Fanfics Brasil - Capítulo 17: ''O Papai Noel Secreto'' Eu fui a melhor amiga dos Beatles

Fanfic: Eu fui a melhor amiga dos Beatles | Tema: The Beatles


Capítulo: Capítulo 17: ''O Papai Noel Secreto''

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25 de Dezembro de 1958.


 


    - Acorda Lucy! É Natal! – Gritou Cynthia sacudindo a garota. Lucy abriu os olhos rapidamente e foi até a janela onde a amiga, ainda de pijama, olhava para a fora deslumbrada.


    - Eu nunca vi uma manhã de natal tão bela! – Exclamou Lucy. Estava nevando sobre Penny Lane e as crianças brincavam de andar de trenó e de fazer bonecos de neve. Havia luzinhas de natal por todas as casas e prédios. Na praça principal, que ficava bem perto da casa de Lucy, havia uma enorme e linda Árvore de Natal.


    Depois da festa de Natal na casa dos pais de Cynthia no dia anterior, as duas meninas e Sam foram dormir na casa de Lucy, pois no dia seguinte teria a festinha de Papai Noel secreto que era a brincadeira favorita da Jane. Mesmo com as férias, os amigos da escola não deixaram de se ver e combinaram de fazer essa brincadeira, onde eles sorteariam o nome um do outro, e entregariam presentes de acordo com as características dessas pessoas sorteadas. Lucy havia tirado Samantha, e antes não sabia o que dar a ela, mas havia comprado uma coisa que tinha certeza que a amiga iria amar. Estava ansiosa, pois hoje, seria a primeira vez que veria Paul desde a festa de Halloween e queria pedir desculpas a ele.


    - Nossa, olha só a Sam! – Riu Cynthia olhando para a amiga que dormia largada no colchão, babando no travesseiro. Lucy se virou e olhou para ela, pegou seu travesseiro e bateu com força na cara de Sam:


    - Acorda Bela-Adormecida! - A outra levantou rapidamente com o travesseiro nas mãos e começou a golpear o ar:


    - Água, Holocausto, Einstein, gelatina! – Gritou Sam feito uma louca. Lucy e Cyn rolaram de rir e Sam bufou:


    - Vocês não sabem que no Sábado eu durmo até o Domingo?! – Elas riram mais. – Acham isso engraçado não é? Que droga! Cadê meus óculos? – Girou pelo quarto apalpando tudo. Lucy se levantou contendo o riso e entregou os óculos redondinhos e escuros de Sam. Ela os colocou e sentou arrumando seus lindos cachos louros, ela usava sua camisola de bolinhas que tinha ganhado de aniversário:


    - Você nem precisa desses óculos. – Disse Cynthia.


    - Mas me deixam linda. – Ela sorriu. - Ok, por que diabos interromperam meu sono da beleza?


    - Porque está tarde, e precisamos tomar café-da-manhã. – Disse Lucy pegando Leyla no colo e abrindo a porta para o corredor, ela saiu e Cynthia a seguiu, Sam ainda sonolenta, colocou suas pantufas e saiu atrás das meninas descendo as escadas. O ar tinha cheiro de panquecas com caramelo e ovos frescos. Simone, a nova funcionária dos Gallagher, estava fazendo o café da manhã na cozinha e cumprimentou as três meninas:


    - Bom dia dorminhocas! Feliz Natal!


    - Feliz Natal Simone! – Elas falaram.


    - Sentem-se que vou levar um café da manhã de Natal pra vocês, só um instante. – Elas assentiram e se sentaram na mesa da sala de jantar. A Sra.Gallagher desceu as escadas usando uma camisola verde e sentou-se a mesa.


    - Bom dia meninas e feliz natal!


    - Feliz Natal Sra.G! – Falaram Cyn e Sam.


    - Feliz Natal mamãe. – Disse Lucy dando um beijinho na testa da mãe. - Cadê o papai?


    - Acho que ele saiu para comprar as coisas pra ceia de hoje à noite. Sabia que seus avós e tios vem somente para...


    - Mas hoje à noite é o Papai Noel secreto mãe! – Disse Lucy.


    - Eu sei, eu sei. Está tudo sobre controle, você e seus amigos podem ficar lá no quartinho do jardim.


    - Mas vai caber todo mundo? – Perguntou Sam e Cynthia lhe deu uma cotovelada.


    - Há-há, é claro querida! O quartinho é como um sótão tem espaço para todos, tem até uma lareira.


    - Ah, sim. – Disse Sam. Logo Simone volta para a mesa com duas bandejas com torradas, panquecas com mel, ovos mexidos, suco de laranja, leite quente, café com chocolate e biscoitos de baunilha. Um digno café de Natal. Elas sorriram e atacaram a comida.


 


Mais tarde naquele mesmo dia...


 


    Mais ou menos às 19:45, as pessoas começaram a chegar para a festinha. Lucy havia descoberto coisas sobre seus novos amigos, agora sabia que David era Gay. Jane e Pedro já foram namorados, mas depois que ela o encontrou com uma garota do 1º ano na cama, eles terminaram. Mas Pedro sempre dá em cima de Jane, apesar de ela fingir que não se importa. Chuck sofria de Bullying quando era calouro por ser negro e se não fosse por John, Sam e Stu, não teria conseguido superar. Sam nunca teve problemas na escola. Cynthia era a moça certinha e inteligente, do grupo dos riquinhos de Liverpool. Estava noiva de Barry Stone, um ‘’Romeu’’ de Hoylake, e agora namorando secretamente com John Lennon, pois sua mãe nunca o aprovaria. Lucy nunca perguntou para Cyn sobre como ela havia conhecido John, mas com o tempo quem sabe, descobriria. Os pais de Lucy acharam estranho a filha ter amigos tão problemáticos, até ela achou no começo, mas com o tempo viu que eles eram muito legais.


    - Muito bem, vamos começar. – Disse Jane a todos os amigos. – Quem vai ser o primeiro a falar seu Papai Noel secreto?


    - Eu! – Gritou Stuart. Todos bateram palmas e ele se levantou. – Hem-Hem. Meu Papai Noel secreto me deu tintas de todas as cores possíveis; telas novas e pinceis para pintar e umas revistas com modelos pornográficos para eu... Me ‘’inspirar’’. – Todos riram. - Eu não faço idéia. Mas esses presentes são tão gays que acho que sou a pessoa errada pra recebê-los. Terei de chutar. Que toquem os tambores... – Sam e Jane batucaram na mesa. – David! – O menino riu e se levantou. Stu se sentou ao lado de Sam e David falou:


    - Meu Papai Noel secreto me deu um livro de romance de um autor que não conheço; um cachecol azul fabricado na Suíça; um revista de designer masculino e um conjunto de poesias antigas. Este é difícil. Como nenhum de nós tem capacidade para comprar tudo isso, eu terei que dizer que é a Senhorita Powell. – Cynthia sorriu e se levantou, David a abraçou e sentou-se.


    - Muito bem, meu Papai Noel secreto me deu um vinil de Buddy Holly; um cinto de couro; uma caixa de bombons e um ‘’anel de noivado’’. Acho que já é meio óbvio... – Ela disse olhando apaixonadamente para John. Ele se levantou dizendo:


    - É bom mesmo que seja eu, pois se não for, eu quebro a cara do desgraçado! – Eles deram gargalhadas enquanto John sorriu e beijou Cynthia que riu do comentário.


    - Ok. Meu P.N secreto me deu três discos do Elvis; uma gaita nova e alemã. – Todos assoviaram. – Um quadro com uma foto super sexy da Briggite Bardot. – Cynthia fez uma careta. – E um óculos redondo que me faz ficar tão nerd quanto a pessoa que me deu. Eu acho que a única pessoa a me conhecer assim tão bem é você Paul McCharley. – Paul riu e se levantou. John se sentou e o amigo falou:


    - Meu Papai Noel secreto me deu uma fita com a música ‘’Raunchy’’ gravada duas vezes; um bolo de chocolate com gengibre e um gravador de música novo. Esse ai só pode ser o George, a propósito, diz pra sua mãe que o bolo estava delicioso. – George se levantou rindo e Paul se sentou.


    - Meu Papai Noel secreto me deu uma fantasia de Halloween nova; duas entradas para a estréia do ‘’Ataque dos Aliens 2’’; uma nova câmera fotográfica e um terno. Acho que essa foi o Stu. – Stu assentiu e Jane se levantou.


    - Eu vou agora. Meu Papai Noel secreto me deu flores; dois cartões me pedindo em namoro; duas entradas para ver o Mágico de Oz e uma roupa apertada de líder de torcida. Meu Deus! Quem será? – Ela disse indo abraçar Pedro. – A propósito, a resposta é não. – Ele fez uma careta e se levantou.


    - Meu Papai Noel secreto meu deu uma coleção de figurinhas da Marvel; uma bola de futebol; duas barras de chocolate e um vinho irlandês. – Essa eu não sei. Uh... Chuck?


    - Exato. – Disse Chuck se levantando. – Bem, meu Papai Noel secreto me deu discos do Chuck Berry, Bob Marley e Temptations; um suéter com as minhas iniciais e um livro sobre os maiores jogadores de futebol do mundo. Essa é a cara da Samantha. – Sam fez uma reverência e disse:


    - Meu Papai Noel Secreto me deu uma carta com 20 libras; ração para Labrador e um livro em braile para adestramento de cães. Então, eu acho que foi a Jane.


    - E por que você acha isso? – Perguntou Jane.


    - Por que você gosta de cachorros.


    - Ficará surpresa em saber que seu Papai Noel secreto na verdade sou eu. – Disse Lucy.


    - E por que todas essas coisas? – Perguntou Sam.


    - Seu último presente Sam, está naquela caixa ali atrás. – Lucy apontou para uma caixa cinza perfurada. Sam pegou a caixa pesada e abriu. Sua boca se abriu quando viu um pequeno filhote de Labrador muito fofo nela. Todos exclamaram e bateram palmas.


    - Você comprou um cachorrinho? – Disse Sam sorrindo e pegando o pequeno no colo.


    - Sim, você sempre quis um e ele não é somente um cão, é um cão guia. Ele vai te ajudar a andar na rua se precisar.


    - Meu Deus Lu! Eu amei!! Um cão guia é exatamente o que eu queria! Mas, não foi caro?


    - Não importa o preço, desde que te faça feliz. – Sam abraçou a amiga.


    - Acho que vou chamá-lo de Einstein. Meu pensador favorito. – Ela riu e Lucy falou.


    - Bem, é obvio que meu Papai Noel secreto é a Jane, mas ela me deu quatro ingressos para ver uma peça baseada em Anne Frank, novas botas de couro e um álbum de fotografias nossas chamado: ‘’Guia de sobrevivência do Colégio de Artes de Liverpool’’.


    - Muito bom. – Jane a abraçou.


    - Estou com fome. Lucy pede pra Sra.G trazer comida. – Disse John.


    - Ela está ocupada com meus parentes, mas eu vou lá pegar comida. – Eles assentiram e Chuck colocou um vinil do Buddy Holly para tocar. Lucy colocou seu casaco, cachecol e saiu. Sem perceber, Paul a seguiu. Estava escuro do lado de fora e a casa dos Gallagher e a dos vizinhos enfeitada com luzinhas de Natal. Lucy se apertou com o casaco de lã. Como estava frio! Ela tinha que fazer força para tirar os pés da neve. Paul segurou seu braço e ela levou um susto:


    - Ah! Garoto, o que você... Oh, Paul, é você. O que está fazendo aqui fora? Vai congelar assim!


    - Preciso falar com você, não posso...


    - Paul, acho que não é uma boa hora, e se o John nos vir...


    - Eu não me importo Lucy.


    - Pois deve se importar! Ele é meu irmão e se achar que nós...


    - Eu só quero conversar, me dá um minuto. – Ele pediu. Lucy olhou em volta contrariada e falou:


    - Só UM minuto! E quer soltar meu braço! Está me machucando!


    - Obrigada e desculpe.


    - Se é pra falar daquele dia, eu juro que queria pedir desculpas, mas...


    - Por que mentiu pra mim?


    - Eu, eu sei lá, era uma nova cidade, novos amigos, eu queria causar uma boa impressão...


    - Mas se eu soubesse que você era irmã do John eu não teria...


    - Viu?! É exatamente por isso que não falei meu nome.


    - Mas agora olha a confusão que nos metemos.


    - Que confusão? Só estávamos dançando e conversando.


    - Não Lucy, foi mais do que isso. Eu não sei se, se sentiu a mesma coisa, mas eu senti uma sensação quente no estomago, e eu sinto toda vez que olho nos seus olhos... – Ele segurou o queixo de Lucy e se aproximou de seu rosto, mas ela desviou.


    - Paul, por favor, não piore as coisas... – Ele sussurrou no ouvido dela:


    - Só quero que me diga... Se também sente essa sensação quando me olha... Só isso e eu juro que te deixo em paz... – Lucy suspirou e disse baixinho:


    - Eu, eu sinto algo forte por você Paul, mas estou confusa. Está acontecendo tudo tão rápido. Eu acabei de chegar à cidade, estou tentando me adaptar ainda. Eu já sofri muito no amor e não quero sofrer de novo...


    - Eu nunca te magoaria.


    - Eu sei Paul, mas... Eu juro que quando descobrir que sentimento é esse que sinto por você, será o primeiro a saber. Acho que, não estou pronta pra estar em um novo relacionamento...


    - É eu soube... Do que aconteceu... Sinto muito pelo Daniel... – Ele disse a abraçando. – Olha, vamos sair, um dia desses. Como amigos. Só pra se distrair.


    - Acho melhor não...


    - Por favor... – Ele fez uma cara de cachorrinho pidão e Lucy suspirou:


    - Está bem, me encontre daqui a dois dias no porto, às 16:00.


    - Estarei lá, eu prometo. – Ele beijou a mão dela e voltou para o quartinho onde todos dançavam. Lucy disse:


    - Meu Deus... Por que ele tinha que ser tão lindo?– Ela entrou na casa e foi buscar comida. O resto da noite ocorreu perfeitamente bem, era Natal afinal.



 


Gente espero não ter pegado muito pesado nos personagens, mas queria que eles ficassem bem diversificados, afinal, nem todo mundo é igual.



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Autor(a): Mari H.Vilhena

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



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  • isaamccartney Postado em 19/03/2014 - 23:01:48

    ain ta perfeita *-* continua please :3 eu amo essa fanfic ,3

  • maryhaddad Postado em 23/06/2013 - 01:16:36

    Obrigada vickhoran!!

  • vickhoran Postado em 22/06/2013 - 23:48:06

    Amei a sua fanfic dos Beatles. :)


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