Fanfic: Eu fui a melhor amiga dos Beatles | Tema: The Beatles
Gostaria de dizer que é pelo aniversário do Ringo, mas como não o mensiono.. FELIZ ANIVERSÁRIO PARA NOSSO RINGO STARR! 74 ANOS E AINDA ARRASA!
Um pai jogara uma bola de borracha pequena para seu filho de cinco anos que correu freneticamente para pegá-la, e esta acabou caindo perto das pedras, cobertas de musgo. Ele subiu em uma delas, não querendo se molhar, mas veio uma onda grande e o derrubou. Já não ligando, pegou a bola de borracha e voltou para perto do pai, que o segurou no colo e os dois sentaram em uma das pedras, onde o pai pegou uma estrela do mar seca e mostrou ao filho que riu. Mal percebendo por causa da diversão, o sol ia se pôr em minutos. O pai se levantou com o filho e apontou para o horizonte além do Farol que marcava o final da praia em Blackpool.
- Vê hã? Quando o sol encostar nas águas do mar, pode-se ver um brilho e ouvir o barulho do toque, fique atento.
Os dois ficaram em um silêncio profundo, somente ouvido gaivotas e o barulho de pessoas que andavam pela praia. Quando o sol se pôs, eles puderam ver o tal brilho e ouvir o barulho de tilintar de cristais.
- Você acertou papai! – A criança riu.
- Seu velho pai sabe muito bem das coisas. Eu viajo muito e daqui a semanas estarei indo para a Nova Zelândia. Sou um marinheiro, filho.
- Vai voltar papai? Vai ser pouco tempo não vai? – Ele perguntou.
- Não querido, infelizmente terei de ficar durante muito tempo. Vou me mudar para lá.
- E quando nós vamos? – O menino perguntou.
- Nós? – O pai ergueu uma sobrancelha.
- Sim papai. Eu, você, mamãe, Tia Mimi e Tio George. – Ele sorriu.
- Receio que vocês não vão comigo, filho. Sua mãe e sua tia tem uma vida aqui. – O pai disse ficando de pé.
- Então você vai ficar, certo? Não podemos nos separar papai. Eu nem sei onde fica esse lugar. Posso ir andando? – O filho perguntou esperançoso.
- Infelizmente não. Fica bem longe daqui. Não vamos nos ver novamente. – O pai disse triste.
- Não papai, não me deixe! Eu quero ficar com você! – O disse chorando.
- Quer mesmo John? – Alf Lennon se ajoelhou.
- Sim papai. – John enxugou as lágrimas.
O homem sorriu e pegou o filho no colo o levando em direção à calçada, no caminho uma mulher ruiva usando um longo casaco caminhava até eles.
- Olhe ali sua mãe. – Disse Alf. – Que surpresa.
- Olá Alfred. – Disse ela.
- Você parece bem, Julia.
- Olá John. – Ela sorriu.
- Olá mamãe. – Ele sorriu de volta.
- Soube sobre seus planos Alf, isso não é certo. –Julia disse.
- E uma criança viver com a Tia sendo que tem um pai e uma mãe, também não está certo. – Ele disse puxando o filho para perto de si.
- John, querido. Seu pai lhe falou sobre a Nova Zelândia? Que ele vai se mudar para lá? – Ela se ajoelhou.
- Sim...
- E você quer ir?
- Sim...
- Sabe que isso significa que não verá mais a sua família? Talvez nunca?
- Pare de assustar o menino Julia, ele já tomou sua decisão. – O pai o puxou de volta.
- Ele é uma criança de cinco anos, não pode tomar decisões! – Ela começou a chorar. – Diga-me de novo John. Você entende o que isso significa?
- Mamãe, quero ficar com o papai.
- Viu? Ele quer a mim. Vai tirá-lo de mim? – Alf perguntou. – Sabe que a lei me dá mais direito.
- Alfred, a família inteira dele está aqui! Não pode separá-lo da mãe! – Ela chorava mais.
- E deixar o pai poderia?
- Mamãe não chore! – John a abraçou.
- Venha filho vamos embora. – Alf o puxou.
- Não papai, não posso deixa-la, ela precisa de mim!
- Mas filho, você não me verá mais!
- Preciso ficar com a mamãe! Desculpe papai! – John abraçou Alf, que retribuiu abraçando-o mais forte.
- Então se é assim, filho. Eu te amo. Nos veremos algum dia. – Alf o soltou e foi andando pela praia até sumir.
- Não papai! – John choramingou.
- Venha John, vamos para casa. – Julia enxugou suas lágrimas e juntos caminharam até a calçada.
...
- John, acorde. – Disse Paul sacudindo-o. – Você está ai há uma hora, já está escurecendo.
- O que? – John se levantou de um banco onde Paul se sentava ao seu lado. – Onde estamos cara?
- Você pediu para vir ao porto, certo? – Paul riu e lhe ofereceu um cigarro e John o pegou:
- Pra onde foram os outros? - Perguntou John.
- George disse que tinha de ir para casa, se não sua mãe lhe matava. E Pedro voltou para a casa de Lucy para buscar Jane, parece que eles iam sair hoje. – Paul deu de ombros.
- Eles nunca se entendem... – Disse John
Paul somente concordou enquanto fumava.
- Vai, manda ver. Sei que está doido para fazer isso. – Falou John.
- O que? – Perguntou o outro.
- Me dar um sermão.
- Cara eu não sou sua mãe, nem a Mimi. Sou seu amigo, só estou aqui pra te dar uma força, e porque acho que você é muito perturbado pra sair por ai sozinho. – Eles riram.
- Falando na mamãe. Estou com saudades... Estava sonhando com ela agora.
- Achei que já tivesse superado amigo.- Paul o encarou.
- Nunca superamos não é mesmo? Só...Aguentamos. Enfim... – Continuou ao ver que Paul somente concordou. – Sonhei com o dia que meu pai me levou para Blackpool. Te contei não?
- Sim. Ele queria te levar para Nova Zelândia.
- Exato. Não sei por que mais sonhei com este dia... Nem sabia que eu me lembrava mais. – Falou John.
- Me lembro até hoje do dia que minha mãe foi esquentar a água do banheiro e quando tentou fechar a porta de vidro, ela quebrou em cima dela e a cortou toda. Eu tinha só dois anos. – Paul riu.
- Desnecessário cara. – Eles riram.
Ficou um silêncio enquanto os dois observavam o descarregamento de peixe de um dos navios do porto.
- Escolhi vir aqui por que me faz lembrar dela. E de como prometi que iria cuidar da Lucy. Mas não consigo nem cuidar da Cyn... – John disse. – Será que ela está bem?
- Eu não sei John, acho que não foi o tapa que a machucou... Você fez muito forte? – Paul perguntou.
- Não, apesar de estar com muita raiva na hora. Foi a bebida misturada com ciúmes e agora uma ressaca... – Ele acariciou a cabeça.
- Ela deve estar bem. Lucy vai cuidar dela. Acredite parceiro, vai dar tudo certo. Vocês vão conversar depois e vão se entender. – Paul tranquilizou-o.
- Não cara...- John chorava baixo. – Acho que dessa vez a perdi de vez. Você não viu a desaprovação no rosto da minha irmã? Como a Cynthia me olhou? Ela nunca vai me perdoar!
- Calma! Não é o fim do mundo, eu acredito que tudo vai dar certo. A Cynthia vai te perdoar. Você tem que admitir pra ela que foi um idiota, tem que provar que a ama, só um pedido de desculpas não adianta. E ainda tem o Stu.
- Meu Deus, é mesmo! Como ele estava?
- Ele é forte, vai sobreviver. – Disse Paul baforando o cigarro.
- Paul eu estraguei tudo. – Disse John.
- John eu nunca vi alguém te amar mais do que a Cynthia te ama e vai por mim, nunca mais verei... Não faça essa cara pra mim, você sabe que é verdade! – Paul falou em resposta à cara de raiva de John pós seu comentário. – Vamos lá Johnny, eu te conheço há o que? Três anos? Eu sei que você não vai desistir assim, cara.
- Eu... – John suspirou tristemente. – Eu a amo, tanto... Eu queria que ela soubesse o quão idiota eu sou e sortudo por tê-la como namorada. Ela é meiga, educada e como ela é sexy, Paul... Eu queria poder enviar a ela todo o meu amor, poder dizer que sempre serei verdadeiro e amanhã se eu estiver longe eu vou sempre escrever para ela, porque eu amo.
- Isso dá uma boa letra para música. Vamos lá. – Paul tirou uma caneta e um papel de dentro do bolso da jaqueta de couro e começou a escrever. – Pode repetir as últimas palavras?
John riu e começou a compor com Paul, acabaram decidindo que seria mais uma letra pra quando fossem famosos. Por hora, uma mensagem se amor para Cynthia.
- Já escureceu. Temos que ir? – Perguntou John.
- Temos? Desculpe, mas não tenho uma Mimi em casa. – Paul e John riram.
- Eu não sei... Não sei o que fazer... Eu, eu vou para a casa da Lucy e vou pedir desculpas à Cynthia. Isso! Eu nunca mais devo bater nela. Somente um covarde bateria em uma mulher e foi isso que eu fui, eu vou... – John se levantou bruscamente e Paul o obrigou a sentar.
- Você vai para casa, isso sim. Ficou maluco? Você acaba de dar um tapa na sua namorada na frente dos nossos amigos e da escola. Na frente da sua irmã! Se voltar lá, vai arrumar mais briga e mais confusão e ai parceiro, a Cynthia nunca vai te perdoar. Descanse, durma. Amanhã vocês conversam juntos.
- Tem razão... Mas, se eu não voltar, vão pensar que eu não estou nem ligando para ela! – Falou John.
- Eu digo que você quis voltar se é o caso. John, ela está de cabeça quente, você também, amanhã você pensa bem no que vai falar e ai vocês se entendem. Nem parece o John que eu conheço. – Eles riram.
- Obrigado pela força amigão. Ajudou muito... – John agradeceu.
- Nada, só não quero que você acabe fazendo alguma merda. Deixe estar cara. – Disse Paul.
Os dois se levantaram e começaram a caminhar para o ponto de ônibus.
- Mas você viu que ela estava provocando? E você ficou insinuando as coisas lá... Eu fiquei irritado. – John se defendeu.
- Não tente arrumar desculpas. Você errou e pronto. Agora cale a boca e diga vamos comer algo. – Paul jogou o cigarro fora.
- Vamos comer algo. – John sorriu.
Os dois continuaram andando até pegarem o ônibus. Mesmo saltando perto de Woolton eles foram comer e quando chegou em casa e ouviu os berros de Mimi preocupada, John só pensava nela, e como deveria estar, sua Cynthia.
(Algumas horas mais cedo...)
- Estúpido, completo idiota aquele John Lennon! Olhe o que ele fez! Você está cheia de hematomas... Ai Cyn, pare de chorar ou eu também não conseguirei parar! – Lucy gritara contendo as lágrimas, enquanto tentava curar o rosto de Cyn.
- Como... E-está...O St-tu? – Em meio a lágrimas Cynthia formulou palavras.
- Ele deve estar bem, Chuck deve estar cuidando dele.
Ela mal terminou de falar quando Jane, Michelle e Sam entraram espalhafatosas:
- Q’escândal terrible! – Gritou Michelle.
- Cyn você está bem?! – Gritou Jane.
Antes que Cynthia risse e respondesse ‘’Sim’’, Sam interrompeu:
- Óbvio que ela não está bem, acabou de levar um murro do namorado e terminar com ele na frente da escola inteira Jane!
- Não custa nada perguntar! – Jane gritou.
- Assim vocês não ajudam! – Gritou Lucy.
- Vamos todas ficar calmas! – Manifestou-se Cynthia. – Todas sentem-se. Falem uma de cada vez, como está o Stu?
- Ele está bem, Chuck estava cuidando dele quando subimos. – Falou Jane.
- Graças a deus! – Exclamou Cynthia.
- Fique parada para eu limpar esse tantinho de sangue, depois vamos por gelo, talvez fique um pouco roxo. Mas fique colocando um pouco de gelo. – Recomendou Lucy. – Para onde ele foi? O John?
- Não soubemos, Paul, George e Pedro saíram o carregando. Mas, mais tarde o Pedro vai voltar pra sair com Jane e nos contará. – Disse Sam.
- Que bom que ele não está aqui. Eu não quero mais vê-lo, não mesmo. – Falou Cynthia chorando leve.
- Acalme-se, tenhe certeze de que monsieur Lennon se arrependiu. – Falou Michelle.
- Ele deve estar muito triste, eu nunca vi amor mais lindo do que o de vocês! – Falou Jane.
- Cyn, espere um pouco, ele vai pedir desculpas da forma mais romântica que um homem... – Sam foi interrompida.
- Eu não quero as desculpas dele! Ele me bateu por causa do acesso de ciúmes bárbaro que ele sempre tem, eu gritei por ele! Eu disse que o amava e ele ignorou! Junto ao álcool que ele não larga mesmo depois de eu pedir! Eu não quero as desculpas, dele não valem nada! – Cynthia chorou.
As meninas se silenciaram, Lucy pode ouvir Michelle sussurrar ‘’Quant tenson’’. Jane a olhou com um olhar repreendedor e a prima se calou. Cynthia secou suas lágrimas e Sam resolveu falar:
- Então Jane conte, você e Pedro vão sair hoje?
- Eu sempre soube que John era rebelde e agressivo, mas não pensei que fosse para tanto. – Cynthia interrompeu.
- E ignorar a coleguinha não é, né? – Sam falou.
- Sam menos...- Falou Lucy. – Cyn, ele vai se arrepender, ele te ama muito, e eu sei que você ainda gosta dele. Vai ver vocês só precisam dar um tempo um do outro.
- Oui! – Falou Michelle. – Per que vous non passam um tempe mio distontes parra tentarr acalmarr a tenson? Conhecerr nova gente. Ça va?
- Não falem besteira! O John vai voltar correndo para Cyn. Ele nãoé burro de deixar essa loira passar! – Riu Sam.
- Eu vou voltar para meu antigo noivo. – Falou Cynthia.
- MAS QUE DIABOS? – Perguntaram todas ao mesmo tempo enquanto Michelle falou um palavrão em francês.
- Sim, eu vou voltar pro Bob, ele era gentil comigo e não me batia. – Ela repetiu.
- Orra s`il vous plaît Cynthia! El só deu-lhe um tape no roste! Corra até el e dige que querres sexe la noite interra! – Michelle riu.
- Desnecessário.. - Falou Lucy. – Como você pode querer seguir o que sua mãe lhe diz? Isso é desgostoso! Você vai se tornar uma mulher fria e velha igual a ela! Ah... Desculpe.
- Lucy eu sei o que estou fazendo, posso até perdoar o John um dia mas como posso confiar nele? Ele sente muito ciúmes o tempo todo! Dos amigos até? Poupe-me, eu cansei disso. – Cynthia disse.
- Típico de Libriano. – Falou Jane.
- Por que não esperamos ele falar com você? Ent~so depois decide o que fazer. Não tome nenhuma decisão precipitada. – Aconselhou Sam.
- Elas está certa, vocês tem que conversar pra depois decidirem o que vão fazer. – Falou Lucy pondo gelo no rosto da amiga.
- Eu não quero falar com ele, olhar pra ele, vou me sentir desprotegida. Como se ele pudesse me matar a qualquer momento. Eu só queria que tivesse dado certo. – Cynthia choramingou.
- Vai demorrar um pouque parra vous reconquister a confiançe nel’. – Falou Michelle.
- Tem razão. Mas hoje nem amanhã nem por muito tempo quero falar com ele. – Ela deitou na cama.
- Tudo bem Cyn, por que não descansa um pouco. Durma e relaxe, se quiser descer, pode descer. Se não quando a festa acabar te chamamos. – Falou Lucy.
- Eu vou tentar dormir se parar de chorar, podem me deixar um pouco sozinha? – Ela perguntou.
- Claro, já vamos sair. – Jane falou.
As meninas foram saindo pelo corredor quando Cynthia chamou Lucy.
- Que foi? – Lucy perguntou apreensiva.
- Depois... Se conseguirem... Me deem notícias do John... Quero saber cmo ele está. – Cynthia falou baixinho.
Lucy sorriu e segurou na porta.
- Pode deixar. Deixe estar. Vem Leyla. – Chamou a cadelinha que lambeu o rosto de Cyn e saiu quando Lucy fechou a porta.
Deixando Cynthia chorando e olhando pela janela por que o amor tem que doer tanto.
- O verbo ‘’amar’’ é rejeitado pela razão. – Falou para si mesma.
Ela se deitou na cama e dormiu com o tempo, sonhando que John dizia para ela que a amava e ela dizia o mesmo e os dois fugiam juntos para viverem felizes para sempre.
Autor(a): Mari H.Vilhena
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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isaamccartney Postado em 19/03/2014 - 23:01:48
ain ta perfeita *-* continua please :3 eu amo essa fanfic ,3
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maryhaddad Postado em 23/06/2013 - 01:16:36
Obrigada vickhoran!!
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vickhoran Postado em 22/06/2013 - 23:48:06
Amei a sua fanfic dos Beatles. :)