Fanfics Brasil - Capitulo 20 NOSSO AMOR E ÓDIO ETERNO

Fanfic:  NOSSO AMOR E ÓDIO ETERNO


Capítulo: Capitulo 20

20 visualizações Denunciar


O relógio de Lúcio já marcava meia noite e trinta quando ele se levantou e foi na pista de dançar chamar por Ana. Já estava irritado o suficiente para ir embora sozinho. A namorada havia o deixado na mesa para ir dançar com as amigas e consequentemente os amigos dela foram juntos. Ele ficou sentado sozinho. Entrou na pista e puxou a menina pelo braço para perto da mesa.
–– ai amor, o que foi? –– Ana perguntou surpreendida pelo puxão que Lúcio lhe dera.
–– Ana eu to indo embora –– ele disse rudemente.
–– porque amor? –– ela pareceu surpresa.
–– porque to a fim Ana Marcela –– falou seco.
–– nossa Lúcio. O que foi, hein?! –– ela o segurou pela mão –– vem dançar comigo. Vamos nos divertir –– disse sorrindo.
–– você sabe que eu não gosto dessas coisas. Não sei dançar –– ele disse impaciente.

Ela passou os braços pelo seu pescoço e aproximou–se de seu ouvido.
–– prometo recompensas no final da noite –– disse se um jeito malicioso.
–– deixa pra outro dia. Já estou com dor de cabeça –– ele disse ignorando tudo o que a namorada havia dito –– depois nos falamos.

Ele lhe deu um selinho e saiu em direção ao carro. Ana ficou ali, parada, apenas o observando ir embora. Logo pegou seu celular e escreveu uma mensagem para Lúcio. Ele entrou no carro e dirigiu um pouco pela cidade. Resolveu parar para abastecer o carro e aproveitou para comprar umas bobagens e cervejas. Beberia em casa, com o irmão ou sozinho. “Tanto faz.” Ele pensou.


Assim que entrou na loja, sentiu uma vibração em seu bolso. Pegou seu celular, que piscava uma luz indicando que havia chego mensagem. Ele abriu a mensagem, que era de Ana. 

“qual o teu problema Lúcio? Eu estava a fim de fazer algo diferente com você hoje. Sair, nos divertirmos um pouco e você sempre mal humorado. Você parece nem me amar mais. É isso?” 

Ele engoliu a seco aquela mensagem. Na verdade sentiu raiva no momento. “fazer um programa diferente. Hunf! Ela faz isso todo final de semana com os mesmos amigos” Ele pensou. Guardou o aparelho no bolso e entrou na loja. Pegou uma cesta e foi à procura de chocolates e salgadinhos. Pôs algumas coisas na cesta e se dirigiu ao corredor de bolachas. Queria pegar uns pacotes de club social recheada. Assim que encontrou os biscoitos, esbarrou em alguém, deixando sua cesta cair no chão.
–– ai, desculpa –– ela falou.


Pelo perfume suave, já desconfiava quem era. Ele riu ao olha–la.
–– você de novo –– ele falou em tom debochado.
–– não acredito –– ela riu também –– você está me perseguindo, né?!
–– até parece garota –– ele riu dela –– não perco meu tempo. 
–– então saí do meu caminho –– ela disse de forma rude.
–– você que está no meu caminho –– ele respondeu da mesma forma.

Os dois estavam parados frente a frente. Com os olhos quase na mesma altura, se não fosse por um pequeno detalhe. Lúcio era bem mais alto que Larissa. Ela cruzou os braços e ele pôs as mãos nos bolsos.
–– vai ficar me olhando? –– ela perguntou irritada.
–– estou esperando... –– ele disse com sarcasmo.
–– pelo o que? –– ela ergueu as sobrancelhas.


–– você pegar minhas coisas que derrubou –– ele indicou no chão alguns pacotes de salgadinhos, jujubas, chocolates e mais besteiras.
–– ah –– ela riu –– só em sonho que eu vou fazer isso –– descruzou os braços e pôs as mãos na cintura –– eu que estou esperando você juntar minhas coisas que derrubou –– ela também indicou as coisas no chão.
–– vai ficar esperando –– ele riu debochando dela.

Ambos permaneceram ali se olhando. Na verdade nenhum dos dois queria de fato ter suas coisas juntadas. Era apenas uma desculpa para se provocarem. Larissa havia se perdido nos olhos negros de Lúcio, embalada pelo doce perfume que ele exalará. Já Lúcio estava compenetrado nos meigos olhos azuis de Larissa. Mas tinha algo que mais lhe chamará atenção. Vê–la irritada. Era o que mais lhe atraia. Chegava a ser divertido pra ele.
–– ô, amor –– Ale disse ao encontra–la –– eu estava lhe proc... –– ele se interrompeu assim que viu quem estava à frente dela –– curando você...
–– ele sussurrou e olhou para ela –– Lari –– a chamou, mas em vão. Ele então estalou os dedos na frente da garota.
–– hã. Oi Ale –– ela disse despertando.
–– o que está acontecendo? –– ele perguntou furioso.
–– como sempre esse daí esbarrando em mim. Derrubou tudo.


Enquanto ela falava irritada. Lúcio aproveitou e juntou todas as embalagens do chão. Tanto dela, quanto as dele.
–– e o que você estava fazendo ai? –– Ale perguntou ainda irritado.
–– esperando–o peg... –– Larissa falava com raiva quando fora interrompida por Lúcio.
–– aqui suas coisas –– ele disse lhe entregando a sua cesta. Seu semblante era sério.
–– hã... Obrigada –– ela disse surpresa pela reação dele.

Lúcio se afastou deles para pegar alguns pacotes da sua bolacha preferida. Larissa aproximou–se do rapaz e fez a mesma coisa. Ambos colocaram a mãos sobre o único pacote que havia daquela bolacha.
–– você não vai levar –– ela disse rindo.
–– claro que vou. É meu preferido –– ele disse sério.
–– não. É o meu preferido –– ela disse séria também.
–– eu peguei primeiro.
–– mas eu pegaria se você não tivesse esbarrado em mim –– Larissa falou.
–– tudo bem –– ele revirou os olhos –– pegue –– esticou o pacote de bolachas.

Larissa não falou nada. Muito menos agradeceu. Pôs a mão no pacote para pega–lo e sem querer sua mão se sobrepôs à dele. Ela sentira sua mão fria. Ambos olharam para as suas mãos e depois olharam–se nos olhos.
–– está com frio? –– ela perguntou.
–– não.
–– sua mão está gelada.
–– a sua também –– ele sorriu de lado.
–– Já são uma hora da manhã –– Ale aproximou–se deles –– vamos? –– a chamou.

Ela pôs a bolacha em sua cestinha e Alexandre a pegou pela cintura, encaminhando–a até o caixa. Mas antes de se afastar, ele e Lúcio trocaram farpas pelos olhares.


 


Larissa se acomodou no peito de Alexandre e deitados, por debaixo das cobertas, os dois assistiam ao filme romântico. Boba como sempre foi, Larissa chorava nas cenas de amor. 
–– ai Lari –– Ale riu –– você sempre chora.
–– mas esse filme é lindo Ale –– ela disse sentando––se na cama ao final da exibição.
–– é lindo sim –– ele sorriu –– melhor do que aquele de suspense –– ele fez careta.
–– aquele de suspense é massa –– ela fez bico –– devíamos ter visto.
–– não dá. Está muito tarde –– ele disse saindo da cama –– preciso ir, ta?
–– tudo bem –– ela deu de ombros –– volta amanhã pra ver o filme?
–– não posso –– ele fez uma cara triste –– preciso terminar aquele trabalho.
–– poxa Ale –– ela fez bico –– você não tem mais tempo pra mim.
–– não é isso Lari –– ele falava enquanto descia a escada.
–– claro que é. Antes vivíamos juntos. Hoje eu tenho que implorar por 2 horas ao teu lado –– ela disse fazendo manha.
–– é que antes nós ficávamos grudados na escola, fazíamos trabalhos juntos... E agora eu tenho que ficar grudado no Bruno –– ele fez careta e ela riu.


Chegaram a frente a sua casa e deram um beijo e um abraço de despedidas. Ela segurava o filme de suspense em sua mão. Assim que Alexandre saiu em seu carro, Larissa pode observar no jardim da casa à frente, uma pessoa sentada na grama, escorada à árvore. Ela olhou para os dois lados da rua e correu até lá. Aproximou–se dele e pode perceber que se tratava do irmão de Júlio. Ele usava um moletom cor vinho, escrito GAP na frente, com o capuz na cabeça.
–– oi –– ela disse.
–– veio brigar comigo pelo o que agora? –– ele perguntou seco e sem nem olha–la.
–– por nada... –– ela se calou e ficou o olhando. 
–– o que você quer? –– ele perguntou.

Ela ficou sem saber o que falar. Apenas o olhava. Alguns segundos em silêncio, ele levantou o rosto e a olhou. De repente ela se afastou e voltou para casa. Lúcio respirou aliviado. Tudo o que ele não precisava naquele momento era ficar perto dela. Ela lhe trazia sensações confusas, nada agradáveis. Minutos depois Larissa voltou lá com o garoto.
–– aí aí... O que você quer aqui garota? –– ele disse impaciente –– vai pra casa, vai.


–– porque você me trata assim? –– ela perguntou o encarando –– porque é sempre tão grosso? Eu nunca te fiz nada garoto. Qual o teu problema? –– perguntou com autoridade.
–– o problema é que eu não quero problema –– ele disse no mesmo tom que ela –– não quero que o teu namoradinho te veja aqui, porque ele vai querer arrumar confusão. 
–– o Ale não é meu namorado –– ela respondeu franzindo a testa em surpresa a acusação. 
–– hum... –– ele ergueu as sobrancelhas e as abaixou rapidamente –– tanto faz, quem seja –– ele resmungou.
–– o que está fazendo ai? –– ela perguntou mudando de assunto.
–– pensando –– ele disse seco.
–– e bebendo, né? –– ela olhou ao seu lado e havia uma caixinha com seis garrafas de cerveja, das quais três estavam vazias.
–– encher a cara me desestressa.
–– posso? –– ela perguntou indicando com a cabeça o lugar ao seu lado.
–– claro que não –– ele disse cerrando os olhos –– você não tem idade pra isso. É uma pirralha ainda.
–– to perguntando se posso sentar aí e não beber –– ela revirou os olhos.
–– aqui? –– ele olhou para o seu lado.
–– é –– ela deu de ombros.
–– ta frio aqui –– ele disse.
–– aqui também está –– ela falou se divertindo.
–– então fica por aí –– ele respondeu de forma rude e a feição de Larissa mudou completamente.
–– como você consegue ser tão idiota assim, hein?! –– ela cruzou os braços e fechou a cara.


–– o que é isso nas tuas mãos? –– ele perguntou olhando fixamente.
–– não é do seu interesse –– ela responde grossamente.
–– se não fosse, eu não perguntaria –– ele disse da mesma forma.
–– e se fosse, eu te responderia! –– ela falou em um tom mais alto.
–– pirralha! –– ele murmurou.
–– idiota! –– ela murmurou.
–– são três e meia da manhã. Porque você não vai dormir? Ta na hora de criança está na cama –– ele deu um sorriso irônico e falso.
–– tudo bem –– ela revirou os olhos –– se não me quer aqui, era melhor ter dito antes. Eu não iria insistir pela sua companhia –– ela se virou e saiu andando.
–– ei –– ele se levantou e a chamou. Ela se virou e ficaram se olhando –– o que você quer comigo?
–– companhia –– ela balançou os ombros –– mas tudo bem, vou ver isso aqui e dormir –– ela balançou o filme em sua mão.
–– o que é isso? –– ele perguntou se aproximando dela.
–– um filme. Eu peguei, mas...
–– deixa–me ver –– ele puxou das mãos de Larissa, a interrompendo –– hum... Parece ser bom –– ele disse analisando a sinopse.


–– também me interesse por ele –– ela tomou bruscamente o filme das mãos dele –– depois que eu assistir, te digo se é bom –– ela deu um sorriso e saiu andando –– boa noite –– gritou.
–– SE VOCÊ –– ele disse em um tom mais alto, que a fez parar e virar–se para ele –– quiser ver comigo –– deu de ombros –– estou desocupado agora.
–– ah não. Obrigada. Está na hora de eu dormir –– ela deu um sorriso irônico –– e também está muito frio aqui –– voltou a andar.

Ele a viu dar mais alguns passos e pensou que a companhia dela poderia ser interessante. Ele se sentia chateado pelo acontecido com a Ana e apesar de acha–la prepotente, ele gostava de ficar perto da garota.
–– fica –– ele quase gritou, mas ela ignorou –– por favor? –– ele pediu revirando os olhos.

Ela parou e sorriu satisfeita de costas a ele. Depois virou–se de frente.
–– tudo bem –– caminhou até ele –– mas vou logo avisando –– ergueu o pacote de club social recheada –– eu vou comer 3 e você come 1.
–– eu sou maior, deveria comer mais –– ele disse sorrindo ao ver sua bolacha preferida.
–– mas fui eu quem pagou –– ela disse parando em sua frente.
–– porque quis –– ele fez uma careta –– eu iria pagar.
–– mas não dividiria comigo –– ela ergueu as sobrancelhas.
–– isso é obvio –– ele saiu andando para a lateral de sua casa.


Ela caminhou, seguindo–o. Ele pegou as cervejas e continuou a andar, adentrando a área da piscina. 
–– espera aí –– ele disse a ela.

Foi até o lixo que havia no quintal e jogou as garrafas vazias fora. Foi indo em direção ao seu quartinho nos fundos da casa e ela o seguiu. 
–– senta aí –– ele apontou pro sofá cama, que estava aberto em forma de cama agora.
–– eu te disse que gostei disso daqui? –– ela falou olhando pro lugar.
–– não, mas ninguém costuma gostar daqui.
–– não sei por quê. É tão legal –– ela disse sentando no sofá e se acomodando.
–– eu também acho –– ele sentou––se ao lado dela.
–– tem refrigerante? –– ela perguntou.
–– mas você é abusada, hein?! –– ele perguntou a olhando de lado e ela sorriu feito criança –– tem fanta, serve?
–– uva? –– ela perguntou com entusiasmo.
–– é.
–– adoro! –– ela disse bem enfática.
–– sério? –– ele perguntou surpreso –– é o melhor refrigerante.
–– também acho –– ela sorriu.


Ele lhe esticou uma lata e ficou com uma para si. Cada um pegou um pacote de bolacha e deram play no filme. Em torno de uma hora de filme, o celular de Lúcio tocou. 
–– se importa se eu atender? –– ele perguntou a ela.
–– não. Tudo bem.

Ele se levantou e pego o celular. No visor aparecia "Ana". Ele hesitou um pouco em atender, mas aceitou a ligação.

–– oi –– ele disse já impaciente.
–– amor, você não viu minha mensagem? –– ela perguntou já gritando.
–– vi sim. O que tem demais? –– ele perguntou sem o menor interesse.
–– nossa, Lúcio. O que eu te fiz pra você estar tão grosso comigo?
–– não se faz de vitima não, ta? –– ele disse de forma rude –– você sabe o que fez –– ele olhou para Larissa e fez sinal que sairia dali. Abriu a porta e foi até a área da piscina, sentando–se em uma espreguiçadeira.
–– eu estava tentando fazer uma coisa legal pra gente junto com meus amigos e...
–– justamente –– ele a interrompeu –– com os SEUS amigos –– enfatizou.
–– e o que tem demais nisso Lúcio? Estudamos junto o ano passado inteiro e você convivia com eles.
–– mas eu não gosto deles Ana –– ele gritou de volta.
–– você não gosta de ninguém –– ela deu uma risada irônica –– é por isso que você não tem amigos –– ela gritou –– vive sozinho, nesse teu mundo fechado, enfurnado em casa Lúcio. Não aguento mais isso.
–– e eu não aguento mais você Ana –– ele gritou e desligou o celular em seguida. 


Ela ligou mais duas vezes, mas ele não quis atender e desligou o aparelho após a terceira ligação. Pôs as mãos na cabeça e apoiou os cotovelos nos joelhos. Ficou sentado ali por vários minutos, até lembrar–se de Larissa dentro do cômodo. Correu até lá e ela estava no mesmo lugar. Ela olhou assustada para ele.
–– você está bem? –– ela perguntou.
–– sim –– ele disse ainda nervoso.
–– não parece.
–– vou ficar –– ele respondeu indiferente e sentou–se ao seu lado.
–– se quiser eu... –– ela disse levantando–se do sofá, mas ele não a deixou concluir a frase.
–– fica –– pediu imediatamente, segurando–a pelo braço –– por favor.

Ela olhou para a mão de Lúcio em seu braço e depois olhou em seus olhos.
–– ta. Eu fico –– sorriu.
–– obrigada –– ele sorriu torto –– preciso de companhia.

Os dois ficaram em silêncio um tempo, até ela quebra–lo.
–– posso perguntar algo? –– ela disse.
–– pergunta –– ele deu de ombros.
–– porque você estava me evitando? –– ela o olhou de lado.
–– eu não estava –– ele engoliu a seco a mentira.
–– você estava sim. Eu olhava pra você na aula e você me ignorava. Passava por você no pátio e você fingia que eu não estava ali. Isso tem mais de duas semanas.
–– e você fica a aula toda me olhando, é? –– ele perguntou com um sorriso malicioso nos lábios.


–– não, é só que... –– ela disse um pouco atrapalhada –– ah, nada. Esquece –– fez um bico e ele riu.
–– pra te responder, preciso perguntar algo também. 
–– diga.
–– o que você tem com o Mateus?
–– nada, por quê? –– ela o olhou surpresa.
–– e com o Fernando? 
–– porque está perguntando isso? –– ela franziu a testa.
–– por nada –– ele deu de ombros –– é que ele avançou em mim naquele dia por causa de você. Então imaginei que vocês fossem algo –– ele disse sem demonstrar interesse.
–– ah sim –– ela riu –– somos irmãos –– disse se divertindo.
–– irmãos? –– ele perguntou assustado.
–– o que foi? –– ela perguntou sem entender nada.
–– você sabe que eles me odeiam né? –– ele perguntou em um tom divertido.
–– sei –– ela riu –– me mandaram ficar longe de você.
–– mandaram  foi? –– ele ergueu as sobrancelhas.
–– hurum.
–– ta vendo porque eu estava lhe ignorando? –– ele disse –– não quero mais confusão com aqueles dois.
–– nada a vê –– ela deu de ombros –– eles não podem me dizer com quem andar. 
–– melhor você ir pra casa então, se eles descobrem que você está aqui... –– ele disse desconfiado.
–– mas eu nunca estive aqui. Lembra? –– ela sorriu sugestiva.


–– realmente –– ele concordou com a cabeça –– você nunca esteve aqui. Quer continuar o filme?
–– claro.

Os dois se acomodaram novamente no sofá e continuaram a ver o filme.
–– estou com sede –– ela disse após alguns minutos.
–– tem água e refri no frigobar. Pode escolher –– ele disse parando o filme.
–– posso ir pegar? –– ela perguntou surpresa.
–– pode –– ele deu de ombros.

Ela pegou outra fanta e antes que fechasse a geladeira, ele lhe pediu uma também. Ela pegou uma latinha e jogou pra ele que aparou com as mãos. Assim que ele abriu o refrigerante, o líquido espirrou em toda sua blusa.
–– ai que droga –– ele disse se levantando.
–– nossa, desculpa. Acho que foi porque eu joguei –– ela disse tentando conter o riso.
–– isso não tem graça –– ele disse sério.

Pôs a lata em cima da estante e tirou a blusa. Larissa ruborizou ao vê–lo sem camisa, mas em momento algum deixou de reparar no corpo do rapaz.
–– o que foi? –– ele perguntou olhando pra ela.


–– você... Hã... Malha bastante, né? –– perguntou tímida.
–– é por causa dos treinos –– ele disse –– eu jogo.
–– eu sei. Meus irmãos me disseram que seu time ganhou do deles.
–– eles ficaram muitos putos –– ele disse se divertindo.
–– sobrou até pra mim –– ela disse ainda constrangida por ele está sem camisa, mas não conseguia parar de olhá–lo –– eles estavam bem estressados.
–– por quê?
–– eles me tratam feito criança. Não gosto disso –– ela disse fazendo careta –– e você também me trata assim.
–– você é pirralha, mas é legal –– ele disse sorrindo pra ela.
–– e você é um idiota –– ela disse irritada, mas fazendo outra careta.
–– você não cansa de me elogiar, não? –– ele falou com ironia e ela lhe mostrou a língua.


Ela se aproximou mais dele e pôde reparar uma marca roxa próxima ao seu quadril. Aproximou–se mais olhando naquela direção e ele ao perceber, se afastou.
–– o que é isso? –– ela perguntou olhando a marca.
–– nada. Eu caí –– ele desconversou e virou–se de costa para pegar outra blusa.
–– suas costas estão raladas –– ela disse surpresa.
–– eu já disse que caí –– ele disse um pouco rude.
–– caiu onde? –– ela perguntou.
–– jogando.
–– no campeonato? Já tem semanas e ainda...
–– se for pra ficar aqui, querendo satisfação da minha vida, eu dispenso. A porta está ali –– ele apontou em direção à porta, falando grosseiramente.
–– desculpa –– ela falou sem jeito pelo tom que ele falará –– não precisava ser grosso... –– ela piscou os olhos várias vezes, assustada pela reação dele.
–– foi mal –– respirou fundo –– É que... –– ele virou se frente a ela e coçou a nuca.

Por alguns instantes os dois se encararam. 
–– vamos terminar o filme? –– ela disse quebrando o clima. 
–– sim, vamos –– ele pôs a blusa e caminharam pro sofá.


Assistiram ao filme até o final, em total silencio.
–– muito bom, hein?! –– ele comentou.
–– nem acredito que o Ale não quis ver –– ela falou.
–– teu namoradinho? –– ele a zoou.
–– ele não é meu namorado –– ela revirou os olhos.
–– e você tem namorado?
–– porque você quer saber? –– ela disse olhando–o de canto, cerrando os olhos com malicia.
–– curiosidade, ué –– ele deu de ombros –– mas acho que você não tem idade pra namorar ainda.
–– seu besta! –– ela lhe deu um tapa –– tenho sim. 
–– você tem quantos anos? –– ele perguntou.
–– eu te digo, se você me disser teu nome.
–– pra que você quer saber meu nome? –– ele perguntou franzindo a testa.
–– e porque você não faz questão de saber o meu? –– ela perguntou curiosa.
–– se eu quiser saber, pergunto do Júlio –– ele deu de ombros.
–– eu também pergunto o seu –– ela também deu de ombros.
–– então pergunte a ele ué –– ele disse irônico.
–– como você é chato! –– ela disse irritada.
–– melhor você ir. São dez pras seis da manhã –– ele disse olhando pro relógio do aparelho de DVD.
–– nossa! Já? –– ela disse surpresa –– daqui a pouco meu pai acorda e eu to frita!


Ela se levantou com pressa e saiu dali.
–– valeu pela companhia –– ela disse
–– eu que agradeço –– ele deu um sorriso tímido e ela se afastou dali.

[...]



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): raquel_gomes

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Domingo à noite Lúcio foi até a cozinha preparar algo para jantar, quando se encontrou com o irmão comendo um sanduíche sozinho. –– ué, cadê o Robin? –– Lúcio disse zoando, referindo–se ao Igor. –– te fode Lúcio –– o irmão respondeu mal humorado. – ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 111



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • kaytibatista Postado em 29/03/2019 - 16:36:36

    alguém sabe de a piu tá escrevendo ainda web novelas e aonde ?

  • thceles Postado em 11/09/2015 - 13:08:33

    Aonde encontro capítulos anteriores?

  • mahri Postado em 17/09/2013 - 19:24:40

    vai postar a outra quando? Coloca o link aqui quando começa ok?

  • samandra Postado em 17/09/2013 - 18:30:45

    Adorei a web *-*

  • mahri Postado em 17/09/2013 - 15:59:15

    Aí que lindo *-* pena que acabou :,( eu amei

  • mahri Postado em 16/09/2013 - 23:12:20

    ownt *o*

  • samandra Postado em 16/09/2013 - 18:53:51

    Que lindo *-*

  • mahri Postado em 15/09/2013 - 00:46:52

    o que esta acontecendo que vc nao postou?...

  • mahri Postado em 14/09/2013 - 21:22:43

    Menina posta maissss!!!

  • samandra Postado em 13/09/2013 - 16:05:08

    Nossa posta mais!!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais