Fanfic: Eu fui a melhor amiga dos Beatles | Tema: The Beatles
Para as pessoas sensíveis essa capítulo vai ser triste.
15 de Julho de 1958
Estava de noite, Paul e Sam estavam na casa de John. Eles dois estavam ensaiando, enquanto ela só ouvia. Stuart também estava lá e os três só estavam esperando a chegada de George no quarto de John e se divertindo com as piadas de Sam e as músicas bobas que tentavam compor. No andar de baixo, Julia e Mimi viam um programa de TV e tomavam chá juntas.
- Hahaha!- Ria Julia. – Esse apresentador é muito engraçado.
- É o programa favorito do John.
- John é muito bom em comédia. Dá pra ouvir os risos de seus amigos daqui. Ele poderia ser comediante.
- Essa guitarra já é suficiente na minha vida, agora você quer um nariz de palhaço? – Brincou Mimi se levantando e indo atender a campainha que tocou. Na porta viu outro jovem magricelo semelhante a Paul, que segurava uma guitarra. Vestia-se como um mendigo. Mimi o olhou como se fosse um inseto. Que deveria ser esmagado.
- Boa noite Sra.Smith. John está?- George perguntou. Ela fez um gesto para ele entrar e subiu para chamar John. E no seu quarto disse
- John, tem um ser, aqui querendo falar com você. - Ela revirou os olhos e John disse para os amigos:
- Deve ser George! –Todos caíram na gargalhada e o amigo entrou no quarto. Eles voltaram a se divertir e Mimi desceu novamente.
- John podia fazer amizades melhores. Esses moleques são muito vulgares. Menos a menina, ela é muito educada, mas também não sabe escolher suas amizades.
- Mimi! Samantha é uma excelente dançarina e os amigos de John são todos educados. Os jovens de hoje são diferentes dos de antigamente. É a moda.
- Essa moda fica mais perigosa a cada dia... – Disse Mimi e Julia riu
- Tenho que ir. As meninas devem estar com sono. – Ela se levantou.
- Mas já? Fique para outra xícara de chá! – Pediu Mimi
- Assim não vou dormir! – Ela brincou e as duas foram até a porta. As irmãs de abraçaram e se despediriam.
-Mande beijos ao John e seus amigos. Eu te amo. – Disse Julia
- Vá com Deus. Também te amo. – Falou Mimi e Julia se foi.
Mas a mulher estava com um mau pressentimento. Foi pegar as xícaras para lavar e escutou um barulho de batida vinda da rua. Ela largou as xícaras em estado de choque e elas caíram no chão e se quebraram. Mimi deu um grito e saiu correndo da casa com o susto. Michael, que estava na sala estudando, foi atrás dela. John parou de tocar e desceu correndo com os amigos, que tiveram que ajudar Sam a descer as escadas. Os jovens viram Mimi agachada na rua sacudindo uma mulher. John correu em sua direção e seus amigos foram atrás. Para o espanto de todos, a mulher era Julia. Um policial bêbado a atropelou. Mimi chorava forte e John também. Ele se abaixou e Paul foi chamar uma ambulância. Sam começou a chorar quando entendeu o que aconteceu e abraçou George. A vizinhança tinha acordado e várias pessoas foram ver o que aconteceu. Mimi gritava e chorava enquanto John dizia:
- MÃE! ACORDE MÃE! PELO AMOR DE DEUS! – Ele chorava e se debruçava no corpo de Julia no chão. Ela abriu os olhos e disse fracamente:
- John? Mimi?
- Estamos aqui! – Eles responderam. - Mãe, não se vá! Você vai ficar bem, Paul já chamou a ambulância! Eles vão cuidar de você!- Soluçava John que segurou a cabeça da mãe no chão.
- Não John. –Dizia ela. - Todos sabemos quando chega a nossa hora. E chegou a minha. Só lamento não ver você se tornar o astro do Rock que eu sei que você vai virar. A banda de vocês que vai ficar mais famosa que Elvis. – Ela olhou para os rapazes. - Lamento tudo que fiz você sofrer. Mas quero que saiba que eu te amo.
- Mãe... – Chorava John- Você vai ficar boa, vai ver...
- John, Mimi, preciso dizer uma coisa que deveria ter dito há muito tempo... - Agora se ouvia os murmúrios das pessoas e o barulho da ambulância.
- Você está fraca irmã, acho melhor... –Disse Mimi
- Ouça Mimi! – Julia tossiu um pouco- Lembra-se da filha que eu disse que nasceu morta?
- Sim. - Eles disseram
- Ela não está morta. Ela está viva. - Julia tossiu um pouco de sangue e Mimi e John fizeram caras de espanto. - Eu não tinha condições de sustentar vocês dois John. Então a entreguei para a adoção. Um casal a adotou e me mandaram cartas que estão guardadas no meu quarto. John, eu te peço que a procure e cuide dela. Assim como de suas irmãs.
- Ela está viva? Mas aonde? Como? – Perguntou John
- Procure-a John. Prometa pra mim que vai cuidar dela e da Mimi– Pediu a mãe.
- Eu, eu prometo... –Soluçou John.
Os olhos de Julia se fecharam aos poucos. A ambulância chegou e encontraram John gritando revoltadamente pela mãe e Mimi chorando. Eles a levantaram do chão e depois tentaram afastar John de Julia, mas ele lutava pra ficar junto da mãe e gritava com os outros. Paul e George seguraram John, enquanto Stu consolava Sam. A ambulância levou Julia para o hospital. John continuou gritando pela mãe que agora se afastava na ambulância. Michael pediu para que todos entrassem em seu carro (tiveram que se espremer para que os seis coubessem) e ele os levou para o hospital. Entraram na sala de emergência e ficaram esperando. O médico apareceu e pediu para falar com Mimi. Julia foi dada como morta e a tensão aumentou. Aquilo tinha feito um buraco na cabeça de John. Ele não conseguia parar de pensar nas últimas palavras da mãe. Sentia um vazio que ninguém podia entender. Paul chorava silenciosamente, se lembrando de sua mãe, que morrera no mesmo hospital. Ele foi até John e o abraçou. Mas John se afastou dele e foi andando até a saída.
- John... Volte aqui... – Soluçou Mimi.
- Paul, vá atrás dele. –Disse Stu. -Nós ficaremos com a Mimi. No estado dele, não me surpreenda que faça alguma bobagem. – Paul concordou com a cabeça e seguiu John. Mas Sam segurou seu braço.
- Quero ir com você.
- Mas Sam... - Ele começou e parou quando viu o olhar carrancudo da amiga. –Tudo bem, venha. –Os dois foram atrás de John e deixaram os outros.
John andava pela rua desorientado. Não percebeu os amigos atrás dele. Mas seus pés o levaram de volta para casa. Ele subiu as escadas e foi pro seu quarto. Paul e Sam entraram na casa e subiram também, mas encontraram John destruindo tudo. Ele quebrava as coisas, rasgava seus pôsteres e derrubava seus móveis. Paul tentou o segurar, e Sam começou a gritar.
- John! Se acalme! Para com isso! – Gritou Paul segurando o amigo que tentava se desvencilhar.
- Me solte Paul! Que se dane essa merda de mundo! Que se danem todos vocês! Eu quero morrer! –Gritou John
- John, pare com isso! Você não quer e nem vai morrer! – Gritou Sam
- Me largue! – Reclamou John para Paul que o colocou contra a parede e gritou:
- John! O que aconteceu com você?! Sabemos que está com raiva, mas tem que se acalmar! Somos seus amigos e só queremos te ajudar! – John parou de lutar e olhou nos olhos castanhos do amigo, se virou para Sam que estava chorando com tudo aquilo.
- Mas eu não preciso de ajuda!- Ele se soltou de Paul. - Só quero ficar sozinho! Deixem-me em paz!
- Não vamos embora! Olhe, eu também perdi minha mãe, sabia? Mas só porque ela morreu não quer dizer que...
- Minha mãe não está morta!- Ele gritou e deu um soco em Paul que caiu no chão meio atordoado. Sam soltou um grito e tateou o chão em busca de Paul. John se recompôs e quando deu se conta do que havia feito, agachou perto do garoto e disse chorando:
- Me desculpe Paul! Desculpe-me! Não sei o que deu em mim! Eu juro que não queria. – Abraçou o amigo e estava com a boca sangrando.
- Tudo bem cara, eu sei que está nervoso.
- Onde vocês estão? – Pediu Sam, ainda tateando o chão. E os dois a puxaram para perto deles. Os três amigos ficaram abraçados no chão do quarto de John, enquanto choravam silenciosamente. John perguntou:
- Ela não vai voltar, não é? Diz que ela vai voltar!
- Não cara. Ela não vai voltar. - Paul respondeu o abraçando mais forte. - Eu sei como é. Também vi minha mãe morrer. Foi no mesmo hospital em que estávamos. Sua mãe disse que queria te ver se tornando um astro do Rock, falou que vamos ser mais famosos do que o Elvis... - Eles riram e Sam disse para John:
- Ela está num lugar melhor John. Até eu que sou cega posso ver. Então porque você não pode?
- Talvez com meu problema de visão... – Ele disse e os amigos riram e ficaram ali sentados por um tempo. Depois Paul se levantou e limpou a boca:
- Que tal tocar uma para ela? – Ele estendeu o violão para John, ele e Sam se levantaram e sentaram na cama junto com o amigo.
- Qual? – Perguntou John
- Eu tava pensando em compor alguma coisa...
- Mas eu nunca compus nada! – Disse John
- Mas eu já. Tem uma que eu estava compondo esses dias, mas não sabia qual o sentido dela. Agora eu sei. Para a sua mãe e para a minha. Eu ainda não terminei a letra e pensei que você poderia me ajudar. Tenta me acompanhar. - Ele começou a tocar:
‘’In spite of all the danger
In spite of all that may be .Ohohhhhhh
I’ll do anything for you
Anything you want me to, if you be true to me.’’
Os dois amigos ficaram tocando a tarde toda com Sam. Mimi depois chegou com os outros e eles fizeram uma missa para Julia na semana seguinte. Mas John se lembrou de uma coisa que sua mãe lhe dissera, pouco antes de morrer. Ele tinha uma irmã e ela estava viva. O tempo todo. E ele precisava encontrá-la. Ele iria encontrá-la.
Autor(a): Mari H.Vilhena
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
01 de agosto 1958 John estava passeando pelo porto de Liverpool, observando os barcos que atracavam no cais e que saíam. No último mês havia pensado muito no que acontecera. Sua mãe foi morta por um policial bêbado logo depois de lhes fazer uma visita e ele ainda não conseguiu superar. Chora to ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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isaamccartney Postado em 19/03/2014 - 23:01:48
ain ta perfeita *-* continua please :3 eu amo essa fanfic ,3
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maryhaddad Postado em 23/06/2013 - 01:16:36
Obrigada vickhoran!!
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vickhoran Postado em 22/06/2013 - 23:48:06
Amei a sua fanfic dos Beatles. :)