrompeu e ela o olhou –– eu não consigo resistir a você –– Lúcio disse sem olhá–la e ela suspirou vendo a expressão rígida em que ele estava.


–– eu também não... –– ela sussurrou –– eu lembro que na festa o Júlio estava com a tua camisa e tinha teu cheiro nela –– falou sem graça –– aquilo me atormentou a noite toda.


–– você me disse –– ele sorriu –– prometo não fazer mais isso.


–– agora não tem mais tanta importância –– ela se ajeitou na espreguiçadeira se sentando de pernas dobradas –– o Júlio mal fala comigo. Passou o dia me tratando seco na escola e se quer veio aqui em casa depois do treino –– ela disse triste e de cabeça baixa –– apesar de eu estar merecendo isso, ele não merece sofrer assim por mim.


–– ele ta bem chateado mesmo e não é só com você. É conosco –– Lúcio completou –– não quero perder o amor do meu irmão por uma noite nossa... –– ele falou a olhando e fazendo–a olhá–lo no mesmo momento.


–– desculpa... –– ela sussurrou com a voz fraca, pois aquilo havia doído nela –– vamos esquecer tudo o que aconteceu sábado. Foi sem importância mesmo. Eu fiz uma burrada e só agora eu to vendo que não valeu a pena mesmo. Uma noite com você não vale os sentimentos do Júlio –– ela dizia com algumas lágrimas na face.


–– Larissa, eu não quis...


–– você disse isso Lúcio –– ela pôs as pernas pra fora da cadeira procurando seus chinelos –– é só que... –– ela parou e suspirou –– não sei por que, mas tem minutos que esqueço tudo o que você já me falou.


–– o que eu falei? –– ele franziu a testa.


–– que eu fui só uma distração –– ela disse sorrindo de lado e se levantou –– você deveria ter me lembrado isso sábado. Pelo menos eu não arriscaria meu namoro com alguém que não vale a pena.


–– ficar comigo não vale a pena? –– ele se levantou também e perguntou indignado.


–– não –– ela disse fria –– às vezes eu penso que você tem por mim o mesmo sentimento que eu tenho por você... Mas me esqueço que você nunca sentiu isso. Que eu sou apenas uma diversão.


–– você não é só uma diversão pra mim Larissa –– ele falou tentando se explicar, mas ela estava saindo dali rumo à porta.


–– o que você sente por mim Lúcio? –– ela parou de costas e se virou, mas Lúcio não respondeu –– olha –– ela cruzou os braços e suspirou –– eu vou ser o mais sincera possível com você. Eu gosto do Júlio. Gosto de ficar com ele, dos beijos, dos abraços, da companhia dele... Só que não gosto do jeito que eu gosto de você. E sim, eu me sinto culpada gostando mais do irmão do meu namorado que só quer se divertir com a minha cara do que do meu próprio namorado. Mas sabe de uma coisa? Eu só quero ser feliz, Bonates. Se você disser que tudo que eu sinto por você é recíproco, eu termino com o Júlio amanhã mesmo e fico com você. Que se foda todo mundo, eu só quero ser feliz.


–– você não pode terminar com o Júlio... –– ele sussurrou assustado com as coisas que ela falara –– ele não merece isso. Ele é apaixonado por você de verdade.


–– claro –– ela sorriu incrédula com aquilo –– eu não posso magoá–lo porque ele é apaixonado por mim, né? Ele não merece isso, certo? –– ela questionou.


–– é... –– Lúcio disse erguendo as sobrancelhas –– não entendo aonde você quer chegar com isso.


–– eu não quero chegar a lugar algum Lúcio –– ela respondeu ríspida –– só quero saber por que o Júlio não pode sofrer e eu posso. Porque eu não posso magoá–lo já que ele é apaixonado por mim, mas você pode me maltratar, me magoar e me fazer sofrer, sendo eu apaixonada por você! –– ela disse alterando o tom de voz.


 


Lúcio não disse nada, tentava ser forte para cada palavra dita por ela. Pensava, como sempre, em seu irmão. O fato de Júlio tratá–lo com indiferença hoje estava fazendo o sofrer juntamente com o peso na consciência. Pra ele, daqui umas semanas, nem lembraria o que sentira por Larissa. Então o amor pelo irmão era mais forte. Ela o olhava esperando que dissesse alguma coisa, mas ele continuou calado.


–– me diz. O que você sente por mim? –– ela perguntou se aproximando dele –– olha nos meus olhos e diz.


–– o que eu sinto? –– ele pôs as mãos nos bolsos e jogou a cabeça para trás –– acho que... Nada que vale a pena ser dito –– deu de ombros e a olhou.


 


Os olhos de Larissa estavam vermelhos. Logo ela passou a mão no rosto limpando uma lágrima que escorria.


–– nada... –– ela sussurrou com a voz falha –– e o que você veio fazer aqui? Jogar isso na minha cara mais uma vez? –– ela perguntou confusa.


–– trazer suas coisas e pedir pra gente se afastar –– ele respondeu de uma forma fria –– não quero mais ter contato contigo. Não quero mais prejudicar meu irmão por conta desse rolo em que nós nos metemos.


–– realmente... –– ela falou sorrindo irônica –– eu sou uma burra mesmo. Só eu pra achar que você pudesse sentir algo por mim. Você uma vez me disse que estava apaixonado. Isso não faz muito tempo. E eu acreditei Bonates –– ela disse fechando os olhos –– Fui burra em acreditar e também em achar que você sentisse alguma coisa mais forte do que teus sentimentos pelo teu irmão.


–– paixão não é amor –– Lúcio falou desviando o olhar dela –– isso dá e passa...


–– entendo –– ela o olhou –– e em você já passou, né? –– perguntou e ele assentiu –– mas na idiota aqui, ainda não –– ela sorriu de lado e virou–se para sair dali.


–– Ignachy, eu... –– ele começou a falar.


–– não se preocupa Bonates –– ela o interrompeu –– vamos ficar bem longe um do outro. Não teremos mais contato algum. E quando eu digo isso, eu falo sério. Não quero mais você perto de mim ou dirigindo a palavra a mim. Não quero você atrapalhando meu namoro com o Júlio. Não quero mais receber mensagem alguma sua. Porque todo o sentimento que eu tenho por ti, eu vou dar um jeito de sentir apenas por ele. Já entendi que você não vale nenhuma lágrima minha derramada. Sofrer por ti é perder tempo... Um tempo que poderia gastar dando carinho pro meu namorado. Eu não sei se o Júlio vai me perdoar, mas pode ter certeza que eu vou fazer até o impossível pra isso acontecer...


 


Ela se aproximou dele, pegou sua bolsa e seu sapato sobre a cadeira e o olhou nos olhos.


–– boa noite –– ela disse fria.


–– espera –– ele segurou seu braço, fazendo–a encará–lo.


–– Bonates, vai pro inferno –– Larissa disse entre os dentes.


–– parece que eu já estou vivendo nele... –– Lúcio sussurrou hipnotizado pelos olhos dela.


–– então seja bem vindo –– ela disse irônica e se afastou entrando em casa.


 


Lúcio permaneceu ali por uns dois minutos tentando digerir tudo que ela havia dito. Não entendia porque aquilo o machucava tanto se na verdade era por aquele motivo que ele havia ido ali. Por um fim em tudo. Mas vê–la se declarar daquela forma foi mais difícil do que ele imaginou. Atravessou a rua andando até em casa com as lágrimas nos olhos. Subiu para o seu quarto, deitou–se na cama e pôs um travesseiro na cara. As palavras dela ainda ecoavam em sua cabeça quando a porta do quarto se abriu.


–– você não está de castigo? Foi pra onde? –– Júlio perguntou e Lúcio sentiu o colchão se mexer quando ele sentou–se na cama.


–– eu estava lá fora apenas. No meu quarto –– ele respondeu com indiferença.


–– o que aconteceu? –– o irmão perguntou tirando o travesseiro da cara dele.


–– nada demais, apenas uma briga com a Ana –– Lúcio respondeu sem dar importância.


–– briga das feias, hein?! –– ele comentou deitando–se –– nunca te vi nesse estado por ela. Tava chorando?


–– é aquele estresse de sábado ainda. Nada sério –– Lúcio deu de ombros e ligou a televisão.


–– nem me fale... Esse sábado rendeu –– ele comentou –– to estressado com a Larissa ainda. Mal falei com ela hoje.


–– vai perder a namorar assim... –– Lúcio comentou respirando fundo, já que nem queria falar desse assunto.


–– estou esperando minha raiva passar –– Júlio respondeu pensativo.


–– raiva pelo o que? –– ele perguntou com medo da resposta.


–– por ela ter bebido daquele jeito. Pelo modo com ela me tratou na festa... Eu pedi pra ela parar de beber e ela disse tipo “me deixa em paz” e coisas do tipo, como se eu a sufocasse, sabe? –– Júlio falou como um desabafo.


–– releva, ela tava bêbada –– Lúcio falou e continuou a mudar de canal –– tudo deve voltar logo ao normal.


–– Lúcio –– ele o chamou se ajeitou na cama –– me responde uma coisa.


–– fala –– Lúcio pediu sem paciência.


–– o que rolou entre vocês? –– Júlio perguntou amedrontado com a resposta.


–– como assim o que rolou? –– ele perguntou engolindo a seco, mas não olhou para o irmão.


–– ah Lúcio, não me engana não, ok? –– o irmão disse impaciente –– eu cheguei e vocês estavam abraçados, depois eu a vi tentando te beijar e você a empurrando, gritando com ela... Se rolou alguma coisa eu quero saber.


–– não rolou nada, Júlio. Relaxa –– Lúcio deu de ombros, tentando fazer com que aquilo não fosse importante –– quando eu a trouxe pra casa, joguei água na cara dela, que despertou e a deixei no banheiro, quando ela voltou pro quarto, estava enrolada na toalha e depois eu a pus deitada, ela mal abria os olhos e achou que eu fosse você, dizendo ela pelo cheiro da camisa –– ele explicou tentando omitir o maior numero possível dos fatos.


–– e o beijo? –– Júlio perguntou ainda desconfiado.


–– não teve beijo... –– ele olhou para o irmão e cerrou os olhos.


–– eu vi Lúcio, não tenta... –– o irmão começou a falar impaciente.


–– você a viu tentando me beijar, Júlio! –– Lúcio respondeu explodindo –– vai querer brigar por conta disso? Algo sem importância em um dia que aquela pirralha estava bêbada...


–– e você acha que eu não tenho razão? –– Júlio perguntou incrédulo.


–– tem Júlio... Você tem toda razão. De ficar chateado comigo, de me odiar, de não querer falar com a tua namorada... –– Lúcio respondeu sincero –– mas quer saber? Não rolou nada entre nós dois –– ele disse cínico.


–– ok –– Júlio fechou os olhos e respirou fundo –– vou dormir –– ele desceu da cama.


–– boa noite –– Lúcio disse para encerrar o assunto e se deitou com a cabeça cheia. Sua consciência estava lhe matando.


 


[...]



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Autor(a): raquel_gomes

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 111



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  • kaytibatista Postado em 29/03/2019 - 16:36:36

    alguém sabe de a piu tá escrevendo ainda web novelas e aonde ?

  • thceles Postado em 11/09/2015 - 13:08:33

    Aonde encontro capítulos anteriores?

  • mahri Postado em 17/09/2013 - 19:24:40

    vai postar a outra quando? Coloca o link aqui quando começa ok?

  • samandra Postado em 17/09/2013 - 18:30:45

    Adorei a web *-*

  • mahri Postado em 17/09/2013 - 15:59:15

    Aí que lindo *-* pena que acabou :,( eu amei

  • mahri Postado em 16/09/2013 - 23:12:20

    ownt *o*

  • samandra Postado em 16/09/2013 - 18:53:51

    Que lindo *-*

  • mahri Postado em 15/09/2013 - 00:46:52

    o que esta acontecendo que vc nao postou?...

  • mahri Postado em 14/09/2013 - 21:22:43

    Menina posta maissss!!!

  • samandra Postado em 13/09/2013 - 16:05:08

    Nossa posta mais!!


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