Fanfic: Eu fui a melhor amiga dos Beatles | Tema: The Beatles
Oi gente! Quanto tempo não? Eu não sei se já disse isso mas eu cheguei a um ponto onde não acontece nada de interessante na história dos Beatles então estou tendo que usar minha criatividade. Não que issso seja ruim, mas daqui a pouco vou ter que adiantar um pouco o tempo. Olha, eu quero que vocês comentem! Eu decobri que só tenho 4 leitores neste site, e preciso de opiniões! Boa leitura!
27 de Dezembro de 1958;
Lucy suspirou. Estava esperando por Paul no porto e olhando os barcos. Costumava fazer isso no Porto de Londres, era bom ver os barcos indo embora e voltando. Trazendo pessoas desconhecidas, de lugares desconhecidos. Ela também gostava da brisa do mar. Queria algum dia, se pudesse, viajar para todos os lugares maravilhosos do mundo... Planejava fazer isso com Daniel. Um dia quando ela tinha quatorze anos, os dois passeavam pelo porto:
- ‘’Você acredita em reencarnação?’’
- ‘’Acho que sim, mas por que a pergunta?’’
- ‘’A professora Sandra falou que quando reencarnamos não nos lembramos de nossas vidas anteriores. Ou seja, em outra vida, não nos conhecíamos. Eu não era eu, nem você era você. Ai meu Deus Dan! Quer dizer que, não nos amávamos!’’ – Ele riu e segurou o rosto da namorada:
- Lulu, amor, não importa em vida eu esteja eu sempre estarei com você. Eu vou te amar em todas as minhas vidas... ’’
Ela nunca esqueceu o que o namorado disse. Sabia que quando morresse, Daniel estaria esperando-a em sua próxima vida. Ela ainda o amava muito. Não conseguia acreditar que estava no porto esperando pelo melhor amigo de seu irmão para um talvez encontro e pensando em seu namorado morto! O que ela estava fazendo? Ela não podia fazer isso, mal tinha terminado seu relacionamento e estava esperando por outro. Não neste sentido mas... Seus pensamentos foram interrompidos por uma pessoa que a cutucou:
- Me atrasei muito? – Perguntou Paul. Ela sorriu e o abraçou:
- Não, eu só estava distraída. – Eles começaram a andar.
- Quer tomar um sorvete? – Paul perguntou.
- Claro.
- Tudo bem, espere aqui que vou comprar, quer de que?
- Morango. Adoro morangos. – Ele se afastou e foi para uma barraquinha do outro lado da calçada, logo volta com dois sorvetes, um de morango e o outro de baunilha.
- Para onde vamos? –Perguntou Lucy lambendo o sorvete.
- Para onde quiser.
- Então vamos passear pela praia e subir no farol! – Ela disse animada e ele riu:
- Ok, Senhorita Lennon. – Eles desceram as escadas da calçada que levavam até a praia e Lucy correu pela areia até chegar perto da água, queria senti-la em seus pés e tirou os sapatos. Ficou tomando seu sorvete até que Paul chegou ao seu lado e falou:
- Já foi à praia antes?
- Claro, mas não tem praias em Londres, então temos que ir a outras cidades... Então, não vou muito à praia. – Eles se sentaram na areia e ficaram sem falar nada, só olhando o horizonte. O único barulho era das ondas do mar. Mas Lucy quebra o silêncio:
- Daniel estava louco para servir. Achava que era o seu dever patriótico. E fez o que queria. Eu me orgulho dele. Eu acho que, ele fez algum ato de bravura, antes de morrer... Ele tinha duas medalhas quando o enterraram.
- Não precisa falar sobre isso. – Disse Paul.
- Mas, eu quero. Também não posso fingir que não aconteceu... – Ela encarou o nada. – Ele foi meu primeiro namorado, e a primeira pessoa, que realmente conheci que morreu. Eu nunca tinha ido a nenhum enterro. – Ele segurou a mão dela:
- Olha, minha mãe morreu, na minha frente. Ela estava dentro do hospital e eu vi quando ela fechou os olhos para sempre. Eu sei como é, perder alguém... – Ela negou com a cabeça interrompendo-o:
- Não, você não sabe Paul. Não sabe como é perder alguém, desse jeito. Você estava com sua mãe, quando ela faleceu. Eu, eu não via o Dan há meses e nem consegui me despedir. – Ela se levantou e andou em direção ao farol. Paul a seguiu:
- Você sabe como é perder alguém que ama Paul, mas eu perdi a pessoa com quem eu queria passar o resto da minha vida. Perder, um avô ou uma mãe ou irmão, é diferente de perder uma paixão ou um filho. – Ela subiu as escadas do farol junto com Paul e quando chegaram lá em cima ele disse:
- Mas eu entendo você. Mas, saiba que, a única coisa que vai ficar é a saudade, a dor vai embora com o tempo. A vida vai continuar e tenho certeza de que vai encontrar alguém, que te ama do jeito que você é. Alguém que te enxerga. – Ela o olhou com lágrimas:
- Você acha mesmo?
- Claro. – Ele a abraçou. – Não é o fim do mundo Lucy. – Ela disse chorando:
- Por que o mundo é tão cruel? Por que Deus tira as pessoas que nós amamos assim? – Ela estalou os dedos.
- Olha, a vida não é eterna. Mas o que você faz nela, pode ficar para sempre. Se suas ideias forem ouvidas, quem sabe elas podem se tornar ações. Essas ações farão seu futuro. Suas escolhas te fazem. Só precisa decidir por qual caminho vai seguir. E Deus pode até tirar quem amamos, mas ele também pode trazer pessoas que mudarão nossas vidas para sempre. – Ele encarou Lucy e falou mudando completamente o clima:
- Vem comigo.
- Aonde vamos? – Ela riu.
- É uma surpresa... – Ele a levou para o Cemitério de Horseville, perto do centro e ficaram brincando com as pessoas cujo nome havia nas sepulturas.
- Esse aqui: ‘’Anna Percival, saudades de seus irmãos’’. – Disse Lucy.
- Aqui do lado: ‘’Mausoléu da família Walter de Piza’’. – Disse Paul e olhou para um sepulcro do lado:
- Olhe só Lucy, - Ele leu com uma voz cortês que a fez rir. – ‘’Eleanor Rigby, amada esposa de Thomas Woods, dorme. ’’
- Dorme? O que significa?- Ele parou para pensar.
-Significa que temos que correr antes que ela acorde! – Ele gritou fazendo uma cara de medo e saiu correndo. Lucy riu feito uma criança e o seguiu, mas viu um túmulo que não queria ter visto:
‘’Para a amada Julia Lennon, que sua alma descanse em paz.’’
Paul percebeu que ela havia parado de correr e voltou. Viu que ela olhava para o túmulo da mãe e a abraçou:
- Você sabia? Que era aqui? – Ela perguntou.
- Sabia, mas... Não queria lhe mostrar isso, eu fui ao enterro porque John pediu um ombro amigo. Desculpe, não deveria ter te trazido.
- Não Paul, está tudo bem. Eu não a conheci mesmo, não há por que ficar triste. Só que, é estranho ver onde sua mãe ficará para sempre. – Eles olharam a placa:
- Vem, vamos embora antes que Eleanor Rigby acorde. – Ela riu e eles foram andando até sair do Cemitério. Paul deixou Lucy em casa e na porta se despediu dela:
- Tem certeza de que está bem? – Ele perguntou.
- Claro, vou sobreviver. – Ela respondeu.
- E como ficamos? Não, não pense que estou falando ‘’daquele jeito’’. Só quero saber se estamos bem, assim, amigos? – Ele estendeu a mão e Lucy lhe deu um beijo na bochecha:
- Talvez isso responda sua pergunta... – Ela sorriu e entrou em casa fechando a porta e ficando apoiada nela durante um tempo. Depois suspirou:
- Deus... Por quê? Por que logo ele? - Ela subiu as escadas e foi para seu quarto se deitando na cama e deu um grito.
Paul colocou a mão bem onde Lucy havia lhe dado o beijo. Ele sorriu e suspirou:
- Cara, eu to ferrado com essa mina. Por que ela tinha que ser irmã do John? – Ele se virou e foi para casa de ônibus. A Sra.Gallagher estava passando pelo corredor de casa e ouviu um barulho de choro. Olhou para o quarto de Lucy e a encontrou chorando no travesseiro.
- O que houve querida? – Lucy levantou a cabeça e falou:
- Nada mamãe, estou bem.
- Não, você não está. Conte-me logo. – Lucy se sentou e sua mãe acariciou os cabelos dela. A menina suspirou e falou tudo o que acontecera. Sobre Paul e ela na festa de Halloween, sobre a tarde de hoje. A Sra.Gallagher escutou tudo e no fim suspirou:
- Está chorando por causa de sua mãe, ou por causa de Daniel?
- Nenhum dos dois. É pelo Paul. Estou tão confusa e não sei o que fazer mãe. Ele é melhor amigo do John. O que eu faço?
- Querida, não vou negar que está numa fria, mas acho que deve fazer o que seu coração sente. Se ele diz que deve ficar com Paul fique, mas se ainda está confusa sobre o que sente, acho que deve apenas deixar o tempo passar e ver para onde a vida te leva. Saiba que sempre estou aqui. – Lucy a abraçou e depois sua mãe disse:
- Já sabe o que fará no Ano Novo? Vai ser 1959, o último ano da década. O que será dos anos 60?
- Bem, eu acho que vou ficar aqui mesmo para a festa do ano novo. Ficar com a família sabe. E eu acho que uma coisa maravilhosa tomará conta dos anos 60. Vai ver o John e sua banda viram mesmo famosos. – A Sra.Gallagher revirou os olhos e beijou a testa da filha. Lucy se deitou na cama e Leyla veio ao seu colo. Ficou pensando em Paul, nunca esqueceria aquela tarde. Quem será que foi Eleanor Rigby? Era o final de um ano definitivo para sua vida. O que viria a seguir? Nem Lucy sabia. Logo, ela adormeceu e só teve bons sonhos...
Autor(a): Mari H.Vilhena
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Gente eu sei que demorei mas tava em semana de provas e to escrevendo agora um capítulo de terror por causa do Halloween então ainda hoje eu posto o capítulo! Boa leitura!!! 25 de Fevereiro de 1959 -‘’Ele é um bom companheiro, ele é um bom companheiro, ele é um bom companheeiroooo, ninguém p ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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isaamccartney Postado em 19/03/2014 - 23:01:48
ain ta perfeita *-* continua please :3 eu amo essa fanfic ,3
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maryhaddad Postado em 23/06/2013 - 01:16:36
Obrigada vickhoran!!
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vickhoran Postado em 22/06/2013 - 23:48:06
Amei a sua fanfic dos Beatles. :)