Fanfic: NOSSO AMOR E ÓDIO ETERNO
Na sala Larissa e Paula riam muito com Júlio e agora com Igor que acabará de se juntar a eles entregando uma bebida para Paula e ficando com outra para si. Júlio encontrava–se sentado em um banquinho de frente pra Larissa, com os cotovelos apoiados nas pernas, encarando a menina de forma sagaz enquanto Igor logo se aconchegou ao lado de Paula no sofá tentando fazer com que a mesma caísse em seu charme. Em algum momento o celular de Larissa vibrou, a garota olhou no visor que aparecia “Ale”. Ela sorriu e mostrou para a amiga, sussurrando–lhe no ouvido que iria saber se ele já estava em frente a sua casa. Pediu licença dos meninos e foi até a porta, abriu e olhou em sua casa, onde não se encontrava ninguém. Então atendeu a chamada, mas pouco podia ouvir devido à música alta que tocava na sala.
–– oi Ale.
–– Lari? Que música é essa? Está aonde?
–– ah, em uma festinha de boas vindas aqui em frente de casa. Mas então, estamos esperando ainda, vai rolar? Já é quase meia noite –– ela perguntou em tom meloso.
–– acho que daqui uns trinta minutos –– ele fez uma voz de incerteza –– minha mãe nunca termina de se arrumar –– bufou no final da frase.
–– tudo bem Ale. Não se preocupa, se não der, vamos outro dia –– ela disse tentando animá–lo.
–– ah Lari! Eu queria tanto sair com você... –– fez uma pausa diante o silêncio em que a garota o deixou –– vocês –– se corrigiu logo após –– é que você nunca pode ir pra esses lugares, quase nunca nos divertimos juntos –– ele disse triste.
–– é verdade, mas agora já tenho quinze anos, meus irmãos não vão mais me segurar –– Larissa disse cheia de si, mesmo sabendo que aquilo era impossível não lhe custava nada sonhar alguns segundos.
–– ta Lari... Só você que acredita nisso. Vou ver TV então enquanto os velhos não saem. Beijão minha linda.
–– beijo Xande –– deu uma risada e desligou rapidamente antes que o outro reclamasse do apelido que não gostava.
Larissa guardou o celular na mão e abriu a porta da casa com intuito de voltar para a sala, passando pelo hall e chegando a cruzar o arco que dividia a sala do corredor, mas seu aparelho vibrou novamente.
Logo ela pensou que seria Alexandre novamente pra reclamar pelo apelido que ela o chamará, riu ironicamente e pegou o aparelho olhando no visor. Avistou dessa vez, um nome diferente na tela. Um nome que lhe dera medo e angustia. Aparecia “Mateus”. Seu irmão mais velho e mais ciumento. Revirou os olhos e quando iria apertar para aceitar a ligação, lembrou de onde estava, da música e as pessoas conversando alto e animadamente. Agoniou–se imaginando onde o atenderia para que não escutasse os sons do ambiente. Foi para fora e mesmo assim a música muito alta ainda lhe perseguia. Não queria correr até em casa para atendê–lo. Seu pai poderia vê–la chegando e acabaria com qualquer saída que fosse. Entrou na casa novamente e subiu uma parte das escadas e nada adiantará. Desceu–as e dobrou no cômodo ao lado oposto a sala, era uma sala de jantar onde havia uma porta dupla, grande, à sua direita. Sem pensar duas vezes entrou no cômodo rapidamente, dando de encontro ao garoto irritante. Ele estava sentado em um banquinho, com os cotovelos apoiados no balcão e em suas mãos uma garrafa de cerveja, tendo outras, vazias, distribuídas difusamente pelo balcão de mármore. O garoto a olhou e respirou fundo, revirando os olhos.
–– está fazendo um tour pela minha casa, é? –– perguntou grosseiramente.
–– n–não... –– ela gaguejou sem jeito.
–– e o quer aqui? –– Lúcio perguntou erguendo uma sobrancelha.
–– hã... n–na–da –– ela dizia ainda gaguejando.
Ela gaguejava quando estava nervosa, mas não pela presença, mesmo que indesejada, daquele garoto e sim pela ligação de seu irmão, ou também. Quando caiu em si, olhou para seu celular e o mesmo havia parado de tocar. Respirou aliviada e lhe deu as costas para sair, sem falar nada. Ao se aproximar da porta lhe veio algo na mente: “e se eles ligarem lá pra casa e papai resolver ir me chamar? To ferrada.” Colocou uma mão na cabeça, se dando um leve tapa na testa e uma batida com o pé no chão, sussurrando “Burra”. Mas para sua felicidade, ou seria tristeza? O seu aparelho tocou novamente. A sensação de angustia lhe tomou conta novamente. Então pensou que o dono da casa poderia lhe ajudar e se virou bruscamente pro rapaz, aproximando–se do mesmo.
–– olha... Eu sei que você não foi com a minha cara e nem eu fui com a sua, mas você pode me ajudar só dessa vez? –– fez cara de dó.
Ele a olhou de canto de olho, um tanto desconfiado.
–– o que quer? –– fez um gesto com a cabeça como se a mandasse dizer rápido.
–– um lugar silencioso –– lhe mostrou o celular tocando.
–– ok, vem.
Ele saiu andando na frente e ela, toda atrapalhada devido ao nervosismo e até mesmo por ser tão desastrada, saiu andando atrás. Logo tropeçou no parapeito da porta de saída da cozinha para a área externa.
–– ai –– ela resmungou.
Ele parou e olhou pra trás vendo–a caída no chão, passando a mão no joelho por cima da calça jeans que vestia.
–– está tudo bem? –– ele lhe perguntou se aproximando rapidamente.
–– sim, nada demais –– ela respondeu fazendo uma careta de dor.
Ele se abaixou e nesse momento seus olhos ficaram a mesma altura, se encontrando. Foi ali que ele pôde perceber a cor dos seus olhos que tanto Igor falou. Mas percebeu também a intensidade de seu olhar. Era forte e sincero ao mesmo tempo, brilhavam e ele parecia entendê–la apenas com aquele olhar.
–– você está com dor –– ele sussurrou.
–– não... Está tudo bem –– negou com a cabeça, mas diante de um olhar dele, de desaprovação, ela revelou –– está bem, ta doendo... Um pouco –– e fez um bico.
Pôs–se a notar a sua boca e novamente recordou–se da descrição de Igor, percebeu que também lhe fazia jus.
–– carnuda e vermelha... –– ele sussurrou para si.
–– ou! –– ela lhe chamou a atenção –– preciso atender isso ainda.
–– desculpa.
Ele se pôs em pé e esticou a mão para ela, que aceitou a ajudar e colocou a
sua sobre a dele. Já em pé eles se olharam mais uma vez e devido tanta proximidade ela pôde sentir o perfume adocicado que ele usará. Era um cheiro marcante, muito bom e que lhe deixou zonza. Ela despertou do encantamento quando ele apressou o passo, quase correndo, para o fundo da casa, onde havia um cômodo. Adentraram rapidamente e ela logo atendeu seu celular.
–– alô –– disse arfando.
–– Lari! Onde você estava que não atende esse telefone? –– Mateus perguntou bravo do outro lado da linha. Quase gritava.
–– ah... Eu estava dormindo –– fingiu então um bocejo e olhou para o garoto que ria silenciosamente debochando–a.
–– hum... E demorou pra atender por quê?
–– porque eu estava dormindo Ma, que saco! Vai ficar pegando no meu pé? –– disse irritada e ficou de costa para o garoto que ainda lhe debochava.
–– está bem, me desculpe... Só quero saber como estão as coisas aí. Chegaremos amanhã de manhã.
–– amanhã de manhã? Não era à tarde? –– perguntou confusa.
–– de manhã chegaremos à cidade. Ainda vamos pegar nossas coisas na casa da tia Célia, acredito que chegaremos aí após o almoço.
–– tudo bem. Preciso voltar a dormir, ta?
–– certo. Dorme bem meu amor. Boa noite.
–– obrigada Ma. Beijos.
–– te amo maninha e o Fernando ta mandando um beijo também.
–– agradece por mim. Te amo também. Boa noite –– ela disse sorrindo.
Desligou o celular e pôs no bolso de trás da calça jeans.
–– é mal criada, invade a casa dos outros, meche no que não é seu, mente pro namorado... O que mais de errado você faz, hein? –– Lúcio lhe perguntou com um sorriso no rosto, provavelmente provocando––lhe.
–– pelo menos não sou mal educada como você –– ela disse virando de frente a ele.
O menino mudou o sorriso. Diferente do que ela virá à primeira vez na calçada. Era um sorriso perfeito, meio de lado, com um ar de inocência. Sentiu um frio na barriga ao vê–lo sorri daquele jeito e inconscientemente retribuiu.
–– você não pode estar aqui? –– ele perguntou disfarçando a curiosidade.
–– hã... Não –– cerrou os olhos e depois riu –– sai escondida.
–– seu namorado vai brigar... –– ele respondeu em tom de alerta.
–– não, não vai, porque não tenho namorado.
–– bom, quem quer que seja que estava nesse celular, vai ficar bravo se descobrir –– ele a olhou erguendo uma sobrancelha.
–– não se preocupe –– lhe deu um sorriso –– não vai descobrir –– se virou olhando em volta –– onde estamos?
–– ah... É meu... Hã... Esconderijo –– ele respondeu receoso.
–– esconderijo? –– ela gargalhou –– você tem quantos anos? Cinco?
Ele riu balançando a cabeça negativamente e se jogando em um sofá cama que havia atrás dele. Ela continuou a observar o local. Era como um quarto, um cubículo bem aconchegante. Tinha paredes pintadas por dentro de branco e por fora de amarelo. Continha mobília também, como um sofá cama, uma TV com vídeo game, som, DVD, frigobar, uma estante com livros, CDs e DVDs, uma mesa com cadeira e uns fios, indicando que provavelmente ali haveria um notebook e um ventilador de teto.
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Autor(a): raquel_gomes
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–– você mora aqui? –– ela perguntou curiosa. –– me escondo, por isso esconderijo ou refugio, como prefiro chamar –– respondeu ironicamente. –– refugio soa menos infantil –– eles riram –– então, se esconde de quem? –– de todos e de quem quer que seja –– deu ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 111
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kaytibatista Postado em 29/03/2019 - 16:36:36
alguém sabe de a piu tá escrevendo ainda web novelas e aonde ?
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thceles Postado em 11/09/2015 - 13:08:33
Aonde encontro capítulos anteriores?
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mahri Postado em 17/09/2013 - 19:24:40
vai postar a outra quando? Coloca o link aqui quando começa ok?
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samandra Postado em 17/09/2013 - 18:30:45
Adorei a web *-*
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mahri Postado em 17/09/2013 - 15:59:15
Aí que lindo *-* pena que acabou :,( eu amei
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mahri Postado em 16/09/2013 - 23:12:20
ownt *o*
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samandra Postado em 16/09/2013 - 18:53:51
Que lindo *-*
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mahri Postado em 15/09/2013 - 00:46:52
o que esta acontecendo que vc nao postou?...
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mahri Postado em 14/09/2013 - 21:22:43
Menina posta maissss!!!
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samandra Postado em 13/09/2013 - 16:05:08
Nossa posta mais!!