Fanfics Brasil - Capítulo 1 - Primeira parte Crônicas da meia noite

Fanfic: Crônicas da meia noite


Capítulo: Capítulo 1 - Primeira parte

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Era o fim das férias de verão, as aulas iam começar, e como sempre eu não estava nem um pouco satisfeita, nem intusiasmada com isso, ter que rever aquelas pessoas só cultivam meu ódio. Meus pais dizem que tenho problemas por isso vou a 1 psicólogo e a 1 psiquiatra, mas eles não me ajudam, eu me considero normal, só porque as vezes minha personalidade foge um pouco de mim, não quer dizer que eu seja maluca ou coisa parecida, posso dizer que sou um pouco bipolar, mas nada de mais. Bom, deixe-me me apresentar, sou Katherine Everlack, vocês devem estar achando que sou uma daquelas adolescentes que fazem da vida um drama, mas não sou assim, sou a menos "popular" da escola, posso até dizer que sou uma das encrenqueiras, que fazem muita besteira, esse ano é o último, pretendo não arrumar confusão, mas parece que elas me perseguem.


Primeiro dia de aula, consegui chegar na hora, fui até meu armário, guardei o que tinha de guardar, quando um menino que eu nunca vi passa do meu lado, e olha fixamente pra mim, eu tento o ignorar, mas seus olhos me chamam atenção, olhos verdes... Pra minha sorte, o armário dele é quase ao lado do meu, fico meio constrangida, pego minhas coisas e vou para a sala, me sento no mesmo lugar de sempre, quando o menino entra na sala, e se senta algumas carteiras a minha frente, a aula começa depois do anúncio de boas vindas anual do diretor Loyd, quando dá a hora do intervalo eu não saio da sala, não tenho com quem sentar, nem estou com fome, fico lá na minha carteira observando pela janela Ashley se jogando pra cima do novato.. Uma coisa que vocês devem saber, Ashley não tem competidora, ela consegue tudo o que ela quer, a hora que ela quer, e ela me odeia, desde que eu gravei ela com outro menino que não era seu namorado, foi acidental, mas acabou vazando. Lá estava ela se jogando pra cima dele, mas ele parecia nem ligar, qualquer menino já tinha se rendido, mas ele não estava nem aí pra ela, das duas uma, ou ele não está mesmo interessado nela ou ele é gay! Espero que seja a primeira opção...
O intervalo estava terminando, eu fiquei ali sentada o tempo todo, só ouvindo os murmúrios das garotas falando sobre o novato: - " como ele é lindo!" , "Como ele se chama?", " Será que tem namorada?" Coisas desse tipo, estava quase dando um grito, mas não queria ser taxada como louca... de novo.


O novato entra na sala, logo depois vem o resto das pessoas, as meninas não paravam de olhá-lo. O professor fez a chamada na aula e acabei descobrindo seu nome.. Josh Melborn, na hora em que meu nome foi chamado, ele olha pra trás e sorri, fico meio vermelha, aqueles olhos verdes são fantásticos tenho que admitir. Estava na hora de irmos pra casa, pego minha mochila, guardo os livros no armário e sigo em frente pra ir pra casa. O caminho da minha casa é por um bosque com muitas árvores, dificilmente eu tenho a sensação de ser observada, mas eu sabia que alguma coisa estava errada, eu sabia que tinha algo atrás de mim, continuei andando, o ar estava agradável, quando enfio meu pé em um buraco e torço meu tornozelo, levanto com um pouco de dificuldade, quando Josh aparece bem a minha frente, me fazendo gritar com a inesperada surpresa: - Calma, eu vi quando torceu o pé. O olhei com surpresa: - Ta me seguindo? Ele me ajuda a ficar de pé, e pega minha mochila do chão e coloca em minhas mãos: - Não... é que minha casa fica no fim da rua, eu me mudei pra cá tem duas semanas, então não to acostumado com aqui ainda. Ajeito a mochila nas costas, tento dar uns passos mas o tornozelo está mesmo ruim: - Se importa de me ajudar.. É que eu não to conseguindo... Ele sorriu e pôs meu braço em volta de seu ombro, me ajudando a andar devagar: - Me desculpa se eu deixei você sem graça, é que você me chamou a atenção...
- Deve ser meu cabelo laranja... Ele realmente chama a atenção.. Respondo meio tímida: - E você, o que o traz a essa cidade idiota? Ele olha pra cima, seus olhos ficam mais verdes ao ar livre: - Minha família teve de se mudar, tivemos problemas aonde estávamos morando antes, essa cidade me parece calma...
- Ela é.. Mas eu não me dou bem aqui... Uns problemas também, coisas de criança... Bom Josh, chegamos eu moro aqui, muito obrigado pela ajuda, eu fico te devendo essa! Caminho sobre o gramado de casa até a pequena escada que dá para a porta, subo o primeiro degrau, mas o segundo me derruba, olho para a calçada e Josh ainda está lá: - Poderia me ajudar... De novo? Ele sorri de novo e me ajuda a subir: - Obrigado de novo, bom, agora to te devendo 2!! Pode me cobrar quando quiser.
- Até amanhã Kate... Eu entro em casa com o rosto completamente vermelho, quando grito de dor, meu tornozelo estava inchando, minha mãe vem correndo saber o que está acontecendo: - Katherine, o que há dessa vez? Sento no sofá, coloco o tornozelo em cima da mesinha da sala: - Torci a merda do tornozelo mãe! Minha mãe se aproxima do meu tornozelo: - Katherine meu Deus, o osso está quase perfurando a pele, vou chamar seu pai, vamos ao hospital antes que isso piore! Ingessei a perna inteira, o que eu já esperava, mas não estava me importando com o tornozelo, estava pensando em Josh, o novato de olhos hipnotizantes, o que ele viu em mim eu não sei, mas podia tirar proveito disso.


No dia seguinte, meu pai teve de me deixar na escola por conta do meu tornozelo quebrado, as muletas ajudavam e ao mesmo tempo atrapalhavam, entrei na sala e os olhares se voltaram para mim, me sentei no mesmo lugar, Josh estava duas cadeiras a minha frente. Na hora do intervalo, ele veio até mim, confesso que fiquei com o rosto quente: - Vejo que teve de ingessar a perna.. Pensei que tinha torcido...
- Na verdade, eu quebrei, mas só vi em casa. Mas já está tudo bem... Ele se senta ao meu lado, acho aquilo estranho, as pessoas não costumam falar muito comigo: - Não vai comer? Daqui a pouco termina a hora do almoço..
- Hoje eu to sem fome, ainda mais que tem uma menina me perseguindo, nem sei o nome dela.. O interrompo: - Ashley ! É, eu sei... eu vi vocês pela janela ontem..
- Eu não gosto de meninas feito ela.. ela é comum... Franzi a testa: - Como assim, comum?
- Ela me parece ser idiota como tantas outras que conheci.. Só sabem falar de cabelo, roupa... Eu olho pra cara de Josh e acabo rindo, não por ele gostar de meninas diferentes, mas por ele ser o primeiro a dizer que Ashley é idiota e fútil, não poderia ouvir coisa melhor: - Você é o primeiro que diz isso dela, os meninos são loucos com ela, ela é a rainha do baile de confraternização todos os anos... a maioria que vota nela são homens, de outras escolas que nunca viram ela... Josh me entrega um desenho, olho para o desenho e vejo que sou eu, sentada na cadeira olhando para o nada com os cabelos esvoaçantes: - Espero que goste, não tinha nada pra desenhar...
- Ficou perfeito.. desenhou até meu cabelo voando.. Respondo rindo de leve, pego o desenho e coloco em meu caderno, o sinal do fim do intervalo toca, Josh volta a sua carteira, as pessoas entram e logo em seguida entra Ashley, que vai direto pra mesa de Josh, não consigo ouvir o que ela diz a ele, mas não me importo, ele disse que ela não o interessava. Os dias vão se passando, Josh e eu vamos ficando cada vez mais amigos, e finalmente chega a semana que eu mais gosto, a semana de lua cheia, posso ouvir os uivos dos lobos pela minha janela, fico em frente a ela, olhando pra lua, quando ouço um uivo diferente do qual eu to acostumada, é um uivo forte e em seguida um grito, fecho a janela e deito, fico um pouco assustada, mas acabo caindo no sono, acordo com o sol batendo em minha janela, me mexer com o gesso é meio complicado, mas to me acostumando, desço pro café, meu pai certamente já foi trabalhar, só está eu e minha mãe em casa, tomo meu café em silêncio, como faço todos os dias, não costumo conversar com a minha mãe, só sobre os dias em que vou ao psicólogo e ao psiquiatra, pensei em perguntar se ela ouviu o uivo, mas com certeza ela iria me chamar de maluca ou me mandar ir ao psiquiatra. Me arrumo, pego minhas coisas, minha mãe que me levou dessa vez, fui até meu armário e o abri, quando uma folha de papel cai no chão, outro desenho, mas dessa vez eu me assustei, o desenho era eu em frente a minha janela, olhando para a lua, peguei o desenho e fui para a sala, Josh ainda não havia chegado, passou mais de uma hora, ele ainda não havia chegado, fiquei encarando o desenho por horas, ele estava me vigiando, ou como ele conseguiria fazer um desenho desses?! Na hora do intervalo, eu decidi ir comer, me sentei na mesa sozinha, quando Ashley veio se sentar junto a mim: - Queria falar com você sobre o Josh.. Sei que é amiguinha dele! Coloquei a garrafa de suco em cima da mesa: - Sou sim, eu e ele somos amigos, e o que você tem com isso?!
- Sei que está envenenando a cabeça dele contra mim, por causa das nossas desavenças!
- Eu não preciso dizer nada a ele sobre você, ele sabe que você não presta! Disse rindo, ela joga a garrafa de suco no meu rosto, levantei da mesa, e fiz a coisa mais incrível que eu poderia ter feito, dei o maior soco no nariz de Ashley: - Pelo menos eu to suja de suco... E saí andando, a deixando lá, com o nariz sangrando aos montes, quando estava na porta da sala, o diretor Loyd veio me buscar, eu sabia que estava ferrada. Ashley e eu levamos uma detenção, vamos ter que limpar a quadra todos os dias, durante 1 mês, começando a partir de hoje. No fim das aulas, tive de ir para a quadra, fiquei esperando Ashley, a escola estava vazia, nem os funcionários estavam lá, saí da quadra pra procurar por Ashley, confesso que os corredores ficam assustadores quando não há ninguém, gritei o nome de Ashley milhares de vezes, mas não houve resposta, voltei para a quadra, o ar estava estranho, como na noite em que eu ouvi o uivo estranho do meu quarto, a sensação de ser observada estava voltando, quando Ashley pega em meu ombro e me faz gritar: - Cala a boca! Eu acho que não estamos sozinhas aqui! Diz Ashley com cara de apavorada: - Eu também acho que não, acho que tem alguém nos vigiando. Ashley começa a olhar em volta, e dá um grito maior que o meu, eu tampo sua boca, eu o vi! Ele tem olhos vermelhos como sangue, estava no escuro, só nos observando: - Ashley temos que sair daqui, tem alguma coisa ali, está nos observando! Ashley olha e vê os imensos olhos vermelhos, ela me puxa e começamos a correr, eu quebro o gesso em meu pé, pra poder correr, entramos no banheiro masculino e trancamos a porta, Ashley ofegante e senta no chão e põe as mãos na cabeça: - O que era aquilo? ME DIZ O QUE ERA AQUILO? Eu observo meu tornozelo ainda ferido, me sento no chão: - Eu não sei... Mas pelos olhos deve ser um lobisomem.. Ashley começa a rir desesperadamente, não porque foi engraçado o que eu disse, mas porque ela não estava acreditando: - Não diga asneiras sua idiota! Aquilo deve ser um ladrão, um estuprador... Olhei pela janela do banheiro e estava quase anoitecendo: - Precisamos sair, ou vamos morrer! Ashley levanta, me ajuda a levantar: - Olha me desculpa por ter jogado o suco no seu rosto...
- E me desculpa pelo soco.. Nos abraçamos amigavelmente, destrancamos o banheiro, saímos devagar, eu ainda não conseguia andar direito, quando ouvimos passos, o suor descia pela nossa testa, quando os passos estavam mais fortes e mais perto, Ashley começou a chorar, quando uma voz tranquila perguntou o que fazíamos ali ainda, era o zelador da noite, Senhor Jones: - Estávamos cumprindo nossa detenção! Já estávamos de saída não é mesmo Ashley...
- É, vamos pegar nossas coisas e ir embora, adeus Senhor Jones, até amanhã e bom trabalho! Voltamos a quadra, que estava totalmente acesa, pegamos nossas coisas e saímos, o pai de Ashley veio buscá-la, ela até me ofereceu uma carona, mas preferi ir sozinha, o bosque a noite fica escuro, as árvores parecem monstros gigantes, mas não estava com medo, todo o frenesi que eu estava sentindo tinha acabado, minha mochila acaba caindo no chão, minhas coisas se espalham, consigo colocar tudo de volta, quando me levanto, me deparo com aqueles mesmo olhos vermelhos que estavam na quadra da escola, caio pra trás, o dono dos olhos começa a me rodiar, e posso ver realmente o que ele é, eu sabia que ele era um lobisomem, mas ele não está rosnando, só está me observando, fico imóvel, sem acreditar no que eu estou vendo, quando um ouvi forte como o que eu ouvi no meu quarto surge e ele saí correndo, como se algo ruim o estivesse perseguindo, pego minha mochila me levanto e saio correndo, esmurro a porta até minha mãe abrir, ela abre eu eu caio no chão apavorada, com o tornozelo mais inchado: - Katherine, o que há com você minha filha? Não saí nada da minha boca, fico ali sentada, tremendo e olhando pro nada, minha mãe desesperada chama meu pai, e acabo voltando ao hospital, o médico vai recolocar meu gesso e o psiquiatra vai conversar comigo, meus pais acham que eu tive um ataque de personalidade. Estou sentada na cama esperando o gesso, quando ouço uma mulher gritando, pedindo pra salvarem o filho dela, que fora atacado por alguma coisa, os médicos passam com a maca pela porta do quarto aonde eu estou e consigo ver, o menino estava quase destroçado, quando o médico surge com as coisas pra recolocar meu gesso, levo um pequeno susto, ele acaba de colocar o gesso, quando meu psiquiatra, Doutor Eliot entra no quarto, fecha a porta: - Então Kate, como está se sentindo?
- Estou bem.. Acho que não preciso conversar com o senhor hoje! Ele olha sua prancheta: - Seus pais me disseram que está tendo uma de suas crises... Pode me contar Kate, sabe que somos amigos!
- O senhor não vai acreditar em mim... Ele sorri: - Tente.. Não contarei aos seus pais. Levantei da cama, mancando fui até a porta e tranquei: - Tudo bem! Ouça eu vi um lobisomem, ele tem olhos vermelhos, primeiro na quadra da escola durante a detenção, depois quando estava voltando, ele ficou me rodeando, mas quando ouviu um uivo, saiu correndo... Por isso cheguei em casa tremendo, fiquei em estado de choque. Doutor Eliot levantou, destrancou a sala e saiu, passou-se uns 20 minutos, meus pais vieram falar comigo: - Kate, de onde tirou isso? Pergunta minha mãe assustada, fico em silêncio até a hora de irmos para casa, quando chegamos, meus pais insistiram em falar comigo sobre isso, mas eu não dizia uma só palavra, eu não estava louca, eu realmente vi, fui para meu quarto, tranquei a porta e sentei em minha cama, quando o mesmo uivo que fez o lobisomem ir embora estava agora tão perto de mim, me levanto, abro a janela, a lua está perfeita, olho para a rua e lá está ele, os mesmos olhos, me observando, fecho a janela e as cortinas e me jogo na cama, mil coisas me passam pela cabeça, o desenho que deixaram para mim no armário, em Josh, em minha possível amizade com Ashley, e no lobisomem que está me perseguindo.



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Autor(a): foxy

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