Fanfic: Foi Sem Querer... | Tema: AyA - Ponny - Anahí - Alfonso

Eu não sei o que estava acontecendo comigo. Eu havia ficado radiante ao ver Ucker, pois fazia meses que não via meu único irmão. Mais comecei a perceber que Ucker não era o único motivo de minha felicidade. Lembrava-me de Alfonso, o garoto alto e forte melhor amigo e cumplice de Ucker, um garoto esnobe, irritante e prepotente que me tirara do sério sempre que ouvira seu nome ou sua maldita voz. Alfonso sempre fora o mais alto de todos os garotos, foi o primeiro a ter um porte masculino quando todos ainda eram magrelos e sem nenhum musculo. Entrou na acadêmia arrastando Ucker com si. Os cabelos que na infância eram grandes, lisos e escuros formando uma franja no rosto, na adolescencia ficou curto e para o alto, formando um moecano fixados para o alto com gel. Os olhos eram verdes esmeraldas e seduziam qualquer garota da idade deles. Só tinha um problema com aquele garoto: a prepotencia de Alfonso era...irritante. Ele fazia com que todas a sua volta, menos Ucker, sentissem como se fossem menos que ele em tudo, isso me irritava profundamente.
Fechei os olhos com força e depois abri devagar.
- Que houve sua louca? - Dulce perguntou me entregando um short jeans escuro todo detonado, com algumas tachas douradas. Eu fiz uma careta e balancei o rosto para a porta. - Hum, acho que já sei.
Eu tirei a meia calça a taquei em cima de Dulce. Ela sorriu. Tirei o resto da roupa ficando de calsinha e sutiãn. Coloquei o short e encarei Dulce.
- Me dá aquele ali. - Apontei para o sneakers preto que tinha em cima da bancada, coloquei o tênis e peguei uma regata branca com uma camisa quadriculada vermelha. Peguei alguns cordões e uns aneis, prendi os cabelos em um rabo de cavalo despojado e a encarei. - Como estou?
- Como sempre linda, você arrasa.
- E você é minha amiga. - Eu sorri pegando a bolça e o celular. - E aí? Vem com agente?
- É...Annie você sabe que eu e seu irmão na mesma boate não vai dar certo, deixa pra próxima. - Eu sorri. A alguns anos, mais especificadamente dois, Ucker e Dulce tiveram um caso que foi o mais perto de um relacionamento sério que já vi meu irmão chegando. Mais ele como sempre vacilou e traiu Dulce com uma tal de Mariana que sempre odiei. Dulce guarda raiva dele desde sempre e eles nunca mais nem se olharam. Quer dizer, Ucker sempre que pode se taca para cima de Dulce, mais ela se esquiva e o deixa babando. Se tem uma coisa em que eu e Dulce somos boas é nisso, fazer caras que nos regeitaram babarem pela gente, e é isso que ela faz com Ucker.
- Tudo bem, mais vamos melhorar esse visual por que tem um gatinho que eu tenho que te apresentar, você vai amar. - Ela sorriu revirando os olhos e saímos do banheiro dando de cara com eles dois mexendo em seus respectivos celulares.
- Maninha, juro que se você não tivesse meu tipo sanguineo, te pegava. - Ucker disse bobo segurando uma das minhas mãos e me fazendo dar uma volta.
- E eu juro que se eu não soubesse o mal carater que você é pensava em ficar com você. - Eu sorri irônica tirando sorrisos de Alfonso.
- Então, você já se arrumou deu uma humilhadinha basica em mim, agora podemos ir né? - Eu sorri alegre e abracei Ucker pela cintura. - Dulce você não...vem com a gente?
- Não, eu trabalhei o dia inteiro e quero descansar, amanhã tenho que arrumar o figurino da Annie para entrevistas e show`s. - Ela pegou a moça, se despediu de mim e saiu do camarim, eu olhei para Ucker sério e neguei com a cabeça, ele sorriu amarelo e saímos do camarim acompanhado por Alfonso. Demoramos um tempinho para conseguir passar por todos os fãns e eu ainda tive que dar alguns autógrafos para alguns fãns, possei para foto com Ucker e Alfonso e logo depois conseguimos sair. Entramos no carro de Alfonso, é eu fugi dos seguranças, mais fala sério, eu estava com meu irmão e merecia um descanso.
Alfonso dirigiu o percurso todo, Ucker foi sentado ao seu lado mexendo no rádio do carro esporte e eu no banco pequeno quase morrendo de claustrofobia. Uma hora ou outra percebia os longos olhares de Alfonso para mim pelo retrovisor do carro.
Depois de algum tempo chegamos a tal boate, ela havia acabado de lançar e era frequentada por muitos artistas famosos. Descemos do carro e logo entramos, esávamos tentando escapar de todo reporter que pudesse estar lá. Assim que botamos o pé dentro da boate me senti mil vezes melhor.
O som era contagiante, o lugar as luzes, tudo ali me trazia para a adolescencia que eu não tinha mais. Olhei para Ucker e Alfonso.
- Vamos arrumar uma mesa? - Eles concordanram e saímos pela boate atrás de uma mesa queta e longe de toda a confusão. Encontramos uma no canto onde a música era boa e mesmo assim continuava pouco tumultuado.
- Mais e aí Annie o que você me conta? Como está essa correria de show`s? - Ucker perguntou depois que o garçon foi embora, ao escrever nossos pedidos.
- Uma locura né Ucker, não tenho tempo para mais nada, não consigo mais sair e nem me encontrar com amigos, os show`s estão me matando e nem pra academia eu estou indo mais. - Desabafei com ele e vi sua expressão assustada.
- É, mais é bom a senhorita começar a se cuidar, por que mamãe volta de Paris semana que vem e Papai no final do mês e se eles te virem assim vão querer te matar. - É isso era verdade, eu tinha que concordar com Ucker, se meus pais me vissem tão magra e com tantas olheiras iriam me matar e me obrigariam a cancelar alguns show`s para repor a comida no corpo e o sono perdido. Meus pais se separaram quando eu tinha um ano e alguns meses, eu não sei bem o por que, só sei que meu pai é tão parecido com Ucker que provavelmente foi por alguma trairagem. Minha mãe nunca falou nada pois não quiz denegrir a imagem que tínhamos dele, mais tenho certeza que foi alguma coisa assim. Desde então minha mãe morava aqui no Rio perto de mim e de Ucker e meu pai em São Paulo junto com a empreza mega importante dele.
- É eu sei, mas... - Fui interrompida quando alguem me beijo de surpresa, ao sentir os lábios da pessoa no meu logo soube de quem se tratava. Kevin. Eu segurei seu rosto junto ao meu e logo nos afastastamos. - Poxa já estava estranhando sua demora.
- É eu tive que cuidar da Luna para os meus pais e ela só dormiu agora então eu conseguir fugir. - Ele disse enquanto me levantava, passou a mão na minha cintura me abraçando. - Fala Ucker. - Ucker levantou de cara amarrada e comprimentou Kevin, os dois se conheciam desde sempre e sempre foram muito amigos mais de um tempo para cá Ucker anda odiando-o por algum motivo que eu não sei qual é.
- É bom te ver Kevin. - Ucker disse carrancudo. - Lembra do Kevin, Poncho. - Nesse momento olhei para Alfonso e observei sua feição irritada, ele se levantou e apertou a mão de Kevin com força mais do que necessária.
- Claro, o magrelo que sempre fez agente perder no futebol. - Poncho tentou humilhar Kevin, o mesmo não caiu na dele e sorriu entrando na piada. - É bom te ver.
- É, concordo. - Kevin sempre fora um garoto diferente, ao contrário de todos os outros amigos galinhas e sem sentimentos do meu irmão, Kevin sempre soube como tratar uma mulher de verdade, sempre me tratou bem e cuidou de mim de um jeito diferente que me fez olhar para ele de um outro jeito. Ao contrário de Ucker e Alfonso, Kevin sempre foi mais magrelo e o menos forte. Tinha longos cabelos loiros e olhos claros que davam inveja a qualquer um. Com o tempo aquele garoto desorientado e até meio lerdo, mudou e agora é um homem lindo, o corpo e coberto por grandes musculos de tanta academia, a altura aumentou considerávelmente, os cabelos agora eram curtos e devidamente cortados.
Tinhamos muitas coisas em comum e eu gostava de ter-lo por perto mesmo sem que ouvesse um sentimento mais forte, era bom ter alguem desse tipo do seu lado. Eu me sentia bem, ele me fazia feliz.
- Vamos dança um pouco amor? - Eu sugeri, querendo tira-lo do olhar ameaçador de Ucker e das irritantes provocações de Alfonso.
- Vamos, vamos sim. - Eu sorri agradecida e me virei para Ucker o comprimentando com um olhar sério, não encarei Alfonso pois estava-o odiando demais para olha-lo agora. Vi Kevin da um ultimo sorriso para eles dois e saímos abraçado indo para o meio da pista de dança.
Com delicadeza e carinho Kevin passou os braços pela minha cintura me puxando para si. Eu cruzei os braços pelo seu pescoço e me abracei forte a ele. Kevin sempre fora meu porto seguro em tudo. Se sofria, ligava para ele e ele me aconselhava, me consolava e tinha sempre aquele abraço que me protegia de tudo. Se sorria, era ele quem calçava meus sorrisos com alguma piada sem graça ou com as insistentes cósegas que ele sempre me fazia mesmo sabendo do meu fraco por elas. Enfim, ele sempre foi tudo mais eu o via mais como amigo que namorado, gostava de estar com ele e de beija-lo principalmente mais já não tinha toda aquela coisa de amor ou paixão, era só um... sentimento bom.
- Acho que eles não ficaram muito felizes em me ver. - Ele disse sorrindo e me acordando de meus pensamentos, eu sorri e olhei para a mesa onde os dois estavam sentados sérios e nos encarando com um copo de alguma coisa na mão.
- Não liga para eles, são muito chatos, daqui a pouco arranjam uma garota qualquer e esquecem da gente. - Eu me abracei mais a ele e escondi minha cabeça em seu pescoço, a música era romantica e calma então não tinha a mínima pressa de sair dali. Por mais que minha vida tivesse uma loucura e uma confusão, eu me sentia confortavelmente feliz com ele e com Ucker perto de mim, traziam uma felicidade estranhamente estranha para a minha vida. Traziam uma paz necessária para a minha felicidade. É, era disso que precisava para a minha vida, felicidade, e era exatamente isso que eu precisava na minha vida.

Roupa Annie:

Kevin Bitencourd: