Fanfic: NOSSO AMOR E ÓDIO ETERNO
Continuando...
–– ah... Não gosto muito daqueles caras que meu irmão anda –– disse fazendo careta.
–– é... Se você se refere ao Martins e ao Fernandes, eu também não gosto deles. O Souza é o menos metido. Já os Avelar eu não conheço.
–– com o Mateus e Fernando não nos damos bem. Há um bom tempo já –– Lúcio disse com um sorriso presunçoso –– e os outros três não faz diferença pra mim... Quer dizer, aquele Fernandes não me desce.
–– você entrou esse ano na escola, né? Eu estudo desde o ano passado e nunca te vi.
–– entrei. Você joga também?
–– handebol. Sou reserva –– Liu disse rindo –– reserva do Fernandes –– fez uma careta.
–– puta merda! –– Lúcio exclamou gargalhando –– que sorte, hein?!
–– nem me fale... –– revirou os olhos.
Os dois permaneceram ali conversando até seus lanches chegarem. Lúcio não era muito sociável e não gostava de fazer amizades. Mas com Guimarães foi diferente. Assim que começou a conversar com o garoto sentiu que ele era diferente dos outros garotos do time e daquela escola. Por fim, lancharam e ficaram de papo até umas três horas da tarde. Talvez Lúcio teria feito um colega.
Júlio saiu do quarto do irmão foi direto pro seu. Pegou o celular e ligou para Larissa. Parecia não acreditar que iria sair com ela.
–– oi Júlio –– ela disse em tom sorridente.
–– oi Lari. Como está?
–– to ótima e você?
–– também. To ligando pra saber se estar certo hoje à noite.
–– claro que sim. Às 8 h eu estarei te esperando.
–– que bom. Beijos.
–– beijos.
Larissa desligou o celular e foi tomar um banho. Ainda era três horas da tarde e ela iria até a casa de Paula, para conversar. Colocou um vestido leve, uma sandália e antes de sair, foi até a cozinha para lanchar. Olhou pela janela e o tempo não estava muito agradável. Ela estava sozinha em casa e não tinha quem a levasse. Decidiu ir andando mesmo. Pegou sua bolsa e saiu caminhando pela rua. A casa da amiga ficava a seis quadras de sua casa e ela já havia feito esse trajeto milhares de vezes. Quando Larissa estava próxima a terceira quadra antes da casa de Paula, começou a chuviscar.
Ela atravessou a rua correndo em direção a uma árvore que havia ali e ficou tentando se proteger da chuva. Depois de quinze minutos esperando, em vão, a chuva diminuir, ela resolveu voltar pra casa. Estava toda molhada, com frio e medo. Medo de tempestades, raios e trovões. Medo que sempre teve desde criança. Larissa nem olhou para os lados, atravessou a rua correndo quando foi surpreendida por um carro. Era um Agile, prateado e com vidro fumê. Ele buzinou ao frear em cima dela, que ignorou e continuou correndo. O carro parou na calçada e ele desceu. Correu até ela e a segurou pelo braço.
–– Ignachy –– ele disse e ela se virou.
–– Bonates. O que faz aqui? –– ela perguntou surpresa.
–– vem comigo. Sai dessa chuva –– ele a puxou pelo braço para o carro.
Ela entrou, ele fechou a porta e rodeou o carro entrando em seguida no lado do motorista.
–– o que você estava fazendo? –– ele perguntou gritando –– está ficando doida? Correndo no meio da rua, nessa chuva. Quer morrer? Ficar doente? –– falou aumentando gradativamente o tom de voz.
–– ô Bonates! –– ela gritou o interrompendo –– para de gritar comigo!
–– eu não to gritando! –– ela disse gritando.
–– está sim! –– ela disse no mesmo tom –– para!
Ele respirou fundo e tentou se acalmar. Larissa olhava pra ele assustado.
–– você é doida garota! –– ele disse ainda irritado e depois riu –– entra na frente do meu carro desse jeito, sozinha e na chuva.
–– eu não entrei na frente do seu carro –– ela disse indignada.
–– imagine se não –– ele disse irônico –– eu quase te atropelo. Você tem noção disso?
–– não fiz por mal –– ela abaixou a cabeça. Sabia que no fundo estava errada.
–– claro que não Ignachy –– ele revirou os olhos –– o que te deu pra sair andando assim na chuva?
–– eu não estava andando na chuva.
–– não? Está molhada assim por quê? –– ele disse pegando em sua roupa molhada.
–– eu estava indo pra casa de uma amiga quando começou a chover.
–– e porque não esperou em algum lugar? Andar na chuva não era uma solução. E sair correndo então...
–– eu fiquei com medo, ta?! –– ela gritou com os olhos cheios d água, abriu a porta do carro e desceu.
–– ô Ignachy, volta aqui! –– ele exclamou e desceu do carro em seguida.
Ela andava apressada pela calçada como se quisesse fugir dele. Seus olhos já estavam cheios de lágrimas, mas ela não queria parecer fraca diante dele. Lúcio correu na chuva a fim de alcançá–la, segurando a em seu braço quando se aproximou.
–– para Ignachy –– ele pediu com o tom de voz calmo.
–– me deixa garoto –– ela gritou.
–– quero saber o que você tem –– ele gritou também.
–– não te interessa! –– ela disse de forma grosseira.
–– você me deixou preocupado –– ele disse acalmando a voz novamente.
–– é problema meu! –– ela disse cerrando os dentes –– e não quero sua ajuda. Só quero que você me deixe em paz!
Antes que Larissa pudesse dizer mais alguma coisa, Lúcio rapidamente pôs sua mão na nuca da garota e a puxou para perto de si, beijando–a em seguida. Larissa ficou assustada inicialmente. Manteve seus lábios rígidos, amolecendo em questão se três segundos. Ela abriu levemente a boca, deixando que a língua de Lúcio dividisse o espaço com a sua. A outra mão dele subiu até seu rosto, onde ele segurava com todo carinho possível. O beijo era calmo e ao mesmo tempo, intenso. E havia muito desejo. Ambos queriam aquilo, mas não queriam assumir. Após um minuto de beijo, Larissa pôs suas mãos, que estavam soltas ao lado de seu corpo, no peitoral de Lúcio, acariciando–o. Ele movimentava seus lábios de forma terna, fazendo com que aquele momento fosse especial para os dois. Ele terminou o beijo com um selinho, encostando sua testa na dela em seguida. . Ambos abriram os olhos e se encararam. Larissa olhou para boca de Lúcio tão perto da sua e não conseguiu mais pensar em nada. Parecia que o tempo havia parado. Ele não conseguia desviar da luz que se refletia em seus olhos. Quando se deu conta do que acabará de fazer, Lúcio afastou–se imediatamente.
–– desculpa, eu... –– ele disse aflito.
Larissa estava incrédula, não sabia o fazer ou falar.
–– hã... Eu te levo pra casa –– ele disse indo em direção ao carro, mas ela permaneceu em pé no mesmo lugar –– você não vem?
Larissa se quer ouvia o que o garoto falava. Estava absorta em seus pensamentos. Nunca havia experimentado um beijo tão bom em sua vida. O gosto de Lúcio ainda estava em sua boca, misturando–se ao salgado sabor da chuva que caia. Ele andou com o carro até ela e parou na calçada.
–– entra ai Ignachy –– ele disse pondo a cabeça pra fora da janela.
Ela olhou pra ele e entrou no carro. Ele dirigiu até suas casas sem haver nenhum troca de palavras. Assim que estacionou em sua garagem, ambos desceram do carro. Lúcio adiantou–se em andar para a porta de entrada.
–– Bonates –– ela gritou, fazendo–o parar –– espera! –– ela disse correndo até ele.
Ele parou, mas ficou de costas pra garota. Ela se aproximou dele e ficou em sua frente.
–– porque fez isso? –– ela perguntou.
–– não sei –– ele disse sem olhar em sua cara.
–– como não sabe? –– ela perguntou surpresa.
–– não sei Ignachy, simplesmente não sei por que fiz essa idiotice.
–– idiotice? –– ela perguntou desapontada.
–– faz um favor garota? –– ele disse olhando–a nos olhos –– esquece que isso aconteceu! –– falou de forma rude e passou por ela entrando em casa.
Larissa ainda ficou alguns segundos ali, parada, na chuva, tentando digerir tudo o que ouvirá. Não conseguia acreditar que o melhor beijo de sua vida tinha sido com um garoto extremamente imbecil. Quando despertou, correu até sua casa com as lágrimas escorrendo pela face. Há essa altura, a chuva já havia passado, mas ela ainda tremia de frio.
Lúcio entrou em casa e correu para a cozinha, indo direto para o quarto dos fundos, o seu refúgio. Fechou a porta atrás de si e deixou seu corpo escorregar até cair sentado no chão. Pôs as mãos em seu rosto e logo uma angustia instalou em seu peito. Não conseguia acreditar que havia feito aquilo. Ele não podia se interessar por ela. Mesmo que tivesse traído sua namorada, o que ele mais se preocupava era com o fato de seu irmão estar saindo com Larissa. Sentia–se culpado por ter traído a namorada e como se apenas esse sentimento fosse suficiente, ele também se sentia mal em ter gostado do beijo. Sem dúvida nenhuma, Larissa tinha o beijo mais perfeito que ele havia experimentado. Melhor até do que beijo de Ana. Logo ele se levantou, tirou as roupas encharcadas com a água da chuva e foi tomar um banho quente.
Autor(a): raquel_gomes
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Assim que entrou no seu quarto, Larissa foi imediatamente para o banheiro. Ligou a água quente e deixou enchendo a banheira. Entrou ali e ficou deitada, pensando até cair no sono. Acordou em torno das 19 h, assustada. Havia dormido bastante e não queria se atrasar para o encontro com Júlio. Ela gostava dele. Sua companhia lhe fazia bem e tudo o qu ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 111
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kaytibatista Postado em 29/03/2019 - 16:36:36
alguém sabe de a piu tá escrevendo ainda web novelas e aonde ?
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thceles Postado em 11/09/2015 - 13:08:33
Aonde encontro capítulos anteriores?
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mahri Postado em 17/09/2013 - 19:24:40
vai postar a outra quando? Coloca o link aqui quando começa ok?
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samandra Postado em 17/09/2013 - 18:30:45
Adorei a web *-*
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mahri Postado em 17/09/2013 - 15:59:15
Aí que lindo *-* pena que acabou :,( eu amei
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mahri Postado em 16/09/2013 - 23:12:20
ownt *o*
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samandra Postado em 16/09/2013 - 18:53:51
Que lindo *-*
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mahri Postado em 15/09/2013 - 00:46:52
o que esta acontecendo que vc nao postou?...
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mahri Postado em 14/09/2013 - 21:22:43
Menina posta maissss!!!
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samandra Postado em 13/09/2013 - 16:05:08
Nossa posta mais!!