Fanfics Brasil - 031 Fiquei com o seu número [Adp] [Terminada]

Fanfic: Fiquei com o seu número [Adp] [Terminada] | Tema: Anahí e Alfonso


Capítulo: 031

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            Quando seguimos pelo corredor acarpetado em direção às portas do terraço, percebo que Alfonso está para baixo. Eu mesma me sinto desanimada.


_Me desculpa. —murmuro


_Não é culpa sua. —Ele olha para mim e parece que sabe qual é o humor— Anahí, falando sério. Sei que você está fazendo o melhor. — O rosto dele se contrai por um momento— Ei, e me desculpa por Perla.


_Ah. —eu faço um gesto para ele deixar para lá. —Não precisa se preocupar com isso.


            Andamos em silêncio por alguns momentos. Quero dizer alguma coisa como “obrigada por ficar do meu lado”, mas estou constrangida demais. Sinto que não deveria ter participado daquela troca de e-mails.


            O terraço está coberto de luminárias e há alguns grupos de pessoas, mas não tantas quanto lá dentro. Acho que é porque está muito frio. Mas é uma pena, porque o clima de festa aqui fora está bom. No canto do terraço, um sujeito com uma câmera de TV parece estar entrevistando duas garotas que não param de rir.


_Talvez tenhamos sorte. —tento parecer animada.


_Talvez. —Alfonso assente, mas posso dizer que ele desistiu.


_O que vai acontecer se não encontrarmos o cara aqui fora?


_Aí... a gente tentou. —o rosto de Alfonso está tenso, mas por um breve momento um sorriso surge— A gente tentou.


_Bom. Então, vamos nessa. —solto no melhor tom de animação na voz, do tipo você-pode-botar-esse-quadril-pra-mexer-de-novo— Vamos tentar.


            Seguimos em frente, e Alfonso recomeça a abordagem.


_Oi, pessoal! Estão se divertindo? Quero apresentar Anahí, que está conhecendo a empresa. Anahí, este é James. James, por que você não conta a Anahí o que faz? E aqui está o Brian, e este é Rhys.


            Não é James, nem Brian nem Rhys. Nem Martin nem Nigel.


            Todos os nomes na lista de Alfonso estão marcados. Tenho quase vontade de chorar quando olho para o rosto dele. Por fim, nos afastamos de alguns estagiários num grupo, que não estavam na lista nem poderiam ser Scottie.


            Terminamos.


_Vou ligar para Vicks. —diz Alfonso, com voz um tanto pesada— Anahí, obrigado por ceder seu tempo. Foi um plano idiota.


_Não foi. —eu coloco a mão no braço dele— Podia... ter dado certo.


            Alfonso olha para mim e, por um momento, ficamos ali em pé.


_Você é muito gentil. —diz ele.


_Oi, Alfonso! Oi, pessoal! —a voz alta de uma garota faz eu me encolher.


            Talvez eu esteja sensível por ter ouvido com mais atenção ao modo como as pessoas falam, mas essa voz está fazendo meus dentes trincarem. Eu me viro e vejo uma garota com aparência animada e um lenço rosa amarrado no cabelo se aproximando de nós com o câmera de TV, que tem cabelo escuro e curto e está usando jeans.


            O-ou.


_Oi, Amanda. —cumprimenta Alfonso— Como vai?


_Estamos filmando os convidados da conferência. —explica ela com alegria— Só diz alguma coisa, um alô, vamos mostrar no jantar de gala...


            A câmera de TV está apontada para o meu rosto e eu me encolho. Eu não deveria estar ali. Não posso “dizer alguma coisa”.


_Qualquer coisa que você queira. —diz Amanda— Uma mensagem pessoal, uma piada... —ela olha para a lista, confusa— Me desculpa, não sei de que departamento você é...


_Anahí é convidada. —diz Alfonso.


_Ah! —a garota desfranze a testa— Que ótimo! Como você é convidada especial, por que não responde à nossa entrevista pingue-pongue? O que você acha, Ryan? Você conhece Ryan? —diz ela para Alfonso— Ele está fazendo um estágio pela London School of Economics por seis meses. É quem está fazendo todos os filmes promocionais. Ei, Ryan, dê um close em Anahí. Ela é convidada especial!


            O quê? Não sou “convidada especial”. Quero fugir, mas de alguma forma me sinto presa pela câmera.


_Apenas se apresente e Ryan vai fazer as perguntas! —diz a garota, toda animada— Nos diga seu nome...


_Oi. —digo com relutância para a câmera— Sou... Anahí.


            Isso é tão idiota. O que vou dizer sobre uma conferência de estranhos?


            Talvez eu dê um alô para Perla.


            Oi, Bruxa Perla. Sabe aquela história de você achar que estou desfilando por aí com seu namorado? Bem, a notícia é a seguinte: ele não é mais seu namorado.


            O meu pensamento me faz rir, e Amanda me dá um sorriso encorajador.


_Isso mesmo! Apenas se divirta. Ryan, você quer começar as perguntas e respostas?


_Claro. E então, Anahí, o que você está achando da conferência até agora?


            A voz aguda e esganiçada que sai de trás da câmera atinge meus ouvidos como um choque de mil volts.


            É ele.


            É a voz que ouvi ao telefone. A pessoa que está falando comigo agora. Esse cara, com o corte escovinha e a câmera no ombro. É ele.


_Está se divertindo? —pergunta ele, e meu cérebro explode reconhecendo a voz outra vez. A lembrança da voz dele ao telefone está percorrendo minha cabeça como um replay de esportes.


            É Scottie. Está feito. Foi como falei. Com precisão cirúrgica.


_Qual foi seu discurso favorito na conferência?


_Ela não assistiu a nenhum dos discursos.


_Ah. Certo.


            Com precisão cirúrgica. Sem pistas. Coisa de gênio, pode acreditar. Adios, Papai Noel.


_Numa escala de um a dez, que nota você daria ao coquetel?


É Scottie.


Este é Scottie. Sem dúvida.


_Você está bem? —ele sai de trás da câmera, com ar impaciente. — Pode falar. Estamos filmando.


            Fico olhando para o rosto fino e inteligente com o coração em disparada, me controlando para não deixar transparecer. Eu me sinto como um coelho sendo hipnotizado por uma cobra.


_Tudo bem, Anahí. —Alfonso dá um passo à frente, com jeito solidário— Não se preocupe. Muitas pessoas ficam nervosas diante das câmeras...


_Não! —eu consigo botar para fora— Não é... É...


            Olho para ele sem conseguir dizer nada. Minha voz não sai. Sinto como se estivesse num daqueles sonhos em que não se consegue gritar que está sendo atacado.


_Pessoal, acho que ela não está a fim. —diz Alfonso— Será que vocês poderiam... —ele faz um gesto com a mão.


_Me desculpa! —Amanda coloca a mão por cima da boca— Não quis te apavorar! Tenha uma boa noite! —eles saem para abordar outro grupo de pessoas e fico olhando para eles, travada.


_Coitadinha da Anahí. —Alfonso sorri com melancolia— Era exatamente do que você não precisava. Me desculpa por isso, é uma coisa nova que estão fazendo nas conferências, embora eu não consiga ver o que acrescenta...


_Cala a boca. —não sei como consigo interromper o que ele dizia, embora nem consiga falar direito— Cala a boca, cala a boca.


            Alfonso parece chocado. Chego mais perto dele e fico na ponta dos és, até minha boca estar perto do ouvido dele, com seu cabelo encostando na minha pele. Eu inspiro o calor e o cheiro dele, e murmuro tão baixo quanto o som da minha respiração:


_É ele.


            Ficamos lá fora por mais vinte minutos. Alfonso tem uma longa conversa com Sir Nicholas, da qual não escuto nada, e depois faz uma ligação curta e brusca para Mark, da qual pesco alguns trechos enquanto ele anda de um lado para o outro, com a mão na cabeça... Bem, a empresa que se foda... Assim que Vicks chegar aqui...


            Está claro que os níveis de tensão estão subindo. Achei que Alfonso ficaria feliz por eu ter ajudado, mas ele parece ainda mais furioso do que antes. Ele termina a ligação dizendo:


_De que lado você está, afinal? Meu Deus, Mark.


_E então... o que você vai fazer? —eu digo timidamente quando ele desliga.


_O e-mail de Ryan na empresa está sendo vasculhado. Mas ele é esperto. Não deve ter usado o sistema da empresa. Deve ter feito tudo por telefone ou por alguma conta de e-mail particular.


_Mas e aí?


_Essa é a discussão. —Alfonso faz uma careta de frustração— O problema é que não temos tempo para uma discussão sobre protocolo. Não temos tempo para consultar nossos advogados. Se fosse eu...


_Você mandaria que o prendessem, todos os objetos pessoais dele seriam confiscados e um teste com detector de mentiras seria feito de qualquer jeito. —eu digo, sem conseguir evitar— Em algum porão escuro por aí.


            Um sorriso relutante se abre no rosto de Alfonso.


_Mais ou menos isso.


_Como está Sir Nicholas?


_Agindo com alegria. Você pode imaginar. Ele mantém a cabeça erguida. Mas ele sente mais do que demonstra. —o rosto de Alfonso se contorce brevemente e ele cruza os braços sobre o peito.


_Você também. —eu digo com delicadeza, e Alfonso olha para mim de repente, como se eu o tivesse pegado no flagra.


_Acho que sim. —diz ele depois de uma longa pausa— Nick e eu somos amigos há muito tempo. Ele é um bom homem. Fez coisas incríveis ao longo da vida. Mas se essa calúnia se espalhar sem ser contestada, vai ser a única coisa de que o mundo vai se lembrar. Vão repetir a mesma manchete sem parar, até ele morrer. “Sir Nicholas Murray, suspeito de corrupção”. Ele não merece. E, principalmente, não merece ser abandonado pela própria empresa.


            Depois de um momento de tristeza, Alfonso visivelmente se recompõe.


_Vamos lá. Estão nos esperando. Vicks está quase chegando.


            Começamos a andar, passando por um grupo de garotas numa mesa redonda, por um jardim ornamental, e seguimos em direção às enormes portas duplas que levam ao hotel. Meu celular vibrou e eu o pego para verificar a caixa de entrada, para ver se Christopher respondeu.


            Fico olhando para a tela. Não consigo acreditar. Dou um gemido baixo e involuntário, e Alfonso olha para mim de um jeito estranho.


            Tem um e-mail novo no alto da caixa de entrada, e clico nele desesperadamente, torcendo para não dizer o que temo que diga...


            Merda. Merda.


            Fico olhando, consternada. O que vou fazer? Estamos quase no hotel. Preciso falar. Preciso contar para ele.


_Hum, Alfonso. —minha voz sai meio estrangulada— Hum, para um minuto.


_O que foi? —ele para com uma expressão de preocupação no rosto e meu estômago se embrulha de nervoso.


            Certo. O negócio é o seguinte. Em minha defesa, se eu soubesse que Alfonso estaria no meio de uma crise enorme e urgente envolvendo memorandos vazados, conselheiros do governo e noticiário de televisão, eu não teria mandado aquele e-mail para o pai dele. É claro que não.


            Mas eu não sabia. E mandei o e-mail. E agora...


_O que houve? —Alfonso parece impaciente.


            Por onde começo? Como faço para que ele tenha um pingo de sensibilidade?


_Por favor, não fique bravo. —digo primeiro para preveni-lo, embora a sensação seja a de jogar um cubo de gelo em cima de uma incêndio numa floresta.


_Com o quê? —há um tom ameaçador na voz de Alfonso.


_É que... —eu limpo a garganta— Eu achei que estava fazendo a coisa certa. Mas sei que talvez você não encare exatamente dessa maneira...


_O que diabos você está... —ele para de falar, e no seu rosto surge de repente uma expressão de quem entendeu e está chocado— Ai, Deus. Não. Por favor, não diga que contou essa história pros seus amigos...


_Não! —eu digo horrorizada— É claro que não!


_Então o que é?


            Eu me sinto um pouco mais corajosa com a desconfiança equivocada dele. Eu não tenho contado tudo aos meus amigos. Pelo menos, não vendi minha história para o Sun.


_É uma coisa de família. É sobre seu pai.


            Os olhos de Alfonso se arregalam, mas ele não diz nada.


_Eu me senti muito mal por vocês não manterem contato. Então, respondi o e-mail dele. Ele está desesperado para te ver, Alfonso. Quer se aproximar! Você nunca vai para Hampshire, nunca o vê...


_Pelo amor de Deus. —murmura ele, quase que para si mesmo— Eu realmente não tenho tempo para isso.


            As palavras dele me ferem.


_Você não tem tempo para o seu próprio pai? Sabe de uma coisa, Senhor Figurão, talvez suas prioridades estejam um pouco deturpadas. Eu sei que você é ocupado, sei que essa crise é importante, mas...


_Anahí, pode parar por aí. Você está cometendo um grande erro.


            Ele está tão impassível que sinto uma onde de revolta. Como ele ousa ser tão seguro o tempo todo?


_Talvez seja você quem está cometendo um grande erro! —as palavras saem antes que eu possa impedi-las— Talvez seja você quem está deixando a vida passar sem nem se envolver nela! Talvez Perla esteja certa!


_O quê? —Alfonso parece furioso ao ouvir a menção a Perla.


_Você vai perder! Vai perder relacionamentos que poderiam oferecer tanto a você só porque não quer conversar, não quer ouvir...


            Alfonso olhar ao redor, constrangido.


_Anahí, relaxa. —murmura ele— Você está ficando agitada demais.


_Bem, e você está calmo demais! —eu sinto como se fosse explodir— Você é estoico demais! —uma imagem daqueles senadores romanos me ocorre de repente, todos esperando na arena para serem massacrados— Quer saber de uma coisa, Alfonso? Você está virando pedra.


_Pedra? —ele solta uma gargalhada.


_Sim, pedra. Você vai acordar um dia e será uma estátua, só que não vai saber. Vai ficar preso dentro de si mesmo. —minha voz está tremendo; não tenho certeza do motivo. Não me importa se ele virar uma estátua ou não.


            Alfonso está me observando com cautela.


_Anahí, não faço ideia do que você está falando. Mas temos que deixar isso um pouco de lado. Tenho coisas que preciso fazer. —o telefone dele toca e ele o leva ao ouvido— Oi, Vicks. Certo, estou indo.


_Sei que você está resolvendo uma crise. —eu seguro o braço dele com força— Mas tem um senhor idoso esperando que você entre em contato, Alfonso. Querendo que você entre em contato. Por apenas cinco minutos. E quer saber? Tenho inveja de você.


            Alfonso expira com força.


_Puta que pariu. Anahí, você entendeu tudo errado.


_Entendi? —eu olho para ele, sentindo todas as minhas emoções sufocadas começando a ferver— Eu queria ter a sua chance. De ver meu pai. Você não sabe o quanto tem sorte. Só isso.


            Uma lágrima desce pelo meu rosto e eu a seco bruscamente.


            Alfonso está em silêncio. Ele guarda o celular e me encara. Quando ele fala, seu tom de voz é gentil.


_Escuta, Anahí. Entendo como você se sente. Não é minha intenção minimizar relacionamentos familiares. Tenho um ótimo relacionamento com meu pai e o vejo sempre que posso. Mas não é tão fácil, considerando que ele mora em Hong Kong.


            Eu quase grito horrorizada. Será que eles estão sem se falar há tanto tempo? Será que ele nem sabe que o pai voltou para o país?


_Alfonso! —minhas palavras se atropelam— Você não entende! Ele voltou a morar aqui. Mora em Hampshire! Ele mandou um e-mail pra você. Queria te ver. Você não lê nada que te mandam?


            Alfonso move a cabeça para trás e dá uma risada, e eu fico olhando para ele, afrontada.


_Tudo bem. —diz ele, secando os olhos— Vamos começar do início. Vamos deixar tudo claro. Você está falando do e-mail de Peter Herzer, certo?


_Não estou, não! Estou falando do e-mail de...


            Eu paro no meio da frase, insegura de repente. Herzer? Herzer? Eu pego o celular e verifico o endereço de e-mail. peterh452@hotmail.com.


            Eu tinha concluído que ele era Peter Herzer. Parecia óbvio que ele era Peter Herzer.


_Contrariando suas suposições, eu li sim aquele e-mail. —diz Alfonso— E preferi ignorá-lo. Acredite, Peter Herzer não é meu pai.


_Mas ele assinou como “pai”. —estou completamente confusa— Foi isso que ele escreveu. “Pai”. Ele é... seu padrasto? Seu meio-pai?


_Ele não é meu pai de maneira nenhuma. —diz Alfonso, pacientemente— Se você quer saber, quando eu estava na faculdade, eu tinha um grupo de amigos. Ele era um deles. Peter Andrew Ian Herzer. P.A.I. Herzer. Nós o chamávamos de “Pai”. Está bem? Agora entendeu?


            Ele começa a andar em direção ao hotel como se o assunto estivesse encerrado, mas estou paralisada, confusa pelo choque. Não consigo superar isso. “Pai” não é o pai de Alfonso? “Pai” é um amigo? Como eu poderia saber? As pessoas não deveriam poder assinar “pai” a não ser que fosse seu pai. Devia ser lei.


            Nunca me senti tão burra na vida.


            Mas... Mas. Enquanto estou ali parada, não consigo me esquecer dos e-mails de Peter Herzer.


            Já faz um bom tempo. Penso muito em você... Recebeu alguma das minhas mensagens no celular? Não se preocupe, sei que você é um homem ocupado... Como falei, eu queria muito conversar sobre uma coisa. Você vem algum dia para os lados de Hampshire?


            Tudo bem. Talvez eu tenha entendido errado a história do pai de Alfonso e o chalé e o cachorro fiel. Mas essas palavras ainda me tocam. Parecem tão humildes. Tão modestas. Esse Peter é claramente um velho amigo de que quer se reaproximar. Talvez seja outro relacionamento que Alfonso esteja deixando murchar. Talvez eles se vejam e os anos desapareçam, e depois Alfonso vá me agradecer e me dizer o quanto precisa valorizar mais as amizades, que não tinha se dado conta, que transformei a vida dele...


            Abruptamente, saio correndo atrás de Alfonso e o alcanço.


_Então ele é um amigo próximo? —pergunto— Peter Herzer? É um velho amigo íntimo?


_Não. —Alfonso não diminui o passo.


_Mas vocês devem ter sido amigos uma época.


_É, acho que sim.


            Será que ele poderia parecer menos entusiasmado? Será que percebe o quanto a vida dele vai ficar vazia se não mantiver contato com as pessoas que já foram importantes para ele?


_Então ele deve ser alguém com quem você ainda tem um laço! Se você o visse, talvez se reaproximasse! Traria uma coisa positiva pra sua vida!


            Alfonso para de andar e olha para mim.


_Por que isso é da sua conta mesmo?


_Não é. —eu digo, na defensiva— É que... achei que você poderia gostar de ter contato com ele.


_Eu tenho contato com ele. —Alfonso parece exasperado— Todo ano, mais ou menos, a gente se encontra para beber, e é sempre a mesma coisa. Ele tem um novo projeto empresarial para o qual precisa de investidores, normalmente envolvendo algum produto ridículo ou um esquema de pirâmide. Se não são equipamentos de ginástica, são janelas antirruído ou propriedades compartilhadas na Turquia... Eu ignoro meu bom-senso e dou dinheiro a ele. O negócio não dá certo e fico sem notícias dele por um ano. É umcicloo ridículo que preciso romper. E foi por isso que não respondi o e-mail dele. Vou ligar para ele daqui a um ou dois meses, talvez, mas agora, sinceramente, a última coisa de que preciso na vida é da porra do Peter Herzer... —ele para de falar e olha pra mim— O quê?


            Eu engulo em seco. Não há como fugir disso. Não tem jeito.


_Ele está esperando por você no bar.




 


Só pra relembrar que esse e-mail do Peter apareceu pela primeira vez no capítulo 008.



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Autor(a): AnnRBD

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            Talvez Alfonso ainda não tenha virado estátua. Porque enquanto seguimos para o hotel, ele não diz nada, mas consigo ler facilmente seu leque de sentimentos no rosto, todos eles: de raiva à fúria, de fúria à frustração, de frustração ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 336



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  • Angel_rebelde Postado em 02/04/2014 - 22:45:11

    Posso te dizer que até gostei da história apesar de que os cap ficaram um pouco longos demais. E não sou mto fã de história deles que se passa tanta coisa e só ficam juntos no último cap. Mas teve partes divertidas e gostei mto do irmão do Ucker por ele ter sido sincero com a Anny o tempo todo e achei legal a atitude da mãe dele em se desculpar no final e realmente demonstrar o quanto gosta e admira a Anny. O final foi legal tbm, bem inusitado.

  • Angel_rebelde Postado em 02/04/2014 - 02:02:13

    Comecei a ler sua história hj e confesso que me surpreendi. Já a havia encontrado outras vezes mas não dei a devida atenção. Tô rindo mto com a Anahí loka de pedra ! kkkkkkkkkkkk. Querendo impressionar os outros. Ela nem precisa de nada disso porque é uma mulher mto inteligente. Adorando ler sua fic. Se tiver outras gostaria de ler tbm.

  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 09:31:31

    vou ler essa também...mas estou aguardando as novas :)

  • raya_ponchito Postado em 09/08/2013 - 19:03:47

    Lindo, lindo, lindo esse final *-* E engraçado também para variar. Alfonso mandando coração OOUNT

  • raya_ponchito Postado em 09/08/2013 - 19:01:51

    O QUE FOI ISSO NESSE FINAL? Lindo, maravilhoso, perfeito, sem palavras! Ele mandou mensagem para todos os convidados para impedir o casamento e o mais lindo ainda foi quando ele disse que pensava nela, queria ouvir a voz dela e tudo mais .. Tudo muito lindo!

  • raya_ponchito Postado em 09/08/2013 - 18:59:23

    No fim, o Ucker não passava de um GRANDE idiota, ah que raiva dele!!

  • raya_ponchito Postado em 09/08/2013 - 18:57:37

    Olha que lindo, até para o dentista ele foi por ela kkk

  • raya_ponchito Postado em 09/08/2013 - 18:56:47

    Gente, eu quase tive um ataque nessa reta final quando a Any aceitou voltar com o Ucker. Sério, pensei que ia acabar desse jeito!

  • raya_ponchito Postado em 09/08/2013 - 18:55:25

    AAAA' até que fim a Any mandou uma mensagem para bruxa Perla, ela tava merecendo! Arrasou.

  • raya_ponchito Postado em 09/08/2013 - 18:54:14

    Amei ver os trechos de algumas mensagens trocadas entre eles imprimida. Só me fez já sentir saudade da web kk


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