Fanfics Brasil - 011 Fiquei com o seu número [Adp] [Terminada]

Fanfic: Fiquei com o seu número [Adp] [Terminada] | Tema: Anahí e Alfonso


Capítulo: 011

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            Às 6 horas da tarde, a situação está ainda pior. Angel jogou “anéis de esmeralda” no Google.


            Eu pedi para ela fazer essa pesquisa? Não. Não pedi. Christopher nunca me contou quanto vale o anel. Eu perguntei brincando quando ele o colocou no meu dedo pela primeira vez, e ele brincou em resposta que era valiosíssimo, como eu. Foi tudo tão lindo e romântico. Estávamos jantando no Bluebird e eu não fazia ideia de que ele ia me pedir em casamento. Nem sonhava. /Sei que as garotas dizem isso, mas o que realmente querem dizer é “Dei um ultimato a ele e o deixei pensar que tinha tido a ideia sozinho, e seis semanas depois, bingo”. Mas não foi assim. Eu realmente não fazia ideia. Bem, você também não faria, não é, depois de um mês?/


            Mas a questão é que eu nunca soube o preço do anel e nunca quis saber. Fico treinando em pensamento coisas que posso dizer para Christopher, como “Bem, eu não sabia que era tão valioso! Você devia ter me contado!”.


            Não que eu tivesse coragem de dizer isso. O quão burra você precisa ser para não perceber que uma esmeralda saída de um cofre de banco vale uma bela quantia? Ainda assim é um certo consolo não ter um valor preciso na cabeça.


            Mas agora Angel está segurando uma folha de papel que ela imprimiu da internet./Que aposto que ela não fez na hora do almoço dela. Ela devia ter sido avaliada pelo comitê disciplinar./


_Esmeralda de alta qualidade, art déco, com diamantes baguete. —Ela lê. — Estimativa: 25 mil libras.


            O quê? Minhas entranhas viram geleia. Isso não pode estar certo.


_Ele não me daria uma coisa tão cara. —Minha voz está meio trêmula. — Professores são pobres.


_Ele não é pobre! É só ver a casa dos pais dele! O pai dele é uma celebridade! Olha aqui, esse custa 30 mil. —Ela mostra outra folha de papel. — É exatamente igual ao seu. Você não acha, Maite?


            Não consigo olhar.


_Eu jamais tiraria esse anel do dedo. —acrescenta Angel, arqueando as sobrancelhas, e quase sinto vontade de bater nela.


_Foi você quem quis experimentar! —digo furiosamente. — Se não tivesse sido por você, eu ainda teria o anel!


_Não fui eu! —responde ela com indignação. — Eu só experimentei porque todo mundo estava experimentando. Já estava circulando pela mesa.


_Então de quem foi a ideia?


            Eu andei fundindo o cérebro quanto a isso outra vez, mas se minha memória estava devagar ontem, hoje está ainda pior.


            Nunca vou acreditar num mistério de Poirot novamente. Nunca. Todas aquelas testemunhas dizendo: “Sim, eu me lembro que eram exatamente 15h06 porque olhei para o relógio ao pegar a colher do açúcar, e Lady Favisham estava claramente sentada no lado direito da lareira.”


            Baboseira. Eles não têm ideia de onde Lady Favisham estava, só não querem admitir na frente de Poirot. Fico impressionada que ele consiga chegar a algum resultado.


_Tenho que ir. —Eu me viro antes de Angel poder me provocar com outros anéis caros.


_Contar para Christopher?


_Primeiro tenho uma reunião sobre o casamento com Dulce. Depois com Christopher e a família dele.


_Depois diz para a gente o que aconteceu. Manda um SMS! —Angel franze a testa. — Aliás, isso me lembrou uma coisa, Anahí... por que você mudou seu número?


_Ah, é. Bem, eu saí do hotel para conseguir um sinal melhor e estava segurando o celular com a mão esticada...


            Eu paro de falar. Pensando bem, não estou disposta a falar de toda a história do roubo e do celular no lixo e de Alfonso Herrera. É complicado demais e não tenho energia para isso.


            Em vez disso, dou de ombros.


_Foi que... você sabe. Perdi meu celular. Comprei outro. Vejo vocês amanhã.


_Boa sorte, senhorita. —Maite me puxa e me dá um rápido abraço.


_SMS! —ouço Angel gritar atrás de mim quando saio pela porta. — Queremos atualizações a cada hora!


            Ela teria sido ótima em execuções públicas, a Angel. Teria sido a que fica na frente, lutando para ter uma boa visão do machado, já esboçando os detalhes sangrentos para colocar no quadro de avisos da aldeia para o caso de alguém ter perdido.


            Ou, sei lá, fazer o que quer que fosse que faziam antes do Facebook existir.


            Não sei por que me dou o trabalho de correr, porque Dulce está atrasada, como sempre.


            Na verdade, não sei por que me dei o trabalho de ter uma cerimonialista. Mas só tenho esse pensamento em segredo, porque Dulce é uma velha amiga da família Uckermann e, toda vez que a menciono, Christopher diz “Vocês duas estão se dando bem?” num tom esperançoso, como se fôssemos dois pandas em extinção que têm que fazer um bebê.


            Não é que eu não goste de Dulce. Mas ela me estressa. Ela me manda relatórios por mensagem de texto o tempo todo informando o que está fazendo e onde está, e fica me dizendo que tremendo esforço ela está fazendo por mim, como na aquisição dos guardanapos, que acabou sendo uma saga enorme que demorou uma eternidade e exigiu três idas ao depósito de tecidos em Walthamstow.


            Além do mais, as prioridades dela parecem um pouco distorcidas. Por exemplo, ela contratou um “Especialista em TI de Casamentos” por um preço altíssimo, que criou coisas como sistema de alerta por mensagem de texto que envia atualizações aos convidados /Que nós nunca usamos./ e uma página na internet em que os convidados podem registrar quais roupas vão vestir e evitar “coincidências infelizes”. /Na qual ninguém se registrou/ Mas ao mesmo tempo em que fazia tudo isso, ela não fez contato com o bufê que queríamos e nós quase o perdemos.


            Vamos nos encontrar no saguão do Claridge’s. Dulce adora saguões de hotel, não me pergunte por quê. Fico pacientemente sentada lá por vinte minutos, bebendo um chá preto fraco, desejando ter cancelado o encontro e me sentindo cada vez mais enjoada ao pensar em ver os pais de Christopher. Estou imaginando se vou mesmo ter que ir ao toalete para vomitar quando ela aparece de repente, com cabelos negros ao vento, perfume Calvin Klein e seis ilustrações debaixo do braço. Os sapatos de camurça de saltos baixos e bico fino cor-de-rosa estalam no piso de mármore e o casaco rosa de caxemira esvoaça atrás dela como um par de asas.


            Logo atrás dela vem Clemency, a “assistente”. (Isso se uma garota de 18 anos que não recebe salário pode ser chamada de assistente. Eu chamaria de escrava.) Clemency é elegante, doce e morre de medo de Dulce. Ela respondeu ao anúncio de Dulce no The Lady, que pedia uma estagiária, e vive me dizendo o quanto é ótimo aprender o ofício em primeira mão com uma profissional experiente./Pessoalmente, duvido da dita “experiência” de Dulce. Sempre que pergunto sobre outros casamentos que ela planejou, ela só fala de um, que foi de outra amiga e que consistia de 30 pessoas num restaurante. Mas obviamente nunca falo isso na frente dos Uckermann. Nem de Clemency. Nem de ninguém./


_Andei conversando com o vigário. Essa disposição não vai funcionar. A porcaria do púlpito tem que ficar no lugar. — Dulce se senta esparramada com as longas pernas dentro de uma calça Joseph, e as pranchetas caem todas no chão. — Não sei por que as pessoas não podem ser mais prestativas. O que vamos fazer agora? E nem tive resposta do bufê...


            Mal consigo me concentrar no que ela está dizendo. De repente me pego querendo ter combinado de encontrar Christopher primeiro, sozinha, para contar sobre o anel. Assim, poderíamos encarar o pai dele juntos. Será que é tarde demais? Será que eu poderia mandar uma mensagem de texto rápida no caminho?


_... e ainda não consegui um trombeteiro. —Dulce expira com força com duas unhas pintadas encostadas à testa.


_Tem tanta coisa por fazer. É uma loucura. Loucura. Teria ajudado se Clemency tivesse digitado a Ordem de Serviço corretamente. —acrescenta ela com um pouco de grosseria.


            A pobre de Clemency fica vermelha como uma beterraba e lanço um sorriso simpático a ela. Não é culpa dela ser disléxica e ter escrito “quântico” em vez de “cântico” e a coisa toda ter que ser refeita.


_Vai dar tudo certo! —digo de maneira encorajadora.— Não se preocupe!


_Tenho que dizer que depois que isso acabar, vou precisar de uma semana num spa. Você viu minhas mãos? —Ela as empurra em minha direção. — Isso é estresse!


            Não tenho a menor ideia do que Dulce está falando, as mãos dela parecem perfeitamente normais para mim. Mas olho para elas obedientemente.


_Está vendo? Destruídas. Tudo por seu casamento, Anahí! Clemency, peça um gim com tônica para mim.


_Certo. Pode deixar. —Clemency dá um salto e fica de pé com ansiedade.


            Tento ignorar uma leve irritação. Dulce sempre solta coisas assim no meio da conversa: “Tudo pelo seu casamento.” “Só para fazer você feliz, Anahí.” “A noiva sempre tem razão!”


            Ela é bem grosseira às vezes, e acho isso um tanto desconcertante. Não pedi que ela fosse cerimonialista, pedi? E estamos pagando muito dinheiro a ela, não estamos? Mas não quero dizer nada por que ela é velha amiga de Christopher e tudo mais.


_Dulce, eu estava pensando, já escolhemos os carros? —pergunto com hesitação.


            Fica um silêncio sinistro. Percebo que á uma onda de fúria crescendo em Dulce pelo jeito que o nariz dela começa a tremer. Por fim, a onde surge, na hora em que a pobre Clemency volta.


_Ah, maldição. Ah, porra... Clemency! —Ela dirige a ira para a garota trêmula. — Por que você não me lembrou dos carros? Eles precisam de carros! Precisamos reservar!


_Eu... —Clemency olha indefesa para mim. — Hum... Eu não sabia...


_Sempre tem alguma coisa! —Dulce está quase falando sozinha. — Sempre falta alguma coisa em que se pensar. Não tem fim. Por mais que eu dê tudo de mim, não acaba nunca...


_Olha, posso cuidar dos carros? —digo apressadamente. — Tenho certeza de que posso escolher.


_Você faria isso? —Dulce parece despertar. — Será que você pode fazer isso? É que sou uma só, sabe, e passo a semana toda trabalhando nos detalhes, tudo pelo seu casamento. Anahí...


            Ela parece tão estressada que me sinto um pouco culpada.


_Claro! Sem problemas. É só eu procurar nas Páginas Amarelas ou algo do tipo.


_E como está indo com o seu cabelo, Anahí? —Ela então se concentra na minha cabeça, e eu silenciosamente mando meu cabelo crescer rapidinho mais um centímetro.


_Nada mal! Tenho certeza de que vai dar para fazer o coque. Com certeza. —tento parecer mais otimista do que me sinto.


            Dulce me falou umas cem vezes o quanto eu fui limitada e tola de cortar meu cabelo acima do ombro quando estava prestes a ficar noiva. /Era pra eu ser médium?/ Também me falou na loja de vestidos de noiva que, com a minha pele pálida, /Branco-cadáver foi como ela chamou/ um vestido branco nunca ia ficar bom e que eu devia usar verde-limão. No meu casamento. Felizmente, a dona da loja de vestidos de noiva se meteu e disse que Dulce estava falando besteira: meus cabelos castanhos e meus olhos claros ficariam lindos com o branco. Preferi acreditar nela.


            A bebida chega e Dulce toma um grande gole. Tomo outro gole de chá preto morno. A pobre Clemency não está bebendo nada, mas parece estar tentando se fundir com a cadeira e não chamar atenção nenhuma.


_e... você ia pesquisar sobre o confete? —pergunto com cautela. — Mas posso fazer isso também. —recuo rapidamente ao ver a expressão de Dulce. — Vou ligar para o vigário.


_Ótimo! —Dulce expira intensamente. — Eu adoraria que você fizesse algo! Porque eu sou uma e consigo estar em apenas um lugar de cada vez... —Ela para de falar abruptamente quando seu olhar cai sobre minha mão. — Onde está seu anel, Anahí? Ah, meu Deus, você ainda não o encontrou?


            Quando ela ergue o olhar, parece tão estupefata que começo a me sentir enjoada de novo.


_Ainda não. Mas vai aparecer logo. Tenho certeza. A esquipe do hotel está procurando...


_E você não contou a Christopher?


_Vou contar! —engulo em seco— Em breve.


_Mas não é uma joia importante da família? —os olhos cor de mel de Dulce estão arregalados. — Não vão ficar furiosos?


            Ela está tentando me fazer ter um colapso nervoso?


            Meu telefone vibra e eu pego o aparelho, agradecida pela distração. Christopher acabou de me mandar uma mensagem de texto que frustra minha esperança secreta de os pais dele repentinamente desenvolveram uma infecção estomacal e terem que cancelar.


Jantar às 8, família toda aqui, mal podem esperar para te ver!


_É seu celular novo? —Dulce franze a testa de forma crítica ao vê-lo. — Você recebeu minhas mensagens de texto?


_Recebi, obrigada. —eu concordo com a cabeça. Só umas 35, que lotaram minha caixa de entrada.


            Quando soube que perdi o celular, Dulce insistiu em encaminhas todas as mensagens de texto recentes que tinha me enviado, para que eu não “desanimasse”. Para ser justa, foi uma bela de uma ideia. Fiz com que Christopher encaminhasse todas as mensagens recentes também, e as garotas o trabalho.


            Ned Murdoch, seja lá quem for, finalmente fez contato com Alfonso. Esperei por esse e-mail o dia todo. Olho para ele distraidamente, mas ele não parece nada de terrível: “Re Oferta de Ellerton. Alfonso, oi. Alguns detalhes. Você pode ver no anexo, blá-blá-blá...”


            Enfim, melhor eu mandar logo. Aperto o botão de encaminhar e me certifico de que foi enviado. Em seguida, digito uma resposta rápida para Christopher, com os dedos tremendo de nervosismo.


Ótimo! Mal posso esperar para ver seus pais!!!! Muito empolgada!!!! ☺ ☺ ☺ PS: podemos nos encontrar do lado de fora antes? Quero falar uma coisa. Só uma coisinha. Bjsssss


 




 


 


anniesilva É bem divertido kkkkk Onde será que tá o anel? Todos se perguntam isso :p


nathmomsenx Vai aparecer... um dia...


Como Anahí é exagerada na hora de mandar mensagens, não? kkkkk olha o quanto de ponto de exclamação!



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Autor(a): AnnRBD

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 336



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  • Angel_rebelde Postado em 02/04/2014 - 22:45:11

    Posso te dizer que até gostei da história apesar de que os cap ficaram um pouco longos demais. E não sou mto fã de história deles que se passa tanta coisa e só ficam juntos no último cap. Mas teve partes divertidas e gostei mto do irmão do Ucker por ele ter sido sincero com a Anny o tempo todo e achei legal a atitude da mãe dele em se desculpar no final e realmente demonstrar o quanto gosta e admira a Anny. O final foi legal tbm, bem inusitado.

  • Angel_rebelde Postado em 02/04/2014 - 02:02:13

    Comecei a ler sua história hj e confesso que me surpreendi. Já a havia encontrado outras vezes mas não dei a devida atenção. Tô rindo mto com a Anahí loka de pedra ! kkkkkkkkkkkk. Querendo impressionar os outros. Ela nem precisa de nada disso porque é uma mulher mto inteligente. Adorando ler sua fic. Se tiver outras gostaria de ler tbm.

  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 09:31:31

    vou ler essa também...mas estou aguardando as novas :)

  • raya_ponchito Postado em 09/08/2013 - 19:03:47

    Lindo, lindo, lindo esse final *-* E engraçado também para variar. Alfonso mandando coração OOUNT

  • raya_ponchito Postado em 09/08/2013 - 19:01:51

    O QUE FOI ISSO NESSE FINAL? Lindo, maravilhoso, perfeito, sem palavras! Ele mandou mensagem para todos os convidados para impedir o casamento e o mais lindo ainda foi quando ele disse que pensava nela, queria ouvir a voz dela e tudo mais .. Tudo muito lindo!

  • raya_ponchito Postado em 09/08/2013 - 18:59:23

    No fim, o Ucker não passava de um GRANDE idiota, ah que raiva dele!!

  • raya_ponchito Postado em 09/08/2013 - 18:57:37

    Olha que lindo, até para o dentista ele foi por ela kkk

  • raya_ponchito Postado em 09/08/2013 - 18:56:47

    Gente, eu quase tive um ataque nessa reta final quando a Any aceitou voltar com o Ucker. Sério, pensei que ia acabar desse jeito!

  • raya_ponchito Postado em 09/08/2013 - 18:55:25

    AAAA' até que fim a Any mandou uma mensagem para bruxa Perla, ela tava merecendo! Arrasou.

  • raya_ponchito Postado em 09/08/2013 - 18:54:14

    Amei ver os trechos de algumas mensagens trocadas entre eles imprimida. Só me fez já sentir saudade da web kk


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