Fanfic: Foi Sem Querer... | Tema: AyA - Ponny - Anahí - Alfonso

Eu devia estar pirando, só podia. Eu estava sentindo algo estranho dentro de mim, como se fosse capaz de arrancar a cabeça do Kevin a cada beijo que ele trocava com Anahí. Era irritante ver ela dançando com ele, ela rebolando pra ele, e ele faltava pouco come-la com os olhos. Aquilo me tirava do sério de uma forma sobrenatural. Olhei para Ucker e vi que ele também não estava gostando nada nada daquilo tudo.
- Não adianta babar por ela meu caro, se tem uma coisa na vida que a Annie odeie mais do que eu me metendo nos relacionamentos dela, é você meu caro. - Ucker tomou mais um pouco de sua cerveja e eu o encarei incrédulo, como assim ela me odiava? O que eu fiz?
- Como assim ela me odeia? Tua irmã é tão louca quanto você? - Tentei disfarçar meu nervosismo em uma simples irônia mais não funcionou muito.
- Ela te odeia desde quando éramos criança, sempre odiou o jeito como você e eu tratávamos os garotos, sempre odiou o jeito como você agia como machão e nunca gostou nenhum pouco de você e muito menos dessa nossa amizade. - Ele sorriu irônico me irritando. Aquela garota só podia estar surtando. - E agora que ela está com o Kevin, aposto que te odeia ainda mais pelo jeito como tratávamos o namoradinho dela.
- Sinceramente, estou nem aí pelo que ela acha ou deixa de achar, parece mais retardada que o irmão. - Eu sorri disfarçadamente e ele retribúiu. - Agora eu vou é arrumar alguem para passar minha noite por que cancei desse papo furado com você.
Ele sorriu. Eu me levantei e fui para o bar onde tinha uma garota apoiada na bancada, me aproximei dela e como toda cantada rídicula, paguei uma drink para ela.
- Você é o Alfonso né? O da dupla? - Eu sorri, e concordei com a cabeça. - Sou Wanessa.
- Prazer, mais pode me chamar de Poncho. - Eu sugeri acabando de beber outra cerveja. - Vem Wanessa, vamos dançar um pouco. - Ela concordou e eu a puxei para a pista de dança. Começamos a dançar agarrado e a bebida já fazia efeito no meu corpo. Ela rebolava e ia até o chão acariciando todo o meu corpo, naquele momento Anahí Mikaelly havia saído da minha cabeça e eu só conseguia pensar naquela garota que estava ali comigo.
- O que você acha de continuarmos isso na sua casa? - Ela sugeriu susurrando no meu ouvido bem sexy, eu sorri e neguei com a cabeça.
- Nem pensar, tenho um lugar muito melhor. - Eu a encarei ainda sorrindo e ela retribuíu um pouco assustada. - Deixa eu só falar com um amigo e podemos ir. - Eu me soltei dela e fui até a mesa onde Ucker estava aos beijos com uma garota. - Cara eu tenho que ir, vou levar uma gatinha no hotel de sempre, não se preocupa que venho te pegar quando tudo acabar. - Eu sorri debojado e ele deu um soco no meu ombro sorrindo também, logo voltou aos beijos com a garota e esqueceu de mim. Eu voltei para a garota e saímos juntos da boate.
Não demorou muito para que chegassemos no hotel de sempre. Eu nunca levei garota nenhuma para minha casa e nem nunca levaria, acho que ali era a coisa mais pessoal que tinha e não queria estragar o meu canto, meu lugar, com lembranças de milhares de garotas diferentes. Então eu sempre levava elas para aquele hotel, pegava a mesma suíte presidencial de sempre e me divertia, saía de lá e deixava elas dormindo, deixa o dinheiro para pagar na recepção e ia embora como se nada tivesse acontecido. Era essa a vida que tinha escolhido para mim.
E como sempre fora isso que acontecera, foram as horas mais agradaveis e mais divertidas que eu tive. Quer dizer, foi como todas as outras, não tinha sentimento, não tinha amor, era siplesmente prazer, eu a satisfazia e ela fazia o mesmo comigo.
Eu encarei o teto branco. Estava deitado na cama completamente nu, coberto da cintura para baixo com um lençól de seda branco e os braços cruzados no alto da cabeça. Ela estava deitada ao meu lado de bruços e coberta da cintura para baixo com as costas nuas.
Ela era bonita, todas eram. Eu nunca conseguia sentir nada por ninguem, sentia como se meu coração fosse um pedregulho enorme e sem nenhum sentimento por nenhuma garota que não tivesse meu tipo sanguíneo. As vezes me achava insensível ou até antipatico, mais não conseguia mudar meus sentimentos.
Com um certo esforço, me levantei da cama e enrrolei o lençol na cintura e me dirigi para o banheiro. Tirei o lençol e mergulhei na agua gelada do chuveiro. Passei uns dez minutos ali respirando um ar puro e diferente dos que me cercavam. Saí e coloquei minha roupa, peguei minhas chaves, minha carteira e saí do quarto indo para a recepção.
- Olá James, quero pagar a estadia. Havisa a menina que já está tudo pago e quando ela for embora me ligue. - Eu paguei em dinheiro vivo e saí dando um sorriso para o recepcionista que retribuíu. Entrei no meu carro e fui rumo a boate. Não demorei muito para chegar, estacionei o carro e entrei. Consegui encontrar a mesa de Ucker e ele estava sozinho, estranhei.
- Caraca, achei que tu só ia acabar amanhã. - Ele sorriu irônico dando um soco no meu ombro.
- Ah, fala sério Ucker, tu vai mesmo começar com esse papinho estilo Kate. - Eu sorri e pedi uma cerveja para o garçom. - A garota era boa em Ucker, nunca vi, essa agente pode colocar na lista das melhores.
- Ah, claro só esse daí voltar que o papinho machista. - Anahí disse aparecendo acompanhada do namoradinho irritante.
- É mais esse mesmo papinho é com o teu irmão e não com você garota. - Eu disse irritado. Pra falar a verdade não sabia o por que de tanta raiva. Só não queria ficar aguentando aquela garota mimada me irritando.
- Ai garoto, já te disseram como você é insuportável? - Ela me fuzilou com os olhos e por um momento aquela menina doce e gentil saiu do corpo dela dando espaço para uma garota nervosa e mal-humorada. - Se acha o tal só por que algumas vadiazinhas te dão bola, mais não é capaz de fazer nenhum garota feliz sem ser na cama.
- E o que isso te importa? - Me levantei irritado, encarando ela nos olhos. Quer dizer quase isso, ela era bem mais baixa que eu. - O que eu faço ou deixo de fazer não é da tua conta, eu sou maior de idade e não devo satisfação a ninguem, muito menos a uma menina mimada e futil.
- Ei, ei, vamos parar com essa confusão né? - Ucker se colocou entre agente evitando o tapa que a irmã dele me daria daqui a pouco. - Eu acho que já está bom por hoje né? Vamos embora? - Ele sugeriu, nem eu nem ela desfiamos os olhos um do outro, pelo canto do olho vi Kevin sugerir e puxar Anahí para perto dele.
- Tudo bem Ucker, mais eu não vou com você não, Kevin você me leva para casa? - Ele concordou com a cabeça e ela se despediu de Ucker e me deu uma ultima fuzilada com os olhos. - Beijos maninhos, qualquer coisa me liga.
Ela saíu de lá acompanhado do Kevin que se despediu de mim e de Ucker. Eu olhei para ele severo e ele sorriu debojado me deixando mais ainda irritado. Saímos da boate e antes pude ver eles entrando no carro dele, o carro não era nada simples um KIA novinho preto. Ela deu uma ultima olhada para gente e entrou no carro.
- Vamos logo, eu não vou ficar vendo esse mané levar minha irmã para a casa. - Dessa vez eu tive que ri da careta que ele fez. Entramos no carro e eu dei partida no carro indo para o nosso apartamento.
- A agenda de amanhã está cheia? - Eu perguntei vendo a raiva nos olhos de Ucker, ele não tirava os olhos da janela. - Ucker?
- Oi? É...ah não, Kate disse que só temos uma entrevista de manhã e temos que assinar o contrato com a gravadora para o novo cd. - Ele me encarou e ligou o som do meu carro.
Não demorou muito e chegamos no prédio, eu deixei o carro na garagem e fomos até o elevador em silêncio. Ao chegar no apartamento dele ele se despediu de mim com um simples gesto e um sorriso e entrou. Eu entrei em casa e me taquei no sofá ligando a tv, estava dando uma entrevista sobre o show dessa noite. Eu me irritei e taquei o controle no outro sofa ao meu lado. Aquela garota só podia ser adotada. Como a irmã do meu melhor amigo, um garoto legal, brincalhão e parceiro, podia ser tão chata assim. Ela era tão certinha, tão irritante, tão mimada, tão fútil, mas também era tão linda, tão gostosa, tão...perfeita.
Peraí, fechei os olhos com força e depois abri, como assim, eu não podia achar Anahí Micaelly bonita muito menos perfeita, aquela garota era o capeta de saía, só podia.
Levantei do sofá e fui até o quarto, tirei os sapatos e a jaqueta. Fui no closset e peguei uma calça de moletom preta e uma regata branca. Entrei no choveiro e tomei uma duxa fria e demorada tentando tirar aquela maldita garota da minha cabeça. Saí e vesti a roupa, calcei um chinelo, desliguei a televisão da sala e fui para o quarto.
Quando bati a cabeça no travesseiro estava decidido não pensar nela, não lembrar nem da existencia daquela garota, mais uma frase dela veio a minha cabeça "[...]mais não é capaz de fazer nenhum garota feliz sem ser na cama. [...]" Foi quase a mesma coisa que Kate havia me dito um pouco antes, era irritante ouvir que você era apenas um objeto sexual de muitas garotas. Na verdade acho que eu queria mesmo é que fosse ao contrário, que elas fossem meus objetos sexuais, mais de tanto tentar o machismo eu acho que me ferrei. Acho que precisava deixar essa vida de lado, acho que precisava de alguem perto de mim, já tinha parado para pensar em como minha solidão era exaustiva e triste. Odiava não ter ninguem perto de mim, odiava essa solidão constante, odiava não ter ninguem para conversar anoite. Eu não sei como me sinto e nem o que eu realmente quero, mais não conseguia abandonar essa vida de galinha. Mais também não vou dizer qu nunca pensei em deixar todas por uma só.