Fanfic: NOSSO AMOR E ÓDIO ETERNO
Júlio saiu do treino e foi direto pra academia. Assim que chegou em casa, nem trocou de roupa, foi logo pra cozinha, encontrando Lúcio lá, jantando.
–– oi –– ele disse sério.
–– oi –– Lúcio respondeu sem nem olhá–lo –– tava onde?
–– malhando e você? –– pegou um copo de água e sentou–se a mesa com o irmão.
–– na Ana –– ele disse olhando a expressão do irmão.
–– o treinador vai passar a dar treinamento só três dias na semana. Os outros dois serão educação física –– ele explicou –– cada horário vai ser uma turma.
–– espero que semana que vem eu possa treinar –– Lúcio falou pensativo.
–– se não se meter em outra confusão –– Júlio olhou feio pro irmão.
–– se o Mateus e o Fernandes não vierem com graçinha... –– Lúcio deu um sorriso torto.
–– nem me fale do Fernandes –– ele disse irritado –– to muito puto com ele. Dessa vez eu que queria quebrar a cara dele.
–– o que ele fez de tão grave assim pra você estar estressado? –– o irmão o zoou, já que Júlio era sempre tão calmo.
–– ta dando em cima da Larissa direto. Não desgruda mais –– Júlio disse bufando de raiva.
–– como não desgruda? –– Lúcio perguntou interessado.
–– vai buscá–la e deixá–la na sala. Paga lanche pra ela, sorvete, passam o intervalo todo conversando –– ele fez uma cara de nojo –– pior que eu não posso fazer nada. Não tenho compromisso nenhum com ela.
–– já conversaram pelo menos? –– ele perguntou sem demonstrar maior interesse.
–– eu e ela? –– Júlio perguntou e Lúcio assentiu –– mais ou menos. Falamos rapidamente, mas ela não demonstrou interesse em nada mais sério –– ele deu de ombros –– não sei bem qual a dela. Eu iria procurá–la hoje no intervalo, mas não deu.
–– porque não?
–– ah, uma garota do outro terceiro ano veio conversar comigo. Dizendo que tinha visto nosso treino na terça... –– ele olhou desconfiado.
–– e daí? O que ela queria? E a pirralha? –– Lúcio perguntou interessado em saber de Larissa.
–– ela ficou se jogando pra cima de mim, acabei perdendo o intervalo todo conversando com ela –– ele riu –– ela é gatinha.
–– hum... –– Lúcio não esboçou expressão nenhuma –– e o Fernandes já ficou com a pirralha?
–– acho que não. Na escola não. O Mateus não tira o olho dos dois.
–– se eles implicavam com você, com o Fernandes vai ser pior –– ele falou lembrando–se das coisas que havia falado pra Larissa.
–– realmente... Mas você acha que eu devo falar com ele? –– Júlio perguntou confuso.
–– só acho que ele não é a melhor pessoa pra ficar com a pirralha, né? –– ele ergueu a sobrancelha.
–– que milagre é esse? –– o irmão riu surpreso.
–– o que? –– perguntou sem saber do que se tratava.
–– você preocupado com a Larissa –– Júlio relaxou o corpo, encostando–se à costa da cadeira.
–– não estou preocupado com ela –– Lúcio levantou–se irritado –– só que mulher nenhuma merece ser “a da vez” do Fernandes –– fez aspas com as mãos.
–– você tem razão. Maior fura olho ele... –– o irmão disse entortando os lábios.
–– vou dormir. Boa noite –– foi até o irmão e fez um cumprimento com as mãos.
Quando estava saindo da cozinha, Eduardo, o pai dos meninos, chegou.
–– boa noite –– ele disse adentrando a cozinha de terno e gravata ainda.
–– boa noite pai –– Júlio levantou–se e abraçou o pai, pondo depois a louça na pia.
Lúcio apenas fez um aceno com a cabeça e se escorou à porta da cozinha.
–– mais uma suspensão, né Lúcio?! –– o pai olhou pra ele e balançou a cabeça negativamente.
–– deveria ter se acostumado pai –– Júlio disse olhando feio pra irmão.
–– deveria mesmo, mas eu ainda tenho esperança que meu filho tome jeito na vida. E espero que não seja preso mais uma vez –– Eduardo falou enquanto se servia com água.
–– aquilo não foi culpa minha –– Lúcio falou sem sair do lugar.
–– nunca é culpa sua, né? –– o pai perguntou irônico.
–– nem sempre –– ele ergueu a sobrancelha com sarcasmo –– eu não saio batendo em qualquer um. Só em quem merece apanhar –– deu de ombros.
–– mas é melhor você começar a se comportar –– Eduardo falou grosso –– porque se você for expulso dessa escola, eu não vou te matricular em mais nenhuma. Três escolas em dois anos Lúcio? –– ele gritou.
–– tanto faz Eduardo –– ele respondeu com descaso.
–– tanto faz? –– o pai questionou indignado –– você precisa me respeitar garoto. Querendo ou não, eu sou seu pai –– ele disse se aproximando de Lúcio.
–– agora você é meu pai, né? –– ele falou rindo com deboche –– achei que o Júlio fosse filho único.
–– Lúcio... Não me faz perder a paciência com você –– Eduardo disse respirando fundo.
–– ninguém vai perder nada aqui –– Júlio disse indo para frente do pai –– já jantou pai?
–– já –– Eduardo disse afastando–se dos garotos –– fui jantar com a Aline.
–– ainda estão juntos? –– Júlio falou irônico, fazendo piada com a namorada do pai –– achei que tivesse terminado pela milésima vez.
–– to melhor que você que não arruma ninguém –– o pai zoou com ele também.
–– ah pai, não enche! –– Júlio disse irritando–se.
–– e você? –– Eduardo perguntou pra Lúcio.
–– eu o que?
–– já jantou?
–– comi na Ana –– ele deu de ombros.
–– essa menina é um tesouro, viu?! –– Eduardo falou sorrindo –– tem que gostar muito de você pra agüentar esse teu gênio difícil.
Lúcio apenas mexeu os ombros. Não tinha interesse nenhum em falar de seu relacionamento, principalmente com o pai.
–– vou dormir. Boa noite pra vocês –– Lúcio disse soltando a porta e deixando que ela se fechasse.
–– ah, Lúcio –– o pai o chamou –– venha aqui. Preciso falar com os dois.
Lúcio revirou os olhos, entrou novamente e caminhou até o lado de Júlio, parando com as mãos nos bolsos e pouca paciência.
–– sábado agora vai ter um jantar lá na empresa... –– Eduardo começou a falar.
–– eu não vou –– Lúcio adiantou–se em falar e Júlio lhe deu uma cotovelada.
–– não estou perguntando se você quer ir –– o pai disse rudemente –– estou informando–os que terão que ir.
–– é que estamos organizando uma festa pai –– Júlio disse tentando explicar –– do pessoal da equipe da escola.
–– não pode ser em outro final de semana? –– o pai perguntou inconformado.
–– vou falar com o pessoal –– Júlio bufou –– aliás, pode ser aqui em casa, pai?
–– remarque e me avise o dia. Eu viajo com Aline pra bem longe daqui. Não suporto essa barulheira de vocês –– Eduardo fez uma careta e Júlio riu. Lúcio permanecia inexpressivo.
–– você tem certeza que quer que seu problema vá pra esse jantar? –– Lúcio perguntou irônico falando sobre si e desafiando o pai.
Eduardo fechou os olhos e balançou a cabeça negativamente, rindo.
–– não começa Lúcio –– Júlio reclamou.
–– é um jantar importante. Minha empresa fez uma fusão com outra empresa e o meu sócio e os acionistas querem se confraternizar –– Eduardo explicou –– vocês poderiam pelo menos fingir que se importam com a minha vida?
–– você se importa com a nossa? –– Lúcio voltou a provocar o pai.
–– leve a Ana –– ele falou ignorando a perguntou de Lúcio –– pelo menos ela faz com que você se comporte em público.
–– vou ver se ela pode ir –– Lúcio deu de ombro –– e vou logo avisando, não vou tirar foto com a perua da Aline.
–– nem eu pai –– Júlio concordou –– ela que não venha querer dar uma de mamãe pra cima da gente só porque estaremos em público.
–– meninos –– ele advertiu–os –– tenham paciência com ela. Aline só quer ser agradável com vocês.
–– ela não sabe nem quem é quem –– Júlio disse cruzando os braços e Eduardo sorriu.
–– nem eu sei –– Eduardo deu de ombros –– sejam amáveis com ela, ta?
–– posso subir? –– Lúcio perguntou entediado pelo papo.
–– pode. E vistam uma roupa social. Diferente –– ele disse dando ênfase na ultima palavra.
–– já passamos da fase de nós vestirmos igual pai –– Júlio riu e balançou a cabeça negativamente.
–– desde que fizemos dois anos –– Lúcio disse se aproximando da porta.
–– se não tiverem roupa adequada, me avisem que eu peço pra Aline ir comprar pra...
–– não temos mais oito anos pai –– Júlio o interrompeu revirando os olhos.
–– certo. Certo –– Eduardo respirou fundo, mas deu um sorriso no final pelos filhos terem concordado em ir à festa, mesmo que contra a vontade –– sábado às nove horas, ok?
–– já que não temos opção –– Lúcio deu de ombro –– espero o Sr. pra me vestir pra dormir, papai –– deu um sorriso irônico e saiu da cozinha.
Júlio riu e Eduardo franziu a testa.
–– como que eu consegui fazer um filho tão diferente? –– questionou Júlio, que deu de ombros –– esse menino precisa de um psiquiatra.
–– relaxa pai. Vamos dormir –– Júlio disse sem dá importância ao o que o pai havia falado do irmão.
[...]
Autor(a): raquel_gomes
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
No dia seguinte no café da manhã, Hector resolveu esperar pelos filhos na mesa. –– o senhor ainda não saiu, Sr. Avelar? –– Olga disse surpresa ao vê–lo sentando–se a mesa da cozinha. –– ainda não Olga. Quero conversar com os meninos –– ele apoiou os cotovelos na mesa e cruzou as m ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 111
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
kaytibatista Postado em 29/03/2019 - 16:36:36
alguém sabe de a piu tá escrevendo ainda web novelas e aonde ?
-
thceles Postado em 11/09/2015 - 13:08:33
Aonde encontro capítulos anteriores?
-
mahri Postado em 17/09/2013 - 19:24:40
vai postar a outra quando? Coloca o link aqui quando começa ok?
-
samandra Postado em 17/09/2013 - 18:30:45
Adorei a web *-*
-
mahri Postado em 17/09/2013 - 15:59:15
Aí que lindo *-* pena que acabou :,( eu amei
-
mahri Postado em 16/09/2013 - 23:12:20
ownt *o*
-
samandra Postado em 16/09/2013 - 18:53:51
Que lindo *-*
-
mahri Postado em 15/09/2013 - 00:46:52
o que esta acontecendo que vc nao postou?...
-
mahri Postado em 14/09/2013 - 21:22:43
Menina posta maissss!!!
-
samandra Postado em 13/09/2013 - 16:05:08
Nossa posta mais!!