Fanfic: Eu fui a melhor amiga dos Beatles | Tema: The Beatles
Olá caros leitores!!! Desculpa ter demorado tanto, mas estava em semana de provas... Agora que estou de férias vou escrever mais e postar mais. Bem, eu acho esse capítulo muito triste, mas no final ele fica feliz, mas foi mal, não posso contar!!! Boa leitura!
No dia seguinte, Lucy acordou cedo e desceu as escadas. Sentiu uma imensa raiva quando viu as coisas de John e Stu na sala de estar. Alice estava na cozinha e seus pais deviam estar dormindo. Mas ela encontrou os meninos na sala de música. John estava tocando gaita enquanto o outro desenhava alguma coisa. Ela se sentou ao lado deles e John parou de tocar. Como ninguém falava nada, ela decidiu perguntar:
- O que está desenhando Stuart?
- Hã? Ah, oi Lucy. Nada de mais, só uns rabiscos. – Ela olhou para o desenho abstrato.
- Só uns rabiscos? Isso está perfeito! Se você colocasse numa tela e pintasse...
- Não tenho muito dinheiro para comprar telas, mas eu tenho um ateliê em minha casa. Tenho um professor que me ajuda com as pinturas, consegue modelos, pincéis e outras coisas. Algum dia eu te mostro.
- Claro! Seria estupendo! Bem, vejo que já trouxeram suas coisas para baixo...
- É. Alice ajudou. Ela é muito legal. –Disse Stu.
- Eu sei. - Falou Lucy. John parecia triste e esnobe ao mesmo tempo. Como se não quisesse admitir que fosse sentir saudades da irmã. De repente ela falou:
- John, venha. Quero lhe mostrar uma coisa. – Ele a seguiu e Stu ficou desenhando. Atrás do velho piano, havia um embrulho estranho, logo John percebeu que era um presente, mas não achou que fosse para ele. Então Lucy pegou o embrulho e entregou para John:
- Pra você. Espero que goste.
- Você comprou um presente pra mim? – Ele disse emocionado.
- Aham. Considere como dezessete presentes atrasados de aniversário de sua irmã. – John riu e desembrulhou o presente. Soltou um grito de exclamação quando viu a bela guitarra preta e nova que estava em suas mãos.
- Meu deus! Você comprou uma guitarra pra mim? Mas é fantástica, é linda! Mas deve ter custado caro.
- John, o que não me falta é dinheiro, então aceite logo!
- Obrigado! Nunca ninguém me deu um presente mais lindo! Eu vou ficar te devendo essa. - Ele a abraçou bem forte. De repente Alice apareceu e disse:
- O carro chegou.
- Carro? Mas que carro? – Perguntou Lucy
- O carro que vai nos levar pro aeroporto. – Disse John
- Mas já? Pensei que...
- Bom dia crianças! – Disse Mimi descendo com os pais de Lucy. O Sr.Gallagher carregava as várias malas da tia, quase tropeçando nos próprios pés.
- Porque você tem que trazer tanta coisa? – Ele disse largando tudo no chão.
- Sou uma mulher, o que mais gostamos é de bagagens. Trouxe as malas só por precaução. Caso fosse precisar trazer algo de volta dentro.
- Tipo o que? – Ele perguntou curioso.
- Minha nova guitarra. – Disse John mostrando o instrumento.
- Mas como você comprou? – Exclamou Mimi.
- Minha irmã deu pra mim. – John ainda achava estranho chamar Lucy de irmã, mas era o que ela era. Então ela sorriu e disse:
- Achei que deveria dar um presente de aniversário, atrasado.
- Claro. – Disse a Sra.Gallagher – Vocês já tomaram café meninos?
- Alice preparou um para nós. – Disse Stu.
- Então vamos levar suas coisas para o taxi. – Ela disse
- Claro, claro. Bem, foi um prazer conhecê-los!. – Disse Mimi aos dois. - Harry, poderia trazer minhas malas? – Ela perguntou ao Sr.Gallagher que concordou tristemente. – Lucille, querida, você tem os olhos de sua mãe. Foi muito bom poder lembrar-se dela.
- Tia Mimi, vou sentir saudades. – Disse Lucy
- Fique bem queridinha. – Disse Mimi e depois enxugou uma lágrima. Ela se dirigiu para fora com o Sr.Gallagher atrás segurando todas as malas.
- Vamos? – Perguntou a Sra.Gallagher sorrindo e conduziu os outros para fora.
Estava uma linda manhã ensolarada no rua CornYale e as pessoas andavam tranquilamente . Crianças de bicicletas, madames com seus cachorros e de vez em quando passava um ou dois carros. Quando o Sr.Gallagher conseguiu fechar a mala do carro com as coisas de Mimi, ele a cumprimentou e a Sra.Gallagher a abraçou. Mimi, entrou no carro e havia mesmo chegado a hora de dizer adeus. O Sr.Gallagher apertou a mão de John e Stu e disse:
- Foi bom conhecê-los rapazes. Boa sorte com suas pinturas e você com sua banda. Sei que fará muito sucesso.
- Obrigado Senhor. – Eles disseram e a Sra.Gallagher falou:
- Tchau meninos! Espero não ter parecido tão chata! E quero que escrevam para nós.
- Claro Senhora. - Eles falaram e ela lhes abraçou- Mas você é bem legal Sra.G. – Disse John brincando e fazendo a mulher rir. Depois Alice deu um beijo na bochecha de cada um e lhes entregou uns docinhos para a viajem:
- Sei que tem comida no avião, mas não tem a minha. – Eles riram. – Se cuidem meninos!
- Não sei como vamos viver sem sua comida Alice. – Disse Stu.
- É que cá entre nós, a Mimi não é uma boa cozinheira... – Falou John e Mimi disse:
- Eu ouvi isso!- Mais risadas de todos. E John se virou para Lucy e eles se encararam. Ela deixou uma lágrima cair e ele a abraçou fortemente.
- Prometo escrever, e você escreva de volta. – Ele disse a soltando.
- Toda semana. Eu prometo. E você não se esqueça de mim.
- Seria impossível, eu vou sentir muita falta sua Lucy. Obrigada pela Guitarra, vou causar inveja nos meus amigos.
- Claro. – Ela riu. – Treine bastante. Te vejo no natal?
- Talvez, se Liverpool não for congelada. – Ela sorriu e olhou par Stu.
- Quero uma cópia de cada pintura que você fizer! E quero cartas!
- Farei o possível Lulu. – Ela sorriu e o abraçou. Stu acenou com a cabeça para o Sr e Sra.Gallagher e para Alice e segurou a mão de Lucy, antes de entrar no carro. Agora só restava John. Ele a abraçou novamente e fez o mesmo que Stu. Lucy fechou a porta do Taxi e bateu no vidro da janela. John beijou sua mão antes do carro começar a andar e suas mãos se separarem. Ele ficou acenando enquanto o carro ia andando ainda devagar e Lucy acenava de volta. Alice a abraçou e Lucy não segurou o choro. Ela olhou uma última vez para o carro que se afastava rapidamente e voltou para sua casa.
12 de novembro de 1958
Quatro meses se passaram e John e Lucy não se viram mais. No inicio escreviam muitas cartas, mas conforme o tempo, elas foram ficando cada vez raras. John voltara a treinar com sua banda que agora se chamava ‘’Johnny and the Moondogs’’ porque como nenhum deles tinha mais nenhuma ligação com Quarry Bank, não havia motivos para continuarem com o nome, e tinham um novo baterista, Colin Hanton. Enquanto isso, Lucy continuava estudando arte, mas ansiosa para a chegada de seu namorado Daniel no Natal. Ele havia mandado uma carta, dizendo que viria.
Ela estava voltando para casa, depois da escola com sua amiga Carol, e conversando sobre ‘’casamento’’:
- Talvez. – Disse Lucy. – Mas acho que ele teria que pedir uma licença para nos casarmos.
- Se o Bob me desse mais atenção, poderíamos falar de casamento. Mas eu acho que ele prefere o futebol a mim. É nojento como quando ele volta do treino todo suado e quer me abraçar. Ugh! – Disse Carol.
- Que bom que o Daniel não me abraça suado quando volta de viajem. – Elas riram e Lucy disse sem expressão:
- Eu nunca vou ter filhos.
- Sério? – Perguntou Carol
- Não. Pense só, é puro narcisismo. É como fazer cópias de si mesmo: ‘’Olhe, ela não tem os olhos do pai e não tem a boca da mãe’’. É, é nojento. – Carol riu.
- E que tal a adoção? Luce? Lucy! – Ela perguntou quando notou que a amiga já não prestava mais atenção. Mas Lucy viu um garoto que se parecia muito com seu meio-irmão John Lennon. Ela largou os livros que segurava no chão e correu em direção aquela pessoa ela gritou: ‘’John! John!’, mas o garoto era parecido só de trás. Ficou um pouco confuso com a menina e disse:
- Tudo bem?
- Sim, eu, é que, eu me confundi com outra pessoa. – Carol pegou os livros de Lucy e correu até ela:
- Lucille Gallagher Lennon! O que deu em você?
- Desculpe Carolina Holck. Desculpe incomodá-lo senhor. – O rapaz assentiu e elas voltaram a andar.
- O que foi aquilo?
- Eu achei que ele era outra pessoa.
- Quem?
- John. John Lennon. Você sabe. Meu irmão.
- Sim, mas, você, você ainda... Você ainda pensa nele?
- Mais ou menos, estamos nos correspondendo por cartas, mas é que eu sinto saudades. A casa fica vazia.
- Também sinto saudades do Daniel. Ele é meu irmão sabia?
- E meu namorado. - Lucy sorriu, mas Carol parou de andar. Ficou olhando com cara de espanto para o outro lado da rua e largou os livros, que caíram no chão fazendo barulho e fazendo também a menina acordar.
- Carol, o que houve? – A loira olhou chorando para os olhos da amiga e saiu correndo em direção a rua. Lucy achou que a outra tinha ficado louca, mas viu que a amiga estava olhando para os dois soldados militares que subiam as escadas para a varanda da casa da Sra.Holck, mãe de Daniel e Caroline. Lucy ficou em choque e saiu correndo atrás da menina, soltando seus livros, que caíram ao lado dos de Carol. A Sra.Holck que varria a varanda, segurou a carta dos soldados que disseram ‘’Sinto muito’’, e abriu. Sua expressão foi horrível. Ela perdeu as forças para ficar em pé e se ajoelhou no chão. Carol subiu as escadas e ajudou a mãe. Lucy subiu devagar chorando e a Sra.Holck começou a chorar e gritar ‘’Não!’’. Carol pegou a carta e leu em voz alta:
- ‘’ Lamentamos dizer que o senhor Daniel Holck, foi morto num ataque inesperado de bombas na Alemanha. ‘’ A menina jogou o papel longe e ficou abraçada a mãe que chorava muito. Lucy não sabia onde enfiar a cara. Seu namorado estava morto. Seu querido Daniel havia ido embora. Ela não conseguia acreditar. Seus joelhos foram perdendo força e ela caiu no chão. Começou a chorar e gemer. Será que Deus era assim tão cruel? Que pode trazer e tirar pessoas que amamos assim tão facilmente? Lucy não sabia como havia ido para casa, mas entrou e antes que subisse as escadas seus pais a chamaram:
- Querida, precisamos te contar algo. – Lucy suspirou e foi até a sala onde eles estavam. Ela estava com a pior cara possível. Sua mãe perguntou:
- O que houve querida? Parece que viu um fantasma.
- Quase isso. – Ela enxugou as lágrimas e disse soluçando:- Daniel morreu. Ele foi morto num ataque de bombas na Alemanha. Meu namorado se foi. – Ela voltou a chorar e sua mãe levou à mão a boca. Seu pai lhe abraçou e perguntou como ela sabia e ela contou o que aconteceu. Por fim ele disse:
- Então acho que é melhor nem falarmos sobre a má notícia.
- Por quê? O que houve? Que má notícia?- Lucy perguntou.
- A empresa que seu pai trabalha aqui em Londres faliu Lucille. – Demorou um pouco para Lucy processar tudo que havia acontecido. Primeiro Daniel está morto e agora ela e sua família estão falidos?
- Mas como faliu?
- Houve um problema na área de serviços públicos, que rendeu muitas dívidas para a empresa. Agora ela faliu e tiveram que demitir todos os empregados, inclusive eu.
- Mas e agora? – Ela perguntou desesperada
- É isso que queremos te falar. Achamos que você vai gostar.
- O que é? Uma notícia boa?
- Talvez. Bem, o dono da empresa é meu amigo e me ofereceu um emprego numa filial em outra cidade. Será a mesma empresa e vou ganhar o mesmo, mas teremos que sair de Londres. Nossa querida Londres.
- E aonde é? Onde fica a filial?
- Em Liverpool. – Eles falaram e Lucy abriu pela primeira vez em muito tempo, um sorriso de pura felicidade.
Qual é né? Parei bem no climax...
Autor(a): Mari H.Vilhena
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
O início desse capítulo foi difícil de escrever, principalmente porque minha biza morreu ontem, e ela era muito importante pra minha família e pra mim. E eu fiz a mesma data da morte do John Lennon no inicio. Bem, se vocês tiverem também alguém que amam que já faleceu, pensem que elas ainda estão conosco. Boa leit ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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isaamccartney Postado em 19/03/2014 - 23:01:48
ain ta perfeita *-* continua please :3 eu amo essa fanfic ,3
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maryhaddad Postado em 23/06/2013 - 01:16:36
Obrigada vickhoran!!
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vickhoran Postado em 22/06/2013 - 23:48:06
Amei a sua fanfic dos Beatles. :)