Fanfic: Eu fui a melhor amiga dos Beatles | Tema: The Beatles
Lucy fechou a porta num baque e se recostou nela, esquecendo-se de que as meninas estavam lá também.
- Está tudo bem Lucy? – Perguntou Cynthia. – Pedro está bem?
- Ér... Bem... – Lucy ainda se recuperou do susto. – Ele está melhor agora. Eu acho. – Ela sussurrou.
- Ele está vivo, só isso que importa. – Disse Jane arrumando sua mala.
Lucy se encheu de fúria, andou pelo quarto e foi até Jane e pegou a mala dela e jogo no chão:
- Só isso que importa?! ‘’Só isso que importa’’ – Lucy imitou a voz de Jane. – Você não percebe o quanto é idiota?
- Lucy, você desarrumou a mala que eu levei horas pra fazer.
- Que se dane! Não percebe o que você faz com o Pedro? – Ela gritou.
- O que eu faço com ele? Olhe o que ele faz comigo Lucy! Devo eu demonstrar que ainda o amo? Não porque ele não se importa, se importasse não ficaria com todas as garotas com que ele sai! – Jane gritou.
- Mas ele te ama! Estive com ele lá embaixo e vi como ele estava mal!
- Ele?! Você ainda se preocupa com ele? Você não sabe como é ser traída Lucy. Encontrar o homem que você ama com outra na cama não é nada casual! Sabe quantas noites eu chorei por causa de Pedro Cooper? E ainda choro! Ele me fez sofrer mais do que essa queda de uns três metros...
- Jane eu sei que vocês dois passaram por muita coisa, mas por que vocês não tentam recomeçar? – Lucy disse tentando acalmá-la.
- Por que eu não sou mulher pra ser traída.
Jane pegou sua mala do chão e tornou a arrumá-la, Lucy não sabia o que dizer, tentava falar, mas não lhe saia som algum. Por fim, Cynthia salvou sua pele:
- Bem, foi uma manhã meio perturbada então, vamos pegar nossas coisas e levar a Lucy até a academia.
- Ótima idéia. – Disse Sam.
- Afinal Michelle, o que a mãe da Lucy queria com você? – Perguntou Cyn.
- Nada, somente falarr que ma mãe ligou parra saberr como estou. Eu telefonei parra ela enquanto Lucy estave lá embaixo. – Ela deu de ombros e começou a arrumar suas coisas. – Lucy, vou me colocarr no quarrte de visites.
- Claro. – Disse Lucy sentando. – Bem meninas, obrigado por terem vindo pra ‘’festinha’’ – Disse Lucy.
- Lucy. – Falou Sam. – Somos suas amigas, viríamos até se fosse ao Ártico. – Elas se abraçaram.
- Bem, eu vou me arrumar. O ensaio é as 15h00min, nós sairemos as 14h00min, ok? – Elas concordaram. Lucy entrou no banheiro e tomou um banho, depois se arrumou e fez seu coque, saiu do banheiro pronta e perguntou:
- Já se arrumaram?
- Tomei bain no banerro de seus pais. – Disse Michelle, desenrolando toalha da cabeça e revelando seus lindos cachos ruivos.
-Nós três no do quarto de visitas. – Falou Sam.
- Bom, então vamos. Como estou? – Lucy perguntou.
- Ótima! Vai se apresentar quando? – Perguntou Cyn.
- No Verão, quando as aulas acabarem. Posso tentar conseguir ingressos para vocês, por que estamos fazendo um repertório. É Harlequinade. É uma história linda sobre um rapaz chamado Harlequin, uma moça chamada Colombina e...
- Non querremos saberr! – Interrompeu Michelle. – Vamos descer que eu querro almoçar. – Ela saiu do quarto e desceu as escadas.
Jane riu e disse:
- É a primeira vez que concordo com a Micheulla.
- Micheulla? – Perguntou Sam.
- Por que não? – Ela deu de ombros e sai do quarto, com as outras a seguindo.
Quando terminaram de almoçar e se despedir da Sra. Gallagher, as meninas pegaram um ônibus e conforme onde moravam iam saindo em cada ponto. No final ficou Micheulla e Lucy. A segunda tentou falar para a prima que não precisava que fosse com ela para o ensaio, mas a primeira insistiu. E se Lucy conhecia bem Michelle, esta tentaria dar um jeito de sempre chamar atenção, tanto que usava um cachecol cinza (que ganhara da Tia Suzanna no último ano), junto com seu inseparável sobre tudo branco, meia calça preta, luvas e botas. Seu último toque francês fora a boina vermelha.
Lucy olhou para si mesma: o uniforme de ballet que incluía o collant, a meia-calça e a sainha, por cima uma capa meia-estação de botões e uma sapatilha comum. Michelle sempre a fazia sentir-se uma mendiga.
Lucy apertou com força sua bolsa de ballet contra o corpo, sabia que a prima tinha a intenção de lhe contar como foi a noite com Paul. O silêncio na parte de trás do ônibus era constrangedor. Só haviam outras quatro pessoas e nenhuma delas parecia disposta a puxar assunto. Uma velhinha que segurava seu cachorro tossiu, um homem de terno lia muitos documentos apoiados na sua pasta preta, o motorista cantarolava uma música de jazz, uma mãe ninava seu bebê tranquilamente enquanto outra mulher em seu lado estava grávida. E por último, Lucy e Michelle que não ousavam se olhar. Infelizmente a segunda resolveu quebrar o silencio:
- Enton, você aprroveitou a noite ontem?
‘’Perfeito’’, pensou Lucy, chegaram onde ela não queria chegar.
- Ah sim! Depois que você foi pra sei lá onde, ficamos comendo pipoca e vendo fotos de homens que a Jane trouxe, também passamos trotes para os meninos e falamos sobre coisas... Obscenas... – Ela mentiu tentando mostrar o máximo de rebeldia possível, afinal a noite anterior fora um fiasco... Michelle olhou para ela com um ar de sarcasmo:
- Nossa, como tu és uma devassa, Lucille... Porr outrro lado, moi, me diverti muito ontem. Quer saberr o que houve?
- Na verdade, não estou interessada.
- Que marravilha! Bem ele me levou ao drrive-in. Non é fantastic? – Ela ignorou-a.
- Incrível. – Ironizou Lucy.
- Eu sei que está curiosíssima, mas non querro contarr sobre a nossa noite, acho que non prrecisa, sabe... – Ela virou a cabeça para olhar pela janela.
Lucy resolveu ficar calada até saírem do ônibus. Depois andaram por uma praça de comércio até chegarem a uma ruazinha estreita e escura que parecia que não se passava ninguém ali há muito tempo. Lucy se divertia com o desespero de Michelle com o lixo e os ratos que passavam por ela.
- Lucy, tem cerrteze de que és aqui? – Ela perguntou tropeçando em um gato, que correu para longe. – Parrece que é aqui que colocam o esgote da cidade!
- Absoluta.
Bem no final da rua, para a surpresa de Michelle, havia uma porta, bem velha e arranhada de um estabelecimento que caía aos pedaços: no segundo andar, as janelas estavam com tábuas de madeira sobre elas e as cortinas rasgadas, havia um letreiro acima da porta que dizia: ‘’Empório de sais de banho e perfumes do Tio Marius’’, e as duas vitrines, uma de cada lado, estavam quebradas com manequins nus segurando alguns vidros de perfume vazios ou caixas com sais para banheira. Se Lucy não conhecesse o lugar, diria que havia sido assaltado ou incendiado. Ela bateu quatro vezes na porta e em cima da placa de ‘’fechado’’, abriu-se uma janelinha onde dois olhos bem enrugados e mal maquiados apareceram. A senhora piscou, mostrando dois grandes cílios postiços. Com uma voz gasta perguntou:
- Nome, por favor.
- Lucille Lennon.
A senhora piscou mais e colocou os óclinhos meia-lua para enxergar as duas meninas pálidas sobre sua frente. Falou de novo:
- Senha, Lucy.
- Cisne Negro.
A velhinha fechou a janelinha e as meninas ouviram muitos cadeados se abrindo por dentro. Michelle achou que a prima tivesse pirado, podiam ser assaltadas ali! E estavam entrando em um boticário fedido e abandonado com uma mulher que parecia com sua avó Felícia.
A porta finalmente se abriu e viram uma senhora de pernas muito finas usando um vestido que cheirava a mofo, luvas comidas por traças, uma maquiagem muito exagerada e um chapéu com um urubu empalhado. Mas para a alegria de Michelle ela tinha bom gosto para sapatos. Além de ser parecida com sua avó Felícia, era parecida também com a sua ídola francesa Edith Piaf.
- Está atrasada querida, Marius está desesperado a sua procura, ele vai fazer os testes para os papéis hoje e se quer o papel principal, é melhor correr.
- Obrigada Odette, essa é minha prima, Michelle, ela vai ser visitante aqui.
Ao ouvir seu nome Michelle acordou, estava tão concentrada em olhar as roupas da mulher que nem notou aonde haviam entrado. Para mudar completamente sua visão sobre o lugar, por dentro, ele era arrasador! Estavam na recepção, ela concluiu. Uma sala grande com quadros de bailarinas dançando. No centro uma mesa redonda com alguns montinhos de papel e uma caneca de café quente. A senhora Odette deveria ficar ali. Na frente da mesa um tapete vermelho que dizia: Bem vindos à Academia de Dança Marius Petipá! – Liverpool. Perto da porta um lugar para se colocar casacos e chapéus e um banheiro do outro lado. A recepção tinha cheiro de Jasmim. No lado esquerdo, um sofá com uma mesinha com revistas de crochê. No direito uma mesa com um bule de chá e xícaras e ao seu lado um armário com troféus de festivais. Em cima de suas cabeças um lustre que parecia ser feito de cristal.
- Como entrramos no Petite Palais? – Ela perguntou assombrada.
- Querida, está na Academia de dança Mar...
- Eu sei! Je, sabe disso, mas como um lugar tão chique parece que está caindo aos pedaços do lado de fora?
- É só um truque. Para nossa localização ficar intacta. O estado está investindo muito nesse tal de futebol ultimamente. Fomos expulsos de nosso antigo estabelecimento no centro! – Odette disse indignada. – A melhor escola de dança da Inglaterra foi humilhada! Portanto tivemos que fazer uma passeata contra, mas como nada deu certo decidiram proibir as academias de dança em Merseyside. Então tivemos que vir para Hale, perto de Speke. Agora o estado não sabe onde estamos! Mas eles não se importam, afinal, agora só querem saber de futebol! É só um bando de homens correndo atrás de uma bola suja! – Odette saiu resmungando para trás do balcão e Michelle disse:
- Não achei que tivéssemos vindo tão longe! Estamos perrto de Speke!
- Eu sei, mas essa é a melhor escola! E as outras foram para Blackpool! Estamos perto do bairro aonde George mora, qualquer coisa vamos até ele. – Lucy a tranqüilizou.
- É um dos seus amigos? – Ela cruzou os braços.
- Sim.
- Ele é bonite?
- Sim, eu acho, mas vamos se não meu professor me mata!
Lucy puxou a mão de Micheulla e entraram em um corredor atrás da mesa foram parar em uma espécie de ‘’bolha’’, uma câmara redonda, para todos os efeitos.
- Mon dieu! Parreçe o Coliseu! – Exclamou Michelle.
E realmente estava certa: Tinha um grande espaço para ensaiar com uma platéia onde as cadeiras subiam para cima para visitantes, pois eles não se apresentavam ali. Pela platéia haviam escadas que levavam até os banheiros e a sala de figurinos. Uma passagem ao meio levava-os de volta á recepção. O grande espaço era geralmente usado para ensaiar repertórios com a Companhia de dança. Seguindo pelas escadas se encontravam as salas comuns de dança. Na parte central haviam barras e alguns estudantes se alongavam e conversavam. Lucy colocou sua bolsa em um local e pediu que Michelle se sentasse. Tirou seu casaco e começou a se alongar.
- Minhas bailarinas! Minhas deusas e meus deuses! Quero todos aqui, pertinho! – Um homem com muito pouco cabelo ficou no centro do espaço. Imediatamente todos pararam de fazer o que faziam e chegaram perto dele. – Mais, mais perto, mais! Parem! Não consigo respirar! – Todos se afastaram rapidamente. – Muito bem, como todos sabem hoje Marius irá escolher os papéis então espero que cada um tenha preparado alguma coisa para apresentar. Vamos começar com um aquecimento e depois passarei uma seqüência de passos, os sete melhores vão fazer os papéis principais. Infelizmente, mesmo sendo todos vocês bons os que sobrarem serão o corpo de baile. Vamos lá todos se aquecendo! – Ele se retirou até o corredor e sumiu de vista.
Todos ficaram em um alvoroço só, começaram a se mexer e a se aquecer, Lucy foi até Michelle e falou:
- Por favor, não faça nada pra me prejudicar, esse papel é muito importante pra mim.
- Mon cher, eu jamais farria isso! Mas quem era aquele ‘’homem’’?
- Meu coreógrafo, nosso, na verdade. Juan. Ele faz as aulas e monta as coreografias. Mas o nosso chefe, nosso diretor, é o Marius, ele que marca os shows monta a companhia e cuida para que tudo esteja certo.
- Marius... – Michelle pensou. – Parece até Marius Petipá, o maior coreógrafo, aquele que fez O Lago dos Cisnes, Quebra-Nozes...
- Isso. – Interrompeu-a Lucy. – Ele diz que é uma feliz coincidência... Tenho que ir, quero conseguir o papel principal de Colombina.
- Boa sorte prrima!
Lucy se distanciou e começou a se aquecer, alguns bailarinos falaram com ela e todos se calaram quando Juan voltou. Fizeram alguns paços conforme a música e aos poucos os bailarinos iam sendo mandados para os bancos. Só sobraram vinte no final, dez mulheres e dez homens.
- Muito bem. Os que foram para o banco serão divididos e selecionados como corpo de baile. Nossos vinte queridos se dividam em pares e dancem a dança principal de Colombina e Harlequin, depois veremos quem ficará por último. Palmas para nosso querido diretor Marius Olaff. – Juan apontou para a porta no alto da escadaria de onde surgiu um homem alto e alguns anos mais velhos que Lucy. Seus cabelos que caíam até o ombro e tinha o nariz muito fino. A certo ponto de vista era bonito.
- Não quero que batam palmas para mim, eu é que devo bater palmas para vocês. Vamos começar logo com isso. Cinco minutos para a preparação. – Ele desceu as escadas e ficou ao lado de Juan conversando.
- Bill, você faz par comigo? – Lucy perguntou para um garoto ao seu lado.
- Claro Lennon, mas veja se não tropeça nos próprios pés. – Ele virou as costas e foi colocar as sapatilhas. Lucy se sentou ao lado de umas garotas que riam e foi colocar a sapatilha de ponta. Uma delas se virou e disse;
- Então Lucy qual a sua estratégia para conseguir o papel?
- Tenho que ter uma Gabriele? – Lucy respondeu de ombros.
- Soube que ele faria qualquer coisa por uma bela garota. – Gabriele se referiu a Marius. – Mas essa já é a estratégia de muitas. Qual vai ser a sua?
- Não sou como você que só consegue subir usando o corpo. Vou usar a minha capacidade de dançar, uma coisa que você não tem, afinal está se baixando ao nível de uma prostituta. – Lucy se levantou deixou Gabriele vermelha de raiva com as amigas.
- Eu vou pegar essa garota de jeito.- Ela falou.
- O que você vai fazer Gabi? – Uma das amigas perguntou.
- Pode deixar Moira que vou fazer de tudo, pra que ela não consiga o papel.
Michelle felizmente estava a ouvir tudo e foi até Lucy falar:
- Que menina arrogante.
- Nem me fale.
- Cuidado Lucy, ela é invejose e farra qualquerr cosa parra prrejudicar-te.
- Não se preocupe, eu vou ficar bem. Se quer mesmo me ajudar, fique de olho nela pra mim, e se ela fizer alguma coisa suspeita, interfira. – Michelle assentiu e foi se sentar.
Lucy se posicionou, enquanto Bill começava a dançar o Pas de Deux. Juan já havia dito para Lucy que Marius estava interessado nela para o papel há muito tempo, mas ela precisava impressioná-lo e isso era uma coisa difícil de fazer. Juan sorria como se tivesse ganhado na loteria enquanto Marius permanecia sério, isso começou a preocupar Lucy.
Gabriele olhava tudo com inveja. Sabia que Lucy era melhor que ela e que não iria conseguir o papel se não fizesse algo para atrapalhá-la. E uma boa distração iria cuidar disso. Direcionou-se até o outro lado do palco chegando perto de Marius, começou a falar com ele embora ele não estivesse lhe dando muito atenção, então colocou seus braços ao redor do pescoço dele e começou a paquerá-lo. Lucy ficou tensa com aquilo e quase tropeçou.
- Que droga é essa? – Perguntou Bill. Ele era um excelente bailarino, mas com educação era péssimo.
Michelle percebeu o que aquela vadiazinha estava tentando fazer e então foi tentar ajudar Lucy, que estava se atrapalhando toda por não ter mais a atenção de Marius. Levantou-se e foi até os dois:
- Querrida irmã, onde é que você estave? Te procurrei em toda parte!
- Quem é você? – Perguntou Gabriele olhando para ela.
- Como assim quem sou eu? Ai querrida, serrá que a sua doença faz com que tenha falta de memórria?
- Doença? – Perguntou Marius.
- Ah meu senhor desculpe o incomodo, eu falei que ela não deverria vir dançar hoje, mas ela fugiu do hospitale!
- Do que você está falando sua louca! Eu não tenho doença nenhuma! E você não é minha irmã!
- A negaçon é pior forma de se currar querrida! Vamos está na hora do seu remédio!
- Espere, que tipo de doença? – Marius perguntou se afastando de Gabriele.
Michelle gelou, não havia pensado naquilo, estava tão desespera em encontrar uma desculpa, que se esqueceu de pensar direito nos detalhes.
- Ah, é muito grrave! É uma... uma... Rarra doença de pele contagiosa chamada Prrostitulose. – Ela se controlou para rir enquanto Gabriele ficava vermelha de vergonha.
- Nunca ouvi falar. – Disse Marius.
- Que bom, por que é um horror! A pele fica cheia de bolotas amareladas que são causadas por causa de um ácaro ou talvez por serr sexualmente trransmitida. Essa ai, sempre foi danadinha! – Ela riu e deu umas palminhas no ombro de Gabriele.
- Eu juro que não a conheço Marius, eu não tenho doença nenhuma!
- Gabrriele irmã do meu corraçon, se ficar perto demais de seu diretor ele irá ter a mesma infeliz doença! Senhor desculpe-me e perdoe-a, vou levá-la de volta para o hospital. Vamos amorr! –Michelle segurou a mão dela e esta se soltou.
- Se tenho mesmo uma doença de pele contagiosa por que você pode me tocar?
- Uso luvas especiais! Querrido dirretor, não se preocupe, ela estarrá pronta parra dançar até o espetáculo, o remédio parra a doença é incrrível! Vamos, vamos querrida! – Michelle começou a puxá-la embora Gabriele relutasse e gritasse.
Lucy agradeceu a Michelle mentalmente, pois Marius voltava a olhá-los a dançar. Bill resolveu refazer o número para Marius vê-lo já que havia sido distraído. Michelle levou Gabriele a força e aos gritos para o corredor e a jogou em um armário de vassouras, trancando-a.
- Sua maluca me tira daqui! – Ela bateu na porta.
- Só depois que prrima querrida terminar de dançar. Sua vadia invejosa! – Michelle saiu deixando Gabriele gritando e batendo na porta.
‘’Que bom que aquela porta tinha tranca por fora. ’’ – Pensou. Quando voltou ao ‘’Coliseu’’, Lucy havia acabado de dançar e foi muito bem aplaudida. Marius havia se impressionado, principalmente com a garota louca que fugiu do hospital. Michelle se sentou e Lucy foi até ela:
- Muito obrigada Mitch! Eu realmente me atrapalhei lá... Se você não tivesse me ajudado eu seria um fracasso.
- Não há de que prrima! Você é muito melhorr que todas essas crriaturras.
- Eu... achava que você tentaria ou fizesse, mesmo que sem querer, me prejudicar ou fazer passar vergonha... Mas eu me enganei, desculpe.
- Lucille... – Ela pegou a mão de Lucy e a fez se sentar. – Eu sei que temos nossas desavençes e nossas implicâncies umas com as outrras, mas eu sou sua prrima, jamais faria isso sabendo que é ton imporrtant parra tu. Minha prriminha, eu te amo.
- Eu sei, só...
- Tudo bem, eu te desculpo. – Ela soltou a mão de Lucy e meceu na bolsa, lhe estendendo uma garrafa d’água. – Acho que estás prrecisando.
Lucy pegou-a e sorriu. Ficaram olhando os casais dançarem e no final, Marius acabou escolhendo três nos papeis principais, sendo Cassandre (Pai de Colombina), um homem alto e loiro que aparentava ser bem mais velho que os outros, Pierreta, uma garota magrinha e baixa que Lucy reconheceu como Elisa e por último Pierrô, um garoto ruivo e sardento que era amigo de Lucy desde que chegou à Liverpool, chamava-se Claude.
Marius terminou escolhendo os outros até sobrarem somente os papéis de Colombina e Harlequin.
- Vi muitos dançarinos bons aqui, mas somente um poderá ocupar o lugar de nosso astro... Bill Formidam, parabéns conseguiu ser Harlequin. – Bill se levantou e agradeceu as palmas, Marius recomeçou a falar e todos se calaram, Lucy teve borboletas no estomago:
- Agora, para nossa estrela, nossa Colombina, a que para mim mais se destacou e fez o Pas de Deux perfeito, se chama Lucy Lennon.
Lucy congelou, não podia acreditar que havia conseguido, não mesmo! Michelle lhe sacudiu e ela foi até Marius agradecer, todos bateram palmas.
- Agora que todos já tem seu determinado papel, voltem aqui na terça e começaremos a treinar. Muito obrigado e boa tarde, meus alunos. – Todos bateram palmas, Marius e Juan se retiraram. Lucy e Michelle se abraçaram e vibraram por Lucy conseguir o papel.
- Eu sabia, sabia que isso ia acontecerr! Que bom, prrima que bom!
- Eu sei Mitch! Que acha de passarmos no Rusty’s ates de irmos para casa? Só quero ligar pra minha mãe, pra avisar, você sabe.
- Clarro! Eu vou arrumar suas coisas e te esperro na recepção.
Lucy foi para o corredor e discou o número da sua mãe no telefone da parede, não conseguiu controlar as lágrimas de felicidade. A voz de sua mãe falou do outro lado:
- Alô.
- Mãe, sou eu Lucy.
- Querida, você está bem, aconteceu alguma coisa? Você está chorando?
- Está tudo bem mamãe, só que... Eu vou ser a nova Colombina...
- AI MEU DEUS! EU SABIA! ELAS NÃO SÃO PÁREO PARA VOCÊ MINHA PRINCESINHA! – Ela gritou e Lucy afastou o telefone da cara. – Harry, Lucy conseguiu o papel! – Ela disse ao pai que deu um grito do outro lado.
- Mãe eu estou tão feliz, mas queria saber se eu e Michelle podemos ir ao Rusty’s antes de ir para casa.
- Claro querida, comemore e divirta-se! Farei um bolo para você! Estou tão orgulhosa!
-Tchau mamãe! – Lucy desligou e se recostou na parede, se lembrando do que a mãe dissera, antes dela sair com as meninas:
‘’ Leve sua prima, ela precisa sair. – Disse como se Michelle fosse um cachorro, enquanto passava roupa.
Mãe, ela vai atrapalhar tudo! – Lucy sussurrou.
Está na hora de se entenderem, ela precisa fazer amigos novos é uma cidade nova para ela. Leve-a e tente reconstruir uma amizade com ela.
Mas ela só atrai problemas...
Lucy, ela é sua prima! Por que não pode levá-la para ver você dançar?! Ela pode lhe ajudar se precisar de alguma coisa!
Tudo bem então! Tanto faz.’’
E Michelle havia sido tudo menos o que Lucy a acusou de ser.
Autor(a): Mari H.Vilhena
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Lucy encontrou Michelle conversando com Odette na recepção, enquanto várias pessoas iam saindo aos poucos. - Lucy, já estava achando que vous tinha morrido esperrando seus pais atenderrem o telefone. – Falou Mitch. - Eu só fiquei...Distraída... Vamos? – Ela disse pegando sua bolsa. As duas se despediram de Odette e and ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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isaamccartney Postado em 19/03/2014 - 23:01:48
ain ta perfeita *-* continua please :3 eu amo essa fanfic ,3
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maryhaddad Postado em 23/06/2013 - 01:16:36
Obrigada vickhoran!!
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vickhoran Postado em 22/06/2013 - 23:48:06
Amei a sua fanfic dos Beatles. :)