Fanfic: Enquanto Houver Razões | Tema: Novela

Brasília – DF. A capital federal do Brasil.

Cena 1 – Corredor do Colégio

Em um colégio particular chamado Nova Geração, mais precisamente na Asa Norte, está Renato, um jovem de 17 anos que está iniciando seu primeiro dia no último ano do ensino médio.  Renato está procurando sua nova sala, passando pelos corredores do colégio e revendo seus velhos colegas do ano passado. É quarta feira e é o primeiro dia de aula do ano no colégio Nova Geração.

???: Ei, Renato! Aqui, nossa sala é aqui!

Do outro lado do corredor está Marina, uma linda jovem, da mesma idade de Renato e uma das melhores amigas dele. Renato acena pra ela e vai até onde sua amiga se encontra.

Marina: Ficamos na mesma sala novamente! A Lorenna e o Pedro também estão aqui!

Renato: Quem diria, hein Marina? Que iríamos terminar todas as nossas vidas escolares juntos?

Marina: É verdade, parece que foi ontem que eu conheci aquele menininho tímido da primeira série, porque naquela época não era chamado de ano não.

Marina e Renato riem.

Renato: Minha velha e querida amiga! Vamos aproveitar muito esse último ano que temos juntos!

Marina: Com certeza! Se bem que eu já aproveito cada segundo que eu passo com você.

Renato fica meio sem jeito com esse comentário da Marina e olha para a lista de chamada.

Renato: Olha, o Eduardo tá na nossa sala também! E a Bruna, parece que a turma toda está aqui.

???: Oi pessoas!

Vindo à direção do casal de amigos vêm Lorenna, uma bela adolescente que vem toda arrumada para a escola.  Atrás vem o velho amigo deles, Pedro, que está carregando sua mochila e também a mochila de Lorenna.

Lorenna: Aiiii, que saudades! Marina, Renato!

Lorenna dá um abraço em cada um.

Lorenna: Parecia que essas férias não passavam, já estava ficando entediada de não fazer nada, a não ser sair pra eu me divertir um pouco.

Renato: Até parece que você cansa de sair pras festas, Lorenna!

Pedro: Oi gente!

Marina: Pedro! Eu estava morrendo de sauda....

Marina olha para as duas mochilas que Pedro carrega sozinho.

Marina: Lorenna! Pra quê você fez o Pedro levar suas mochilas, tá com medo de estragar seu esmalte? Entrega essa mochila para ela, Pedro.

Marina tira a mochila de Lorenna de Pedro e joga na amiga.

Lorenna: Ei, mas foi ele que se voluntariou para carregar pra mim, sua grossa. Bom, eu vou procurar um lugar pra eu guardar minha mochila.

Renato: Eu vou com você, Lorenna. Pedro, me dá aí sua mochila que eu guardo um lugar pra você também. A Marina já guardou a dela?

Marina: Já sim, estou sentada lá do lado da janela.

Pedro entrega sua mochila para Renato. Lorenna acompanhado de Renato entram na sala.

Marina: Você é outro que não muda mesmo né? Ai, Pedro, até hoje você está apaixonado por essa menina que só pensa em “que roupa terá que usar hoje”?

Pedro: Ah, Marina! Eu simplesmente me apaixonei, mas não consigo me declarar, diferente de você. Fiquei sabendo que você e o Renato saíram direto nessas férias. E aí? Rolou alguma coisa?

Marina: Ai, Pedro! Infelizmente não. Mas como você sabe disso?

Pedro: Conversando com o Renato pelo face. Se bem que já está na hora de você criar um pra você também. Mas conta como foi?

Marina: Pedro, você sabe que eu nunca gostei de ficar presa á uma tela de computador. Mas foi ótimo, a gente saía muito pra shoppings, cinemas. Fomos ao zoológico certo dia desses. Eu sempre joguei indiretas, mas ele nunca entendeu, sempre se mostrava distraído com outra coisa.

Pedro: Você não acha que ele talvez possa ser gay?

Marina: De onde você tirou essa ideia garoto? Implicando novamente por causa do jeito carinhoso dele. Não, ele não é gay não, se fosse já teria me contado. Convivo com ele há muito tempo. Ele só é meio distraído com essas questões amorosas.

Pedro: A gente nunca o viu com outra pessoa Marina, só sabe que ele fica com meninas por causa das histórias que ele conta. Mas será que é verdade?

Marina: Ih, agora voltou essa cisma de novo dele ser gay. Olha, ele não é tá bom, é só questão de tempo até ele conseguir ter olhos só pra mim.

O sinal bate para o início das aulas.

Marina: Bom, deixa eu ir correndo beber água antes que o professor entre na sala.

Marina sai correndo para o bebedouro enquanto Pedro entra na sala.

Cena 2 – Sala de Aula

 

Renato e Lorenna estão sentados já nas suas carteiras, conversando entre si.

Lorenna: As festas de lá são outra coisa viu, realmente, você tem que ir lá conhecer a Ilha dos Aquários. Minha família vai voltar pra lá nas férias do meio do ano.

Pedro senta numa carteira em frente à Renato.

Renato: Lorenna está aqui me contando das suas férias em Porto Seguro. Realmente parece ser um lugar muito bom.

Lorenna: Bom, não teve uma festa que eu não fiquei com no mínimo dois caras.

Pedro fica contrariado com esse comentário.

Pedro: E você acha isso bonito? Você sabe quem você está parecendo né? Com sua amiguinha, Fernanda.

Lorenna: Escuta aqui Pedro, eu estava me divertindo tá, não fiquei com nenhum por causa de dinheiro, diferente dessa aí que você mencionou. E cansei, vamos parar com esse assunto e ficar quietos por que daqui a pouco o Professor entra.

Cena 3 – Lanchonete

Marina está bebendo água no bebedouro que tem na Lanchonete, no andar de baixo do colégio. Ela nota que um garoto jovem, bonito, está olhando para as salas com um papel na mão, parecendo perdido. Marina vai até ele tentar ajudá-lo.

Marina: Oi, tudo bem? Você parece meio perdido, ou está espantando com a beleza da escola?

???: Oi! Não, eu estou meio perdido mesmo. Eu sou novo aqui neste colégio e não sei bem onde as salas de aula ficam.

Marina: Ah sim, entendi. Bem, deixa eu te ajudar então, qual sua sala?

??? (O garoto começa a olhar o papel): É... 3º B.

Marina: Olha que coincidência. É a minha sala. Vamos, eu estava indo para lá mesmo. Ah e meu nome é Marina!

???: Que deslize. Esqueci de me apresentar. Meu nome é Tiago.

Marina: Belo nome, Tiago. Vamos lá então.

Cena 4 – Sala de Aula

Marina e Tiago se apressam para chegar à sala de aula. Marina olha para dentro e vê que o professor ainda não chegou.

Marina: Ai que bom, o professor ainda não chegou. Vamos sentar logo, tem um lugar atrás de mim.

Marina e Tiago entram. Lorenna fica olhando para o novo aluno. Ela vira para trás, pra cochichar com o Renato.

Lorenna: Onde foi que a Marina arrumou esse daí? Nossa, ele é gato.

Renato: É, eu também queria saber...

Lorenna olha com uma cara de assustada para Renato.

Lorenna: Pra quê você quer saber? Também achou ele gato?

Renato: Nãoo! Eu disse que também... Hum.... Queria saber onde a Marina encontrou com esse garoto. Ela não ia beber água?

Lorenna: Ah, ciúmes, saquei.

Renato: É, mas... Não comenta com ela.

Marina senta e Tiago senta atrás dela.

Marina: Gente, esse é o nosso mais novo colega, Tiago. Tiago, aquela é Lorenna, Pedro e aquele é o Renato.

Tiago: Oi, tudo bom?

O professor entra na sala.

Professor: Bom dia alunos, atrasou um pouco, pois estava tendo uma rápida reunião de boas vindas na sala dos professores. Espero que tenhamos um ótimo ano, sou o professor de biologia de vocês, me chamo Henrique.

Cena 5 – Sala de Aula um pouco mais tarde

Já no terceiro horário, antes de bater o sinal para o intervalo. Está tendo aula com uma outra professora, chamada Marta.

Professora Marta: Muito bem, então espero que possamos nos dar super bem no decorrer desse ano. E podem sair, daqui a pouco bate o intervalo.

Renato vira para trás assim como Pedro e Lorenna.

Marina: Bom, até agora parece que vamos ter ótimos professores.

Lorenna: E quem está ligando para professores? Eu quero saber mais sobre seu amigo novo.

Marina: Essa Lorenna, liga não Tiago, ela é assim extrovertida com todo mundo.

Pedro: Eu vou lá pra fora comprar um lanche para mim.

Pedro sai da sala com uma expressão séria no rosto.

Tiago: Ele é sempre assim sério?

Marina: Não, ele deve tá com ciúmes por causa dessa atenção que a Lorenna está te dando.

Lorenna: Ele é só um amigo, tá bom Tiago!

Tiago: É, é o que parece.

Lorenna: Bom, mas conte mais sobre você. Você veio de onde?

Tiago: Eu vim de Porto Seguro, Bahia. Meu pai conseguiu arrumar um bom emprego como gerente de uma empresa daqui.

Lorenna: Sério??? Eu passei minhas últimas férias lá em Porto Seguro! Eu amei aquela cidade, o povo de lá gosta muito de festas não é?

Tiago: Eu acho que mais os turistas. Kkk

???: Então é aqui que é a nova toca daquela monstrenga?

Uma garota alta aparece na porta da sala. Atrás, vem uma outra menina que sempre vive junto com a mais alta.

Marina vira pra Tiago.

Marina: Vixi, nem dá atenção. Aquela ali é a Fernanda. Ela tem uma mania de implicar com todo mundo daqui.

Fernanda entra na sala e caminha em direção ao grupo.

Fernanda: Achei que você não iria conseguir passar de ano, mas vi que realmente milagres acontecem. Já que uma garota tããão inteligente como você conseguiu passar, não duvido de mais nada.

Lorenna abaixa a cabeça, com os olhos marejados de lágrimas. Vendo isso, Renato levanta de sua cadeira.

Renato: E você deve ter bajulado muito o Diretor ou até ter comprado ele para te passar de ano não é, Fernanda?

Fernanda: Ui, a mocinha da turma decidiu tomar as dores da amiga.

Marina: Olha o tipo que você fala com o Renato, sua vaca! Pra quê você veio aqui Fernanda, pra tirar a gente de sério, é isso?

Fernanda: Não, eu só queria ver quem de novato está nessa escola. Afinal, como líder do Clube Estudantil eu preciso convidar esses alunos novos. Ou você achou que eu perderia tempo com idiotas como você? Bom, parece que aqui não tem ninguém no....

Fernanda passa os olhos pela sala e bate o olho em Tiago.

Fernanda: Você eu nunca vi aqui no colégio. É novato?

Tiago: Sou sim!

Fernanda: É de pessoas que nem você que meu Clube precisa sabe, bonito, malhado, com jeito masculino.

Fernanda dá um sorriso malicioso para Renato.

Fernanda: Então, quando quiser participar, é só vim me procurar. Sou do 3º A.

Tiago: Quando eu quiser me tornar uma pessoa arrogante, metida e tola como você, pode deixar que eu te procurarei.

Fernanda: Quem você pensa que é pra falar assim comigo? Saiba que é melhor você me ter como uma amiga, e não como inimiga. Os idiotas dessa sala podem te contar como é ter eu como inimiga.

Tiago: Não tenho medo de você não. Você é que nem cachorro que ladra e não morde. Já convivi com pessoas do seu tipo.

Fernanda encara ele com um olhar ameaçador, e chega mais perto dele.

Fernanda: Cuidado novato, eu posso fazer sua vida nesse colégio um inferno.

Fernanda levanta e dá as costas.

Fernanda: Stefane, vamos! Antes que eu pegue alguma doença respirando o mesmo ar que esses tolos.

Fernanda e Stefane sai da sala.

Marina, Renato e Lorenna olham boquiabertos para Tiago.

Tiago: Parece que tem gente que esqueceu de amadurecer. Terceiro ano e comportando que nem uma garota do ensino fundamental.

Marina: Tiago, gostei de ver. Afrontou a protegida do colégio.

Tiago: Como assim protegida?

Marina: Bom, o diretor é padrinho da garota. Como ele nunca teve filhos, sempre trata ela como se fosse filha dele. E infelizmente dá sempre privilégios para ela, sabe?

Tiago: Eu não tenho medo não. Eu já fui expulso de tantas escolas por discutir com o diretor.

Renato: Te aconselho a só ignorar os ataques dessa garota.

Tiago: Pode deixar, e você aí, Lorenna não é? Fica assim não, ela fez isso porque ela deve ter alguma inveja de você. Uma moça tão linda, assim, com essas lágrimas no olho, não dão muito certo.

Renato olha com um sorriso no rosto  para Tiago que está conformando a amiga.

Cena 6 – Banheiro Feminino do Segundo Andar

Fernanda e Stéfane estão retocando suas maquiagem.

Fernanda: Você viu aquilo, Stéfane? A forma como aquele garoto me confrontou.

Stéfane: Ele é muito bonito, isso sim. Acho melhor você não brigar com ele, Fernanda, ele não parece ser do tipo que só te retruca ou abaixa a cabeça como aqueles idiotas.

Fernanda: Não, não quero briga não. Bom, ele é bonito, convenhamos. E se eu estivesse solteira, eu até tentaria pegar. Agora, só espero que ele não queira alguma coisa com alguma menina daquele grupo de perdedores. Bom, vamos que daqui a pouco, bate o sinal.

 

Cena 7 – Quarto do Guilherme.

Guilherme, um rapaz de 21 anos está dormindo no seu quarto. Quando a empregada entra e começa a acordá-lo.

Empregada: Guilherme! Guilherme! Sua mãe está chamando pra você ir tomar o café. Daqui a pouco já é o almoço e eu vou ter que tirar a mesa.

Guilherme (meio sonolento): Ah, Diná, por favor. Eu cheguei em casa agora de manhã.

Empregada: Você conhece sua mãe Guilherme, quando ela pede pra te chamar é que ela quer conversar com você.

Guilherme: Tá bom, já to descendo.

Guilherme vira pro lado e a empregada sai do quarto.

Cena 6 – Sala de Jantar

Dona Júlia está tomando seu café. Guilherme desce as escadas de pijama.

Dona Júlia: Bom dia meu filho! Pensei que teria que ir lá te acordar.

Guilherme: Que saco, mãe! Toda vez é a mesma coisa. Você sabe que eu cheguei de manhã em casa hoje.

Dona Júlia: Se você estivesse solteiro eu até deixaria você dormindo por esse motivo, mas você namora. E eu não acho que o que você faz com a Fernanda seja algo certo.

Guilherme senta na mesa.

Guilherme: Tá, tá! Sua opinião não muda nada mesmo, ela não descobrindo. E se descobrir, fazer o quê? Tenho tantas meninas me querendo.

Dona Júlia: Então pra quê você está com ela, hein Guilherme?

Guilherme: Quer realmente saber?

Guilherme faz um gesto erótico. Coloca as mãos no ar na frente da virilha e começa a descer pra frente e pra baixo.

Dona Júlia: Me poupe desses gestos ridículos seus. Eu só espero que um dia você possa amar de verdade alguém, e este alguém te menospreze, do jeito que você sempre fez com as meninas.

Guilherme: Mãe, tá bom. Eu estou cansado e ainda tenho que ouvir sermão.

Guilherme levanta.

Dona Júlia: Termina de tomar seu café, Guilherme.

Guilherme pega um pedaço de pão.

Guilherme: Vim pra mesa, comi e agora to satisfeito. Vou terminar no quarto falou. Fui.

Guilherme sobe as escadas.

Dona Júlia: Esse menino! Eu não sei mais o que faço! 

Cena 8 – Escola, lado de fora.

Os alunos estão começando a sair da escola. Marina, Renato, Lorenna , Pedro e Tiago saem juntos. O tempo está diferente, começa a ficar nublado.

Marina: Tirando o acontecido com a Fernanda, hoje foi um dia muito interessante. Fizemos até um novo amigo, Tiago.

Tiago: Estou muito feliz por ter conhecido vocês. Achei que meu primeiro dia de aula aqui seria meio batido sabe, sem graça.

Marina: Bom, então vou indo que minha mãe já está me esperando. Vamos, Pedro e Lorenna. Tchau pessoal. Andem logo antes que começa a chover.

Lorenna: Tchau, até amanhã!

Pedro: Falou Tiago, Renato. Se cuidem.

Marina, Lorenna e Pedro entram no quarto da mãe dela.

Tiago: Bom, então vou indo. Você vai a pé também?

Renato: Sim, eu moro ali na 713. E você?

Tiago: Olha, eu moro um pouco mais perto, ali na 515.

Renato: Oxe, então vamos juntos.

Tiago: Demorou...

Cena 9 – Rua

Tiago e Renato estão indo embora no mesmo caminho. Quando ouve um barulho de trovão.

Tiago: Vixe, parece que vai chover forte. Acho melhor você ficar aqui em casa e esperar essa chuva passar.

Renato: Eu-eu não gosto de incomodar.

Tiago: Sem problemas, só está eu aqui, meus pais estão trabalhando.

Renato: Ok, se eu chegar molhado minha mãe vai me matar por não ter levado guarda-chuva mesmo.

Cena 10 – Casa do Tiago.

Tiago entra no apartamento e Renato vem logo atrás.

Tiago: Bom, vou só deixar minha mochila no quarto e trocar essa roupa. Já volto.

Renato: Tá bom vou esperar aqui.

Tiago vai pro quarto. Enquanto isso Renato vai vendo as fotos de Tiago com sua família numa estante próxima. Tiago volta vestido somente um calção azul, o que faz com que Renato só tenha olhos para seu corpo e seu calção.

Tiago: Bem, acho que vou preparar algo pra gente comer, o que você acha?

Renato: Er, hum, você sabe cozinhar?

Tiago: Ah, meus pais sempre trabalharam fora então eu tenho que me virar, sabe como é né?

Renato: Imagino....

Renato, com um sorriso no rosto encostado na parede, começa a reparar Tiago que está pegando algumas panelas para preparar o almoço.

 

Cena 11 – Cozinha

Tiago: Muito bem, o macarrão está pronto!

Renato: Realmente, está com um cheiro muito bom.

Tiago: Bem, macarrão é uma coisa fácil de preparar. Bom, pode se servir.

Renato: Obrigado.

Renato se serve.

Tiago: Renato, aquela amiga sua, Lorenna, ela é gostosa cara. Tem namorado?

Renato: Er, é, é bonita. Não tem não. Tá solteira.

Tiago: Vou pegar ela. E me ajuda, você é bem mais amigo dela, e ela acabou de me conhecer. Me dá uma força.

Renato: Posso ver o que faço. Hum, seu macarrão realmente é muito bom. Estava numa fome.

Tiago: É, valeu. Renato, posso te fazer uma pergunta que ficou na minha cabeça por muito tempo?

Renato: C-claro.

Tiago: Porque aquela garota, é Fernanda eu acho, te chamou de mocinha? Você por acaso é...

Renato que estava bebendo suco quase engasga.

Renato: Não, não. É só um modo de implicância dela mesmo.

Tiago: Ah, foi o que eu pensei. Cara, eu não tenho nada contra os gays, não dando em cima de mim. Mas é que é estranho ter um amigo, desse jeito sabe?

Renato: Parece que a chuva passou, bom, deixa eu ir senão minha mãe vai ficar muito preocupada. Nem avisei ela.

Tiago: Mas, já? Nem terminou de comer.

Renato: Eu, hum, outro dia. Perdi a fome agora.

Tiago: Foi por causa disso que te falei?

Renato: Não... Imagina, é que às vezes eu perco a fome mesmo.

Tiago: Até parece, não sou burro não Renato. Você estava comendo minha comida normal e falou que estava com muita fome e agora que eu toquei nesse assunto você muda completamente. Você realmente gosta de mulher?

Renato: Gosto. Agora me deixe ir.

Tiago: Não me pareceu confiante. Renato eu sei que posso ter te conhecido agora, mas pode confiar em mim. Eu realmente gostei de você.

Renato: Gostou... de mim?

Tiago: Como amigo hein, não vá achando que eu sou boiola! Então, eu percebi seu jeitinho, meio que meigo com todos, você é gay, não é?

Renato nervoso, olha para Tiago.